Entrevista a Eli Ríos, por Silvia Penas Estévez, en Urutau:
“(…) – Editora Urutau (U): A poesía é unha forma de ver o mundo?
– Eli Ríos (ER): A poesia é uma forma de habitar o mundo.
– U: Cando escribes pensas nunha lectora/lector imaxinaria/o? O que escribes vese afectado por iso?
– ER: Não, penso numa pessoa lectora real. Na pessoa que vai lá passar as páginas e tento estabelecer um diálogo com essa pessoa futura desde o presente da escrita com a certeza de que vai ler um texto escrito no passado. Por isso, a escolha das palavras, do tema, etc, sempre tem a ver com que está do outro lado do poema.
– U: Cres que hai un lectorado de poesía ou que se cumpre esa idea de que os poetas se len entre si unicamente?
– ER: Acho que as pessoas que escrevem poesia também leem muita poesia, mas os números de vendas indicam duas possibilidades: ou a gente que escreve compra o mesmo livro muitas vezes ou há um lectorado de poesia muito activo. A minha experiência nos clubes de lectura, por exemplo, diz-me que a poesia está muito viva e é um género que chega a todas as faixas etárias.
– U: Que opinas sobre as redes sociais como difusoras de arte, recitais etc.?
– ER: É uma ferramenta necessária mas também prescindível. E ai temos o exemplo de Tempo fósil de Pilar Pallarés. A autora não tem redes sociais e o poemario foi Premio Nacional de Literatura.
– U: O teu poema aparece como algo súpeto, que golpea e sae dunha maneira explosiva e rápida ou é un proceso máis pausado e longo?
– ER: O proceso de composição é demorado e mesmo muito longo, mas o da escrita foi, no caso deste poemario, muito rápido como marca o ritmo do verso. (…)”