Alberto Ramos gaña o XXI Premio Rafael Dieste de Textos Teatrais convocado pola Deputación da Coruña

Desde a Deputación da Coruña:
“O XXI Premio Rafael Dieste de Textos Teatrais da Deputación da Coruña xa ten gañador: o xornalista e escritor Alberto Ramos coa obra Conxo, non restraint, unha peza de texto documento sobre a violencia psiquiátrica no Hospital de Conxo.
O xurado, presidido pola deputada de Cultura, Natividade González, estivo composto por autoras e autores cunha recoñecida traxectoria na creación literaria en lingua galega no campo teatral como Teresa Moure, Avelina Pérez, Lois Blanco, Sabela Hermida e o gañador da última edición, Roberto Pascual; e, como secretaria, a xefa da sección de Cultura, Mercedes Fernández Albalat.
O xurado salientou da obra premiada a concreción da denuncia baseada nun afinado proceso de investigación, a linguaxe limpa e estilizada moi acorde co tema que aborda o texto. Tamén valorou positivamente a ousadía á hora de retratar un asunto moi delicado.
Alberto Ramos é xornalista e escritor, dedícase á comunicación cultural e durante seis anos traballou na Asociación de Actores e Actrices de Galicia (AAAG).
O premio está dotado con 6.500 euros e a publicación da obra por parte da Deputación da Coruña que, ademais, desenvolverá un procedemento para a selección de propostas e garantir a montaxe e a representación da obra premiada por parte dunha compañía teatral galega.”

“A sua música traz a alegria de estar no ponto preciso para virar uma situação. Isso faz com que seja sempre actual”, entrevista a Teresa Moure

Desde El Trapezio:
“(…) Teresa Moure e Maria João Worm são as responsáveis pela banda desenhada Balada do Desterro. Zeca Afonso é um dos principais nomes da música portuguesa do século XX muito devido a ter dado a sua voz a Grândola, Vila Morena. Este livro assinala os 94 anos do nascimento do cantautor que se notabilizou pelos seus temas de cariz politico e social. (…)
A ligação a Galiza não foi esquecida. «Segundo ele próprio declarou em diferentes entrevistas, sempre se sentiu muito querido na nossa terra, que visitava com frequência, e hoje a memória do Zeca está tão viva na Galiza quanto em Portugal. A Balada do Desterro inclui um dos episódios mais ilustrativos para valorizar a profundidade desse relacionamento. Em Agosto de 1985 vinte mil pessoas reúnem-se em Vigo para um grande concerto em homenagem ao Zeca, já estava doente. Quando uns meses antes alguns amigos, como é o Xico de Carinho e a Begónia Moa, lhe comunicam esse tributo, ele aceita ser cabeça-de-cartaz de um evento que entende como organizado em defesa da língua e das reivindicações nacionais. No dia do concerto, para além da música, participaram poetas e líderes políticos que lêem comunicados solidários, mas o Zeca, que só pode participar telefonicamente, fala dos direitos políticos e culturais da Galiza e é respondido com seis minutos de palmas», o arrecadado serviu para pagar as despesas médicas que estava a ter.
«Em 1972 o Zeca deu um concerto em Compostela onde cantou, dizem que por vez primeira em público, o Grândola. Embora essa suposta primícia seja bastante controvertida, o evento faz parte da memória colectiva galega, segundo demonstra a correspondente placa no Auditório de Galiza. Na primavera do 2021, o nosso editor galego, Ramom Pinheiro Almuinha (aCentral Folque), decidiu celebrar esse cinquentenário com alguma publicação, que ele já imaginava no formato da banda desenhada, e convidou-me a escrever o texto», contou Teresa Moure sobre como surgiu este livro. (…)”

A AELG manifesta o seu profundo pesar polo pasamento do escritor Carlos Durão, socio desta entidade

Carlos Durão, narrador, poeta e ensaísta, faleceu este 8 de setembro.
Na web da AELG pode consultarse información diversa sobre a súa obra.

Nasceu em Madrid, de família galega com tradição emigrante (Brasil, Catalunha, Cuba, Venezuela), com a que morou nos primeiros anos em diversas localidades galegas (Escudeiros, Ferrol, a Granha, Guimarei, Riba d’Ávia, Tevra, Vigo, Víncios), o que lhe forneceu clara perspetiva da variedade das falas galegas. Estudou en Vigo (bacharelato), Santiago (começo de estudos universitários) e Madrid (licenciatura de Filosofia e Letras, ramo de germânicas), donde partiu para Londres, em regime de intercâmbio universitário por dous anos, e em situação de exílio até à morte do general Franco. Foi professor de idiomas em colégios ingleses, redator radiofónico no Serviço Espanhol e Português da BBC, e tradutor técnico em organismos britânicos e do sistema da ONU.
Em Londres participou em diversos movimentos dos anos 60, com bascos, catalães, galegos e portugueses; manteve contatos com o derradeiro cônsul da República española, com membros do Conselho de Galiza e com outros exilados.
Em 1970 foi cofundador do Grupo de Trabalho Galego de Londres, que publicava um Boletim para familiarizar os mestres rurais galegos com a primeira Lei do Ensino: ao seu Suplemento contribuíram os professores portugueses Agostinho da Silva e Rodrigues Lapa, e nele fizeram-se uns primeiros ensaios de adaptação de textos galegos à ortografia internacional. O Grupo de Trabalho Galego de Londres publicou um Plano Pedagógico Galego (1971).
Com Guerra da Cal teve uma relação assídua quando este residiu em Londres nos anos 90. Também durante muitos anos com o galeguismo do interior em geral, e mais tarde particularmente com o reintegracionismo.
Como membro do Comité de Cultura do Centro Galego de Londres, organizou durante muitos anos atividades como o Dia das Letras Galegas, o Dia da Pátria Galega, a biblioteca e a revista do Centro, participando também em revistas da emigração, conferências, etc. E deslocou-se para atividades similares a otros centros da emigração galega na Europa (Amesterdão, Genebra, Groninga, Munique). Representou o CGL na IV Reunião da Federação Mundial de Sociedades Galegas da Emigração (Santiago, 1984), no Comité Britânico pró Jacobeu (Londres e Santiago, 1993), e na 1st Oxford Conference on Galician Studies (1991).
Foi correspondente/colaborador das publicações Grial, Teima, A Nosa Terra, Agália, O Ensino, NÓS, Cadernos do Povo, Hífen, membro das Irmandades da Fala, da Associação de Amizade Galiza-Portugal, da Associaçom Galega da Língua, da AELG, e académico da Academia Galega da Língua Portuguesa.
Entre as suas publicações principais: A teima (novela) (1973); Galegos de Londres (romance) (1978); O internado (relato, premiado no 1° concurso “Pedrón de Ouro”, 1975) (1977); O silencio, nós (novela) (1988); Poemas do não (1987); Focagens/Fogagens, sob chancela das IF, 1991; Paralaxes, id., 1994; Prontuário Ortográfico das IF (autor e redator principal) (1984), que introduziu no movimento reintegracionista grafias como “Castelão”, e que forneceu duas palavras específicas galegas para incorporar no Acordo da Ortografia Unificada, de Lisboa, 1990.

Eva Almazán e Xosé Antón Parada Fernández, gañadores do Premio Plácido Castro de Tradución na súa vixésimo primeira edición

Desde a Fundación Plácido Castro:
“As obras premiadas son unha tradución da obra The Year of Magical Thinking, de Joan Didion e o clásico Código de Hammurabi, obra fundamental na historia da humanidade
Reuniuse o 7 de setembro en Cambados o xurado da XXIª edición do Premio Plácido Castro de Tradución, integrado por D.ª Ánxela Gracián (Xunta de Galicia), Dª. Beatriz Fariñas (Asociación Galega de Profesionais da Tradución e a Interpretación), Dª. Andrea Fernández Maneiro (Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega), Dª. Ana Luna Alonso (Departamento de Tradución da Universidade de Vigo), D. Xosé Antón Palacio Sánchez (Real Academia Galega), D. Xulio Ríos (Presidente de Honra do IGADI), quen actúa en calidade de secretario do xurado en representación da Fundación Plácido Castro, con voz pero sen voto.
Tras avaliar as obras presentadas, o xurado acordou outorgar ex aequo o premio Plácido Castro 2022 á tradutora Eva Almazán pola obra O ano do pensamento máxico/The Year of Magical Thinking, de Joan Didion; e a Xosé Antón Parada Fernández, pola obra Código de Hammurabi e outras compilacións legais de procedencia babilónica.
No caso de Eva Almazán, o xurado destaca a excelencia da obra, de aparencia sinxela pero coa dificultade engadida dos diferentes cambios de rexistro. Salienta tamén a elegancia da tradución, por outra banda tan efectiva como a orixinal.
No caso de Xosé Antón Parada Fernández, destaca a excepcionalidade e dificultade da tradución directa dende unha lingua tan afastada do noso sistema como o acadio, realizada con enorme meticulosidade e numerosas anotacións complementarias. Resalta tamén que se trata dunha obra fundamental na historia da humanidade. (…)”