Pontedeume: Vila do Libro 2024

A Ramallosa, Teo: entrega do Caxato de Avelino Pousa Antelo a Carmiña de Soutomaior, o 20 de agosto

O 20 de agosto, ás 12:00 horas, no Parque Avelino Pousa da Urbanización Os Verxeis en Oza (Concello de Teo), organizado pola Irmandade Avelino Pousa Antelo, a Irmandade Manuel María e a A. C. Xermolos, terá lugar o acto de entrega do Caxato de Avelino a Carmiña de Soutomaior. Na laudatio intervirá tamén Marica Campo. O acto estará presidido e coordenado por Alfonso Blanco Torrado, Baldomero Iglesias “Mero”, Esperanza Lema, Héitor Picallo, Martiño Picallo, Miro Casabella, Raúl Galego e Xosé Valdi (creador do Caxato). Logo do acto no Parque Avelino Pousa terá lugar un xantar de irmandade no Restaurante María Castaña da Ramallosa (é preciso avisar, antes do 16 de agosto, no teléfono 636032750).

Narla, Friol: inauguración da exposición “Soterradas: vidas e historias na busca dun contexto de xustiza social”

A Coruña: actividades do 9 de agosto na Feira do Libro 2024

A Coruña: actividades do 4 de agosto na Feira do Libro 2024

Xosé Luís Martínez Pereiro: “Não imagino a vida sem literatura”

Entrevista a Xosé Luís Martínez Pereiro na Revista Quiasmo:
“(…) – Revista Quiasmo (Q): Como é a tua maneira de criar literatura?
– Xosé Luís Martínez Pereiro (XLMP): Varia muito, no âmbito da narrativa umas vezes parto de uma leitura que me marca e da qual tiro uma frase inspiradora que, analisada sob um prisma desacostumado, alimentará toda a narração. Tenho uns quantos cadernos de apontamentos que me servem de inestimável ajuda e assim fugir da mente em branco. Hoje está todo dito e pensado, só falta procurar um novo enfoque, uma nova maneira de dizer as mesmas coisas. O ano passado foi muito curioso e enriquecedor, forcei-me a criar relatos breves em excesso, tanto como para limitar-me, bem a 59 ou bem a 95 palavras, nem uma mais nem uma menos. É uma evidência que eu nasci na primeira das cifras do século mais feminino da nossa era (do ponto de vista da numeração romana) e Uxía, a minha única criação nascida linda atendendo a etimologia, na segunda. Além dos laços familiares une-nos uma existência capicua. Neste momento o resultado pode que tome a forma de livro em papel, como é lógico, está no obrigatório repouso, entretanto já verei o que faço. No teatro gosto de enfrentar as personagens em diálogos corrosivos e pô-las em situações aparentemente absurdas. Para a poesia reservo a minha faceta mais surreal.
– Q: Que impacto ou influência tem a literatura, e as artes em geral, na vida e, em concreto, na tua própria?
– XLMP: Não imagino uma vida sem literatura. A beleza de uma história bem contada ou um poema que lhe faça pensar são um alimento indispensável para quem ama a imaginação e as palavras. Em princípio a realidade é um desastre que respira monotonia e só melhora com uma aventura, com um diálogo inspirado ou com o deleite ante uma imagem que combata a fealdade da existência. O homem que não quer uma existência prosaica, uma vida escrava dos horários, tende a refugiar-se na arte e na literatura, bem naquelas saídas de um mesmo ou nas imaginadas por outros.
As minhas obras dramáticas e narrativas são humorísticas, distorcidas mas com um certo grau de corrosão, e tentam ser actuais. Concordo com a opinião do Nick Hornby quando diz que a literatura séria reflete um mundo que morreu há 40 anos. (…)”

Carballo: Praza dos Libros PLIC 2024