Arquivos da etiqueta: Teresa Moure
Taboleiro do libro galego (abril 2017)
Desde Cicloxénese Expresiva:
“Continuamos co excelente traballo que se viña facendo no Caderno da Crítica.
Queremos agradecerlle a axuda a Ramón Nicolás e ás librarías que colaboraron con nós para a elaboración desta listaxe: Pedreira, Cartabón, Paz, Biblos, Miranda, Andel do libro, Suévia e Chan da Pólvora.
Narrativa
– Os nenos da varíola, de María Solar. Galaxia.
– Aqueles días en que eramos malas, de Inma López Silva. Galaxia.
– Bibliópatas e fobólogos, de Emma Pedreira. Galaxia.
– Vento ferido, de Carlos Casares. Galaxia.
– Izan o da saca, de Xabier Quiroga. Xerais.
Poesía
– Camuflaxe, de Lupe Gómez. Chan da Pólvora Editora.
– Suicidas, de Francisco Cortegoso. Chan da Pólvora Editora.
– A relixión do mar, de Xosé Iglesias. Instituto de Estudos Miñoráns.
– Na casa da avoa, de Marta Dacosta. Galaxia.
Ensaio
– Rosalía de Castro. Cantos de independencia e liberdade, de María Xesús Lama. Galaxia.
– Non des ao esquecemento, de Luís Bará. Instituto de Estudos Miñoranos.
– Historias de galegos extraordinarios, de Salvador Rodríguez. Belagua Edicións.
– Bolcheviques, de Teresa Moure (coord.). Através Editora.
Xuvenil
– Jules Verne e a vida secreta das mulleres planta, de Ledicia Costas. Xerais.
– A soidade das medusas, de Iria Collazo. Galaxia.
– Europa express, de Andrea Maceiras. Xerais.
Infantil
– Primeira semana na escola de vacas, de Cutbill e Russell. Editorial Patas de peixe.
– O monstro das cores, de Ana Llenas. Flanboyant.
– Minilibros imperdibles 1 e 2. Kalandraka.
Libro CD-DVD
– Mel, unha mosca agradecida, de Miguel Ángel Alonso. Nova Galicia Edicións.
– Aire, de María Fumaça. Galaxia.
– A bruxa da discordia, de Mamá Cabra e Carmen Gil. Galaxia.
Banda deseñada
– Bichero VI: Ti sacha!!!, de Luís Davila. Autoedición.
– Historias Floreánicas, de Gogue. TodoGrove Edicións.
– A lei da cidade sen alma, de Víctor Boullón. Kómic librería e Demo Editorial.
Revistas
– Luzes.
– Tempos.
– Follas novas.”
Finalistas do Certame de Narracións Breves Manuel Murguía de Arteixo
“Reunido o xurado o pasado 22 de abril, a organización do Certame anuncia os finalistas e céntrase na cerimonia de entrega de premios que se celebrará o próximo 19 de maio, venres, ás 20:00 no Centro Cívico e Cultural de Arteixo.
Reunido o xurado, composto por Anxos Sumai (escritora e representante da Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega), Beatriz Rodríguez Rodríguez (profesora da Universidade de Vigo e representante da Asociación Galega da Crítica), Diego Giráldez (gañador da 25ª edición) e Alfredo Ferreiro Salgueiro (coordinador literario, que asistiu como secretario, con voz e sen voto), decidiu por unanimidade conceder os tres premios ás seguintes obras finalistas (por orde alfabética de autor):
– Reversible, de Jesús Amboage García.
– Corazón de Aquiles, de Noelia Cendán Teijeiro.
– A semântica oculta de Mrs. Hockett, de Teresa Moure Pereiro.
Dos 58 relatos recibidos, 52 foron admitidos a concurso por cumpriren estritamente as bases. Os premios, que se coñecerán durante a cerimonia, contan coa seguinte dotación: 4.000 € para o primeiro, 500 € para o segundo e 300 € para o terceiro.
Como novidade deste ano, a coordinación destaca a presenza no xurado de un membro da Asociación Galega da Crítica, feito que, grazas a un recente acordo de colaboración similar ao precedente coa Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega, vincula de maneira máis decidida o Certame ao sistema literario galego.
O acto de entrega ofrecerá ademais outros alicientes para todos os asistentes: a actuación musical do grupo EJazz, as intervencións artísticas do colectivo XIPA e un viño de honra como fin de festa.
O evento incluirá ademais unha lembranza da figura de Carlos Casares, escritor homenaxeado este ano no Día das Letras Galegas, mediante a proxección dunha peza en que se fai referencia á relación do autor ourensán con Arteixo.”
Teresa Moure e Sara Castro López, premiadas nos mellores Relatos de agua da Fundación Acuorum (Canarias)
Desde Fundación Acuorum:
“A Fundación Acuorum Iberoamericana Canaria entregou os premios do I Concurso Literario Internacional Relatos de Agua o mércores 19 de abril na capital grancanaria. (…)
Os relatos gañadores foron os seguintes:
– Castelán: El maestro ha muerto. Francisco León.
– Catalán: Dos dits de vida. Daniel Borrull.
– Galego: Babuxa, a pinga. Sara Castro López.
– Euskera: Itsasaldia. Judit Ruiz de Munain.
– Portugués: Águas livres. Teresa Moure.
A convocatoria fixaba un premio de 3.000 euros para os relatos gañadores en cada un dos idiomas a concurso, así como a edición dos seus textos nunha publicación conxunta, que foi entregada durante o evento e que tamén contén os relatos finalistas en cada unha das linguas. A publicación, realizada en formato Acuamag (revista da Fundación), estará accesíbel de forma online na web www.acuorum.com.
A calidade dos relatos seleccionados vén avalada pola comisión calificadora encargada de escoller os textos gañadores, e que estivo formada por escritores de recoñecido prestixio como son Andrés Sánchez Robayna e Fernando G. Delgado, presidentes do xurado e responsábeis de valorar os relatos en lingua castelá, así como Carme Riera (catalán), Pedro Feijoo (galego e portugués) e Bernardo Atxaga (euskera).”
Marín: presentación de Bolxeviques/Bolcheviques (1917-2017)
Ferrol: presentación de Bolcheviques/Bolxeviques (1917-2017)
Entrevista audiovisual a Teresa Moure, por Estela Pan
Teresa Moure: “O futuro convida a centrar os nossos esforços na tarefa de dar cabo do Apartheid ortográfico, de procurarmos um público sem prejuízos, de ganharmos espaços”
Entrevista a Teresa Moure no Portal Galego da Língua:
“(…) – Portal Galego da Língua (PGL): Vens de dar começo a um blogue pessoal de crítica literária, A tecer aranheiras. Ti própria diz fazê-lo “quando blogues já não estão na moda, quando ninguém tem tempo para ler”, fazendo um apelo à resistência. De que jeito pode a crítica, hoje, edificar uma resistência?
– Teresa Moure (TM): A cada dia que passa mais sou persuadida pela ideia de que fica pouco tempo para um certo tipo de literatura. O pessoal devora textos on-line, mas acha não ter um momento propício para outros formatos mais clássicos. Nesse sentido, é possível que a palavra resistência se module mais uma vez entre nós. O meu objetivo consiste, portanto, em tecer uma rede de cumplicidade entre criador@s que ainda tentamos construir mundos ou enviar mensagens para o público, embora tantas dificuldades. A tecer aranheiras concentra-se especialmente em livros invisíveis pelo seu género (poesia, ensaio), ou pela temática e o estilo; livros pouco divulgados nos meios convencionais ou declaradamente proscritos do núcleo oficial da cultura. Tem muito de subversão, de denúncia dos circuitos diminutos da crítica neste país, e também muito de brincadeira pessoal.
– PGL: Do mesmo ponto da crítica (que é sempre, mesmo em sentido inverso, também o da instituição), qual achas que é o estado das letras reintegracionistas? Quais os seus caminhos mais fecundos em clave de futuro?
– TM: Toda a literatura galega é um produto contrapoder por definição. Assim nasceu, como uma reivindicação nacional, e dalguma maneira esse é seu perfil caraterístico, visto que continua a ser vetada na maioria das montras das livrarias. Num tal contexto, a literatura galega reintegracionista constituiu mesmo as margens das margens. Porém, nos últimos tempos, timidamente, e devido a circunstâncias externas a seus criadores, parece visualizar-se um bocado. Como tais produtos literários, as criações em normativa reintegracionista têm a garantia duma vontade de língua, que é um motor importante nesta arte. O futuro convida a centrar os nossos esforços na tarefa de dar cabo do Apartheid ortográfico, de procurarmos um público sem prejuízos, de ganharmos espaços. A qualidade e as vontades de tantas criadoras e criadores não podem ser inúteis. (…)
– PGL: Bolcheviques (1917-2017), livro coordenado por ti e editado por Através e Xerais, vem de ser escolhido como um dos melhores ensaios do ano pelos leitores de Fervenzas Literarias. Agora que têm passado já umas semanas desde a sua aparição, e que começaste a fazer lançamentos da obra, como avalias a experiência?
– TM: Os volumes de Bolcheviques, um único livro com duas editoras, constituem uma experiência sem precedentes na nossa história editorial e bastante esquisita em qualquer lugar. As grandes editoras dum país pequeno e culturalmente ocupado por outra língua decidem uma política sem fendas: só publicam numa normativa isolacionista, rejeitando as possibilidades económicas e a difusão internacional que teria a ortografia histórica. Em consequência, no lado escuro, xorde uma alternativa editorial para dar voz à dissidência, por assim dizer. Perante uma tal situação, quando alguém quer organizar um volume de autoria coletiva sobre determinado tema, vai bater com que os autores e autoras especialistas de facto escrevem em normativas diferentes. Uma resposta possível, que também não é assim tão imaginativa, consiste em propor que cada autor(a) utilize a normativa da sua preferência e que o livro seja editado por duas editoras, que podem manter, desta maneira, as suas políticas ortográficas. Utilizei no prólogo a metáfora do rei Salomão com certa ironia. Desta vez, o Salomão decidiu partir a criança, a metade para cada mãe. Pretendíamos visualizar assim que, quando existir vontade, é possível procurar a via. A minha esperança é que no futuro imediato apareçam mais projetos onde a convivência das normativas dê nas vistas, experimentando com novas fórmulas. Porque nós, reintegracionistas, queremos lá estar, na cultura galega; não fazer parte dum grupo de exílio forçado.
Num sentido diferente, acho muito engraçado que seja eu (nem militante dum partido comunista, nem historiadora) a coordenadora. Ter escrito um romance sobre Inessa Armand e Lenine deu-me hipótese de partilhar opiniões políticas e históricas com boa parte da esquerda deste país. No ano passado fui convidada a participar num Comité para a celebração do centenário da revolução russa e lá propus que o meu contributo poderia consistir em publicar um livro. Eis o livro. (…)”
Vítor Vaqueiro: “Que con 65 anos abandones unha norma sabendo que a editorial che vai fechar a porta ten un valor simbólico grande”
Entrevista a Vítor Vaqueiro en Sermos Galiza:
“(…) – Sermos Galiza (SG): Hai pouco reivindicabas con moita outra xente a igualdade de trato para os escritores reintegracionistas no sistema cultural e editorial galego a través do manifesto O fim do apartheid.
– Vítor Vaqueiro (VV): Claro, é que non nos damos de conta disto, como funciona desde o punto de vista dos dereitos cívicos. Que unhas persoas se vexan privadas de publicar pola grafía coa que escriben é algo inconcibíbel. Pero ademais hai sentenzas do Tribunal Superior de Xustiza de Galiza redixidas en reintegrado e unha sentenza pola cal asociacións reintegracionistas lle gañan un xuízo ao goberno da Xunta de que ninguén pode ser marxinado nin discriminado pola súa grafía. E o máis grave é que o fan sen crelo, porque falas cos responsábeis das grandes editoriais galegas e din “estamos convencidos de que galego e portugués é o mesmo idioma”. Ou “vaia lío no que nos metemos, a ver como saímos del”. Ou as declaracións de Villares, presidente do Consello da Cultura, dicindo que hai que achegarse. (…)
– SG: De todos os xeitos, nos últimos anos a unidade lingüística galego-portuguesa xa ninguén a discute. Aí houbo un certo avance.
– VV: Con toda humildade, pero o feito de que Séchu Sende, Teresa Moure, Verónica Martínez ou eu mesmo -perdón por autocitarme- abandonáramos a normativa oficial, iso pesa. O meu caso debe ser o máis rechamante. Agora vou cumprir 69 anos. E que con 65 anos abandones unha norma sabendo que a editorial na que levas 35 anos publicando che vai fechar a porta, eu creo que iso ten un valor simbólico grande, independentemente de que Teresa é moito máis coñecida ca min. E é que ao cambiar de normativa ti sabes que perdes moito. Eu escribía un libro para Galaxia e aos tres meses sabía que estaba circulando polo país. E este libro leva tres anos feito, e sae agora. É complicado. Cambiar supón pagar unha peaxe altísima. Eu recoñezo que a xente que deu ese paso hai 20 anos, porque eu deino onte pola tarde en comparación, tivo que custarlle moito na súa vida. O cal non ten un pase. Por iso digo, á parte da cuestión máis ou menos técnica, é un problema de hixiene democrática. Unha sociedade que actúa así, está doente. Eu, sinceramente, se a norma oficial fose a reintegracionista e non se permitise escribir á xente que escribe na que hoxe é oficial, partiríame a cara por eles. (…)”