Eli Rios: “Porque a palavra é o meu lugar no mundo”

Entrevista de Maria José Castelo Lestom a Eli Ríos no Portal Galego da Língua:
“(…) – Portal Galego da Língua (PGL): Como entendes a literatura em geral e a poesia em particular? Para que achas que podem valer nesta época convulsa e constrita em tudo quanto faz referência a direitos e liberdades?
– Eli Rios (ER): A poesia é inútil. Não serve para comer e também não para possuir milhões que alimentem caixas ou bancos. A poesia só é útil para sentir-se humana, para encontrar a nossa parte mais afetiva e lutar contra o esquecimento (de nós mesmas/da história). No tempo em que o corpo é o meio para os ganhos e os trabalhos, a poesia pergunta qual é a matéria bruta dessa corporeidade e de que estão feitos os seus sonhos e desejos. A poesia só é uma ética que acompanha no caminho. Uma forma de ver e apreender o quotidiano. (…)
– PGL: Na obra Marta e a píntega experimentas com a rutura dos corsés de género que a literatura infantil foi criando também como o cinema e o resto da produção cultural destinada a consumo infantil, qual foi a necessidade que viste para introduzires o feminismo?
– ER: Porque sou mulher, porque também quero identificar-me com uma protagonista, porque a voz de mulher tem o mesmo espaço que a do homem(algum dia), porque nom acredito em que uma menina seja um objeto, porque nom acredito que uma menina seja só uma roupa, porque nom acredito em que uma menina seja menos capacitada que um menino para imaginar aventuras. Porque é e será necessário para terminar com o inferno no que crescem e moram as mulheres.
– PGL: Não apenas aqui, mas em toda a tua obra temos uma fonda impronta do feminismo, da necessidade da deconstrução social do género, dos preconceitos, dos tabus que nos trouxeram onde hoje estamos. Como achas que a literatura pode nos ajudar a sairmos desta encruzilhada?
– ER: Criando referentes nos que possamos deitar a nossa olhada, levantando as figuras das mulheres ignoradas na História não só reclamamos um espaço mas também a possibilidade de que as meninas tenham ícones científicos, literários, etc, e nem só de beleza patriarcal ou de costumes ancestrais. (…)”

Actividades literarias destacadas no Festigal 2014

Na Galería das Letras do Festigal 2014, que se celebrará no Campus Universitario Sul de Santiago de Compostela, terán lugar as seguintes actividades literarias destacadas o venres 25 de xullo:

PRESENTACIÓNS
16:30 h. Espelho de mim mesma, de Cruz Martínez, publicado por Círculo Edições. Presentación da revista literaria Elipse. Interveñen: Alexandre Insua, Cruz Martínez e Rosanegra.
17:00 h. 50 preguntas, 50 argumentos para a soberanía, Fundación Bautista Álvarez. Interveñen: Mª Pilar García Negro, Néstor Rego e Bautista Álvarez.
17:30 h. A Unión Europea como problema. Reflexións desde Galiza. Interveñen: Xavier Campos López (director da Fundación Galiza Sempre), Carlos Aymerich (coladorador do libro) e María do Carme García Negro (colaboradora do libro).
20:00 h. Uma Mãe tão Punk, de Teresa Moure, Chiado Editora. Interveñen: Carlos Quiroga e Teresa Moure.
20:30 h. Contos do mar de Irlanda, Xurxo Souto, Edicións Xerais. Interveñen: Manuel Bragado e Xurxo Souto.
21:00 h. 55, Xavier Queipo, Xerais. Interveñen: Manuel Bragado e Xavier Queipo.
21:30 h. Autores e autoras para o 25 da patria (presentación dos libros de autopublicación Alén do silencio e Un libro de libros). José Estévez, Autoedición. Interveñen: Eva Xanín e José Estévez. A continuación recital a cargo de: Cesáreo Sánchez Iglesias, presidente da Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega, Rosalía Fernández Rial, Iria López (“Ika”), Rochi Nóvoa, Guillerme López Sueiro, Irene Fernández, Cruz Martínez, Luísa Arias, Alexandre Brea, Beti Arias, Lorena Rei, Isidro Rajo “Isidrez”, Xurxo Valcárcel, Luz Fandiño, Iolanda Aldrei, Ana Pérez Croas, Estela Dopazo, Catarina Laxe, Alexandre Insua e Rosanegra, Victoria Esteban, Chus Amieiro, Maria José Castelo, Mar Romero, Silvia Castiñeiras, Carlos Neira Suárez e Anxo Angueira.

A partir das 18:00 horas, no Espazo Sinaturas:
– Afonso Eiré, Eu estaba alí, Hércules Edicións.
María Reimóndez, A alternativa está aquí, Xerais.
– Henrique del Bosque, E logo, temos razóns para ser nacionalistas?, Xerais.
– Rodri Suárez, Non temos medo, Nicetrip Edicións.
– Xavier Vence & Xan Carballa, Temos dereito a un futuro distinto, Engaiolarte.
– Bautista Álvarez, Retallos daquela infancia, Xerais.
– Eduardo S. Maragoto, Como ser reintegracionista sen que a familia saiba, Ed. Cumio
e todos/todas os/as que presenten libros.

A Coruña: presentación de De Vida ou Morte, de Maria José Castelo

A sexta feira 25 de abril, ás 20:00 horas, na Biblioteca da Asociación de Veciños de Monte Alto-A Torre-Atochas (Campo de Marte, s/n) da Coruña, preséntase o libro de poemas De Vida ou Morte, de Maria José Castelo Lestom, publicado por Editora Humana. No acto, xunto á autora, participan musicalmente César Morán e Sapoconcho.