Arturo Casas: “González-Millán trata de promover avanços críticos em que se testasse de que modo as grandes teorizações pretensamente de alcance universal precisavam de um contraste rigoroso e de uma correção da mão do que estudou como “diferença cultural” e “diferença histórica””

Entrevista de Víctor Giadás a Arturo Casas no Portal Galega da Língua:
“(…) – Portal Galego da Língua (PGL): Como surgiu a ideia para este livro?
– Arturo Casas (AC): A ocasião para Cristina Martínez, Isaac Lourido e eu considerarmos a possibilidade de idear algo semelhante a este livro veio dada pelos vinte anos transcorridos desde o trágico acidente de trânsito que segou as vidas de Xoán González-Millán e Esperanza Caneda o 23 de novembro de 2002 preto dos Montes Catskills, no estado de Nova Iorque. Na altura, a perda foi extremamente sentida no mundo académico. Com pouco mais de 50 anos vividos, era muito o que se esperava ainda dele, da sua capacidade de iniciativa como catedrático da City University of New York, como diretor do Anuario de Estudos Literarios Galegos e noutras frentes em que invariavelmente agiu com entusiasmo e convicção. Também se sentiu de maneira entranhada a sua morte noutros âmbitos sociais e culturais, não só na Galiza.
Meses antes daquele cabodano chegou-nos da direção da Através a proposta de pensarmos um livro que não fosse uma homenagem rotineira. Procurava-se uma análise contrastada e vivaz da atualidade do seu pensamento. De como nos atinge no nosso presente, às portas do segundo quartel do século XXI. As co-editoras do volume, que no passado dedicámos uma série de publicações à produção teórica e crítica do autor, consideráramos com certeza a conveniência de que algo dessa natureza se materializasse, se calhar desde diversos ângulos ou perspectivas — inclusive desde diferentes instituições e entidades — e de preferência desde o compromisso crítico, para não acabar no socorrido expediente legitimador ou panegírico, aqui e em toda a parte comum pelas liturgias um bocado deshistorizantes às que nos foi afazendo a cultura da comemoração. Assim que o projeto foi realmente doado de assumir e compartilhar. Interpretámos que o que correspondia era darmos continuidade a achegas anteriores, promovidas entre outros agentes pela Asociación Internacional de Estudos Galegos ou desde o próprio Anuario.
Cousa bem diferente foi a concretização efetiva do projeto, que a equipa de edição quis que fosse bastante mais larga, coral e diversa do que afinal resultou. Até o ponto de que nos vimos na obriga de contribuirmos com algum capítulo da nossa própria autoria para complementar os excelentes contributos de Helena González, Álex Alonso, María Liñeira, Pablo Pesado e María do Cebreiro Rábade. Infelizmente, a resposta no espaço académico (local e global) e noutros limítrofes não foi a prevista. Cabe conjeturar que por um conjunto variado e algo decepcionante de razões, que comentámos com algum detalhe na introdução ao volume.
– PGL: O livro explora a figura poliédrica de González-Millán, as diversas pessoas que escrevem tencionam explicar esta múltipla visão. Existe uma corrente teórica digamos subterrânea do magistério de González-Millán representada nos autores do livro e noutras figuras da teoria galega. Qual é a importância de González-Millán na teoria e na Galiza?
– AC: Sem dúvida existe essa corrente, que não o é apenas de ordem epistemológica ou académica, mas também de afetos. Isto último já pela própria personalidade do autor, a sua cordialidade e a disposição para o traçado de redes colaborativas desde finais da década de 80, tanto na própria Galiza como na comunidade exterior, que ele tanto contribuiu para fortalecer em torno da conceição e fomento duns estudos galegos renovadores. Pelas próprias circunstâncias e dinâmicas universitárias nos Estados Unidos, Reino Unido e outros países, em especial os anglófonos, essa configuração académica e teórico-crítica foi de raiz muito mais aberta e autocrítica do que aqui costuma ser; por exemplo, no referido ao diálogo com as ciências sociais ou à inscrição última das tarefas investigativas na história literária e na filologia, algo notoriamente redutor do que aqui não damos saído.
Em tudo isto constatava-se um grande pulo inovador, mais esses estudos galegos que começaram a perfilar-se em Maine em diálogo com Kathleen March e aquela compreensão do que podiam dar de si a investigação e a docência sobre cultura e literatura galegas têm com tudo uma ligação bastante evidente com o programa do Seminário de Estudos Galegos.
González-Millán, acho que sempre com sossego e prudência, não estava a favor da erudição pela erudição, como também não estava a favor das inercias do positivismo, os caducos determinismos ou os sociologismos ancorados em práticas analíticas anteriores mesmo ao marxismo de Lukács. Conhecedor da tradição da teoria crítica e das sucessivas correntes antropológicas, sociológicas, económicas e teórico-literárias, também dos grandes debates da teoria e da filosofia políticas — com o necessário regresso a pensarmos a hegemonia e as diversas formas da dominação —, a ideia de González-Millán consistiu em tratar de promover avanços críticos em que se testasse de que modo as grandes teorizações pretensamente de alcance universal precisavam de um contraste rigoroso e de uma correção da mão do que estudou como “diferença cultural” e “diferença histórica”. Isto introduz de facto, entre outras cousas, o questionamento de uma compreensão simples do eixe centro-periferia e contribui ao desenho — do caso galego — de um modelo outro, complementário dos estudos pós-coloniais, para entender o acontecido historicamente com as culturas nacionais submetidas a minoração desde a fortaleza de um Estado que nega essa diferença. O qual complica-se no caso galego pelo extraordinário poder e projeção históricos do império espanhol — também do português, com certeza. Outro elemento fulcral da sua compreensão do mundo considero que foi a presença, dignidade e representatividade do exílio republicano.
Acredito que esse justamente é o seu maior legado para o século XXI. Útil mesmo, com limitações, como no nosso livro se constata, para uma leitura feminista da realidade histórico-cultural e dos próprios saberes e convenções académicos. E eu diria que isso tudo — incluído o convite a exercer permanentemente uma reflexividade crítica e emancipadora, uma avaliação do que se está a fazer e dos seus condicionantes e heteronomia — está de uma ou doutra forma em numerosas investigadoras que hoje continuam a ampliar os estudos galegos, tanto na Galiza como noutros espaços académicos. Neste sentido, a importância de González-Millán é máxima. Ainda não se sabe ver bem, precisamente pelo peso e densidade do fator que acabo de introduzir, um grau de autonomia (também de pensamento e análise) insuficiente em muitos sentidos para os desafios que temos à vista.
Cousa diferente a tudo o anterior seria a pergunta (pertinente) sobre a existência de uma continuidade do seu pensamento em forma de escola, corrente, discípulos que mantêm a sua compreensão do mundo, da academia, da história… Sobre isto serei categórico: não creio que haja nada nesse sentido a dia de hoje em nenhum lugar.
Para rematar, no quadro da teoria literária e cultural internacional o reconhecimento da sua produção é limitado e foi seriamente condicionado por um paradoxo: González-Millán publicou muito pouco em inglês. E já se sabe quais as consequências a esse respeito. (…)”

Texto lido por Gonzalo Hermo na mesa redonda Furia estratéxica para un tempo salvaxe?, no VIII Ciclo Escritores/as na Universidade

O 3 de outubro tivo lugar en Vigo a primeira mesa redonda, baixo o título Furia estratéxica para un tempo salvaxe?, do VIII Ciclo Escritores/as na Universidade, organizado pola Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega.
Gonzalo Hermo leu este texto, que reproducimos a continuación desde o seu blogue:

POESÍA É PRECARIEDADE

“Os teóricos da escola de Santiago veñen falando desde hai algún tempo de dúas disposicións ou habitus, na terminoloxía de Bourdieu, que compiten por monopolizar o capital do campo literario: unha disposición lírica e unha disposición non lírica. De acordo con Arturo Casas, o habitus non lírico recolle todas aquelas prácticas poéticas que presupoñen a refutación da chamada actitude lírica, entendida esta como a construción dun suxeito discursivo que dá conta dunha subxectividade ligada á doxa romántica. Os discursos non líricos son necesariamente heteroxéneos, xa que se caracterizan á negativa, pero poden ser perspectivados como unidade na medida en que funcionan no seu conxunto como contrapeso dos líricos. En termos de Foucault, o discurso lírico sería a potentia ou forza hexemónica, mentres que o non lírico desempeñaría o papel de potestas, a contra-forza que resiste e nivela o influxo da forza dominante.
Pois ben, a miña idea sobre o estado actual da poesía galega é que a potestas está en condicións de darlle a volta á relación de poder e tornarse potentia. Tomando como referencia a produción poética galega a partir do ano 2000, ano no que, non por acaso, Chus Pato lanzaba un clamoroso «adeus á lírica», percibo cada vez máis tentativas de ensaiar fórmulas non líricas para o poema. Digo tentativas porque nalgunhas ocasións os resultados son tímidos, ou inseguros, e isto explícase pola presenza dunha tradición monopolizada ata tal punto polo habitus lírico que este chegou a confundirse coa esencia mesma do poético. No entanto, si parece claro que existe un certo cansazo das formas de escrita vertebradas en torno ao mundo interior dun eu que facilmente puidese confundirse co poeta mesmo e, por conseguinte, unha estratexia encamiñada a remarcar as fronteiras entre a voz do poema e a voz do poeta.
Ollo, con isto non quero dicir que o salto ao non lírico se salve mediante un cambio pronominal. De feito, existen poéticas perfectamente líricas que se expresan desde un nós. Da mesma maneira, o uso da primeira persoa non implica que o resultado sexa lírico de seu e, de feito, moitos textos nos que estou pensando constrúense deste xeito. A diferenza radica en que na poesía non lírica ese eu dá conta do poema, non é o poema. O texto despraza «a centralidade enunciativa e enunciada do suxeito», o reflexo dunha «sentimentalidade vinculada ao coñecemento» –son palabras de Casas. Cabe aquí a contaminación discursiva, coa entrada de modalidades neo-épicas ou epizantes, dramáticas e ensaísticas, e aínda das non literarias, pero moitas veces son poemas onde o eu simplemente se esforza por levantar a vista do embigo.
Adopte a forma que adoptar, a emerxencia de poéticas non líricas ten as súas implicacións. Por unha banda, revela unha negativa a asumir a máxima posmoderna segundo a cal é imposible saír dos esquemas pautados pola tradición (aquilo que Vattimo chamaba «a fin da era da superación») e, consecuentemente, a actualización da noción de vangarda, non na dirección de recuperar as vellas vangardas históricas, senón como confianza en que a historia, tamén para a poesía, non morreu coa caída do muro de Berlín. Por outra, representa unha posibilidade de intervención no espazo socio-político (se é que tal acción é aínda posible a través do poema), na medida en que, ao sacar o xénero da dimensión autorreferencial, se facilita a posta en marcha de análises críticas da realidade non niveladas polo recurso ao singular e ao emocional.
É dicir, a hipótese que lanzo aquí é que a proxección de poéticas non líricas en Galicia pode estar en consonancia cunha toma de conciencia e un querer posicionarse a respecto da realidade por parte dos autores que as poñen en práctica. Talvez sexa activada por poetas que se saben e se recoñecen como suxeitos históricos, perfectamente transidos polo seu espazo e o seu tempo. Non hai maneira de escapar destas coordenadas, non se pode escribir desde fóra, por moito que se nos repita que a poesía é a arte do transcendente e o poeta, a poeta, unha especie de ente atemporal que comunica as esencias do humano. Falando desta cuestión con Francisco Cortegoso, dicíame el que o escritor é un «conservador do seu tempo». Pode fantasiar coa idea de que escribe sen pai, sen tempo e sen patria, pero a súa produción deixará igualmente rexistro de quen é seu pai, cal o seu tempo e onde a súa patria.
Ora ben, isto non quere dicir que a práctica lírica e a vontade de artellar un discurso de resistencia sexan incompatibles. Por poñer un exemplo, as poéticas feministas continúan a articularse en boa medida valéndose dunha actitude lírica, é dicir, construíndo un suxeito poético feminino que, mediante a expresión dunha subxectividade liberadora, vén entrar en concorrencia co réxime simbólico do patriarcado. Hai moitos outros exemplos, e a tradición literaria galega pode fornecérnolos sen ter que rabuñar de máis. Aí esta Rosalía, sen ir máis lonxe.
En todo caso, sexa mediante a configuración de discursos non líricos, sexa mediante discursos líricos, os elementos repertoriais da recente poesía galega dan a entender que os produtores, incluídos os poetas que se incorporan á actividade literaria no último decenio, non esquecen nin queren esquecen a condición subalterna da cultura da que agroman e cúmprense así a pauta sinalada por González-Millán segundo a cal os autores de literaturas periféricas móstranse máis receptivos a subverter as tradicións discursivas dos xéneros literarios, que son percibidos desta volta como dispositivos de poder que vehiculan unha tradición repertorial que terma do statu quo.
Isto é especialmente visible se o comparamos coas modalidades de poesía que se practican hoxe nos grandes centros de cultura. Ultimamente estiven atento ao que están escribindo poetas novos dos Estados Unidos. Non hai dúbida de que a miña visión do asunto é necesariamente incompleta, máxime cando parte da lectura de antoloxías e panoramas, pero a impresión que extraio é que estes autores mozos proxectan suxeitos poéticos que reflicten a súa percepción ante experiencias cotidianas que se viven como cruciais para a autoformación persoal ou ben reivindican aquelas escritas que senten como próximas, pero non por vía do intertexto, é dicir, mediante o diálogo con eses textos de referencia, senón sinxelamente como catálogo de predileccións, como inventario de fetiches. O cambio verdadeiro que eu detecto nos seus discursos a respecto de, por exemplo, os confesionalistas dos anos 50 e 60, é que, por primeira vez, interesa máis o efecto que o texto produce nos lectores, a imaxe que se proxecta da propia poética, que a poética en si mesma. Interesa a superficie, talvez porque a cultura da imaxe fixo o seu traballo ou ben porque se chegou á conclusión de que calquera tentativa de significación está abocada ao fracaso.
Isto é, a lírica predomina con clareza, mesmo que sexa modulada polo humor, e, ademais, trátase de lírica á que se lle poderían aplicar boa parte dos trazos característicos que Alberto Lema fixaba a semana pasada neste mesmo encontro para a novela posmoderna: predominio dunha primeira persoa que carece de identidade colectiva, preponderancia da ironía, presentismo ou ausencia de profundidade histórica, renuncia ao proxecto que representaron as vangardas, ausencia de conflito de clases, etc.
En Galicia comezan a albiscarse retallos de poéticas máis ou menos afíns, pero, se atendemos á obra dos poetas que foron aparecendo dun tempo a esta parte, xusto é dicir que andan noutra cousa. E digo eu que a barbarie coa que nos obrigan a tragar a diario algo terá que ver con isto.
Ocórreseme, mesmo, que a vangarda ben puidese estar aquí, a este lado do mapa, onde cada vez é máis xeral a sensación de que a posmodernidade, tamén a posmodernidade estética, foi un mal soño que cómpre esquecer. Mentres tanto, nas capitais do imperio algúns continuarán a escribir poemas convencidos de que a realidade é un texto e que nada máis importa.
A precariedade conta coa vantaxe de que serve para manter os ollos abertos. Algo bo tiña que ter.”

O Congreso da Asociación Internacional de Estudos Galegos terá lugar en Bos Aires en abril de 2015

Desde Sermos Galiza:
“A Asociación Internacional de Estudos Galegos (AIEG) celebrará a XI edición do seu congreso en Bos Aires os días 6, 7 e 8 de abril de 2015. (…)
A AIEG vén de tomar a decisión despois dun debate entre socios e socias buscando as datas máis acaídas para a organización do importante evento que convoca a especialistas en estudos galegos de todo o mundo.
A Asociación organizou os seus tres primeiros congresos nos Estados Unidos. Pasaría logo a Europa ao escoller Reino Unido e Alemaña como sedes. Habana e Bahia serían citas relevantes do encontro de especialistas en estudos galegos en Latinoamérica e Barcelona, a única sede estatal do congreso, cando asume a presidencia Basilio Losada. En 2009, o Congreso desenvolveuse por única vez na Galiza, con sedes na Universidade da Coruña, Santiago e Vigo.
Desta volta, a presidencia de Débora Campos, profesora na Universidade de Bos Aires e coñecida xornalista e dinamizadora dos estudos arredor de Galiza e a cultura da emigración e o exilio debeu pesar á hora de inclinar a balanza cara a capital arxentina. Ámbito de desenvolvemento dunha parte relevante da cultura galega creada por tantas persoas que tiveron no país americano o seu destino.
O traballo de investigación arredor dos estudos galegos desenvolvidos nos Estados Unidos con especialistas como Kathleen March ou González-Millán está na orixe da asociación que logo se expandiu a través dos Centros de Estudos Galegos máis os lectorados que existen ao longo do mundo.”

Na lembranza de Xoán González-Millán, por Dolores Vilavedra

Artigo de Dolores Vilavedra en Galaxia:
“Hai dez anos falecía en New York, víctima dun accidente de tráfico, Xoán González-Millán. O 2002 foi un ano duro: recén encetado perdíamos Carlos Casares e, cando case lle puñamos cabo, veu mancarnos esoutro pasamento inesperado. Os camiños vitais de Xan e Carlos cadraron moito máis do que a simple vista poida parecer, e por iso quero lembralos hoxe aquí. Alén desa morte súpeta e prematura que disque o destino lle ten reservada aos eleitos, ambos eran moi semellantes no vital e no intelectual: moi amigos dos seus amigos e amantes incondicionais da tertulia, os parrafeos nocturnos na casa de Vilariño eran unha competición de enxeño, e para os convidados un espectáculo ver faiscar senllas intelixencias. Carlos foi o mellor cómplice que Xan puido atopar para botar adiante os seus proxectos, tanto tempo soñados, para unha Galicia mellor, máis culta, crítica, lúcida e competente. Procurar o talento alí onde estivese, e darlle ocasión de desenvolverse, foi tamén unha teima común, que axiña deu froitos logrados: se o Anuario de estudios literarios galegos se fixo realidade a partir de 1992 foi polo apoio incondicional de Carlos, que lle abriu a Xan, de par en par, as portas de Galaxia. Carlos e Xan combinaban un don singular que era a capacidade de exercer a crítica sincera cunha dose de cordialidade que anulaba calquera efecto colateral non desexado. Conscientes de que a este país lle sobraba compracencia e lle faltaba madurez cívica, ambos entenderon esa práctica crítica como unha faceta máis do seu compromiso íntimo con Galicia. Se no caso de Carlos ese compromiso se encarreirou máis polos vieiros institucionais (do Parlamento á dirección de Galaxia e logo á presidencia do Consello da Cultura), Xan concretouno nun mangado de libros que renovaron radicalmente os estudos literarios galegos, aínda moi ancorados nuns modelos historicistas que nin sequera o pulo estruturalista e as contribucións feitas nos 80 dende eidos como a narratoloxía conseguirán actualizar en plenitude. (…)”.