Entrevista de Montse Dopico a Isaac Alonso Estraviz en Magazine Cultural Galego:
“(…) – Montse Dopico (MD): Quais são as principais novidades desta nova versão electrónica a respeito da anterior?
– Isaac Alonso Estraviz (IAE): A primeira que está no Acordo Ortográfico de 1990. A anterior estava na conhecida como norma da AGAL. Segunda, conta com um prólogo extenso, útil para galegos e portugueses, uma abundante bibliografia de referência lexicográfica, biobibliografia do autor, etc. Tem, como disse anteriormente, 6.000 entradas mais. As consultas continuam a serem grátis. E toda pessoa pode consultá-lo ou descarregá-lo para o seu telemóvel com a facilidade que dá poder consultá-lo em qualquer momento e lugar. Só com escrever Estraviz já aparece indicado o nome do dicionário. E aí é premer e depois escrever. (…)
– MD: Pode resumir a história do dicionário?
– IAE: Desde sempre defendi que o galego como língua românica devia escrever-se como se escrevem as outras. Sobretudo tendo em conta a variante portuguesa que, junto com o galego são, em palavras de Lindley Cintra e outros especialistas, dous codialetos do mesmo diasistema, da mesma língua. Por isso intentei elaborar o dicionário desse jeito. Mas quando apresentei essas intenções não foram aceites nem por AKAL, Galáxia, Sotelo Blanco e outros. Só me permitiram que figurasse a entrada entre parênteses como eu defendia, cousa da qual Ramón Piñeiro se arrependeu depois e tivemos que romper o contrato e fazer outro com NÓS, que faliu uma vez publicado em 1983 o primeiro dos cinco volumes que ia ter, estando os outros prontos para fevereiro de 1984. A salvação veio da mão da AGAL, e especialmente do daquela presidente, Bernardo Penabade Rei que, com os colaboradores, especialmente do Vítor, fizemos uma primeira versão que se fez pública o dia 1 de janeiro de 2005. Então pude respirar amplamente e sentir-me feliz.”