Afonso Becerra: “Descobri que havia toda uma imensa e rica história da dança oculta e totalmente desconhecida na Galiza”

Entrevista de Daniel Amarelo a Afonso Becerra no Portal Galego da Língua:
“(…) – Portal Galego da Língua (PGL): Existem várias histórias da literatura, mesmo contamos com várias publicações sobre a história do teatro galego, mas tivemos que esperar até 2021 para poder usufruir de uma história da dança na Galiza. Quais foram as tuas principais motivações para escrever esta obra [História da Dança Contemporânea na Galiza] e aumentá-la progressivamente? Que nos oferece o livro ao público leitor e à cultura galega atual em geral, neste momento de crise social, cultural e económica?
– Afonso Becerra (AB): A primeira motivação é de natureza amorosa e afetiva, relativa à atração que de sempre suscitam em mim as artes do movimento e a dança. O facto de situar o corpo como sujeito e, ao mesmo tempo, objeto artístico, com todas as suas camadas de mistério e significação sensual. O jogo que a dança nos propõe através do movimento do corpo, até na sua quietude, e o desafio que coloca para quem tenta descrever, analisar ou contar a dança. Esta foi a minha primeira motivação que me levou a escrever sobre peças de dança desde há uns vinte anos.
A segunda motivação foi quando Carmen Giménez Morte, professora do Conservatório Superior de Dança de Valência, pertencente à Academia das Artes Cénicas de Espanha, decidiu, com o respaldo da Academia, publicar a primeira história da dança contemporânea da Espanha. Ela ligou para mim para pedir-me que me ocupasse dos capítulos sobre a Galiza. Esses capítulos são necessariamente breves por estarem inseridos em volumes que atendem a todas as comunidades autónomas do Estado. Além disso, também estabelecem uma espécie de hierarquia, segundo a qual Madrid, Catalunha e Valência têm mais peso e maior extensão em páginas. Ora, quando eu comecei a pesquisar, descobri que havia toda uma imensa e rica história da dança oculta e totalmente desconhecida na Galiza. Descobri que a história da dança na Galiza não é de menor nível do que a história da dança noutros lugares, apesar de um contexto muito mais adverso do que noutros lugares como a Catalunha ou Madrid. Portanto, a constatação desta injustiça fez que redobrasse os esforços para levar adiante este livro, para visibilizar uma das manifestações artísticas fundamentais da cultura de qualquer país, que no nosso estava discriminada.
Relativamente ao que oferece este livro ao público leitor e à cultura galega em geral, neste momento, há vários aspetos. Se calhar, o primeiro é a consciência de que temos uma arte que não pode continuar a ser desconhecida para qualquer pessoa que se considere culta. A consciência de que não existe uma cultura plena sem a atenção ao “discurso” dos corpos, à arte da dança.
Esta é a primeira história da dança da Galiza, portanto, o livro tenta oferecer um relato-mapa do nascimento e eclosão da dança contemporânea (aquela na qual a criação de movimento é maior) sem estabelecer hierarquias. Tentei que todas as coreógrafas e coreógrafos estivessem. Também tentei que não fosse um livro só de informação e dados, mas também sobre a arte da dança, os estilos e as questões que pode levantar.
Neste momento de crise, a história da dança na Galiza, ensina-nos a resistir e a que não há sonhos que não possam ser cumpridos, se o amor e o empenho estiverem à sua altura.
– PGL: Em que estado se acha a dança feita na Galiza atualmente? Como se costuma dizer, “qualquer tempo passado foi melhor”, ou, contrariamente, fomos aprendendo dos erros e episódios do passado?
– PGL: Na dança galega há meio cento de criadoras/es, sobretudo mulheres. Há uma grande diversidade de estilos e tendências. Começam a conviver coreógrafas de diferentes gerações, desde Amparo Martínez Paz, que foi a primeira selecionada para o primeiro Certame Coreográfico de Madrid (se calhar o festival mais significativo do Estado) em inícios dos anos 80, até Xián Martínez Miguel, um coreógrafo de 24 anos, que acabou em 2020 no Conservatório Superior de Dança de Madrid (na Galiza não temos Conservatório Superior de Dança). Como me comentava Matias Daporta, também coreógrafo, na Galiza podem observar-se duas grandes tendências no contemporâneo, por um lado um estilo mais conceitual focado no próprio movimento, como podem ser as peças do Coletivo Glovo de Lugo, formado por Ester Latorre e Hugo Pereira, e, por outro lado, a dança mais acrobática e circense, que liga esta arte com os aéreos, da qual o exemplo mais claro é o Coletivo Verticália, formado por Paula Quintas, Marta Alonso Tejada e Raquel Oitavén. Mas eu também acrescentaria uma outra linha sinuosa de dança-teatro, na qual se inscrevem a maior parte das criadoras e criadores. E ainda uma quarta linha de atualização e releitura contemporânea do tradicional. Eis os trabalhos de Nova Galega de Dança (o mais recente, intitulado Leira, é a imagem da capa do livro) ou os de uma companhia muito mais recente e que não sai no livro, mas que também devemos considerar, como é a de Fran Sieira, além do importante labor nesse campo por parte da companhia de Quique Peón.
Além da questão artística, muito diversa e rica em propostas e estilos muito singulares, a dança continua numa situação económica muito precária (relativamente às ajudas públicas e privadas e à programação nos teatros). Trata-se, dentro das artes cénicas, da mais marginada na Galiza. (…)”

Tabela dos libros. Xuño de 2021

Desde o blogue Criticalia, de Armando Requeixo:
“Velaquí a nova Tabela dos Libros, que ofrece a lista de títulos que Francisco Martínez Bouzas, Inma Otero Varela, Mario Regueira, Montse Pena Presas e eu estimamos como máis recomendables entre os publicados nas últimas semanas.”

Paula Carballeira, autora de E continuaremos a contar:”Ser sincera é fundamental para unha narradora”

Entrevista a Paula Carballeira en Zig-zag:
E continuaremos a contar, de Através Editora, é un libro de lembranzas e reflexións sobre a narración oral. O ensaio estrutúrase capítulos curtos nos que a autora fala da súa experiencia como narradora oral desde 1992. A entrevista pode verse aquí.”

A Coruña: conferencia-presentación de Quando os grupos vulneráveis são feridos. A figura jurídica dos crimes de ódio, de Xoán Antón Pérez Lema

O 20 de maio, ás 19:30 horas, na Reunión Recreativa e Instructiva de Artesanos (“Circo de Artesáns”) da Coruña, na Rúa Santo Andrés, número 36, terá lugar a conferencia Quando os grupos vulneráveis são feridos. A figura jurídica dos crimes de ódio, por Xoán Antón Pérez-Lema, que servirá de presentación do seu libro homónimo, publicado por Através Editora. No acto participa tamén Teresa Moure. O acto será público, aberto a toda a cidadania, sendo obrigatório o uso de máscara FFP2. Tem praças limitadas. Para reservar, chamem ao telefone da sociedade: 981-222976.

Gala dos Premios Follas Novas do Libro Galego 2021

Foto da actividadeA Gala dos Premios Follas Novas do Libro Galego 2021 está organizada pola Asociación Galega de Editoras, a Federación de Librarías de Galicia e a Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega.

Case corenta títulos son os finalistas dos premios Follas Novas do Libro Galego, uns galardóns que estrean denominación nesta sexta edición en homenaxe a Rosalía de Castro e que repasan a actividade dun exercicio, o 2020, especialmente difícil para o mundo autoral, editorial e libreiro. Estes premios e os seus case corenta títulos finalistas demostran que, a pesar das dificultades, o mundos dos libros non só non se detivo, senón que está facendo fronte ás dificultades con toda a enerxía e a inventiva que requiren os tempos.

Os premios Follas Novas do Libro Galego terán a súa resolución nunha gala que se celebrará o sábado 15 de maio no Teatro Principal de Santiago de Compostela, a partir das 19:00 h. Será presencial pero non terá público debido as restricións de aforo. Os premios serán emitidos desde a canle de YouTube dos premios Follas Novas e terá como presentador a Quico Cadaval. Tamén participarán na cerimonia o Cuarteto de saxofóns da Banda Municipal de Música de Santiago.

Ademais das categorías 15 categorías nas que se premian os mellores títulos e autoría da produción editorial de 2020, os Follas Novas tamén recoñecen os premios honoríficos de cada unha das tres asociacións organizadoras. A Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega honrará ao escritor angolano José Luandino Vieira, a Federación de Librerías de Galicia recoñecerá o traballo do libreiro Manuel Arenas, da libraría Arenas da Coruña; e a Asociación de Editoras de Galicia renderá tributo ao desaparecido Xulio Amigo, director comercial da Editorial Galaxia.

Para ver a emisión da gala só tedes que premer nesta ligazón.

A elección dos títulos e autores que forman parte do listado de finalistas pechou a primeira parte dun proceso de selección no que as asociacións organizadoras, Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega, a Asociación Galega de Editoras e a Federación de Librarías de Galicia aportaron as súas respectivas candidatas en cada un dos apartados dos premios. Unha vez elaborada a listaxe definitiva de finalistas, un xurado deliberará e decidirá quen son as gañadoras e gañadores en cada unha das categorías. Os premios Follas Novas do Libro Galego contan co apoio da Deputación da Coruña, o Concello de Santiago, Centro Español de Dereitos Reprográficos, o Xacobeo 2021 e a Xunta de Galicia.

FINALISTAS

PREMIOS A OBRAS EDITADAS EN 2020

Ensaio e investigación
Irmandiñas (Edicións Laiovento), Aurora Marco.
Nós xs inadaptadxs. Representações, desejos e historias LGTBIQ na Galiza (Através Editora), VV. AA. Daniel Amarelo (coord.).
Zona a Defender (Edicións Xerais de Galicia), Manuel Rivas.

Divulgación
Federico García Lorca en Santiago de Compostela (Alvarellos Editora), Henrique Alvarellos.
Guía definitiva dos peixes da Galiza (Soriaourensana de Libros), Pancho Lapeña e Nacho Munilla.
Unha mente que voa (Edicións Xerais de Galicia), Xurxo Mariño.

Narrativa
Entre donas (Baía Edicións), varias autoras.
Para toda a vida (Aira Editorial), Eva Moreda.
Un señor elegante (Edicións Xerais de Galicia), Suso de Toro.

Infantil
Mar de mazá (Editorial Galaxia), Elvira Ribeiro.
Nós outras (Chan da Pólvora), Marica Campo e Menchu Lamas.
O pintor cego (Kalandraka Editora), Xabier P. DoCampo e Xosé Cobas.

Xuvenil
A nena do vestido de flores (Aira Editorial), Manuel Fontemoura.
O mal querer (Baía Edicións), Natalia Carou.
O pintor cego (Kalandraka Editora), Xabier P. DoCampo e Xosé Cobas.

Libro ilustrado
A lavandeira de San Simón (Edicións Xerais de Galicia), Eva Mejuto e Bea Gregores (ilus.).
Contrahistorias de Galicia (Edicións Embora), Antonio Reigosa e Rita Gutiérrez (ilus.).
Extra! (Kalandraka Editora), Paco Nogueiras e Marc Taeger (ilus.).

Banda deseñada
O derradeiro libro de Emma Olsen (novela gráfica) (Editorial Galaxia), Berta Dávila e Pablo Prado.
Pequena historia da Coruña (Edicións Embora), Xosé Alfeirán e Xosé Tomás.

Iniciativa bibliográfica
A lavandeira de San Simón (Edicións Xerais de Galicia), Eva Mejuto e Bea Gregores (ilus.).
Carta xeométrica de Galicia-Facsimilar (Cerne), Domingo Fontán.
Castelao. Construtor da nación. Tomo II. 1931-1939 (Editorial Galaxia), Miguel Anxo Seixas Seoane.

Tradución
A nosa Negra (Hugin e Munin), Harriet E. Wilson, traducido por María Reimóndez.
Aramados (Alvarellos Editora), Manuel García Gerpe, traducido por Miro Villar.
Unha noite no tren da Vía Láctea (Aira Editorial), Kenji Miyazawa, Miguel Robledo (ilus.), traducido por Gabriel Álvarez Martínez.

Poesía
A desvértebra (Chan da Pólvora), Ana Romaní.
A ganancia e a perda (Kalandraka Editora), de Martín Veiga.
Ninguén morreu de ler poesía (Edicións Xerais de Galicia), Aldaolado.

Teatro
Melancoholemia (Kalandraka Editora), Antón Reixa.
O charco de Ulises (Edicións Positivas-Xunta de Galicia), Santiago Cortegoso.
Só un home bo (Edicións Positivas), Raúl Dans.

Libro mellor editado
Nós outras (Chan da Pólvora), Marica Campo e Menchu Lamas.
O bolero de Ravel (Kalandraka Editora), José Antonio Abad e Federico Delicado (ilus.).
O pintor cego (Kalandraka Editora), Xabier P. DoCampo e Xosé Cobas.

PREMIOS A TRAXECTORIAS

Iniciativa cultural ou fomento da lectura
– Poemagosto. Festival Internacional de Poesía en Allariz.
– Poetas Di(n)versos.
– Salón do Libro Infantil e Xuvenil do Concello de Pontevedra.

Proxecto literario na rede
Galicia Encantada, coordinador: Antonio Reigosa.
Nee Barros. Canle de Youtube de promoción de libros en galego.
O bosque dos cromosomas, de Olga Novo.

Xornalismo cultural
– Montse Dopico.
Ramón Nicolás.
– Ramón Rozas.