A sexta-feira 28 de xuño, ás 20:30 horas, na Libraría Á lus do candil (Rúa Historiador Vedía, 3) de Arteixo, terá lugar o lanzamento da Obra Seleta de Johán Vicente Viqueira, publicada pola Academia Galega da Língua Portuguesa. No acto participan António Gil Hernández, César Morán, José António Lozano e Maria Castelo.
Arquivo da categoría: Lusofonía
A Coruña: presentación do libro Que se lixe a troika!, de João Camargo
Lisboa: lanzamento de A noiva e o navio, de Susana Sánchez Arins
A sexta-feira, 14 de xuño, ás 19:00 horas, no Museu da República e a Resistência (Rua Alberto de Sousa 10A, 1600-002 Lisboa, Portugal), preséntase A noiva e o navio, de Susana Sánchez Arins, publicado por Através Editora.
Xavier Queipo: “A literatura galega vése como anomalía no mundo literario lusófono e castelán”
Entrevista a Xavier Queipo en Sermos Galiza:
“- Sermos Galiza (SG): Existen poucos puntos de encontro para as literaturas portuguesa, brasileira, africana ou galega, non é?
– Xavier Queipo (XQ): Existen algúns mais tamén existe unha asimetría no tratamento. Para os portugueses, de quitado algunhas excepcións no norte do país, todo ben se pagamos nós, mais se a festa é deles entón hai que falar en portugués ou en español, pois o galego non o entenden nin teñen intención de entendelo. Nese aspecto compórtanse, case todos eles, de xeito moi primitivo e pouco flexíbel. As experiencias cos brasileiros son máis de respecto, se cadra porque non nos ven con tanto desprezo, senón simplemente como tipos estraños, un pouco loucos.
– SG: A literatura galega é grande descoñecida para o mundo editorial e literario lusófono?
– XQ: Non acontece exclusivamente co mundo literario lusófono, senón tamén co castelán, por poñer un exemplo tamén próximo. Vénnos como unha anomalía, como unha rareza propia de toleiráns ou de ilusos. Lembro cando o odiado/amado Premio Nóbel da Literatura Portuguesa, un tal Saramago, me espetou que eu era un iluso por escribir en galego, que o que un escritor tiña que procurar era lectores e porén tiña que escribir en castelán, que era a lingua do meu estado. Somos un sistema literario que sendo pequeno en produción e sobre todo en lectores ten unha puxanza e unha diversidade enorme o que “descoloca” un chisco aos editores foráneos. Mais supoño que acontecerá o mesmo con sistemas literarios de linguas menos expandidas como o armenio, o azarí ou o islandés, coa agravante que nós non temos estado e, porén, non temos nin institucións que nos apoien nin un pobo –e isto é fundamental- que se sinta identificado cun sistema literario propio (as vendas certifican todo o contrario).
– SG: Que vantaxes podería ter como escritor poder entrar nese mundo da lusofonía?
– XQ: É unha cuestión de números, supoño, de lectores potenciais. Seguindo a tese de Saramago habería que escribir en castelán ou, no peor dos casos, en portugués, as dúas linguas máis próximas, unha, o castelán, porque é na que a xente da miña xeración foi instruída dende a educación primaria até a universitaria e, porén, ten un certo dominio, ou ben en portugués, para aqueles que se sintan cómodos por razón de proximidade lingüística. Mais se imos aos números de lectores potencias se cadra deberiamos escribir en inglés, en chinés ou en bengalí. Non me sinto ben tendo que mudar de lingua. Non me sinto ben tendo que renunciar ao galego pois escollino como lingua de uso de xeito consciente e forma parte da miña vida e da miña maneira de ser e de estar no mundo. (…)”
Cesáreo Sánchez: “A nossa relação reintegradora com a Lusofonia permitirá-nos não ficar como náufragos no mar da espanholidade”
Entrevista a Cesáreo Sánchez no Portal Galego da Língua:
“Recentemente a Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega (AELG) distinguiu a escritora portuguesa Lídia Jorge como Escritora Galega Universal. No Portal quigemos entrevistar o presidente desta instituição, Cesáreo Sánchez Iglesias, que muito amavelmente respondeu as nossas perguntas.
– Portal Galego da Língua (PGL): Este ano coubo à escritora portuguesa Lídia Jorge recolher o prémio a escritora galega universal, evento patrocinado pola AELG. Poderias relatar-nos a experiência e a interação que se suscitou com a autora?
– Cesáreo Sánchez (CS): Nomear uma escritora portuguesa escritora galega universal foi para nós oferecer um abraço fraterno e é assim que foi recebido por ela. Fôrom uns dias cheios de comunicação emocionada. Foi um presente a conversa com Lídia Jorge, escritora cultíssima e sensível. É uma carícia para a alma a sua inteligência cheia de ternura, com um sentido ético do trabalho do escritor e dos caminhos polos quais tem que andar toda a sociedade para ser justa, que dá alento. Pola minha, banda pudem partilhar com ela e com o seu companheiro Carlos, tempos onde pessoas como o Zeca Afonso, ou Pedro Tamen nos fôrom e são tão próximas. Ao fim e ao cabo, somos de gerações comprometidas com os nossos presentes e com as nossas terras. Somos da geração dos que pensam que «o povo é quem mas ordena».
Estamos especialmente felizes, eu e mais os colegas e colegas da AELG, porque o prémio a comovesse e a fizesse feliz, que pudesse partilhar connosco um dia de celebração literária, apesar da situação tão dura que estamos a viver no nosso idioma e na nossa cultura.
Para nós, como o foi para ela, revelou-se muito importante a dimensão mediática que o nosso reconhecimento tivo em Portugal, em todas as televisões e na imprensa escrita. Neste momento tão destrutivo para a cultura e a sociedade portuguesa, fôrom conscientes de que as escritoras e os escritores galegos estamos a caminhar com eles, a cantarmos com eles também o Grândola Vila Morena.
– PGL: No passado tem sido o grande autor angolano, Pepetela, o escritor que recolheu o galardão. Estão Angola e a Galiza unidos pola língua?
– CS: Para a AELG foi abrir aos nossos compatriotas uma janela à Lusofonia mais desconhecida. Os estudantes que estivérom no auditório da Universidade de Compostela a escuitar a sua palestra ou colóquio, acho que nunca o esquecerão, como não o esquecerei eu. Para mim, também foi importante conhecer os processos das línguas nacionais que há na Angola e os debates que está a haver.
Evidentemente, estamos unidos pola mesma língua, que dá a luz a realidades tão diversas como a angolana, moçambicana ou brasileira. É um tesouro que temos e não de passado, mas de futuro para a nossa língua. A nossa capacidade de manter cada vez mas forte a nossa relação reintegradora com a Lusofonia permitirá-nos não ficar como náufragos no mar da espanholidade. Vai-nos a vida como idioma e como povo ter capacidade para desenvolver cada vez mais um reintegracionismo normalizador.
– PGL: É habitual e muito antigo o discurso da “irmandade” entre a Galiza, o Brasil, Portugal… são tempos para passar dos discursos às práticas?
– CS: Acho que só se trabalhamos em mudar as escassas relações com a cultura em português, esta realidade mudará, para o nosso bem. Pessoalmente, mantivem desde sempre uma relação enriquecedora com a cultura portuguesa, com os seus poetas (como Carlos de Oliveira), que são alicerce da minha obra. Quando presidia A Nosa Terra ou Edicións A Nosa Terra, nunca nos esquecemos de olhar para os irmãos do sul. Na atualidade, e desde que esta equipa diretiva está à frente da AELG, há uma secção da Lusofonia que coordena Carlos Quiroga e com que levamos adiante jornadas importantíssimas como Letras na Raia, onde escritoras e escritores galegos e portugueses, fundamentalmente os mais novos, partilhávamos conhecimento e relações pessoais.
Acho que este é o caminho, e foi determinante o apoio de Carlos: ele abriu-os todos as portas com o seu conhecimento das suas literaturas e a sua relação com todos os escritores da Angola, Moçambique ou o Brasil. Julgo que se fizo muito, tendo em conta os poucos meios de que dispomos hoje.
Ali onde tenhamos alguma responsabilidade cultural ou literária, é importante que a exerçamos pensando que o galego não acaba no Minho, que só é uma fronteira simbólica que colocárom e continuam a colocar para nos afastar de nós próprios e assim nos negar a nós mesmos como povo e idioma.
– PGL: Na atualidade, não existe uma grande interação entre literatos e literatas da Galiza com os seus homólogos brasileiros, portugueses, angolanos… Que medidas se poderiam tomar para paliar este défice?
– CS: Certamente, existem poucas relações pessoais ou diminuírom muitíssimo as que havia. Para mudar isso é que fizemos diversas jornadas e encontros como os que citei antes. Sempre me guiou o pensamento de que não podia haver menos relações na atualidade das que havia aquando a minha geração tinha amizades com Eugénio de Andrade, com Ramos Rosa, com Pedro Tamen ou com Viale Moutinho, entre outros. Ramos Rosa seguiu sempre a poesia dos mas novos na Galiza, adorava a poesia de Eusebio Lorenzo Baleirón, por citar um caso.
Acho que é responsabilidade de todos, cada um no seu âmbito de trabalho, manter uma relação mais intensa com os nossos homólogos na Galeguia.
À falta das inexistentes relações institucionais, são necessárias as relações no âmbito da universidade, nas organizações políticas e sociais, em todas as plataformas culturais que tenham possibilidade de relação. E, se se me permitir a nível pessoal, eu aconselho visitar Portugal como mínimo uma vez ao ano, para curarmos a alma de tanta espanholidade que nos abafa e quer colonizar.”
Xosé Ramón Freixeiro Mato: “A via do galego tem de ser a reintegracionista”
Entrevista a Xosé Ramón Freixeiro Mato no Portal Galego da Língua:
“(…) – Portal Galego da Língua (PGL): Existem duas estratégias para o galego, a galego-castelhana ou a galego-portuguesa. Qual a mais eficaz?
– Xosé Ramón Freixeiro Mato (XRFM): A via do galego tem de ser a reintegracionista. Concordo com a tese de Carvalho Calero de o galego ser galego-português ou galego-castelám. Este último apenas conduz à paulatina absorviçom da nossa língua dentro do castelám. Umha via intermédia é impossível, um galego ilhado que pretenda a equidistância entre espanhol ou português. O galego é umha língua internacional que se espalhou polo mundo através de Portugal e seria suicida renunciar a essa vantagem, do mesmo jeito que nom seria acreditável que o inglês renunciasse à variante dos EUA. (…)
– PGL: Dentro das pessoas que estám por volta da normalizaçom do galego oficial, que tipo de atitudes existem?
– XRFM: Havia um grupo amplo de pessoas, maioritário, proclive ao reintegracionismo. Em finais de 80, houvo umha recolhida de assinaturas para propiciar um acordo normativo na linha reintegracionista de mínimos. O manifesto, que tinhas aspetos concretos que afectavam a forma de língua, foi assinado pola imensa maioria do professorado do ensino médio.
Havia outro posicionamento hostil a esta linha mas observo agora que esta linha isolacionista nom apresenta hoje posições anti-reintegracionistas como havia antes. Mesmo artigos de Henrique Monteagudo ou Xosé Luís Regueira ou publicações do CCG coordenadas por pessoas do ILG, já utilizam o argumento de que deve ser explorado o valor do português. Pola contra, posições recalcitrantes som hoje escassas. Há um ponto de inflexom que abre umha possibilidade de avançar. É fundamental que o discurso da utilidade do galego como língua universal chegue à sociedade. Há muitos argumentos para que o discurso chegue. (…)”.
Gondomar: Festival Internacional de Teatro Ponte… na Escena
Compostela: festa do 25 de abril con Luandino Vieira
A cuarta feira 24 de abril, ás 19:30 horas, na Ciranda (Rúa Travesa, 7, baixo) de Santiago de Compostela, terá lugar unha festa do 25 de abril, que contará coa presenza do escritor angolano Luandino Vieira, quen presentará a editora Nossomos, especializada em literatura angolana (nomeadamente poesía) mais tamén de outros países africanos. Aliás, haberá a actuación musical da Banda Hospitaleira do Minho (Uxía, Víctor Coyote e Rómulo Sanjurjo).
Santiago: lanzamento de Obra seleta, de Johán Vicente Viqueira
A quinta-feira 18 de abril, ás 20:00 horas, na Ciranda (Rúa Travesa, 7) de Santiago de Compostela, terá lugar o lanzamento da Obra Seleta de Johán Vicente Viqueira, publicada pola Academia Galega da Língua Portuguesa. No acto participan Iolanda Aldrei, César Morán e José António Lozano.
Aveiro: lectura poética e presentación de Flutuando, de Xavier Frías Conde
A quinta feira 4 de abril, ás 21:30 horas locais, no Biscoito-Atelier Galeria Café de Aveiro (Rua D. Jorge Lencastre, 7), terá lugar unha lectura poética e lanzamento do libro Flutuando, de Xavier Frías Conde, publicado por A Porta Verde do Sétimo Andar, nun acto organizado polo Grupo Poético de Aveiro.