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A Coruña: actividades literarias destacadas do sábado 1 e domingo 2
O sábado 1 de agosto comeza a Feira do Libro da Coruña (nos Xardíns de Méndez Núñez), organizada pola Federación de Librarías de Galicia, con horarios de 11:00 a 14:30 h. e de 18:00 a 22:00 h., cos seguintes actos literarios destacados dentro do seu programa para o 1 e 2 de agosto:
Sábado 1
– 12:30 h. Inauguración da Feira. Pregón a cargo de Mercedes Queixas Zas.
– 19:45 h. Alfonso Vázquez Monxardín, Patricia Arias Chachero e outros autores presentan Ramón Otero Pedrayo. Unha fotobiografía, publicada pola Fundación Otero Pedrayo. Participa Víctor F. Freixanes.
– 20:30 h. Presentación de O viaxeiro radical, de Xerardo Quintiá, publicado en Galaxia. Participan, xunto ao autor, Olivia Rodríguez González e Carlos Lema.
Domingo 2
– 18:00 h. Contacontos a cargo de Miguel Ángel Alonso Diz, organizado por Nova Galicia Edicións.
– 19:00 h. Presentación de A Normalização Linguística. Uma Ilusão Necessária, de Mário Herrero, publicado por Através. Participa no acto Afonso Mendes.
– 19:30 h. Elena Gallego Abad asina exemplares de Dragal e Sete Caveiras na caseta da Secretaría.
– 19:45 h. Manuel Blanco Desar presenta Galicia: Un pobo con futuro? O noso devalo demográfico, publicado por Xerais. No acto estará acompañado por Justo Beramendi.
– 20:00 h. Presentación do libro-disco Sira e o robot. Adventures on Titan, de Mark Wiersma e Miguel Mosqueira, e ilustrado por Iván Sende, publicado por Xerais. Actividade musical na carpa infantil.
– 20:30 h. Presentación de Agosto de memoria e morte, de Xoaquín Fernández Leiceaga, publicado en Xerais, coa participación Lourenzo Fernández Prieto.
– 21:15 h. Presentación de Cabalos e lobos, de Fran P. Lorenzo, publicado en Xerais. No acto terá lugar unha conversa do autor con Manuel Bragado.
Mário Herrero Valeiro: “O galego ILG-RAG foi concebido, desenhado e implementado para que nada mudasse, aparentando que tudo estava a mudar”
Entrevista a Mário Herrero Valeiro no Portal Galego da Língua:
“A Normalização Linguística. Uma Ilusão Necessária, é a última edição da Através, chancela editorial da AGAL. Conversamos com o autor, Mário Herrero, responsável autorial de Guerra de Grafias, Conflito de Elites, editado em 2011, obra intimamente ligada à atual.
– Portal Galego da Língua: Que vai encontrar o leitor de Guerra de Grafias neste segundo volume?
– Mário Herrero: Neste mundo curioso em que vivemos, as primeiras partes das obras acabam vendo a luz depois das segundas partes. É engraçado. Mas também é índice de precariedade. Contudo, a precariedade encoraja mais o pensamento do que superabundância. Neste segundo volume, o leitor de Guerra de Grafias vai encontrar, primeiro, a fundamentação teórica e a contextualização global desse velho livro e deste novo livro. O percurso lógico é ler primeiro o novo livro, Ilusões Necessárias, e depois Guerra de Grafias. Talvez alguém tenha a vontade de fazê-lo e, assim, acho que compreenderá muito melhor o que quis dizer em Guerra de Grafias. E o que quis dizer vai muito mais além da simplicidade que é estabelecer o axioma de a ortografia agir como índice ideológico e identitário. O controlo sobre as línguas, neste caso sobre a construção formal das línguas, cria realidades, muda o mundo das pessoas, condiciona as suas vidas. Não inventa apenas significados, mas também significantes. Visões do mundo profundamente ósseas mas, para o que agora me interessa, também puramente epidérmicas. E vivemos cada vez mais num mundo epidérmico, em que a primeira olhada pode chegar a definir a verdade, a compreensão das cousas, mesmo a sua eventual evolução ou transformação. O instantâneo, a pulsão inicial, o prazer banal do início das cousas, rege o mundo de muitas pessoas. É um mundo de visões primárias que não aprofundam porque aprofundar desconforta. Porque aprofundar dá medo. Sempre deu medo. Mas agora talvez mais do que nunca porque a tecnologia nos permite viver apenas num universo de imagens. A língua torna-se imagem e o controlo sobre essa imagem, que é apenas a epiderme da língua, torna-se essencial. Posso escrever um texto em norma ILG-RAG profundamente português, no sentido estrutural e simbólico, e nada ocorre, nada é subvertido, apenas talvez em pequenos cenáculos de poetas amantes da censura e de outros tipos de hibridação mais cool. Mas se escrevo um texto em Acordo de 1990 profundamente castelhanizado, tanto no estrutural como no simbólico, entram em cena imediatamente os mecanismos da censura global. O visual imediato como definidor da realidade, da normalidade, do desejável ou do permissível. A pós-modernidade ultrapassada. (…)”