A Coruña: Poemas sen (ser)tido, de Carlos da Aira

O11112806_701542433309964_4127157277517065160_n venres 19 de xuño, ás 22:00 horas, na Repichoca (Rúa Orillamar, 13) da Coruña, terá lugar un recital poético a cargo de Carlos da Aira, baixo o nome Poemas sen (ser)tido, coa colaboración de Pandereteiras sen Fronteiros, Silvia Penide, Mila da Aira, Comando Esbardalle, Eloy e Zapa, e fotografías e ilustracións de Diana Fajardo, Javier Calleja e David Silva.

Crónica videográfica da Gala das Letras e a entrega dos Premios AELG 2015 (IV)

DentroConviteGalaLetrasAELG2015a da Gala das Letras que tivo lugar o sábado 9 de maio no Círculo de las Artes do Concello de Lugo, déronse a coñecer as persoas e entidades gañadoras dos Premios AELG 2015.

Esta é a crónica videográfica do acto, onde se recollen as seguintes intervencións:
Premio Os/As Bos/Boas e Xenerosos/as.
Premio a Institucións.
Premio a Mestras/es da Memoria.
Premio Escritor Galego Universal.
Encerramento da Gala das Letras.

Pedro Feijoo gaña por segunda vez o Premio San Clemente

DesdePedro Feijoo Sermos Galiza:
A memoria da choiva, de Pedro Feijoo, é a obra gañadora na modalidade de literatura en lingua galega dos Premios San Clemente que chegan a súa XX edición. Por vez primeira na historia do premio repítese gañador e, ademais, neste caso dáse a circunstancia de que o autor resulta gañador coas dúas primeiras novelas do escritor. De novo Pedro Feijoo é o escritor escollido polo xurado de alumnos e alumnas de ensino medio que cada ano escollen a mellor novela do ano en lingua galega, española e estranxeira. Esta edición era a primeira na que os autores finalistas podían ser xa gañadores de anteriores edicións.
Desta volta o xurado formado por alumnado de catro institutos galegos, un por provincia, sumáronse alumnas e alumnos doutros centros de Europa, un inglés, un portugués, un alemán e outro francés. Canda a obra de Pedro Feijoo resultou gañadora El impostor, de Javier Cercas (Ed. Random House) en lingua española e O testamento de María, de Colm Toibin en lingua estranxeira.”

Mário Herrero Valeiro: “O galego ILG-RAG foi concebido, desenhado e implementado para que nada mudasse, aparentando que tudo estava a mudar”

Entrevista A-normalização-linguística-uma-ilusão-necessária-capa-Mário-Herrero a Mário Herrero Valeiro no Portal Galego da Língua:
A Normalização Linguística. Uma Ilusão Necessária, é a última edição da Através, chancela editorial da AGAL. Conversamos com o autor, Mário Herrero, responsável autorial de Guerra de Grafias, Conflito de Elites, editado em 2011, obra intimamente ligada à atual.
– Portal Galego da Língua: Que vai encontrar o leitor de Guerra de Grafias neste segundo volume?
– Mário Herrero: Neste mundo curioso em que vivemos, as primeiras partes das obras acabam vendo a luz depois das segundas partes. É engraçado. Mas também é índice de precariedade. Contudo, a precariedade encoraja mais o pensamento do que superabundância. Neste segundo volume, o leitor de Guerra de Grafias vai encontrar, primeiro, a fundamentação teórica e a contextualização global desse velho livro e deste novo livro. O percurso lógico é ler primeiro o novo livro, Ilusões Necessárias, e depois Guerra de Grafias. Talvez alguém tenha a vontade de fazê-lo e, assim, acho que compreenderá muito melhor o que quis dizer em Guerra de Grafias. E o que quis dizer vai muito mais além da simplicidade que é estabelecer o axioma de a ortografia agir como índice ideológico e identitário. O controlo sobre as línguas, neste caso sobre a construção formal das línguas, cria realidades, muda o mundo das pessoas, condiciona as suas vidas. Não inventa apenas significados, mas também significantes. Visões do mundo profundamente ósseas mas, para o que agora me interessa, também puramente epidérmicas. E vivemos cada vez mais num mundo epidérmico, em que a primeira olhada pode chegar a definir a verdade, a compreensão das cousas, mesmo a sua eventual evolução ou transformação. O instantâneo, a pulsão inicial, o prazer banal do início das cousas, rege o mundo de muitas pessoas. É um mundo de visões primárias que não aprofundam porque aprofundar desconforta. Porque aprofundar dá medo. Sempre deu medo. Mas agora talvez mais do que nunca porque a tecnologia nos permite viver apenas num universo de imagens. A língua torna-se imagem e o controlo sobre essa imagem, que é apenas a epiderme da língua, torna-se essencial. Posso escrever um texto em norma ILG-RAG profundamente português, no sentido estrutural e simbólico, e nada ocorre, nada é subvertido, apenas talvez em pequenos cenáculos de poetas amantes da censura e de outros tipos de hibridação mais cool. Mas se escrevo um texto em Acordo de 1990 profundamente castelhanizado, tanto no estrutural como no simbólico, entram em cena imediatamente os mecanismos da censura global. O visual imediato como definidor da realidade, da normalidade, do desejável ou do permissível. A pós-modernidade ultrapassada. (…)”