“A sua música traz a alegria de estar no ponto preciso para virar uma situação. Isso faz com que seja sempre actual”, entrevista a Teresa Moure

Desde El Trapezio:
“(…) Teresa Moure e Maria João Worm são as responsáveis pela banda desenhada Balada do Desterro. Zeca Afonso é um dos principais nomes da música portuguesa do século XX muito devido a ter dado a sua voz a Grândola, Vila Morena. Este livro assinala os 94 anos do nascimento do cantautor que se notabilizou pelos seus temas de cariz politico e social. (…)
A ligação a Galiza não foi esquecida. «Segundo ele próprio declarou em diferentes entrevistas, sempre se sentiu muito querido na nossa terra, que visitava com frequência, e hoje a memória do Zeca está tão viva na Galiza quanto em Portugal. A Balada do Desterro inclui um dos episódios mais ilustrativos para valorizar a profundidade desse relacionamento. Em Agosto de 1985 vinte mil pessoas reúnem-se em Vigo para um grande concerto em homenagem ao Zeca, já estava doente. Quando uns meses antes alguns amigos, como é o Xico de Carinho e a Begónia Moa, lhe comunicam esse tributo, ele aceita ser cabeça-de-cartaz de um evento que entende como organizado em defesa da língua e das reivindicações nacionais. No dia do concerto, para além da música, participaram poetas e líderes políticos que lêem comunicados solidários, mas o Zeca, que só pode participar telefonicamente, fala dos direitos políticos e culturais da Galiza e é respondido com seis minutos de palmas», o arrecadado serviu para pagar as despesas médicas que estava a ter.
«Em 1972 o Zeca deu um concerto em Compostela onde cantou, dizem que por vez primeira em público, o Grândola. Embora essa suposta primícia seja bastante controvertida, o evento faz parte da memória colectiva galega, segundo demonstra a correspondente placa no Auditório de Galiza. Na primavera do 2021, o nosso editor galego, Ramom Pinheiro Almuinha (aCentral Folque), decidiu celebrar esse cinquentenário com alguma publicação, que ele já imaginava no formato da banda desenhada, e convidou-me a escrever o texto», contou Teresa Moure sobre como surgiu este livro. (…)”

Pontevedra: Culturgal 2022, do 24 ao 27 de novembro

Compostela: Galego, porta aberta para o mundo, do 26 ao 29 de xuño

A inscrición debe facerse antes do 15 de xuño aquí.

Compostela: actividades literarias destacadas no Festigal 2017

Na Galería das Letras do Festigal 2017, que se celebrará no Campus Universitario Sur de Santiago de Compostela, terán lugar as seguintes actividades literarias destacadas o martes 25 de xullo:

16:00 h.: Doris Benegas, unha loitadora do pobo, coord.: Pablo Arroyo, publicado por Último Cero. Participan: Fernando Valiño, Luis Ocampo, María Xosé Queizán Vilas (colaboradora do libro) e Guillerme Vázquez.
16:20 h. Na casa da avoa, de Marta Dacosta. Ed. Galaxia. Participa, xunto á autora, María Xosé Cacabelos, Presidenta da Asociación de Mariscadoras de Guimatur.
16:40 h. Conversa con Nacho Taibo e Carlos Callón arredor dos seus libros Os tres de nunca e Galegofalantes e galegocalantes, publicados por Xerais.
17:00 h. Os nomes do terror. Galiza, 1936. Os verdugos que nunca existiron, coord.: Dionísio Pereira, Eliseo Fernández, Xoán Carlos Garrido e Xosé Ramón Ermida, publicado por Sermos Galiza. Participan os coordinadores do mesmo e Xoán Costa.
17:20 h. Repente galego, de Ramom Pinheiro Almuinha, publicado pola Deputación de Pontevedra e Asociación ORAL. Participan: Xosé Leal, Eva Vilaverde, Carlos Alonso e o propio autor. Coa actuación das regueifeiras Alba María e Lupe Blanco.
19:40 h. Os soños na gaiola en concerto. Proxecto colectivo promovido polo Concello de Rianxo, Escola de Música de Rianxo, o CEIP Ana Mª Diéguez de Asados e a Fundación Manuel María. Ed. Casa-Museo Manuel María. Participan: Saleta Goi, Irene Amado, coordenadora do proxecto, Adolfo Muíños e Alberte Ansede.
20:00 h. Himno Galego: unha historia parlamentar (inconclusa), de María do Pilar García Negro, coeditado pola Fundación Galiza Sempre e Federación Galiza Cultura. Participa, xunto á autora, Francisco Jorquera Caselas.
20:20 h. Ramón del Valle-Inclán entre Galiza e Madrid 1912-1925, de Javier del Valle-Inclán Alsina, publicado por Laiovento. Participa, xunto ao autor, José Ángel Maquieira.
20:40 h. Atlas das nações sem Estado na Europa, publicado por Através Editora. Participan: Valentim Fagim, editor, e Abraham Bande, adaptador e tradutor do orixinal.