Parlamento das Letras: Séchu Sende

Entrevista de Armando Requeixo a Séchu Sende no seu blogue, Criticalia:
“(…) – Armando Requeixo: ¿Que cres que lle falta aínda ás nosas letras e que lle sobra definitivamente?
– Séchu Sende: Pois falta que umha parte da gente que escreve poida participar em igualdade de condiçons com a outra, ou seja, que acabe a discriminaçom por questiom de letras, em todos os sentidos. E claro, falta mais gente que lea livros na nossa língua. Se nom me equivoco de cada 100 livros vendidos na Galiza compram-se na nossa língua 7. (…)
– Armando Requeixo: ¿Cal é a túa valoración do noso presente literario?
– Séchu Sende: Está mui condicionado polo conflito político e sociolingüístico. A nossa vida como galegos é mui precária, económicamente, culturalmente e literariamente.
Há muitas persoas a desenvolver muita criatividade com as palavras mas cada vez somos menos gente a falar galego… Se houvesse mais persoas galego-falantes, galego-viventes, haveria mais escritores e escritoras a enriquecer a nossa literatura. Entendo que o proceso de normalizaçom da língua e da literatura deve sumar as forças de todos os agentes sociais, galego-falantes, mais galego-falantes, ou mais castelám-falantes, porque som processos de participaçom social, abertos, implicativos. E de aí que veja a necesidade de que as forças galeguistas mais conscientes caminhemos cara a umha irmandade real. E isso nom se pode conseguir se discriminamos por questiom de letras. Muita gente que escreve fai-no com Ñ e muita gente que escreve fai-no com NH. Por outro lado, os últimos meses resultarom-me mui interessantes e dinámicos, especialmente polos livros da irmandade do NH, que medra cada dia: Ramiro Torres, Verónica Delgado, Eugénio Outeiro, Susana Sánchez Arins, Andrea Nunes, Ugia Pedreira, Concha Rousia, e mais, ou o abandono do caminho galego-castelhano por parte de Teresa Moure. Tarda-me muito o seguinte livro de Igor Lugris. (…)”