Concha Rousia: “Nântia vêm sendo os fantasmas em que nosso ser coletivo, nosso ser cultural, sobrevive”

Entrevista a Concha Rousia no Portal Galego da Língua:
“- Portal Galego da Língua: Qual o objetivo do livro [Nântia e a cabrita d´ouro]? Que público procura?
– Concha Rousia: O livro tem um objetivo filosófico: Esse objetivo é voar, é libertar a palavra que me foi dada… Eu tenho que passar essa palavra para a minha filha, mas não posso abrumá-la, não posso fazê-la prisioneira de custodiar nosso riquíssimo legado. Dantes era mais fácil, meu pai falava a carão do lume, e meia dúzia de filhos apanhávamos suas palavras pelo ar, com a ajuda da não existência da televisão, nem a internet. (…) O livro tem também um objetivo pragmático: Esse objetivo é procurar fazer chegar aos mais jovens as histórias mais antigas, de forma divertida embora não superficial. De fácil leitura mas não de fácil processamento do que o livro conta. Está pensado para um público jovem, sem importar a idade… Pode ser como os puzzles de 8 a 99 anos, ou mais… Eu penso que pode ser o livro galego que a juventude galega ainda não leu sobre o seu mundo, seu mundo tão roubado deles, não é? Mas como isso nos leva passado a tantas gerações acho que a idade não será impedimento para se meter dentro do mundo que recria para nós. Depois também está pensado para poder ser lançado ao resto do mundo. (…)”