Comeza a preinscrición para o Mestrado Literatura, Cultura e Diversidade, que se vai impartir na Universidade da Coruña

mlcd_galegoO día 23 de xuño comeza a preinscrición no Mestrado Literatura, cultura e diversidade, na Universidade da Coruña, na modalidade de semipresencial, a tempo completo ou, se se prefire, parcial. Pódese ampliar a información sobre o mestrado nesta páxina.
Impartirase en modalidade semipresencial e as sesións serán en horario de tarde dous día á semana, xoves e venres. A matrícula pode realizarse como estudante a tempo completo ou a tempo parcial. Para poder cursar o mestrado é necesario realizar preinscrición aquí. O primeiro prazo vai de 23 de xuño a 13 de xullo.
Este Mestrado da Universidade da Coruña está organizado en dous cuadrimestres: no primeiro con materias dos módulos comúns e no segundo, as do módulo específico, coa participación de profesorado da área de Filoloxías Galega e Portuguesa; as materias da especialización no ámbito galego-portugués contarán tamén coa presenza en seminarios específicos de profesorado externo á UDC, como Justo Beramendi, Antón Figueroa, Francisco Rodríguez, Paula Guerra, Alva Martínez, Meri Torras e Ana Romaní.
O Mestrado é especialmente útil para renovar metodoloxías, actualizar coñecementos e pór ao día todo o relacionado coa Literatura en xeral, e coa nosa literatura, en particular, para alén de posibilitar a eventual realización dunha tese de doutoramento no ámbito dos estudos literarios e culturais.

Pódese descargar este documento con máis información: MLCD Diptico.

Compostela: VI Colóquio Internacional sobre Literatura Brasileira Contemporânea, do 25 ao 27 de xaneiro

IV-coloquio-768x481“De 25 a 27 de janeiro decorrerá na Faculdade de Filologia da Universidade de Santiago de Compostela (USC), o VI colóquio internacional do Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, da Universidade de Brasília. Este grupo, coordenado pola prof.ª Regina Dalcastagnè, tem uma ampla e prestigiada trajetória e conta com membros de universidades brasileiras e estrangeiras, entre as quais se encontra Carmen Villarino Pardo, do Grupo Galabra da USC.
O grupo é responsável pela publicação da revista Estudos de literatura brasileira contemporânea, uma referência na área, e pela realização de inúmeros eventos no país e em universidades estrangeiras, procurando estabelecer pontes entre especialistas de diferentes nacionalidades.
As suas pesquisas priorizam discussões sobre a relação entre literatura e sociedade, tendo em foco a representação de grupos marginalizados e as disputas no campo literário brasileiro.
O Gelbc vem organizando encontros internacionais na Universidade de Brasília e em diferentes universidades do exterior onde trabalham alguns dos seus membros. Neste ano, o encontro será na USC e envolverá questões relativas ao local, o nacional e o internacional.
Toda a informação (programa, resumos, notas biográficas dos participantes, dados de organização e de inscrição, etc.) está na página do colóquio.”

Alva Martínez Teixeiro gaña o Prêmio de Literatura Brasileira do Itamaraty

Alva Martínez Teixeiro obtivo, co ensaio A linha de sombra de uma suspeita lição de zoologia, derivado da súa investigación sobre a obra da escritora brasileira Lygia Fagundes Telles, o primeiro lugar do Prêmio de Literatura Brasileira do Itamaraty, convocado polo Ministério das Relações Exteriores –coñecido como Itamaraty– do Brasil. O premio ven do IV Concurso Internacional de Monografias, que o Itamaraty desenvolve desde 2005 para divulgar a literatura brasileira no exterior. Cada ano é dedicado a un autor brasileiro como tema das monografias: a recoñecida escritora paulista Lygia Fagundes Telles, ocupante da cadeira 16 na Academia Brasileira de Letras, foi o tema deste ano.
Este premio, que no primeiro lugar supón tamén para a gañadora un montante de 20.000 dólares USA, conleva a publicación dos cinco ensaios premiados polo Ministério das Relações Exteriores, en libro de distribución gratuíta e voltado á difusión da cultura brasileira.

Alva Martínez Teixeiro: “No âmbito português e brasileiro, quando sabem que sou galega, o comentário mais habitual é mas és quase portuguesa

Entrevista a Alva Martínez Teixeiro no Portal Galego da Língua:
“(…) – Portal Galego da Língua (PGL): Vens de publicar na Laiovento o ensaio Nenhum vestígio de impureza. Que vai encontrar o leitor nesta tua última obra?
– Alva Martínez Teixeiro (AMT): Nos últimos tempos, está a produzir-se, por um lado, uma intensificação no processo de divulgação e/ou no conhecimento da obra andreseniana, tanto no âmbito dos países de língua portuguesa, quanto no alargamento da difusão internacional da mesma segundo uma nova conceção. Nesta linha de pensamento, o objetivo geral que persegui neste ensaio foi o de dar a conhecer (de maneira mais aprofundada) a escrita de Sophia de Mello Breyner Andresen, figura central e basilar na poesia portuguesa do século XX.
Neste sentido de (re)descoberta plena da sua escrita complexa e plural, o leitor vai encontrar no ensaio a consensual admiração perante a palavra e o retorno poéticos à pura necessidade intelectual de beleza, verdade e sabedoria, absolutamente diferentes dos standards estéticos da sua época. Porém, encontrará também –e isto é relativamente novidoso– o espanto perante a obscuridade que se percebe sob a superfície luminosa da sua obra, ligada aos temas da consciência da quebra da unidade com o ideal ou da superficialidade e da pobreza espiritual do mundo contemporâneo.
Enfim, nas páginas do livro procurei explorar as diferentes possibilidades de interpretação desta obra paradoxal, com base no claro-escuro, para demonstrar a verdadeira dimensão da sua exigência de esclarecimento, a partir da oposição contra qualquer forma de mistificação ontológica e/ou moral, como a indiferença, a alienação, a mentira ou a injustiça. (…)
– PGL: E da ótica oposta, como é que vem a Galiza nesse âmbito [mundo académico portugués e brasileiro]?
– AMT: De modo geral, não existe um conhecimento muito aprofundado quanto à Galiza, mas há um certo sentido de proximidade, de facto, quando as pessoas sabem que sou galega, o comentário mais habitual que ouço é “Ah! Mas és quase portuguesa”…
Desde este ponto de vista, procuro aproveitar todas as oportunidades possíveis –e escassas– de divulgação da cultura galega entre os alunos de literatura e cultura brasileira, por exemplo, estabelecendo comparações entre o processo de formação da identidade brasileira e o processo de (re)construção da nossa identidade nacional nas aulas de Literatura do Século XIX ou, ao falar do ‘Orientalismo’ na literatura ocidental, referindo a figura de Cunqueiro ao lado de Borges, pois, se um dos alunos procura um livro de Cunqueiro na biblioteca da faculdade –aliás, uma biblioteca razoavelmente bem dotada de bibliografia galega–, já terá valido a pena. (…)”