Artigo de Susana Sánchez Arins na Plataforma de Crítica Literaria A Sega:
“Abro as lapelas de Oroonoko e leio os biodados de Aphra Behn. Uma vida muito chamativa, lá no século XVII. Leio a contracapa e merco imediatamente o livro, já que no ressumo aparece-se como uma mui interessante denúncia do sistema escravagista.
Leio. E não gosto. Leio. E reflexiono. Muito.
Oroonoko narra a história de um príncipe de Coramantien, na costa da atual Ghana, que partilha apaixonamento com o rei do lugar. Este, para ficar com a mulher, atraiçoa ao moço e vende-o como escravo. A ela também. Oroonoko é trasladado ao Surinam, onde o conhece a narradora, inglesa que viajou com o pãe, representante do governo británico. Ela é que conta os factos. No início da estadia na fazenda, Oroonoko reconhece a sua amada numa escrava admirada pola sua beleza e recatamento. Casam e aguardam ser libertados dada a sua origem nobre, como muitas pessoas, entre elas a narradora, lhe prometem. Vendo que a libertação tarda e Imoinda está prenhe, Oronooko argalha uma fuga, que fracassa, é salvagem e exemplarmente torturado polo capataz do seu amo; desiludido, sem esperança de futuro, decide fugir novamente para suicidar-se após assassinar a sua parelha.
Recomendaria este romance? A autora é mulher, a primeira escritora inglesa profissional, uma precursora. Fez teatro, poesia, novelas e traduções. Foi uma grande defensora da igualdade de direitos das mulheres.
Porém avanço na leitura e não consigo aderir. (…)”
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Santiago: presentación de Oroonoko, de Aphra Behn
O xoves 22 de novembro, ás 20:30 horas, na Libraría Lila de Lilith (Rúa Travesa, 7) de Santiago de Compostela, preséntase Oroonoko, novela de Aphra Behn, traducida ao galego por María Fe González en Hugin e Munin. No acto participa, xunto á tradutora, Alejandro Tobar.