Crónica videográfica da XI Xornada de Literatura de Tradición Oral. O rol da muller na literatura de tradición oral (III)
A XI Xornada de Literatura de Tradición Oral. O rol da muller na literatura de tradición oral, actividade da Sección de Literatura de Tradición Oral da AELG, co apoio da Deputación Provincial de Lugo e a colaboración da Asociación Sócio-Pedagóxica Galega, tentou, cos coñecementos e investigacións de recoñecidas especialistas na materia, propoñer unha reflexión crítica ao conxunto da sociedade sobre o rol tradicional da muller na nosa cultura popular. A xornada tivo lugar o sábado 27 de outubro de 2018 no Salón de Actos da Deputación de Lugo.
Aquí pode verse a crónica videográfica completa, da que publicamos hoxe estes vídeos:
– Conferencia. Meigas: as mulleres sanadoras contra a orde masculina. Anxos Sumai:
– Conferencia. Pendentes de Ouro Negro. Mulleres e Wolframio (primeira parte). Faia Díaz Novo:
– Conferencia. Pendentes de Ouro Negro. Mulleres e Wolframio (segunda parte). Faia Díaz Novo:
A Coruña: presentación de Mamá, quero ser Ziggy Stardust, de Iria Misa
Henrique Dacosta gaña o XXV Premio de novela curta Manuel Lueiro Rey
Desde o Diario de Arousa:
“O ferrolán Henrique Dacosta López gaño a XXV edición do prestixioso premio Manuel Lueiro Rey, que convoca o Concello do Grove. Baixo o título Illas a Sotavento e o lema “A mare usque ad mare” (de mar a mar), Dacosta presentouse ao certame, decidindo o xurado proclamar como gañadora esta obra. (…)
A deliberación tivo lugar o 9 de decembro. O xurado estivo composto por Manuel Bragado, Armando Requeixo, Ánxela Gracián, Mario Regueira e o gañador da edición anterior, Diego Alfonsín. A decisión tomouse por maioría do xurado. (…)”
Igor Lugris: “É reconfortante não fazer parte desse grupelho, ou facção, sem o qual a literatura correria o perigo de morrer”
Entrevista de Montse Dopico a Igor Lugris en Praza:
“(…) – Praza (P): A literatura é um modo de “interpretar o mundo. Não acho que sirva para transformá-lo, mas sim para clarificá-lo, e isso pode ser a base para mudá-lo. Acho que a poesia não deve procurar a beleza, mas a verdade. Mas não tudo é compromisso. Também tem que ter uma parte atrativa, evocadora, que te anime a seguir”. Isto me comentavas numa entrevista feita há já anos, em 2008. Continuas a pensar o mesmo?
– Igor Lugris (L): Continuo a pensar o mesmo, e estou ainda mais convencido do que antes. A literatura não transforma o mundo: são as pessoas quem o fam. A prova é a quantidade enorme de todo o tipo de textos (manifestos, poemas, romances, obras de teatro, ensaios, reportagens…) que chamam a transformar o mundo e o fato de que o mundo ainda não foi transformado; ou não foi transformado para melhor.
É possível estabelecer um paralelismo com o que se passa com as redes sociais a dia de hoje: ser muito ativo nas redes sociais, publicando em Twitter, Facebook, Instagram ou qualquer outra rede, centos de comentários, textos, fotografias e memes de índole pretensamente revolucionária, não vão conseguir transformar o mundo. Com certeza, é necessário é útil fazer isso, faz parte das úteis atividades de agitação e propaganda, mas sabendo que sem o imprescindível trabalho prático, diário, real e não virtual, essa atividade não tem nenhum percorrido.
Com a literatura, e as artes em geral, ocorre o mesmo. São uteis, importantes e necessárias para a transformação social, mas sempre que fagam parte dum projeto maior, no que também esteja presente o ativismo. Cada quem, cada autora e autor, cada artista com vontade de comprometer-se e pôr a sua obra ao serviço do bem comum por um mundo melhor e mais justo, terá que procurar o seu caminho e decidir como percorrê-lo. Não há um único caminho, mas recorrer o caminho continua a ser preciso. E assumo ao dizer isto a minha incoerência, dado que atualmente não participo da vida ativa e militante de nenhuma organização social, sindical ou política. Se calhar também isso tem qualquer cousa a ver com o fato de praticamente não publicar nada desde há mais de dous anos, e que com toda probabilidade assim continue.
São muitos os livros de texto e estudos críticos que, ao falarem em literatura, falam em “autores imprescindíveis” (aliás, por regra geral, homens: escritoros homens). É reconfortante não fazer parte desse grupo, grupelho, ou facção, sem os quais a literatura (se calhar mesmo a literatura universal, seja isso o que for) correria o perigo de morrer, desaparecer ou ver-se terrivelmente emagrecida. Saber que não fago parte da categoria de autor@s imprescindíveis faz com que escrever, ou deixar de escrever, resulte mais fácil, agradável e reconfortante: as palavras ditas, ou a sua ausência, não vão modificar o curso do universo, a história do país ou a vida de ninguém. Ser prescindível é uma grande tranquilidade, acho.
Quanto à procura da beleza, é possível que com o passo do tempo tenha modificado parcialmente aquela ideia. A poesia deve procurar, também, a beleza. Mas entendo hoje (se calhar não há dez anos), que a beleza é muito mais que certo prazer estético que nos produz a contemplação, a leitura ou a audição de um fato artístico.
– P: O título e a estrutura de Curso de Linguística Geral (Através), o teu último livro editado em papel, joga -com muita ironia- com a referência à obra do mesmo título assinada por Ferdinand de Saussure. Por que decidiste criticar, questionar, o que são as grandes certezas, os grandes princípios da Linguística?
– IL: Acho que finalmente o poemario não questiona os princípios da Linguística, mas faz uma releitura dos mesmos, com um importante papel dos elementos lúdicos e transgressores, ruturistas e mesmo provocadores. A pretensão ao ir escrevendo os textos que conformam o livro não era tanto pôr em questão a Linguística como demostrar que era possível, inclusive necessário, reler alguns conceitos, algumas ideias, algumas supostas verdades científicas, para ver que havia (se havia qualquer cousa) mais alá delas.
Uma das ideias com as que mais tenho trabalhado é com a dessacralização de formas discursivas (científicas, mas também em ocasiões religiosas, e sem dúvida também as políticas) anquilosadas e rituais. A linguística, e desde logo um dos seus livros fundacionais, permitia-me amalgamar o texto literário com o metalinguístico e o científico para achegar uma visão diferente, irreverente ou provocadora, mas também amena e macia ao tempo que honesta e metódica. Finalmente, a ciência não é sempre assim tão científica. E esse espaço é o que me interessava: o lugar que está mais aló do limite da literatura, mas não é ciência, mais aló do ensaio sem ser ficção, mais aló da poesia sem ser um livro de texto.
Nos atos de apresentação do livro eu explicava que existe a teoria científica de que da realidade que nos rodeia, do conjunto de todo o universo e também do mundo no que vivemos e a galáxia na que vivemos, nem vemos nem conhecemos mais que um 20%, aproximadamente, e que o 80% restante é uma ainda ignorada matéria escura, da que desconhecemos –por resumir– absolutamente todo. (…)”
V edición de #PoemasPenduradosDeFarolas: Recortes nas liberdades
A NPG Nova Poesía Guitirica e Os Vilares Lareira de soños convoca a quinta edición de #PoemasPenduradosDeFarolas que como cada ano por estas datas vai dedicada a temáticas sociais. Os lumes ou a violencia machista foro. Protagonistas de edicóns a teriores entre outras e este ano escolleuse RECORTES NAS LIBERDADES como tema dos poemas que se presenten para decorar as farolas de Guitiriz e publicar en formato dixital.
Os poemas poderán ser enviados ao correo dosvilares@gmail.com en formato word ou pdf e serán editados para adherir ás farolas de Guitiriz a comezos de 2019, como cada ano.
#PoemasPenduradosDeFarolas naceu como unha mostra de poesía de compromiso social que a comen os de cada ano lembra temas da sociedade que deben mellorar. A poesía como i strumento tamén de compromiso e como voz co gra as inxustizas. A corrupción, a prisión e o exilio por causa das ideas e da liberdade de expresión, a xustiza á carta, a manipulación dos medios de comunicación, o retroceso nas liberdades básicas serán denunciados a través dos versos nesta edición de #PoemasPenduradosDeFarolas que convertirán as luminarias de Guitiriz, de novo, nun libro colectivo de poemas a pé de rúa para a lectura de veciñ@s deste poético concello con esta outra singular iniciativa da NPG Nova Poesía Guitirica.”
“Da simbiose entre as margens”, por Susana S. Arins
Artigo de Susana Sánchez Arins na Sega:
“(…) Feminismos e literatura infantil e xuvenil en Galicia é um resumo/síntese da tese de doutoramento de Montse Pena Presas. O objetivo do seu trabalho é revisar a crítica feminista à LIJ e comprovar se esta deixou pegadas no sistema literario galego. A autora faz un recorrido desde os inícios na Galiza dos dous campos: o dos estudos feministas e o da produção de literatura infantil e juvenil, analisando se há ou não influências e relações entre esses dous espaços. Para isso recorre à clássica periodização cronológica, estabelecendo etapas desde a década de 20 do século passado até a atualidade.
Montse Pena estuda dous mundos marginais, não heterodoxos, nos seus respetivos campos: o feminismo entre as ideologias e a LIJ no sistema literário. E no recorrido que faz para nós, vemos como essa marginalidade fica refletida na ausência de visibilidade, mesmo no ocultamento, das suas respetivas achegas à cultura galega.
Na primeira parte do livro, na que para a analisar a existência de crítica literária infantil desde os movimentos feministas, damos com duas mostras deste silenciamento: a ausência de bibliografia sobre o tema, de materiais críticos, e de corpus de obras sobre as que trabalhar. Trabalho que deve fazer a autora se quer pesquisar, pois (quase) nada antes. Porque o movimento feminista houve de mover-se nas margens, fora dos espaços académicos e, só por isso, pode parecer que não existiu. Mas rastrejando as suas pegadas nas revistas da época, transcende a existência, sim, de grupos de mestras a trabalhar por boa parte do território na elaboração de materiais coeducativos e mesmo de materiais literários.
E vem aí a segunda mostra: as mulheres escrevemos literatura bem antes do que as academias e as histórias literárias oficiais marcam, só que estas unicamente atendem a literatura adulta, esquecendo a pensada para crianças que, igual que as mulheres1, entra dentro do campo da não-literatura. E assim, Montse Pena recupera os nomes das pioneiras e adianta anos o aparecimento de autorAs no sistema galego. Onde as histórias literárias académicas dão espaço às mulheres nos inícios do século XXI, Pena Presas coloca-nos o Pericles e a balea de Xohana Torres como título pioneiro, e dá conta da entrada doutras mulheres no sistema (Sabela Álvarez, Gloria Sánchez, María Victoria Moreno, Fina Casalderrey…). (…)”
Compostela: presentación de Novas masculinidades, de Jorge García Marín
A Coruña: palestra “Os Pinos. O Himno da Nazón de Breogán”, por Fernando López-Acuña
Gena Baamonde dirixirá a nova produción do CDG a partir de dúas pezas de Esther F. Carrodeguas e Roi Vidal Ponte
Desde Agadic:
“Neorretranca e posmorriña será o título da próxima produción propia do Centro Dramático Galego, que dirixirá Gena Baamonde a partir dos textos Fantasía nº 5 en sol ou non, de Esther F. Carrodeguas, e Boisaca ou a divina desgraza, de Roi Vidal Ponte. A Axencia Galega das Industrias Culturais (Agadic) publica hoxe no Diario Oficial de Galicia (DOG) o anuncio polo que se se lle dá publicidade á convocatoria do proceso de selección das 10 actrices e actores que porán en escena o novo proxecto da compañía pública, con data de estrea prevista para o 11 de abril.
A reflexión sobre a identidade galega é o común denominador de ambas as obras como resultado da participación dos seus autores na primeira edición do grupo de traballo DramaturXa, coordinado polo escritor e director teatral Manuel Lourenzo. O CDG puxo en marcha esta nova iniciativa a primeiros de 2018 no marco do seu programa Dramaturxente de apoio, fomento e promoción da autoría teatral galega contemporánea, en colaboración coa Asociación Galega de Dramaturxia DramaturGa.
Bases
Segundo as bases publicadas no web da Agadic, os intérpretes interesados en optar ás 10 prazas de actrices e actores convocadas –catro con categoría de protagonistas e seis de principais– teñen de prazo desde mañá e ata o mércores 19 de decembro para presentar as súas solicitudes xunto con toda a documentación requirida.
Para seren admitidos, os aspirantes deben cumprir unha serie de requisitos, entre os que se atopa o do coñecemento e dominio do idioma galego no ámbito cotián e artístico, ben acreditándoo mediante certificación oficial, ben solicitando unha avaliación lingüística específica.
O proceso de selección constará de dúas fases. A primeira delas será eliminatoria e consistirá nun baremo dos méritos profesionais dos aspirantes. Para esta valoración, na que se poderán obter ata 20 puntos, teranse en conta as capacidades interpretativas para espectáculos teatrais (titulación, cursos de formación, interpretación en espectáculos profesionais e afeccionados de artes escénicas, premios…), así como a achega de materiais audiovisuais a través dun videobook de resumo dos traballos en artes escénicas e audiovisuais ou a gravación de traballos puntuais.
Audicións
As persoas que acaden as cinco mellores puntuacións de cada un dos personaxes convocados accederán a unha segunda fase de audicións, con ata 30 puntos en xogo. Neste caso, as probas dividiranse en dúas partes: unha primeira de audición oral/avaliación lingüística e unha segunda de interpretación.
Os textos e indicacións para esta valoración estarán dispoñibles en www.agadic.gal con tempo suficiente para a súa preparación por parte dos actores e actrices que accedan á segunda fase.
As diferentes etapas deste proceso faranse públicas no web da Agadic e no taboleiro das súas dependencias: http://www.agadic.gal/Avisos/detalles/558.”