Santiago de Compostela: presentación de Aqueles anos do Moncho, de Xosé Neira Vilas
A Coruña: presentación de A poesía oculta de Filgueira Valverde, de Xosé Ramón Freixeiro Mato
Vilaboa, Culleredo: presentación de A antesala luminosa, de Antonio Tizón
O xoves 1 de outubro, ás 18:00 horas, no Pazo Vila Melania (Avenida de Vilaboa, 42), en Vilaboa, Culleredo, terá lugar a presentación do libro A antesala luminosa, de Antonio Tizón, publicado en Xerais. No acto, organizado por APEM A Coruña e Xerais, intervirán Juan Carlos Díaz del Valle e o propio autor.
Ourense: presentación de Por que as sombras non teñen ollos, de Luís Manuel García Mañá
O xoves, 1 de outubro, ás 20:00 horas, no Salón Nobre do Liceo (Rúa Valentín Lamas Carvajal, 5), de Ourense, terá lugar a presentación do libro Por que as sombras non teñen ollos, de Luís Manuel García Mañá, publicado por Xerais. No acto participarán, xunto ao autor, Ramón Blanco Fortes, José Antonio Alonso Miranda (xeneral do Exército na reserva) e Manuel Bragado.
Estreouse a nova web da AELG
Onte, 28 de setembro, estreouse a nova web da Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega. Entre as novas funcionalidades destacamos:
• Agora as páxinas teñen unha URL amigable que contextualiza a páxina na que te atopas e contén información útil, como o nome do/a autor/a. Aténdese a cuestión de xénero:
/servizos-a-socios-as.
/centro-documentacion/autores-as/buscar.
/centro-documentacion/escritores-as-do-mes.
/centro-documentacion/autores-as/ledicia-costas.
• Maior relevancia das fichas de socios/as, o que unido á URL amigable favorece que os socios/as poidan mesmo difundir esta ficha dentro do portal da AELG como espazo web persoal.
• Buscador de socios/as accesible desde todas as páxinas. Tamén se incluíu a función de autocompletar, que ofrece suxestións a medida que se introduce a cadea de busca e permite ir directamente á ficha dun socio/a sen pasar pola páxina intermedia de resultados da procura.
• Sección de novidades editoriais en portada.
• Novo formato dos vídeos (mp4 e webM) no centro de documentación. Este novo formato permite visualizar os vídeos nunha calidade moi superior á actual e implica a recodificación e subida á web de todos os vídeos orixinais. Empezouse polos vídeos gravados individualmente a socios/as para posteriormente seguir coas seccións de vídeos das actividades, polafías e palabra audiovisual.
• Evítase a apertura de novas ventás do navegador, algo molesto para o usuario/a e moi pouco frecuente a día de hoxe. Así, as fichas de vídeos, actividades, novidades, obradoiros, etc, amósanse agora nunha, que vai integrada na mesma páxina nunha ventá de diálogo modal.
• Actualizouse á última versión dispoñible o editor HTML na ferramenta de administración.
• Novos espazos de vídeos “Videoteca de obras” e “Entrevistas a socios/as”. Ao estilo dos portais de vídeo actuais, amósase unha caixa de busca que permite buscar polo texto dos diferentes campos de catalogación (os que se amosan na ficha, como por exemplo, na “Videoteca de obras”, o título do vídeo, o título e autor da obra, o socio/a que le ou o lugar e ano de gravación). Na páxina de entrada, para non amosar só o buscador, amósanse 4 vídeos aleatorios (diferentes cada vez que accedes).
• A web foi deseñada para facilitar a creación no futuro dunha versión para dispositivos móbiles.
• Creación dun Espazo privado para cada Socio/a, que van dispor dun espazo persoal protexido por usuario-contrasinal desde o que terán acceso a servizos ofrecidos pola AELG (por agora, modificación da súa biografía e proposta de novas obras a incluír no Centro de Documentación).
Compostela: presentación de Ostrácia, de Teresa Moure
A cuarta feira, 30 de setembro, ás 20:00 horas, na Facultade de Filosofía da Universidade de Santiago de Compostela, preséntase Ostrácia, de Teresa Moure, publicado por Através Editora. No acto participa, xunto á autora, Chus Nogueira.
Entrevista a Carlos Quiroga
Entrevista a Carlos Quiroga no Grupo Surrealista Galego:
“(…) – Grupo Surrealista Galego (GSG): Que é para ti, hoje, o surrealismo (ou surrealismos)?
– Carlos Quiroga (CQ): Creio que em primeiro lugar me afastaria do significado de extravagante ou bizarro, do histriónico, que às vezes circula na linguagem corrente, quando se fala em Surrealismo, ainda que assuma encantado o certo sentido de insensatez que comporta o conceito. E depois, como para o comum dos mortais que mexem ou catam no que tenha a ver com Letras ou Arte, o Surrealismo é para mim, antes de mais, uma categoria singular da História das Letras e da Arte em geral. Mas o seu diferencial está em que para além da pertinência contextual em origem continua e continuará perdurável. Para mim o Surrealismo (ou Surrealismos) ainda é vigente, utilizável, e ainda representa perfeitamente um posicionamento a-temporal de abordagem do sentido do mundo e da vida. O entendimento da sua categoria histórica pertence mais ao ponto de vista do curioso, explicador ou professor ou o que se queira chamar de consumidor e observador passivo da produção humana na vertente chamada estética. O entendimento da sua vigência pertence mais ao ponto de vista do necessitado ou impelido para o seu uso como instrumento ainda vigente na produção dentro dessa mesma vertente, para a criação. Porque o Surrealismo é jovem, o Surrealismo é inteligente, o Surrealismo é criativo –um Surrealismo que é ainda hoje à Literatura e à Arte o que apesar de tudo é rádio-3 às outras rádios!
Na Literatura e na Arte também vale a pena reciclar, de maneira que categorias singulares da sua História, como a de Surrealismo, parecem-me altamente oportunas. Nem acredito na provocação e deslumbramento de novas etiquetas nem creio na oportunidade de fingir ao presente estarmos na vanguarda –do palavreado bélico que sugere enfrentamento e portanto um único final possível: extinção própria ou do pretenso inimigo que se imagina diante. Vanguarda o quê, vanguarda significa moda, uso descartável…? Procurar a vanguarda mal pode permitir hoje, à velocidade que o planeta vai, um entendimento profundo do que temos em volta. O Surrealismo já nasceu numa consciência pós-vanguarda, lúcido de uma perenidade ampla que olhava de outro modo para o mundo. E o uso novo ou renovado de ‘categorias antigas’ ou etiquetas testadas como esta pode fornecer capacidades superiores. Em Literatura e Arte, como no consumo de recursos da natureza, também se pode praticar um decrescimento sustentado que aproveite e explique melhor o que existe. Porque é preciso decelerar para entender. E na deceleração o Surrealismo (ou Surrealismos) permite fazer isso acelerando, maravilhosamente.
Por quê Surrealismo em particular, por quê essa etiqueta e não outra? Porque é mais completa. Porque é mais certeira. Porque pode ser filosófica, mística, interventiva, local e universal, tanto como Saudosismo, mais que Sensacionismo. No Cubismo, ou no Futurismo, Expressionismo, Dadaísmo, etc., ao igual que no Surrealismo, juntamente com a sincera procura de novos rumos e novas significações para a expressão da alma humana, já havia uma relativa dose de insinceridade ou mistificação, que também poderiam dar jogo, e interessam-me, mas permitem um jogo reduzido, caduco, datado. Até a categoria Simbolismo, que me parece altamente interessante por motivos parecidos aos que estou comentando, que até é mais antiga e nalgum sentido até mais em sintonia com uma ambição de entendimento pessoal menor, fica no entanto pequena. A Humanidade foi mergulhando na procura do seu entendimento louco debatendo-se entre duas tendências, a da perplexidade em adaptar-se ao Real e a da perplexidade de tender para o Possível. O Surrealismo (ou Surrealismos) permitem traduzir maravilhosamente essa dupla procura de entendimento, seja como observadores ou explicadores curiosos, seja particularmente como criadores ou desassossegados seres humanos perplexos por causa do Real e do que lhe está por trás. Falar de Surrealismo (ou Surrealismos) permite hoje melhor do que doutros modos considerar o Real e tender para o Possível, sendo algo insensatos como criadores por causa disto último mas mostrando inconformismo por causa do primeiro.
– GSG: Em que te sentes vinculad@ ao surrealismo (e que referentes seus consideras mais destacáveis para ti)? Que experiências tens…?
– CG: Sinto-me só algo vinculado ao surrealismo por sentir-me desconforme com o real, por tender para o possível, por procurar mecanismos ou posições ou produções às vezes insensatas ainda que a timidez não me permita um grau de provocação notável para mudar o real. Por isso me sinto só algo surrealista. Surrealista tímido. Mas se sou socialmente bem comportado, se tenho um trabalho formal, se me adapto, é porque também sei que para a eficiência sobre esse real desconforme não se pode ser pletoricamente surrealista, ou logo és tomado por louco. Tomado por pirado, excessivo, extravagante, que é a visão comum dos outros sobre quem vai a todo volume de tal. Portanto vou pouco de surrealista mas escondo cromossomas de surrealistas no núcleo celular do que penso, escrevo, desenho, filmo, esculpo, faço com as mãos.
Referentes? Surrealismo é uma atitude de entendimento e encarna de modo diferente e com diversos graus nas individualidades. O Mário Cesariny de Vasconcelos passou-me humanamente perto e poderia citá-lo como referente, mas ele era demasiado ousado para alguém tão pacato como eu tê-lo como referente. E depois há surrealismo fora do Surrealismo. E, enfim, que não saberia ser bem concreto, distinguir entre o lido ou visto de fora e o vivido ou sentido por dentro, ligar uma cousa e a outra para achar espelho ou referência. E quanto a enumerar o vivido ou sentido por dentro, as experiências que tenham a ver com surrealismo, parece-me um exercício difícil e pesado: experiências dentro do surrealismo como atitude de entendimento tenho e aplico constantemente, nas aulas, quando escrevo, quando fico calado, e até neste mesmo instante em que procuro uma contenção para fazer-me entender porque entendo que é disso que se trata; experiências próximas do Surrealismo como categoria interventiva, poucas, porque se precisa companhia e sou pouco gregário. Mas já que falamos nisto, referentes e experiências, talvez a da proximidade com o Mário possa valer a pena partilhar com quem por isto se interessa (vou acompanhar um texto já publicado em Portugal que o recorda): “O meu Cesariny ao humano em mito”, in Correntes d’Escritas, Revista de Cultura Literária da Póvoa de Varzim, nº 5, Fevereiro 2006, pp. 66-68. (Variante aqui). (…)”
Andrés Torres Queiruga: “Piñeiro traballou para Galicia cunha dedicación plena e sempre con espírito integrador”
Entrevista a Andrés Torres Queiruga na Real Academia Galega:
“(…) – Real Academia Galega (RAG): Escolleu Ramón Piñeiro: compromiso integral e integrador como título da súa intervención. Por que?
– Andrés Torres Queiruga (ATQ): Non por estar cerca de nós Piñeiro deixa de ser unha figura con auténtico relevo histórico, sobre todo polo seu carácter exemplar, pola dedicación plena coa que traballou para Galicia tanto desde o punto de vista teórico como na articulación práctica para unha realización sociopolítica. E a grandeza de Piñeiro está en que consagrou a súa vida enteiramente a iso, cunha exemplaridade da que creo que hai moi poucos exemplos. Fíxoo con constancia desde moi novo e ata que morre, sempre con ese espírito integrador, de non excluír nin caer nunha concepción estreita de Galicia. (…)
– RAG: E como recorda a ese Piñeiro capaz de atraer tanto a xente nova?
– ATQ: Recordo sobre todo o seu humanismo, a súa curiosidade intelectual. Todo lle interesaba, de todo lle gustaba falar, preguntar, e lembro tamén o respecto polo que falaba con el. Non era un home impositivo, senón que trataba de sacar o que as persoas levan dentro. Era un gran conversador e o seu poder, a palabra e a convicción.
– RAG: Como director literario de Galaxia, foi un dos grandes artífices da reconstrución cultural galega da posguerra, e apostou por levar o galego a todo tipo de xéneros. El mesmo demostrou, en 1951, que a nosa lingua era válida para o ensaio filosófico ao publicar, na Colección Grial, Significado metafísico da saudade.
– ATQ: Exacto, interesáballe que todo se galeguizara, na cultura, na política… E como ensaísta soubo explotar un tema tan difícil como o da saudade. Os portugueses recoñeceron que foi quen de verdade a elevou a rango metafísico, o primeiro en abordar a saudade na súa dimensión máis profunda. (…)”
Manoel Rodríguez Alonso, in memoriam, por Xosé Vázquez Pintor
Artigo de Xosé Vázquez Pintor en Sermos Galiza:
“Bouvard e Pécuchet? Nese camiño aberto que percorre as luces da palabra vai de sempre silandeiro o rebusque dos albores. E os ollares son así do alén de cada día en obra e as tantas outras noites de suceso. A lus do candil cadra paseniña de noso, tal é o agarimo do silencio para namorar a escrita. E son así de seu as avenidas do fulgor e das faíscas que choutan, repenican, locen e asubían obra en marcha, aínda non feita e rematada. Sábeno de perto as matrias e as estimas. E así, tal data de hoxe ou de mañá, alguén que nos quere agradecer de luz e de por sempre, arrisca un aturuxo no brado do silencio e medra axiña canda nós outro namoro de obrador nas amencidas que axexan na procura o sorriso do Sol, ese aloumiño das esferas.
Caro amigo, Manoel Rodríguez Alonso, crítico aberto ás avenidas literarias de Galiza que soubemos tanto recoller de agradecidos na túa luz de madrugueiro en moitas légoas que traspasa a noite e sempre abrocha de volta a luz dos anos e dos días na agra aberta da mau que ti nos dás cabo de lonxe, en sempre cama un colo. Velaquí estás de autente. E aquel sorriso na flor da túa páxina que sabes tanto ler, servir e namorar a prol do tempo e do fulgor na Nosa Lingua. Contigo.”