Xosé Ramón Freixeiro Mato: “A via do galego tem de ser a reintegracionista”

Entrevista a Xosé Ramón Freixeiro Mato no Portal Galego da Língua:
“(…) – Portal Galego da Língua (PGL): Existem duas estratégias para o galego, a galego-castelhana ou a galego-portuguesa. Qual a mais eficaz?
– Xosé Ramón Freixeiro Mato (XRFM): A via do galego tem de ser a reintegracionista. Concordo com a tese de Carvalho Calero de o galego ser galego-português ou galego-castelám. Este último apenas conduz à paulatina absorviçom da nossa língua dentro do castelám. Umha via intermédia é impossível, um galego ilhado que pretenda a equidistância entre espanhol ou português. O galego é umha língua internacional que se espalhou polo mundo através de Portugal e seria suicida renunciar a essa vantagem, do mesmo jeito que nom seria acreditável que o inglês renunciasse à variante dos EUA. (…)
– PGL: Dentro das pessoas que estám por volta da normalizaçom do galego oficial, que tipo de atitudes existem?
– XRFM: Havia um grupo amplo de pessoas, maioritário, proclive ao reintegracionismo. Em finais de 80, houvo umha recolhida de assinaturas para propiciar um acordo normativo na linha reintegracionista de mínimos. O manifesto, que tinhas aspetos concretos que afectavam a forma de língua, foi assinado pola imensa maioria do professorado do ensino médio.
Havia outro posicionamento hostil a esta linha mas observo agora que esta linha isolacionista nom apresenta hoje posições anti-reintegracionistas como havia antes. Mesmo artigos de Henrique Monteagudo ou Xosé Luís Regueira ou publicações do CCG coordenadas por pessoas do ILG, já utilizam o argumento de que deve ser explorado o valor do português. Pola contra, posições recalcitrantes som hoje escassas. Há um ponto de inflexom que abre umha possibilidade de avançar. É fundamental que o discurso da utilidade do galego como língua universal chegue à sociedade. Há muitos argumentos para que o discurso chegue. (…)”.

Compostela: festa do 25 de abril con Luandino Vieira

A cuarta feira 24 de abril, ás 19:30 horas, na Ciranda (Rúa Travesa, 7, baixo) de Santiago de Compostela, terá lugar unha festa do 25 de abril, que contará coa presenza do escritor angolano Luandino Vieira, quen presentará a editora Nossomos, especializada em literatura angolana (nomeadamente poesía) mais tamén de outros países africanos. Aliás, haberá a actuación musical da Banda Hospitaleira do Minho (Uxía, Víctor Coyote e Rómulo Sanjurjo).

Santiago: lanzamento de Obra seleta, de Johán Vicente Viqueira

A quinta-feira 18 de abril, ás 20:00 horas, na Ciranda (Rúa Travesa, 7) de Santiago de Compostela, terá lugar o lanzamento da Obra Seleta de Johán Vicente Viqueira, publicada pola Academia Galega da Língua Portuguesa. No acto participan Iolanda Aldrei, César Morán e José António Lozano.

Aveiro: lectura poética e presentación de Flutuando, de Xavier Frías Conde

A quinta feira 4 de abril, ás 21:30 horas locais, no Biscoito-Atelier Galeria Café de Aveiro (Rua D. Jorge Lencastre, 7), terá lugar unha lectura poética e lanzamento do libro Flutuando, de Xavier Frías Conde, publicado por A Porta Verde do Sétimo Andar, nun acto organizado polo Grupo Poético de Aveiro.

Pitões das Júnias, Montalegre: II Jornadas das Letras Galego-Portuguesas, os 11 e 12 de maio

O grupo/blogue despertadoteusono.blogspot.com tem a bem organizar para os próximos dias 11 e 12 de maio as II Jornadas das Letras galego-portuguesas. O programa inclui umas conferências, comidas de irmandade, poesia e visita a alguns dos lugares mais emblemáticos da Freguesia de Pitões e do Concelho de Montalegre. As vagas para a matrícula nas II Jornadas são limitadas e a inscrição acaba o dia 8 de maio de 2013. O programa é:

Dia 11 de Maio Sábado (Hora portuguesa)
12:00 h.: Juntança de irmandade, convívio e jantar na casa de Turismo Rural do Padre Fontes Nossa Senhora dos Remédios em Mourilhe.
16:00 h.: Apresentação em Pitões das II Jornadas das Letras galego-portuguesas. Temática: Lugares mágicos da Gallaecia.
16:30 h.: Recital de Poesia.
17:30 h.: 1ª Palestra: António Alijó: Árvores e pedras mágicas do mundo celta.
18:30 h.: 2ª Palestra: Rafael Quintia: Geografias míticas da Galiza e espaços hierofânicos. Mitos, rito e crença.
19:30 h.: Visita turística pela aldeia de Pitões.
20:30 h.: Ceia-Convívio na Taberna Celta.
22:00 h.: Atuação do Bruxo Queimam.

Dia 12 de Maio Domingo (Hora portuguesa)
10:00 h.: 3ª Palestra: Santiago Bernárdez: Os “Annála Ríoghachta Éireann” e as relações entre a Galiza e Éire na Idade Moderna.
11:00 h.: 4ª Palestra: Miguel Losada: Os que termam do céu. Imagens da Sacralidade antiga ou quando o mundo era um templo.
12:00 h.: Conclusões e encerramento.
14:00 h.: Comida num restaurante da aldeia.
16:00 h.: Roteiro e explicação pelos exteriores de Pitões.

Vagas limitadas
As jornadas são de graça. Não cobramos por assistência mas o jantar do dia 11 de maio ao meio-dia na casa do Padre Fontes em Mourilhe não é obrigatório para a inscrição nas jornadas mas terá um custo de 15 Euros.

Organização e Matrícula:
José Manuel Barbosa 0034-637-47.48.33
Ro Palomera 0034-673-04.88.59
barbosa_gz@hotmail.com
ros@live.cl

Lídia Jorge, o compromiso ético da escritora galega universal

Desde Sermos Galiza:
“A Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega (AELG) entregará o 4 de maio, no transcurso da gala da XIV Edición dos premios que levan o seu nome, o galardón de Escritora Galega Universal á portuguesa Lídia Jorge. A Asemblea da asociación recoñece nesta creadora da palabra á “autora que combina a excelencia literaria co compromiso ético que o converte en referente na defensa da dignidade humana”.
“Na tradición dos premios a escritores e escritoras universais da AELG hai dúas variábeis que temos en conta”, explica Césareo Sánchez Iglesias, presidente desta entidade, “por un lado que sexa un grande escritor, recoñecido no seu país, cunha traxectoria que se sustente en obras sólidas; por outro lado, que sexa un referente ético diante o deterioro moral que vivimos, con ausencia de valores éticos en determinadas capas desta sociedade”. E Lídia Jorge cumpre con esas dúas facetas. “É unha muller do 25 de abril, un referente non só para os portugueses, senón para todos”, argumenta o presidente da AELG.

Comprometida e cun cariño especial cara Galiza
Carlos Quiroga, responsábel da Lusofonía na AELG, afirma que a escritora homenaxeada “é un nome incontestábel en todos os sentidos, apreciada por crítica e público, un consenso difícil”. Romances, contos, literatura infantil, ensaio, a escritora de Boliqueime conseguiu ser “un caso raro” e chegar ao grande público. Multipremiada, cosmopolita, traducida para moitos idiomas e progresista en todos os aspectos. “Non é unha escritora fácil, de consumo rápido, mais tampouco complica”. Un dos segredos do seu éxito actual foi a adaptación do seu romance A Costa dos Murmúrios ao cinema en 2004 por Margarida Cardoso.
“Sempre tivo un compromiso”, sinala Quiroga, “todos aqueles valores nobres que se lle supoñen a unha intelectual”. Ademais de escritora, muller. “Nunca deixou de mergullar na psicoloxía feminina aplicada a territorios moi diversos”. Compromiso tamén para coa súa paixón literaria. “Puido facer carreira universitaria e foi profesora de instituto para ter tempo para escribir”.
Lídia Jorge visitou Galiza en varias ocasións convidada por institucións como a Universidade, o Consello da Cultura Galega ou a mesma AELG. Concederlle este galardón, recoñece Carlos Quiroga, tamén se fundamenta no “cariño especial” que ten por nós e que atopamos mesmo nalgún ensaio dela.
Na edición deste ano o galardón cumpre co recoñecemento á Lusofonía, algo que o seu responsábel na AELG pensa “debería ser sempre así”. Pon como exemplo os “moitos autores que nos teñen visitado, recoñecendo a raíz común e do pasado que merecen a literalidade de seren escritores galegos universais porque recoñecen na raíz galega a súa propia raíz”.”

Homenagem da literatura portuguesa a Rosalía. Rosa a rosa

Desde Sermos Galiza:
“A primeira obra literária da nossa Renascença viu a luz há um século e meio. Nela o povo galego viu-se no espelho com as suas festas e desgraças, paisagem e alma. Cantares Gallegos foi um extraordinário exercício linguístico e literário que desconhecendo o passado não só tratou de converter o galego em língua poética e reivindicar o seu uso, tremendo esforço para a época e realizado por uma mulher num contexto de intensa subalternidade feminina. Mas excedeu ainda a gesta com uma defesa do ser galego diante das províncias castelhanas, na redescoberta da nossa própria identidade.
Não admira, pois, que os versos de Rosalia de Castro, a filha ilegítima nascida na madrugada de 23 para 24 de Fevereiro de 1837, corressem de boca em boca, primeiro na Galiza e na Argentina, depois por toda a parte onde havia galegos, ficando como a primeira enciclopédia dos nossos sentimentos e modos de ser. Também não admira que neste 2013 em todas as escolas do país houvesse lembranças. E homenagens mais solenes. Outras diferentes ou inesperadas. Como a promovida durante o maior encontro de escritor@s de Expressão Ibérica de Portugal, as Correntes d’Escritas da Póvoa de Varzim, no dia 23 de Fevereiro e em paralelo à clausura. Manuel Jorge Marmelo, Rui Sousa, Ivo Machado, Maria do Rosário Pedreira, Luís Carlos Patraquim, Michael Kegler, Sara Figueiredo, Cláudia Ribeiro, Hélia Correia, Manuela Ribeiro, Possidónio Cachapa e João Tordo, foram ler dois versos cada, da parte IV do conhecido poema A Gaita Galega, a convite de Carlos Quiroga, que os gravou à hora do café e durante a tarde. Montou depois neste vídeo de dois minutos e 20 segundos, com música de gaita e cenas da manifestação compostelana do dia 3 –a condizer com o texto.”

Vila Nova de Cerveira: presentación do volume I da Obra completa de Roberto Vidal Bolaño

O sábado 16 de marzo, ás 16:00 horas (hora portuguesa), na Livraria Porta XIII de Vila Nova de Cerdeira, preséntase o volume I da Obra completa de Roberto Vidal Bolaño, publicada por Positivas. No acto, onde se falará do autor e da súa obra, participan Xosé Manuel Fernández Castro e Francisco Macías.