Polafías Polavida (en portugués), Américo Rodrigues

Desde a sección de Literatura de Tradición da AELG convidámosvos a reunirnos cada día, momentaneamente, arredor da lareira virtual que representa o noso inmenso arquivo.
En varias polafías da AELG falouse ou cantouse en portugués.
Velaí a Américo Rodrigues en Mugueime-Muíños o 1 de outubro de 2016 contando as historias de Pepe “Dente D’Ouro” e Eudósia.
Aquí podes ver os vídeos desta Polafía.

Rechiade e unídevos baixo cancelos comúns como #CorentenaLiteraria, #Euquedonacasa, #LerGalegoSempre, #Acasainfinita, #DescobreACulturaGalega, #CulturaGalegaCuradora, #CulturaNaRede, #Aculturasegue e/ou #aculturasegue.

Polafías Polavida (en portugués), Alberte Núñez Martínez

Desde a sección de Literatura de Tradición da AELG convidámosvos a reunirnos cada día, momentaneamente, arredor da lareira virtual que representa o noso inmenso arquivo.
En varias polafías da AELG falouse ou cantouse en portugués.
Velaí a Alberte Núñez Martínez en Mondoñedo o 2 de abril de 2016 cantando “Rosinha da Serra de Arga”, en homenaxe a Manuela Rey.
Aquí podes ver os vídeos desta Polafía.

Rechiade e unídevos baixo cancelos comúns como #CorentenaLiteraria, #Euquedonacasa, #LerGalegoSempre, #Acasainfinita, #DescobreACulturaGalega, #CulturaGalegaCuradora, #CulturaNaRede, #Aculturasegue e/ou #aculturasegue.

Finalistas do Premio aRi[t]mar 2020

Déronse a coñecer os textos finalistas do Premio aRi[t]mar 2020. Toda a información, tamén para poder participar, aquí.

Morreu o escritor brasileiro Rubem Fonseca

Desde Nós Diario:
“Rubem Fonseca faleceu esta cuarta feira en Rio de Janeiro aos 94 anos de idade, tal e como a súa familia confirmou ao diario portugués Público. En 2003, obtivo o Prémio Camões, o mais prestixioso en lingua portuguesa. Era un dos máis importantes e singulares escritores brasileiros contemporáneos.
Naceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, en 1925. Era fillo de portugueses transmontanos, emigrados para o Brasil. Residiu desde a infancia no Rio de Janeiro. Era licenciado en Dereito e traballo como comisario na policía.
As obras de Rubem Fonseca xeralmente retratan, em estilo seco e directo, a luxuria e a violencia urbana, nun mundo onde se misturan marxinais, asasinos, prostitutas, miserábeis. A história a través da ficción é tamén unha marca de Rubem Fonseca, como nas novelas Agosto (o seu libro mais famoso) en que retratou as conspiracións que acabaron no suicídio de Getúlio Vargas (avogado, militar e político brasileiro, líder da Revolução de 1930) e en O Selvagem da Ópera, en que retrata a vida de Carlos Gomes (o máis importante compositor de ópera brasileiro).
En 2019 Quico Cadaval dirixiu unha adaptación ao teatro do brasileiro Rubem Fonseca, Carpe Diem. “A anécdota é cinematográfica: unha muller e un home coñécense nunha previsíbel festa de fin de ano e comezan unha relación ilícita: os dous son casados. Con outras persoas. Un caso de adulterio entre persoas de clase alta”, resumía daquela a compañía a súa aposta. Era a adaptación dun relato de Fonseca, “o maior escritor vivo da lingua portuguesa”: “A atrevida tentativa de converter en teatro un dos máis excitantes contos do maior autor vivo na nosa lingua”, dixo Cadaval.”

Porto: Encontro na Casa do João, 2020

Crónica videográfica da IV Xornada de Literatura Dramática (III)

A IV Xornada da Sección de Literatura Dramática. Cartografías da palabra en acción foi unha actividade organizada pola AELG coa colaboración da Asociación Sócio-Pedagóxica Galega, co patrocinio do Concello da Coruña, Deputación Provincial da Coruña e CEDRO, e a colaboración da Universidade da Coruña.

Aquí pode verse a crónica videográfica completa, da que publicamos hoxe os seguintes vídeos:

– Festival Pezas dun teatro do porvir. Santa Inés, pola Compañía A Feroz.

– Festival Pezas dun teatro do porvir. Mal Avenida, por Fernando Epelde.

– Festival Pezas dun teatro do porvir. Grada Família, por Marta Figueiredo (Portugal).

Tiago Alves Costa: “Espero que este livro seja acima de tudo uma proposta de revolução”

Entrevista de Daniel Amarelo a Tiago Alves Costa no Portal Galego da Língua:
“(…) – Portal Galego da Língua (PGL): Ao longo de todo o livro [Žižek vai ao ginásio] parece que a forma ganha a batalha contra o conteúdo. Lemos e importamo-nos mais com como se sente e como se passam as cousas do que com o que se sente e o que se passa. Achas que nestes tempos de desmaterialização – do trabalho, dos relacionamentos, até do corpo – a poesia vai sair prejudicada ou fortalecida? Qual o papel da poesia na nossa contemporaneidade?
– Tiago Alves Costa (TAC): A poesia será sempre um meio de revigorar uma época, seja ela qual for. Neste momento e mais que nunca a poesia é uma urgência. Sob o limiar da falência das palavras, neste espetáculo diário de humilhação, expostos aos olhares dos outros à procura da melhor pose, a poesia é uma linha de fuga contra o delírio dos nossos dias. Ainda sem distinguir se somos personagens ou pessoas – nós somos os protagonistas, dizem os lemas publicitários – a poesia surge como um elemento transfigurador deste tempo narcísico, onde o Eu se assume numa clara posição de centralidade não dando espaço ao “outro”, aos outros, à diferença, ao estranho; daí surgem também os discursos xenófobos, que aliás, já pendem sob as nossas cabeças.
– PGL: Qualquer leitora deste livro terá reparado, no fim, em que é até certo ponto uma obra meta-literária, que brinca com muito humor com o próprio papel do poeta, o seu lugar no mundo, o seu habitus. Que relação tens com o poema? Como surgiram estes aqui presentes, que conformam o Žižek?
– TAC: Tenho uma relação com o poema que vai do desejo à rejeição. A maioria das vezes não nos damos bem, ou, talvez, façamos de conta que não nos conhecemos, como se fossemos duas pessoas que se cruzam na rua e se olham, conheço-te de algum lado. Eu fico a olhar para ele, ele fica a olhar para mim, há uma tentativa de aproximação, imaginamos que qualquer coisa de singular poderá acontecer, e, de repente, afastamo-nos. Os poemas de Žižek vai ao ginásio seguem um fio condutor de Mecanismo de Emergência, são fruto da investigação que tenho desenvolvido nos últimos cinco anos e que se traduziram nestes dois livros que a Através Editora teve a enorme coragem de publicar; é um processo que passa por escavar na própria imprevisibilidade das coisas, no quotidiano, nos fenómenos comuns, farejando a vida numa tentativa de demolir-me a mim mesmo e revolucionar silenciosamente o meu modo de ver o mundo. (…)
– PGL: Aquilo que se impõe à (imagem de) liberdade parece percorrer sibilinamente o corpo deste livro-sistema nervoso. Qual é o fundamento político último desta tua obra?
– TAC: Gosto muito dessa tua definição de livro-sistema-nervoso. Quanto a esta questão, a Agustina Bessa-Luís tinha uma frase que me tem acompanhado ultimamente: Um país fabricado em miséria, é um país condenado à política. A poesia é uma forma de expressão cultural, sendo perfeitamente concebível o uso de uma estética poética para traduzir um conjunto de inquietudes políticas que invariavelmente marcam a minha obra. Espero que este livro seja acima de tudo uma proposta de revolução, ou até mesmo um último reduto de liberdade.
– PGL: Afirma-se no prólogo, após citar um dos poemas mais brilhantes do livro, que “as palavras contêm tudo: a denúncia e a citação, o relato e as suas feridas”. Escreve-se contra a linguagem, através da linguagem ou apesar da linguagem?
– TAC: Escreve-se sobretudo contra as amarras da linguagem. A própria leitura de poesia pode convocar um deliberado mal-entendido ou potenciar um conflito na linguagem ou mesmo ações que estourem com a domesticação da palavra que vive ao serviço do poder, seja ele qual for. Pensar a poesia também é mudar de posição relativamente à própria linguagem, ou como diria Gaston Bachelard, não olhar sempre da mesma maneira para as palavras; apesar da linguagem.”