Desde a Academia Galega da Língua Portuguesa:
“A versão eletrónica do Dicionário Estraviz (ou também Dicionàrio e-estraviz, acessível em www.estraviz.org) ultrapassa os 151.400 verbetes, incorporando léxico da Galiza e da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) ao completar 20 anos da sua presença na Internet. Promovido pelo lexicógrafo Isaac Alonso Estraviz, membro numerário da Academia Galega da Língua Portuguesa (AGLP; em cujo sítio web, academiagalega.gal está também disponível, como dicionário de referência), esta obra começou o seu andamento no dia primeiro de janeiro do ano 2005 no Portal Galego da Língua (www.pgl.gal), web oficial da Associaçom Galega da Língua (AGAL). Em finais de junho do 2009, quando oferecia 121.505 entradas, estreou domínio próprio na rede e permitiu também pesquisar léxico na ortografia ILG-RAG. Em meados de julho de 2011, quando chegava a 126.319 termos, inaugurou uma versão em linha para telemóveis. E desde 2014 apresenta a versão atual, adaptada ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Este dicionário, o mais amplo dos editados na Galiza, é um emblema do movimento que, na Galiza, promove a confluência da língua autóctone com a da CPLP, e acompanha-se do lema Uma explosão de luz no universo da língua.
“Trabalharei neste dicionário enquanto estiver vivo”, afirma Isaac Estraviz, quem no próximo 26 de janeiro de 2025 comemorará o seu 90º aniversário. Desde os inícios teve como colaborador principal a Vítor Manuel Lourenço Peres, quem em 2005 coordenava o Portal Galego da Língua, e que continua a introduzir novos termos, gerir o funcionamento na rede e mesmo oferece sugestões e propostas de novas palavras para incorporar e aumentar o léxico: “A implicação e o apoio do Vítor Lourenço foi e é imprescindível”, admite Isaac. (…)”
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O dicionário eletrónico Estraviz chega às 130.000 entradas na sua terceira versão
Entrevista de Montse Dopico a Isaac Alonso Estraviz en Magazine Cultural Galego:
“(…) – Montse Dopico (MD): Quais são as principais novidades desta nova versão electrónica a respeito da anterior?
– Isaac Alonso Estraviz (IAE): A primeira que está no Acordo Ortográfico de 1990. A anterior estava na conhecida como norma da AGAL. Segunda, conta com um prólogo extenso, útil para galegos e portugueses, uma abundante bibliografia de referência lexicográfica, biobibliografia do autor, etc. Tem, como disse anteriormente, 6.000 entradas mais. As consultas continuam a serem grátis. E toda pessoa pode consultá-lo ou descarregá-lo para o seu telemóvel com a facilidade que dá poder consultá-lo em qualquer momento e lugar. Só com escrever Estraviz já aparece indicado o nome do dicionário. E aí é premer e depois escrever. (…)
– MD: Pode resumir a história do dicionário?
– IAE: Desde sempre defendi que o galego como língua românica devia escrever-se como se escrevem as outras. Sobretudo tendo em conta a variante portuguesa que, junto com o galego são, em palavras de Lindley Cintra e outros especialistas, dous codialetos do mesmo diasistema, da mesma língua. Por isso intentei elaborar o dicionário desse jeito. Mas quando apresentei essas intenções não foram aceites nem por AKAL, Galáxia, Sotelo Blanco e outros. Só me permitiram que figurasse a entrada entre parênteses como eu defendia, cousa da qual Ramón Piñeiro se arrependeu depois e tivemos que romper o contrato e fazer outro com NÓS, que faliu uma vez publicado em 1983 o primeiro dos cinco volumes que ia ter, estando os outros prontos para fevereiro de 1984. A salvação veio da mão da AGAL, e especialmente do daquela presidente, Bernardo Penabade Rei que, com os colaboradores, especialmente do Vítor, fizemos uma primeira versão que se fez pública o dia 1 de janeiro de 2005. Então pude respirar amplamente e sentir-me feliz.”