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Carlos Negro: “A poesía sempre se moveu un pouco nas marxes, pero está moi viva”
“Quem leia, perceberá. Palavra de bruxa”, por Susana S. Arins
Artigo de Susana Sánchez Arins na Plataforma de Crítica Literaria A Sega:
“Quem tivesse alguma vez interesse no historia da bruxaria, saberá do Malleus maleficarum, o tratado mais completo sobre as bruxas, contemporâneo à época de caça mais frutífera. Era o guia de inquisidores e torturadores para fazer um trabalho bem aprimorado. Quem tivera alguma vez interesse na historia da tortura saberá da cadeira das bruxas, ferro a se cravar nas entranhas reclamando confissão, saberá das tatuagens em ferro candente, do rapado de cabelos e pêlos, todos, saberá da submersão em águas frias e caldas. Quem tivera alguma vez interesse na história das infâmias saberá nomes: saberá de Martín del Río e do seu Disquisitionum magicarum libri sex, saberá do processo de Zugarramundi, saberá de Alfonso de Salazar e a sua crítica às torturas.
Todo isto, e mais, demonstra conhecer fundamente, no seu Palabra de bruxa, Andrea Barreira Freije, mas com a mestria de não o mostrar.
Um dos grandes perigos dos romances históricos, ou daqueles que sem ser históricos, são colocados em épocas distantes da nossa, é o excesso expositivo. A abundância explicativa. A cornucópia contextual. Contar-nos como comiam, dormiam, sentavam, caminhavam naquelas idades para que nos fique claro o fundo trabalho documental da escritora. Que é um tribunal inquisidor. Como funciona um moinho. Que peças de roupa veste cada grupo social. Quanto lhe leva a uma carruagem fazer uma posta entre Queixumes e Naibaco. Informações desnecessárias que empecem a leitura da trama. (…)”