Entrevista de Diego Rivadulla a Lorena López López arredor de Ainda invisíveis

Desde New Books Network:
“Un dos fenómenos destacados de maneira recorrente pola crítica a respecto do campo literario galego do século XXI é a crecente visibilidade das mulleres narradoras. En Ainda invisíveis? Narradoras e margens na literatura galega contemporânea (Através Editora, 2022), a filóloga e poeta Lorena López López pon en cuestión esta diagnose e coloca o foco en catro escritoras que, por motivos diversos, ficaron nas marxes dese boom da “literatura feminina” ou “literatura feminista”. As propostas de Margarida Ledo Andión, Patricia Janeiro, Cris Pavón e Teresa Moure, segundo este libro analiza, non só foxen das anteditas etiquetas, senón que xeraron tensións no campo cultural galego ao proporen modelos narrativos alternativos que cuestionaban o discurso hexemónico sobre a narrativa das autoras, pola incorporación ben de repertorios temáticos incómodos, ben de estéticas vangardistas ou ben de xéneros minoritarios como o gótico e a ficción científica dura. Este ensaio bota luz sobre os “puntos cegos” da interacción entre o discurso feminista e o discurso nacional xurdida das obras das mencionadas narradoras e pon de manifesto algunhas dinámicas conformadoras do sistema literario galego, ao tempo que propón unha profunda reflexión sobre os mecanismos de canonización ou de subalternidade. A entrevista pode escoitarse aquí.”

Braga: presentacións de varios libros galegos, os 20 e 22 de outubro

Lorena López: “Cumpre não só repararmos na questão da visibilidade, mas em como se visibiliza, que se salienta, que se esquece ou que achegas ficam ocultas e por que”

Entrevista de Daniel Amarelo a Lorena López no Portal Galego da Língua:
“(…) – Portal Galego da Língua (PGL): Este trabalho nasce da tua tese de doutoramento na Universidade de Bangor, no País de Gales. Como surgiu a ideia, o tema e a focagem da investigação? Que te levou a indagar nesta questão? Ajudou esse contexto diaspórico a desenhar a tua proposta ensaística?
– Lorena López (LL): Os estudos literários com perspetiva feminista interessaram-me sempre e já trabalhara sobre a narrativa das autoras no TIT (Trabalho de Investigação Tutorizado) que fiz na USC, mas de uma ótica mais historiográfica e focada na produção dos anos 80 e 90. Depois dito o desafio para mim era ir além e tentar compreender determinadas dinâmicas que estavam a ter lugar naquela mesma altura, já iniciado o século XXI.
O meu tempo na diáspora ajudou-me, em primeiro lugar, com as condições materiais e humanas que me facilitou a Universidade de Bangor e em concreto o Centro de Estudos Galegos ali. Ainda não se fala o suficiente da precaridade em que está sumido o trabalho de pesquisa aqui, nem do solitário que pode resultar o caminho da tese. Por outro lado, durante esse tempo fora aprofundei mais no âmbito dos Estudos Culturais que me forneceu de ferramentas teóricas mui diversas à hora de analisar a prática literária. Além disso, acho que também foi produtiva a perspetiva que às vezes dá a distância, embora o difícil que é a emigração.
A escolha dessas quatro autoras, é claro, não é casual. Pessoas com estilos de escrita diferentes, temáticas diversas, períodos de publicação em ocasiões afastados e até normativas distintas. Mas qual o fio condutor entre todas elas? Sendo mulheres, quais os pontos de encontro e desencontro destas autoras com o género e a nação no nosso contexto cultural particular e subalterno?
Efetivamente, as suas propostas literárias são mui diferentes. Diria que o único que partilha a narrativa das quatro é a ótica feminista, mas materializada de jeitos mui diversos na sua literatura, nisto cumpre insistir.
Porém, o que mais me interessou da sua prosa foram os desencontros. Por exemplo, o jeito crítico em que Ledo Andión se achega à história do nacionalismo desde dentro para o desmistificar e questionar os discursos mais conservadores e essencialistas dentro dele. Cousa que também faz Janeiro em A perspectiva desde a porta ou Teresa Moure no livro de poemas Eu violei o lobo feroz, que falam do independentismo e da repressão de Estado contemporânea. No caso do género resulta mui sugestivo como as três revisam as masculinidades no âmbito da política. Por outro lado, Pavón artelha histórias onde estas questões se entrecruzam com a filosofia e com a tecnologia através de uma focagem positiva mui pouco frequente. Nos seus romances encontramos uma noção da identidade mais porosa e afastada do dicotómico que jogam também com formas alternativas, como o vampirismo ou as máquinas conscientes. E também existem muitas capas de leitura na produção de Moure. Mais além do tema da normativa que analiso na sua trajetória posterior ao 2013, o que mais destacaria da sua última narrativa são os jogos meta-literários e a reflexão acerca da escrita. A isto soma-se uma construção autoral que vai no contra de leituras sobre a escrita das mulheres que acabam funcionando como tópicos limitantes.
– PGL: No livro falas de ângulos ou pontos cegos na literatura galega contemporânea escrita por mulheres e, provavelmente, é esta uma das apostas do ensaio mais centrais e importantes. Que sentidos encerra este conceito? Como tem funcionado?
– LL: Embora o livro faça alusão às margens no subtítulo, a ideia de ângulos cegos responde melhor àquilo que me interessava estudar. Às vezes não é uma questão de figuras ou discursos que em geral sejam totalmente invisíveis, mas das abordagens concretas que deles se fazem.
Podemos exemplificá-lo voltando à questão nacional: esta sempre foi um tema central na produção literária galega, mas a perspetiva particular que adotam Ledo Andión e Janeiro resultou incómodo por olhar para zonas que ficam na sombra. Isto não foi devido somente à sua focagem feminista porque outros romances que incluem estes elementos gozaram de uma receção mais positiva ou foram postas em valor posteriormente. O mesmo acontece no caso dos romances de Pavón em relação à literatura fantástica ou no caso concreto da ficção científica, um terreno pouco visível de seu. Neste subgénero acolheram-se muito melhor as histórias distópicas doutras narradoras do que a sua ficção especulativa. Por outro lado, ninguém irá dizer que Ledo Andión ou Moure são figuras invisíveis na cultura galega, mas precisamente por causa disso chama a atenção que parte da sua produção passe totalmente despercebida. Acho que a noção dos pontos cegos auxilia a análise porque não se move em dicotomias absolutas e pode abordar essas zonas cinzentas, que explicam muito do funcionamento do campo literário. (…)”

Compostela: actividades destacadas do 11 de maio na Feira do Libro 2021

O 11 de maio continúa a Feira do Libro de Santiago de Compostela (no Paseo Central da Alameda), organizada pola Federación de Librarías de Galicia, con horarios de 11:30 a 14:00 h. e de 17:30 a 21:00 h., cos seguintes actos literarios destacados dentro do seu programa:

18:00 h. Mario Caneiro (autor) e Eva Rieiro (ilustradora) asinan A nena, publicado por Medulia.
19:00 h. Ramón Area asina Camiño negro, publicado por Positivas.
19:00 h. Laura de Cáceres asina Despois da erosión, publicado por Urutau.
20:00 h. Suso de Toro asina Un señor elegante, publicado por Xerais.
20:00 h. Patricia A. Janeiro asina Rueiro da cidade escura, publicado por Positivas.

Taboleiro do libro galego (verán e outubro 2017)

Desde Cicloxénese Expresiva:
“Aquí vos traemos a listaxe de libros máis vendidos dende o verán. Podedes consultar as entradas anteriores no Caderno da Crítica e nesta propia páxina.

Para a elaboración deste taboleiro participaron as seguintes librarías: Trama, Cronopios, Andel do libro, Miranda, Paz, Lila de Lilith e Chan da Pólvora.

Narrativa

  1. Os fillos do lume, de Pedro Feijoo. Editorial Xerais.
  2. Luns, de Eli Ríos. Edicións Xerais.
  3. Izan o da saca, de Xabier Quiroga. Edicións Xerais.
  4. Manual básico de Hostalería, de Patricia A. Janeiro. Edicións Positivas.

Poesía

  1. Antoloxía da poesía galega próxima, de María Xesús Nogueira. Chan da Pólvora editora e papeles mínimos ediciones.
  2. Suicidas, de Francisco Cortegoso. Chan da Pólvora Editora.
  3. Nomes de fume, de Míriam Ferradáns. Espiral Maior.
  4. Moda galega, de María Reimóndez. Edicións Positivas.

Ensaio

  1. Os nomes do terror. Galiza 1936: os verdugos que nunca existiron, de Xosé Álvarez, Judith Carbajo, Ana Cebreiros e Xosé Ramón Ermida. Sermos Galiza.
  2. Unha ducia de galegos, de Víctor Freixanes. Editorial Galaxia.

Xuvenil

  1. Os nenos da varíola, de María Solar. Editorial Galaxia.
  2. Pippi Mediaslongas, traducido por David A. Álvarez. Kalandraka S.L.
  3. 22 segundos, de Eva Mejuto. Edicións Xerais.
  4. Jules Verne e a vida secreta das mulleres planta, de Ledicia Costas. Edicións Xerais.

Infantil

  1. A que sabe a lúa?, traducido por Carmen Barreiro. Kalandraka S.L.
  2. De que cor é un bico?,  de Raquel Bonilla. Algar Editorial.

Libro CD-DVD

  1. Canta connosco!, de Migallas Teatro e Óscar Villán. Kalandraka S.L.
  2. Mel, unha mosca agradecida, de Miguel Ángel Alonso e ilustracións de Luz Beloso. Nova Galicia Edicións.
  3. Volta, revolta e reviravolta, de As Maimiñas. Editorial Galaxia.

Banda deseñada

  1. Floreano. Alúganse borrachos para festas, de Gogue. Editorial Xerais.
  2. Ardalén, de Miguelanxo Prado. El patito editorial.”

A Distancia por Lorena Conde

Artigo de Lorena Conde desde A Sega:
“Hai entre a teoría e a praxe, entre os principios e os actos, entre os ideais e a vida diaria unha distancia que é ás veces dunha profundidade insalvable.
E delas fala Patricia A. Janeiro no seu recente Manual básico de hostalería. Un libro breve, lixeiro e armado cunha intelixencia retranqueira que fai imposible a súa lectura discreta no autobús ou na consulta do médico. Proben e verán.
A historia, como a propia autora di, non é complicada: tres camareiras en situación precaria vense envoltas, sen saber moi ben como sucedeu, nun crime. Dende aí, Janeiro lanza cordas a outras tramas paralelas que se enredan na principal e miden esas distancias das que falabamos: a distancia entre o que se agarda dos xestores da cousa pública e o seus cuestionables intereses persoais; a distancia entre o ideario dos empresarios da esquerda e as súas prácticas, a distancia entre a honestidade esixible aos medios e as súas servidumes e, finalmente a distancia entre o que di a letra de calquera convenio e as condicións reais de traballo; asunto este que, hai que recordar, non é só unha cuestión de mala praxe puntual, senón unha práctica constante e mesmo desculpada como algo menor no caso de determinadas profesións (…)”