Mário Herrero Valeiro: “O galego ILG-RAG foi concebido, desenhado e implementado para que nada mudasse, aparentando que tudo estava a mudar”

Entrevista A-normalização-linguística-uma-ilusão-necessária-capa-Mário-Herrero a Mário Herrero Valeiro no Portal Galego da Língua:
A Normalização Linguística. Uma Ilusão Necessária, é a última edição da Através, chancela editorial da AGAL. Conversamos com o autor, Mário Herrero, responsável autorial de Guerra de Grafias, Conflito de Elites, editado em 2011, obra intimamente ligada à atual.
– Portal Galego da Língua: Que vai encontrar o leitor de Guerra de Grafias neste segundo volume?
– Mário Herrero: Neste mundo curioso em que vivemos, as primeiras partes das obras acabam vendo a luz depois das segundas partes. É engraçado. Mas também é índice de precariedade. Contudo, a precariedade encoraja mais o pensamento do que superabundância. Neste segundo volume, o leitor de Guerra de Grafias vai encontrar, primeiro, a fundamentação teórica e a contextualização global desse velho livro e deste novo livro. O percurso lógico é ler primeiro o novo livro, Ilusões Necessárias, e depois Guerra de Grafias. Talvez alguém tenha a vontade de fazê-lo e, assim, acho que compreenderá muito melhor o que quis dizer em Guerra de Grafias. E o que quis dizer vai muito mais além da simplicidade que é estabelecer o axioma de a ortografia agir como índice ideológico e identitário. O controlo sobre as línguas, neste caso sobre a construção formal das línguas, cria realidades, muda o mundo das pessoas, condiciona as suas vidas. Não inventa apenas significados, mas também significantes. Visões do mundo profundamente ósseas mas, para o que agora me interessa, também puramente epidérmicas. E vivemos cada vez mais num mundo epidérmico, em que a primeira olhada pode chegar a definir a verdade, a compreensão das cousas, mesmo a sua eventual evolução ou transformação. O instantâneo, a pulsão inicial, o prazer banal do início das cousas, rege o mundo de muitas pessoas. É um mundo de visões primárias que não aprofundam porque aprofundar desconforta. Porque aprofundar dá medo. Sempre deu medo. Mas agora talvez mais do que nunca porque a tecnologia nos permite viver apenas num universo de imagens. A língua torna-se imagem e o controlo sobre essa imagem, que é apenas a epiderme da língua, torna-se essencial. Posso escrever um texto em norma ILG-RAG profundamente português, no sentido estrutural e simbólico, e nada ocorre, nada é subvertido, apenas talvez em pequenos cenáculos de poetas amantes da censura e de outros tipos de hibridação mais cool. Mas se escrevo um texto em Acordo de 1990 profundamente castelhanizado, tanto no estrutural como no simbólico, entram em cena imediatamente os mecanismos da censura global. O visual imediato como definidor da realidade, da normalidade, do desejável ou do permissível. A pós-modernidade ultrapassada. (…)”

Da Vida Conclusa, de Mário Herrero, obtén o Prémio Literário Glória de Sant’Anna

Da Vida Conclusa, Mário Herrerode Mário Herrero Valeiro, publicado por O Figurante, obtivo o Prémio Literário Glória de Sant’Anna 2015 de poesia com 1ª edição em Portugal, países e regiões lusófonas. O xuri estivo formado por Fátima Mendonça, Jacinto Guimarães, Rui Paes, Víctor Oliveira Mateus e Xosé Lois García. O anuncio completo pode verse aquí: Mário Herrero Prémio Sant’Anna 2015.

Compostela: abre as portas a Casa da Língua Comum

DesdeCasa-da-Língua-Comum o Portal Galego da Língua:
“A Casa da Língua Comum é um projeto ao serviço da promoção da língua e a cultura que abre as suas portas o dia 25 de abril. Fica situada na rua de Emílio e de Manuel, 3, r/c – 15901 Santiago de Compostela (Galiza).
Os promotores, pessoas e entidades da sociedade civil com longa experiência e provada implicação na criação cultural, a investigação e o desenvolvimento da comunidade linguística galega, entendemos o momento presente como uma oportunidade para consolidar um novo modelo baseado no entendimento entre diferentes sensibilidades, a colaboração mútua e o aproveitamento das sinergias, para melhor servir a sociedade em que nos inserimos. (…)
A Casa da Língua acolhe os escritórios da Academia Galega da Língua Portuguesa e da Através Editora, e oferece o seu espaço a atos culturais, apresentações de livros, exposições e debate, como serviço à sociedade.” Este é o programa:

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A Coruña: presentación e recital-concerto sobre Sefer Sefarad, de Pedro Casteleiro

OPedro Casteleiro Sefer Sefarad sábado 14 de marzo, ás 20:00 horas, en Portas Ártabras (Rúa Sinagoga, 22, baixo), na Coruña, terá lugar un recital-concerto sobre o libro de poemas Sefer Sefarad, de Pedro Casteleiro, publicado por Azeta Edicións. No acto, xunto ao autor e os músicos Eduardo Méndez Baamonde, Ignacio Sardiña e Iñaki Tomás, participan François Davo, Alfredo Ferreiro, Mário Herrero Valeiro, José António Lozano, Tati Mancebo, Luís Mazás e Ramiro Torres.

Ferrol: presentación de Ode à Madison Ivy e outras coisas de meter, de Verónica Martínez Delgado, e Da Vida Conclusa, de Mário Herrero

A10394460_791372177589083_7227093568673205035_n sexta feira 5 de decembro, ás 20:00 horas, na Fundaçom Artábria (Travesa de Batallóns, 7), en Esteiro, Ferrol, preséntanse Ode à Madison Ivy e outras coisas de meter, de Verónica Martínez Delgado, accésit do VIII Premio de Poesía Erótica Illas Sisargas, e Da Vida Conclusa, de Mário Herrero Valeiro, II Prémio de Poesía O Figurante.

A Coruña: presentación de Da Vida Conclusa, de Mário Herrero

AMário Herrero Da Vida Conclusa sexta feira 31 de outubro, ás 20:00 horas, na Livraria-Café Linda Rama (Rúa Porta de Aires, 4) da Coruña, preséntase o libro gañador do Premio de Poesía Figurante na edición de 2014, Da Vida Conclusa, de Mário Herrero Valeiro. No acto, acompañando ao autor, estará Verónica Martínez Delgado.

Mário Herrero gaña o II Premio de Poesía Figurante

“O xurado do II Premio de Poesía Figurante, reunido o 26 de xuño de 2014, decide, por unanimidade, premiar a obra presentada baixo o título Da vida conclusa, pertencente a Mário J. Herrero Valeiro.
Salientar desta obra, o dominio da linguaxe poética, alentada pola profundidade coa que nos achega á experiencia vital dun protagonista, tan próximo como universal, marcado polo estigma das imperfeccións dunha sociedade decadente. Podemos describir a súa escrita pola intensidade e a proximidade do seu discurso.”