Antón Costa: “Os obxectivos da Nova Educación continúan a ser retos académicos na actualidade”

Entrevista de Laura Veiga a Antón Costa Risco en Nós Diario:
“(…) – Nós Diario (ND): Eses obxectivos marcados pola Nova Educación están cumpridos hoxe en día?
– Antón Costa Rico (AR): Hai algunhas cousas que son contraditorias con esas orientacións. Cada época e momento innova desde si tamén, desde o seu presente, mais non todo obedece ao momento actual nin moito menos. Ás veces hai aspectos que atopan chaves profundas nun patrimonio xa acadado no pasado. Non é que esteamos observando como se estiveramos nun miradoiro. Estes obxectivos continúan a ser retos hoxe en día.
Tamén hai que ser conscientes de que a Nova Educación é un movemento moi rico e parcialmente diverso tamén desde o punto de vista ideolóxico. Polo tanto, as autoras e os autores máis relevantes traen consigo a defensa dunha autonomía crítica, de prácticas e condutas democráticas, dunha formación ética e moral, da riqueza e a diversidade das capacidades expresivas das persoas, da coeducación, do coñecemento e o respecto da natureza. Todo isto estaba xa presente, e poderíamos seguir debullando ideas que son fundamentais no conxunto das orientacións construídas pola Nova Educación e que seguen a ser retos na actualidade.
– ND: Precisamente, tamén se percibe toda unha evolución no propio movemento.
– AC: Claro. Tal e como reflectimos no documento que acompaña a exposición, o movemento comeza a través de dúas experiencias que pasan a coordinarse a partir de 1899, mais é grazas á creación da Liga Internacional da Educación Nova (LIEN) en 1921 cando pasa a ter unha mellor escala de organización. Neste momento foi cando se estabeleceron os seis primeiros principios da Nova Educación, ao que se lle engade un sétimo nun dos congresos realizados en 1932, polo que hai unha incorporación rica do que é a construción social democrática.
Como dicía ao comezo, a exposición pretende servir para facerse consciente deste impacto. En concreto, na sala correspondente á innovación pódese apreciar que xa se falaba de escolas cooperativas ou do traballo por proxectos. Fundamentalmente trátase de botar unha ollada atrás e percibir que efectivamente algunhas formas novas corresponden a 2023, mais que contan con elementos de fondo que son moi ricos e que comezaron a deseñarse ou a construírse hai cen anos. (…)”

A nova directiva da Federación de Librarías de Galicia comeza a súa andaina

Desde a Federación de Librarías de Galicia:
“A asamblea celebrada en Compostela otorgou a súa confianza a candidatura presidida por Cielo Fernández, única concorrente neste proceso.
A Federación de Librarías de Galicia conta desde hoxe cun novo equipo directivo, que asume dende este mes de decembro os retos e necesidades do sector, representado por esta entidade.
As socias, reunidas en asamblea, outorgaron á proposta presidida por Cielo Fernández a súa confianza. A candidatura -única proposta presentada- conta con cinco membros: a propia Cielo Fernández (Libraría Bahía de Foz) como Presidenta, Óscar Porral (da Librería Lenda, en Bertamiráns) como Vicepresidente, Celia Fernández (do Espazo Lector Nobel de Ourense) como Secretaria, Jacobo Antonio Rodríguez (Libraría Agrasar, en Monforte de Lemos) como Tesoureiro e Patricia Porto (Libraría Lila de Lilith, en Compostela) como Contadora.
O equipo presentou ás socias o seu programa, que centra os seus esforzos en dúas liñas mestras, unha interna, que abordará a reforma da propia Federación e dos seus estatutos, así como ampliar as acción destinadas ás asociadas, para mellorar a formación e o coñecemento interno da entidade, e outra externa, que buscará afondar nas relación institucionais co resto dos representantes do sector e coas administración públicas, e ampliar a difusión das actividades organizadas e coordinadas pola Federación, entre as que destacan especialmente as Feiras do Libro ou a Axenda Cultural, nas que se fará, segundo explica a propia directiva, un esforzo especial, para apoiar o seu crecemento.”

Luiz Ruffato: “Existem duas grandes comunidades galegas antigas no Brasil, Salvador e Rio de Janeiro”

Entrevista de Iago Suárez a Luiz Ruffato en Nós Diario:
“(…) – Nós Diario (ND): São já várias as vezes que o senhor visita a Galiza. O que tem aprendido destas viagens?
– Luiz Ruffato (LR): Exatamente, são já várias vezes que estive aquí na Galiza e acho que já tenho um certo conhecimento de como funcionam as coisas aquí. Para mim o mais interesante é tentar aprender mais sobre a cultura galega quando visito a Galiza e tentar trazer alguma coisa da cultura brasileira aqui porque nem a uma nem a outra são bem conhecidas. Quando se pensa no Brasil existem uma série de imagens pré-fabricadas que colocam o Brasil dentro de certos lugares quando o meu país é muito mais complexo, então acho que estas viagens são uma maneira de fazer uma troca de informações entre as duas culturas.
– ND: Acha que os galegos conhecem bem o Brasil?
– LR: Não porque inclusive nem nós conhecemos bem o Brasil. Eu sempre lembro que existem duas grandes comunidades galegas antigas no Brasil que são Salvador e Rio de Janeiro e acho que no Brasil as pessoas pensam que os galegos que estão lá são simplesmente espanhóis e isso não é bem assim. Muitos brasileiros não compreendem isso e consomem essa comunidade galega que existe no Brasil como espanhola e não como galega.
Mas também é dificil que os galegos conheçam bem o Brasil porque é um país com muitas diferenças dentro de si. Não se pode tentar entender como uma cultura lusófona, mas como uma cultura multifacetada, eu próprio sou de origem italiana e isso faz com que eu fale a língua portuguesa mas não tenha a cultura portuguesa.
A minha cultura é completamente diferente e tenho uma visão do mundo distinta por causa disso.
No caso da Galiza, embora seja um país pequeno, tem uma diversidade intercultural muito interesante, cada cidade e vila tem a sua própia autonomia cultural. Gosto muito desta parte do mundo e foi uma honra ganhar o prémio de Escritor Galego Universal. Conheço bastante bem a Galiza e en verdade sinto como se estivesse em casa quando estou aquí.
– ND: O senhor tem formaçao em jornalismo e há uns anos dizia que não há nenhum tipo de relação entre a sua literatura e o jornalismo. Tem mudado isso com o tempo?
– LR: Não mudou e até tenho mais convição disso. É uma posição muito pessoal mas quando eu trabalhava como jornalista percebi que nessa profissão o importante é o imediatismo e dar informações que sejan claras e não deixem dúvidas. Pelo outro lado, a grande característica da literatura é o oposto.
O escritor dá uma informação, mas é a pessoa leitora quem deve usar a imaginação para construir as ideias. A literatura exige ser duvidosa, algo que o jornalismo realmente não pode ter embora hoje o que mais tenhamos sejam as ‘fake news’ que estão mais próximas da ideia da literatura do que propriamente da ideia do jornalismo.
– ND: E o futuro do jornalismo?
– LR: Acerca da situação do jornalismo atual, acho que é um problema evidente a falta de contrastação de muitas informações mas não podemos ser ingénuos e pensar que enquanto não existiam os meios comunicaçõ digitais isso não existia porque realmente sim existia e a falácia da objectividade jornalística é mentira, nunca existiu. Mas agora chegamos a um ponto em que qualquer pessoa anónima pode construir uma fantasia e essa fantasia ser consumida por milhões de pessoas sem qualquer possibilidade de confrontar essa informação e isso é um desastre completo.
Devemos lutar para que exista uma regulação disto porque hoje não existe e mesmo temos governos que fazem disso uma área de interese. A única forma de combater isto seria por meio da educação para as crianças saberem a importância de contrastar as informações que nos chegam e poder pensar de uma maneira crítica.”