Entrevista de Armando Requeixo a Teresa Moure no seu blogue, Criticalia:
“(…) – Armando Requeixo (AR): ¿Que cres que lle falta aínda ás nosas letras e que lle sobra definitivamente?
– Teresa Moure (TM): Com as nossas circunstâncias sociolinguísticas, inevitavelmente falta normalidade. Com frequência, publicam-se textos para termos um exemplo de tal o qual género ou material para o ensino e isso implica obedecer o mercado e, aliás, um mercado minoritário e sujeito a uma competência feroz. Se a literatura for também arte, como eu penso, devemos aceitar que o ato artístico é irreverente, provocador e diverso. Eu diria que o importante não é que tenhamos obras de que gostemos; o ideal seria que tivéssemos muitas obras de que não gostássemos, mas não por serem pobres em qualidade, mas por não coincidirem com os nossos gostos. Isso seria um indicador de normalidade. (…)
– AR: ¿Cal é a túa valoración do noso presente literario?
– TM: Sempre é difícil valorar o momento histórico em que estamos envolvidas. Demasiado. A literatura galega tem sido, e ainda é, um território de resistência, com muitas vozes interessantes e grande dificuldade para chegarem, para se fazerem eco. Acho que corresponde à crítica literária responder essas perguntas; as/os autoras/es temos a obriga ética e estética de contornarmos o imediato, de não opinarmos assim muito para simplesmente escrever, escrever, escrever. Daí, da conviccão nas próprias forças, do impulso criativo é que pode sair algo. Ou talvez não. Mas vale a pena tentar. (…)”