Arquivos da etiqueta: Vicente Risco
“O ocultismo na vida e na obra de Vicente Risco”, con Félix Castro Vicente
Desde a Televisión de Galicia:
“O escritor, investigador musical e etnógrafo ourensán Félix Castro Vicente profunda na relación de vicente Risco co mundo do ocultismo e no Arquivo de Memoria Histórica de Salamanca, atopou algunhas das epístolas que este mantivo con Manuel Treviño, quen fora o fundador da Rama Teosófica madrileña. Tamén da conexión co Grupo Marco Aurelio de Pontevedra. Todo reunido na obra O ocultismo na obra de Vicente Risco. Do doutor Alveiros á Porta da Palla, co que acadou o Premio Vicente Risco de Ciencias Sociais. A entrevista pode verse aquí.”
Anselmo López Carreira: “Sánchez Albornoz e Castelao representan visións contrapostas da historia medieval”
Entrevista a Anselmo López Carreira en Nós Diario:
“(…) – Nós Diario (ND): Con que obxectivo se publica este libro [O reino medieval de Galicia. Crónica dunha desmemoria]? Como xorde?
– Anselmo López Carreira (ALC): Foi unha proposta que Isidro Dubert fixo a Xerais. É unha colección sobre a historia de Galicia e o noso libro é a primeira achega. Non é unha historia do reino de Galicia, senón un libro de divulgación sobre a existencia do propio reino e sobre o seu tratamento historiográfico, é dicir, sobre o seu esquecemento.
– ND: Ao comezo falan dunha polémica: Sánchez-Albornoz repróchalle a Castelao a súa castelánfobia e Castelao a Sánchez-Albornoz o seu excesivo castelanismo. Por que é significativa?
– ALC: Os dous representan visións contrapostas da historia medieval de Galicia. Castelao non é historiador: bebe do que escribiran Risco ou Vilar Ponte, pero ten claro que Galicia ten unha historia de seu e reivindica, a través dela, a nacionalidade galega. Sánchez-Albornoz é a versión historiográfica da Xeración do 98, moi castelanista.
– ND: Sánchez-Albornoz recoñece que se chamaba Galiza a todo o noroeste da Península e Modesto Lafuente que ao reino de Asturias se lle chamaba Galiza. Mais iso non muda nada…
– ALC: Ambos os dous recoñecen ese feito, pero en notas ao pé de páxina. Eles sabíano. As crónicas árabes chamaban a todo o noroeste Galicia, pero a historia oficial feita por Modesto Lafuente e despois por Sánchez Albornoz, xa no século XX e con máis fontes, opta por chamarlle reino de Asturias e reino de León.
– ND: A documentación, en realidade, é interpretábel, alén dos motivos ideolóxicos. Aparecen expresións moi distintas para definir os reis e os seus territorios.
– ALC: É interpretábel, si, pero os motivos ideolóxicos pesan moito. Cando se comeza a facer unha historia académica normativa, a mediados do século XIX, non hai aínda unha historia de Galicia. O traballo de Murguía e Vicetto chega despois. A historia de España herda unha interpretación que vén de moi atrás, do século XIII, relacionada coa unión do reino de Castela co de Galicia-León e co proceso de hexemonización de Castela.
Os historiadores do XIX traballan coas crónicas do século XIII, sobre todo as feitas na corte de Afonso X, ou coas do XIV e XV, que salientan a historia de Castela por enriba dos demais reinos. Non é así no caso de Catalunya e Aragón, que teñen unha historiografía de seu moi potente. Ademais, Galicia pasa a ser xa o territorio da Galicia actual: non é a antiga Gallaecia, que tiña a capital en León. Modesto Lafuente continúa a tradición historiográfica do século XIII, que era a que había. Sabían que houbera un reino de Galicia, pero para eles era un título baleiro de contido.”
Ramón Villares: “Nós tivo algo irrepetible: a irmandade entre eles e recoñecemento dos novos”
Entrevista a Ramón Villares no Zig-zag da Televisión de Galicia:
“O 30 de outubro hai 100 anos saía a rúa o primeiro número da revista Nós, unha iniciativa editorial que se insería dentro do proxecto de modernización e europeización da cultura galega que proclama o grupo. Publicaron 144 números entre 1920 e 1936. Vicente Risco era o director literario e Castelao o director artístico. Falamos do seu legado co catedrático de historia Ramón Villares. A entrevista pode verse aquí.”
Homenaxe O Escritor na súa Terra 2020: Resposta á laudatio, por Vítor Vaqueiro
A resposta á laudatio pode ser descargada aquí, ou ben ser lida a continuación:
“Depois das generosas (e exageradas) palavras de Xabier Paz fica-me, penso eu, pouco por dizer. Portanto, dedicarei este breve tempo à lembrança de algumas circunstâncias que deitarom como resultado final nos acharmos hoje neste lugar à beira do Sarela, onde há cinquenta anos eu passeava pola Corredoura do Espinho, chamada daquela, se a memória não me atraiçoa, Corredera del Espino, ao pé do meu exagerado louvador, que ao longo de mais de meio século me acompanhou na política, na literatura, no cristão paganismo —por dizê-lo com palavras de Bouza Brey—, no amor polo cinema ou na confidência pessoal e a quem tenho a obriga de agradecer publicamente ter-me resgatado para a poesia, que eu começara a exercitar aos quinze anos, com um soneto amoroso, tão afervoado como abominável, e que abandonara por circunstâncias familiares que não é preciso espalhar.
Afirma Xabier que eu tenho pendor a aquilatar, contar, medir. Se calhar esta tendência quantitativa, real, foi uma das causas, entre outras, da nossa amizade. Um dia do século passado, Xabier, que caminhava ao pé de mim numa de tantas marchas reivindicativas, ao passarmos diante da galeria de Sargadelos desta mesma cidade, laiava-se de não termos levado conta de todas e cada uma das manifestações às que assistíramos mediante a redação duma breve ficha, na que concretizarmos data, motivo da convocatória, condições climáticas, número aproximado de assistentes, intervenção policial, se for o caso, incidências variadas e outras circunstâncias que converteriam esse bloco documental num magnífico registro duma parte das nossas existências. Quero dizer com isso que à hora de quantificar há para todo o mundo.
Alguém poderá perguntar-me —e, com efeito, alguma já o tem feito—porque foi este lugar o escolhido por mim para esteato e não os que apareceriam mais previsíveis na minha conjuntura vital, Salceda de Caselas —a minha pátria da infância, também linguística, convertida em Ferreira do Condado— ou Vigo —onde nasci e vivo—. Para além de circunstâncias que não conviriam aos meus interesses serem conhecidas, direi que na velha Compostela de Gelmírez, Miguel Solís e o mitim das arengas, produziu-se, como já tenho dito, a minha grande inflexão vital. Efetivamente, foi nesta cidade onde olhei de perto aspetos que haveriam mudar aminha vida: a admiração pola pedra sem limites do convento de São Paio de Antealtares, a descoberta das grandes figuras literárias ou políticas, a amizade desinteressada e solidária, o amor, e também o abandono, a presença da morte no antigo cemitério de Bonaval, o terror em noites intermináveis do franquismo, a desmesura etílica, a detenção pola B.P.S., vulgarmente “a social”, a brutalidade dos métodos da ditadura, cujos executores, infelizmente, seguem a passear, desavergonhados, polas nossas cidades, insultando-nos a diário com a sua presença. E, por riba de tudo, os feitos de 1968, um Acontecimento ao que um dia prometi fidelidade e cujos princípios, penso, segui a respeitar até o dia de hoje, porque os acho de justiça e porque não me perdoariam o seu esquecimento Henrique Caruncho Bergantinhos, o meu tio avó brutalmente assassinado polo Horror franquista, e Vítor Foxo, o meu avó, cuja vida, desde que um dia de julho de 1936 na sala de oficiais da Base Naval de Ríos pronunciou a frase “o general Franco é um rebelde” até a sua morte em 1969, a sua vida, dizia, ficou marcada pola angústia e por uma dignidade que o converteu num referente ético para mim. Alguns dos princípios que acabo de sinalar estão analisados literariamente no livro 1968, publicado quando se cumpriam cinquenta anos desta data e do que se recolhem umas breves frases no monólito que há à nossa beira.
Esta cidade ensinou-me igualmente a existência dum país infinito cujo conhecimento principiou aqui, na rua de Pitelos, em Rapa da Folha, na Carreira do Conde, com pequenas excursões iniciais ao Pico Sacro, às torres de Altamira, a Íria Flávia, para se ir alastrando ao barroco de Oseira ou às augas infindas de Fisterra. Aqui nasceu em mim a consciência de que só se ama aquilo que se conhece e, com isso, o desejo de percorrer as terras que vão da Devesa de Rogueira e os tesos cumes do Courel que louvou Novoneyra à marinha sutil de Caldebarcos, onde, assegura-se, moravam homes com luzes no seu peito; da raia seca, na que sobranceia a anta das Maus de Salas, até o estarrecente pre-románico de São Martinho de Mondonhedo. Com o percurso dos anos só precisei aprofundar nesse costume até percorrer e fotografar os (agora) 313 concelhos do país, sem esquecer jamais que foi em Compostela onde iniciei essa imensa viagem à minha terra, que hoje continua porque como dissera Risco, a Galiza é um mundo. Esse mundo, impossível de abranger, doou-se-me com generosidade e às suas paisagens, às suas criações, às suas gentes devo-lhe tudo o que hoje sou. No entanto, eu só lhe di ao país alguns versos, uns poucos relatos, umas fotografias, se quadra certas reflexões sobre a história da sua fotografia. Por isso penso, desde a mais profunda sinceridade, que é o país quem deveria receber esta homenagem, não eu.
Finalizo. Ao longo de décadas, são incontáveis as pessoas que me tenhem emprestado o seu apoio, doado a sua amizade, agasalhado com a sua solidariedade isenta de egoísmo. Algumas delas estão aqui presentes; a outras foi-lhes impossível assistir; outras, desgraçadamente, já não se acham entre nós. Não vou dizer os seus nomes, porque cada uma elas sabe o lugar que ocupa nos meus sentimentos e porque o equívoco e o mal-entendido ficam à espreita sempre, como uma alimária peçonhenta. Mas há um nome que devo sinalar, Merce Caeiro, que, nos últimos trinta e seis anos, precedidos doutros oito de escrupulosa amizade, converteu-se na principal razão da minha vida. Ela, junto com a nação que ambos partilhamos, que constitui um esteio central nas nossas vidas.
Vítor Vaqueiro
Parque de Galeras
Santiago de Compostela, 19 de Setembro de 2020“
O Gaiás exhibirá obras de Francia, Alemaña e Portugal na mostra máis ambiciosa sobre a Xeración Nós, con máis de 300 pezas
Desde a Xunta de Galicia:
“A exposición Galicia, de Nós a nós reunirá en outubro na Cidade da Cultura máis de 300 pezas na que aspira a ser a mostra máis completa e ambiciosa realizada ata o de agora sobre a Xeración Nós e unha das citas culturais imprescindibles deste outono, no que conmemoramos o centenario da publicación da revista Nós. Chegarán a Galicia –para seren exhibidas no Museo Centro Gaiás– obras procedentes de Francia, Alemaña e Portugal que porán o foco nas conexións internacionais da revista Nós e dos seus impulsores, abrindo unha vía para subliñar a dimensión de universalidade e apertura da cultura galega. Tamén para destacar o legado do grupo de intelectuais galeguistas que contribuíron decididamente, nas primeiras décadas do século XX, ao desenvolvemento, renovación e internacionalización da literatura e da cultura galega.
Galicia de Nós a nós será a segunda gran exposición do Xacobeo 2021 –tras Galicia, un relato no mundo– e inaugurarase a comezos do mes de outubro, despois de que tivese que ser reprogramada a data inicial –prevista para esta primavera– polos efectos da crise sanitaria da covid-19. O conselleiro de Cultura e Turismo, Román Rodríguez, e o director xeral de Políticas Culturais, Anxo Lorenzo, participaron nunha reunión de traballo cos comisarios da exposición –o investigador e académico da Real Academia Galega (RAG) Afonso Vázquez Monxardín e a profesora e investigadora da Universidade de Vigo Ana Acuña– e coa directora xerente da Fundación Cidade da Cultura, Ana Isabel Vázquez Reboredo.
Na reunión foi presentada tamén a imaxe gráfica da exposición, realizada por Álvaro Valiño, un deseño que contribuirá ao obxectivo da mostra de refrescar e actualizar a imaxe e relevancia de figuras como Vicente Risco, Castelao, Otero Pedrayo ou Florentino Cuevillas, coa ollada posta no público xeral e especialmente nas xeracións más novas. (…)
Con Galicia, de Nós a nós, a Xunta contribúe tamén a dar a coñecer a riqueza dos fondos atesourados por numerosas fundacións e entidades, especialmente galegas. En conxunto ceden obra para a exposición un total de 51 institucións –catro delas internacionais, dúas do resto de España e as restantes 45 de Galicia– e 8 prestadores privados. Entre as institucións galegas que contribúen á exposición atópanse a Real Academia Galega, o Consello da Cultura Galega, o Instituto Padre Sarmiento de Estudos Galegos, o Museo do Pobo Galego, o Museo de Pontevedra, o Museo Provincial e Arqueolóxico de Ourense, as fundacións Otero Pedrayo, Vicente Risco, Castelao, Losada Diéguez e Penzol, as tres universidades galegas, o Parlamento de Galicia, a Deputación de Ourense ou a Catedral de Ourense, a Biblioteca de Galicia, entre outras.
Ademais, Galicia, de Nós a nós, tralo seu paso pola Cidade da Cultura –onde se poderá visitar entre o 2 de outubro de 2020 e o 17 de xaneiro de 2021–, poderá verse no Centro Cultural Marcos Valcárcel (Ourense), entre febreiro e abril de 2021, e no Museo de Pontevedra entre maio e xullo de 2021.”
Felipe Senén: “Coido que a cultura galega está en mal momento… Podemos volver á situación do río Leteo”
Entrevista de Iria-Friné Rivera Vázquez a Felipe Senén en Historia de Galicia:
“(…) – Historia de Galicia (HG): 2020 é o ano do centenario da Xeración Nós. Vostede coñeceu a Ramón Otero Pedrayo. Que cuestións e arelas deixou en vostede? Cómo vían as personalidades da Xeración Nós as xeracións futuras?
– Felipe Senén (FS): Deixou algo moi importante no que recalar neste tempo confinado do coronavirus: o valor de espírito fronte a todo materialismo tinguido de supermercadeo. Trunfa o que se ama, comezando polo Nós, plural, entre o que está a marca do que somos. O Seminario de Estudos Galegos trataba diso na súa “sementeira”, a que incluso frutificou en días grises da ditadura, por exemplo a través do Laboratorio de Formas de Galiza, obra dese tándem, que deixa o seu ego pra tramar unha obra colectiva que chegue aos bazares, Díaz Pardo -Seoane… Pasado o tempo, enxergo que non se entendeu ben esa lección que debe ser permanente, a de crear unha imaxe digna dun país de seu fronte a un mundo que rebenta globalizado.
– HG: O grande selo de figuras coma Vicente Risco é o humanismo. El mesmo deixou un enorme legado as nosas artes visuais. A consciencia dunha imaxe propia foi unha delas, así como a dunha identidade visual, a modernidade das formas orixinais, a contribución ao progreso e a innovación universais que a cultura galega -a cidadanía galega- dende a súa orixinalidade pode facer. Mesmo o seu vínculo con Díaz Baliño e Ramón Cabanillas deu lugar a unha linguaxe iconográfica pangalaica, europeísta, universalista. Ve vostede hoxe posibilidades abertas no concepto estético que deixaron?
– FS: Moi de acordo, Risco foi o gran ideólogo, por iso il asumiu a persecución que lle esperaba e tivo que encuncharse dalgún xeito, manifestar cousas que non sentía…outros non entenderon iso e esmirriaron o significado dunha obra que respondían á modernidade plena, europea: a cultura, costa é de xente “a rebours” (contrapelo), “inadaptados”…. O asunto, a cuestión desa dignificación é transmitila, asumir non quedar na endogamia de intelectuais pra intelectuais, pra normalizada entre un gran público que tende e busca o esperpento, a escatoloxía… aos feísmos e outras fórmulas campantes de aculturación, de anomia (efectos da crise de identidade)… Risco estivo á altura dun Yeats irlandés ou de un Huysmans francés, dun Teixeira de Pascoaes portugués. (…)
– HG: Temos o Rexurdimento, a Xeración Nós, Sargadelos, o tecido cultural que se foi construíndo co paso dos anos. De feito leva Portas Ártabras como un centro de dinamismo artístico, histórico… Considera a cultura galega un Ave Fénix?
– FS: Non. A cultura cultivase nunha Terra ou acultúrase. Amigos dos Museos de Galicia e o seu espazo de cultura na cidade Vella da Coruña, son unha plataforma, un aula aberta, popular, pra informar formando, pra concienciar…Algo que coido fundamental nesta sociedade. Coido que a cultura, a base de todo, está en mal momento. Mesmo agora, ao superar este tempo podemos volver á situación do río Leteo, ao esquecemento….e a sepultar os nosos herdos co supermercadeo e outras fórmulas de engano. O humanismo é cultura, máis sensibilidade arredor do que facemos ou desfacemos. (…)”
Risco no Nacionalismo Galego
A Coruña: palestra “O grupo Nós na cultura galega: Otero, Risco e Castelao”, por Victorino Pérez Prieto
Discurso de entrega e recepción da navalla de Manuel María, por Xosé Estévez
Desde Sermos Galiza:
“Cando oín por teléfono a voz clara e diáfana do “pregoeiro da luz”, Alfonso Blanco, co fin de comunicarme que fora elixido para entregarme a navalla do Manuel María e ingresar nesta enxebre confraría da Navalla, Santa Compaña e Alba de Gloria dos bos e xenerosos, sentinme moi honrado e orgulloso de pertencer á tribo chairega dos pacíficos navalleiros/as e a formar parte da nación dos galaicos. Pero, sobre todo, pois “de ben nacidos é ser agradecidos”, o meu corazón vibrou de inmensa gratitude. Gratitude, pois, para Alfonso, para a Irmandade Manuel María e para a Asociación Xermolos.
Quixera agradecer a presencia de bos amigos e amigas da Terra Cha, da Coruña, de Monforte, de Lugo, da Fonsagrada, de Quiroga, onde os viños son sedentarios e os bebedores nómades. Tamén os vidos doutros recantos deste noso País, que tanto precisa de verdadeiros patriotas, un sentimento de identidade, que vai con nós alí onde nos encontremos, pois “Galiza somos nós: a xente e máis a fala. Se buscas a Galiza en ti tes que atopala”. Os que fomos obrigados a sachar o barbeito da emigración fachendeamos sen complexos de ser galegos de nación, o que non nos impide abrirnos a solidariedade coa patria que nos doou pan, traballo, agarimo e familia.
Recordo tamén a todos e a todas as que gozaron deste santo grial navalleiro, as últimas, Moncho Valcarce, in memoriam, e a amiga Branca Rodríguez Pazos. Hoxe dela recibo esta credencial con lámina de Eneko, enfeitizada coa ferroviaria e irónica presentación do bo amigo Paco Martín, a quen debo dicirlle que o profesor Lamote imparte tamén clases en Oiartzun nunha variante chairega do éuscaro. Afágame recibila na compaña de Xabier DoCampo. A Xabier dabondo cedo “lle petaron na porta pola noite”, pero coido que xa resolveu “o misterio das badaladas” e goza da “casa da luz”, onde nos veremos na celestial memoria da chaira enteira. Todas/os participaron dalgún xeito desta liturxia de comuñón, rito irmanador de xantar en común unión con queixo, pan e viño. Prisciliano prefería leite e, aínda que son priscilianista confeso e malia que un galeno insensible prohibiume as bebidas inebriantes, non acredito nesta faciana, si noutras, do gran disidente do século IV, que procuraba a volta a un cristianismo evanxélico auténtico e afirmaba no crismón da Ermida: ”Aurum tibi vile est, argenti pondera caedant; melior est quod propia felicitate nites” (o ouro é vil para ti, abátase a prata. Mellor é o que brillas pola túa propia felicidade). E non serán resaibos priscilianistas o sol e a lúa, inseridos no mango da navalla de Consuelo Casanova, a quiroguesa, que deixou en herdanza ao seu neto, Manuel María? (A luz ressuscitada, 1984):
“Miña pequena, querida, preciosa navalliña
de marfil, prata, corno de cervo
e moi excelente aceiro cortador,
no lombo levas estas letras.C C.,
iniciais daquela miña avoa, chamada
Consuelo Casanova Neira, A Quiroguesa,
sombra esvaída na lembranza miña.
Tes gravada, no mango ben luído,
o sol e máis a lúa, símbolos
do mundo astral e da vida xenerosa,
que en nós latexa, corre, brinca e canta…”.
A navalla, que hoxe me entregades, pode servir para unha prosaica tarefa “in extrema necesitate”, a de calibrar a fondura do unto de algún desalmado, pero sobre todo ten unha función simbólica, transmitir os valores que Manuel María representaba: respecto, humor san e amable, trato cordial, coherencia, integridade, honestidade, xenerosidade, sobriedade franciscana, humanismo liberador, vitalismo contaxioso, acolledora hospitalidade, compromiso social e patriótico, comportamento ético, actitude de servizo, procura da unión e da concordia, nobreza de espírito, comprensión integradora, aprecio polo propio sen desprezo do alleo, aposta pola variedade, que é a riqueza do mundo, e coñecemento e amor inmenso polo País. Na casa da Saleta e do Manuel cumpríase o que di o frontispicio do pazo Arizmendi Enea de Oiartzun: “Hemen sartzen dana, bere etxean dago” (Todo o que entra eiquí, está na súa casa).
A navalla reparte anacos de emoción fraternal para compartir os alimentos naturais e espirituais, necesarios para a vida, unha vida compartida cos demais, que articule células de convivencia nos distintos chanzos da sociedade, coa finalidade de facer país, un país cada vez máis solidario, libre, xusto, soberano e orgulloso da súa identidade nacional. Hai que desterrar dunha vez por todas o complexo do colonizado e suprimir do noso vocabulario e das nosas actitudes dous refráns que circulan acotío e súan resignación e egoísmo por todos os poros da sociedade, sometida a un capitalismo consumista e individualista : “Éche o que hai” e “Cada un vai ó seu, menos eu que vou ao meu”. Non acreditemos no determinismo histórico. Temos azos para a revolta e para cambiar o sistema co noso libre albedrío. A única loita que se perde é a que se abandona.
Antes de nós houbo persoeiros que foron mestres e guieiros. Temos moitos espellos en que mirarnos, devanceiros que sementaron ideas e levaron unhas vidas exemplares. Uns ben próximos a este ritual e a estas terras, Avelino Pousa ou Díaz Castro, outros clásicos, fachos acesos sempre aos hai que volver, seguir, ler e reler: Manuel Murguía, Otero Pedrayo, Plácido Castro, os irmaos Villar Ponte, López Cuevillas, Paz Andrade, Vicente Risco, tamén Risco. E por suposto, Rosalía, Alexandre Bóveda, Castelao e Manuel María. Os catro últimos son os meus constantes referentes e Manuel María é a empática simbiose de todos eles.
Que máis vou dicir de Manuel María, neste décimo quinto aniversario do seu pasamento!! Foi o meirande amigo que tiven nesta vida, un verdadeiro irmao. Cantas veces lembro as viaxes por Galiza e por Euskal Herria, as estadías e conversas en Hernani, en Monforte, na casa familiar de Outeiro, en Quiroga, na Coruña. Sempre volvía ao torrón natal co cobizoso desexo dunha vizosa lectura, co corazón latexando de emoción patriótica, co espírito gozoso de amizade, co ánimo fornecido coa miña escolla vital e cos anaqueis da cabeciña debida e competentemente asentados no seu auténtico lugar. Na miña xa provecta existencia houbo tres fendas vitais, que deixaron maltreito o meu corazón: a morte do meu pai en 1987, a de Manuel María no 2004 e a da miña filla Alda no 2006.
Manuel María prologou un libro meu e dedicoulle á miña familia un libro enteiro, Sonetos ó Val de Quiroga, e varios poemas. Son moi parcial deste.
“SONETIÑO ó carballo que o noso amigo PEPE ESTEVEZ, quirogués e historiador, levou dende Carballido da Terra Cha a Oiartzun de Guipuzkoa, pra trasplantalo nun eido da súa pertenencia e da súa dona MARIBEL GOÑI”.
“Carballo de Carballido:
na Terra Cha tes nación
e levas no corazón
un puro amor trascendido!
Non deas nunca ó olvido
idioma, patria e canción
que o teu nativo torrón
queda, sen ti, dolorido!
Asume un novo destiño
plenamente. E sen espera:
faite luz, símbolo e siño!
Ti non eres un calquera:
dille en galego ó Pepiño
que che adeprenda o euskera!”
Manuel María. Abril do 1997. Ano de Anxel Fole”.
Hoxe o carballo é un rebolo mozo e bilingüe. Cando foxen os ventos do Xistral, nas ponlas e follas o cuco e o melriño cantan a dúo o carro e máis o txoria de Mikel Laboa.
Manuel María, como o malvís dunha canción vasca, perdeu a vida terreal, pero segue a cantar nas súas obras, co seu exemplo, co seu compromiso ético e estético e na memoria total dos amigos e amigas do País enteiro. Dende o alén remítenos unha lumiera de esperanza e unha nidia mensaxe: acadar en harmónica e fraternal xeira a emancipación nacional e social desta nosa Patria, que espero percorrer algún día liberada do Courel a Compostela, dende Quiroga á Guarda e dende Fisterra deica Outeiro de Rei para depositar na súa campa unha rosa e un caravel.
Moitas, moitísimas grazas por concederme iste enorme galano e por aturar con paciencia o sermón deste Frei Xerundio de Campazas, empoleirado no púlpito como predicador da novena a Santa Isabel, composta por Manuel María. Recomendaba o autor, o “devoto”, rezala con “unción e recollemento”. O propósito final do primeiro día sentencia: “Seremos sempre fieles á nosa Terra e procuraremos coñecela e comprendela mellor para amala máis fondamente”. Que así sexa. Per saecula saeculorum. Amén.
Consello final a xeito de Manuel María: Portádevos mal que sodes novos e estades a tempo, pois o meu xa prescribiu. Ben sei que a xente, se se lle dá tempo, morre. Pero non teñades présa en realizar a viaxe final, pois non se vai no taxi do Coles, senón en coche fúnebre. E se a Parca teima coa gadaña, repoñédevos coma o vello agonizante do conto. Cando o crego lle recitou a oración final da extremaunción:”Sal alma cristiana de este cuerpo pecador para gozar en el cielo de las delicias del Creador...”, o vello espertou e dixo:”Alma, non lle fagas caso ao cura; quédate onde estás, que estás moi ben”.
Campa da Santa Isabel, Outeiro de Rei. Setembro de 2019″