Estar no alho ou não estar, that’s the question!, por Susana Sánchez Arins

ArtigoSusana Sánchez Arins de Susana Sánchez Arins na Plataforma de Crítica Literaria A Sega:
“(…) Letras nómades [edición de Ana Acuña] reflexiona sobre a mobilidade feminina na literatura galega. É uma obra de carácter académico mais, como esta recensão, furta-se à ideia que podemos ter de trabalho teórico para construir-se como uma outra cousa, sem nome definido e, isso sim, um degrau mais acima.
As autoras pretenderom não só analisar um tema literário específico mas motivar a reflexão e a escrita nas próprias escritoras escolhidas, de modo que, no mesmo acto de estudar a literatura, promoverom a produção de textos. Abandonam assim o âmbito do estudo filológico de gabinete para estimular a actividade criativa com a sua iniciativa. O estudo de textos explicitamente solicitados às criadoras, nos artigos de Carmen Mejía, Manuela Palacios e María Xesús Nogueira rompem com o pré-conceito do texto canônico e públic(ad)o como objecto de estudo.
Porém não é esta, para mim, a aportação mais importante do volume, mas o especial interesse na documentação de vidas pequenas, de memórias privadas, de deslocamentos do quotidiano. Convencidas de que as mulheres ficaram ocultas nas narrativas de viagem por não ter sido a sua mobilidade épica ou heroica, ou por ter vedado o acesso aos meios de expressão, buscam maneiras alternativas de aceder às suas histórias de vida (não é outra cousa a memória que uma ficcionalização narrativa), desde o recordo familiar, até as testemunhas, passando polos documentos pessoais: a emigranta, a fugida, a nodriça, a guerrilheira, a mãe do fuzilado, todas encontram assim o seu lugar no livro, na nossa memória. O depoimento oral tem especial importância em todos os artigos do volume, assim como o contato emocional com as protagonistas e autoras (obteriam sem ele as mesmas informações para os seus artigos Aurora Marco ou Olivia Rodríguez?). Mmmm, outra vez a assepsia em questão… (…)”

A noite do império minuto, por Eli Ríos

ArtigoEli Ríos de Eli Ríos na Plataforma de Crítica Literaria A Sega:
“En A noite das mulheres cantoras, de Lídia Jorge, a protagonista Solange de Matos conta en primeira persoa o proxecto de criar un grupo musical nos anos oitenta en Portugal. Apocalipse, que así se chama a banda de mulleres cantoras, pretende deixar de lado a canción lusitana tradicional e achegarse á “música para ver” con ritmos pop e letras sinxelas. Recorda, 21 anos despois, Solange, ese momento no que soñaban cos seus quince minutos de gloria. E as lembranzas van e veñen: axugan o pasado co presente e o futuro. Bambeando entre 1998 e 2009, Lídia Jorge quebra a linearidade do tempo narrativo, maxistralmente, xerando unha espiral que, nas continuas idas e voltas ao pensamento, nese instante en que se enuncia como no xa enunciado, revira unha e outra vez. A autora móstranos que, para comprender o paso do tempo, precisamos ter a mente esperta porque, no século XXI, entramos no “império minuto”. Ese no que os “os momentos de tal modo concentrados que, ainda que ocupassem mais de meia hora, na percepção da assistência, cada prestação deveria não durar mais que um segundo”(p. 15). E nesta articulación perfecta dos tempos, que só é capaz de conseguir Lídia Jorge, a construción das personaxes enxerga unha solidez que unicamente no final, con todas as pezas do quebracabezas no lugar exacto, nos permite comprender que a esta narrativa non lle sobre nin lle falta unha coma. (…)”

Rosalía de Castro aterece, proposta da Plataforma de Crítica Literaria A Sega

DesdeA Sega A Sega:
“E madía leva non aterecer! As razóns poderían ser evidentes: Rosalía de Castro é unha muller que morreu hai máis dun século e a quen durante longas décadas meteron nunha mortalla de cravos, sombras e prantos. Na maior parte dos casos o que o día a día nos devolve dela son imaxes de pedra, bustos e monumentos.
Mais debaixo da pedra fría nosoutras sabemos que latexa unha obra viva, rebelde e mesmo temeraria. Unha obra que apela a todas nós porque fala de nosoutras, fala das que cantamos, das que traballamos, das que rimos, das que padecemos, das que queremos un mundo onde a violencia non sexa tolerada. Ela ensinounos a camiñar mentres outros ladran, a buscar amores que nos queiran ben, ou a convivir coa soidade. Abriu a porta para que as que hoxe somos poidamos escribir o que nos pete, dende o patrón dunha chaqueta ata unha novela.
Por todo iso estamos certas de que Rosalia de Castro (RdC) non pode ficar máis á intemperie. Debémoslle polo menos a calor que nós aínda temos como vivas herdeiras do seu xenio. Ela ensinounos que todas sabemos cousas, que a nosa voz é importante. De aí que dende A Sega fagamos esta convocatoria aberta a todas as mulleres que queiran unirse a ela. O obxectivo é ben simple: cubrir todas as estatuas de Rosalía de Castro do noso país que sexamos capaces con obras tecidas polas nosas mans. Porque a pedra será fría pero moito máis grande é a nosa calor.

Descrición da actividade
A proposta da nosa actividade é moi sinxela:
– A nivel individual ou colectivo animamos a todas as mulleres a tecer calquera peza, dende unha bufanda a un chal que poida cubrir un busto ou estatua de Rosalía de Castro na súa vila ou lugar próximo.
– O día 24 de febreiro, día do nacemento de RdC, sairemos cubrir as estatuas en todos os lugares. Se as participantes queren organizar algún acto como unha lectura ou convidar a algunha escritora, cantante ou artista para acompañalas A Sega pode botar unha man á hora de organizar estes actos.
– As participantes deberían facer unha foto de cada unha das estatuas para poder despois darlles difusión a través das redes sociais e facer un mural con todas elas.
– As participantes poden solicitar permiso ao Concello correspondente para vestir a RdC, se ben os Concellos non adoitan poñer problema ante este tipo de accións (simplemente retirarán o “vestido” unha vez pase o acto se as participantes deciden deixalo no lugar concreto).
– Para calquera dúbida podedes contactar con nós no 606274507 (Susana).

A Sega.”

O nacionalismo que não ama(va) as mulheres, por Susana Sánchez Arins

ArtigoSusana Sánchez Arins de Susana Sánchez Arins na Plataforma de Crítica Literaria A Sega:
“Helena Miguélez-Carballeira faz um percorrido, em Galiza, um povo sentimental?, pola história do nacionalismo galego e de como tal história foi narrada, para pescudar nessa narrativa (lembrai que narrar outra cousa não é que fabular) as ideias, o imaginário sobre o qual foi construído o discurso nacional. Amedida que o estudo avança vai-nos mostrando como a imagem de nós mesmas foi configurada polo colonizador e como o nacionalismo galego foi (auto-)retratando(-se) Galiza en função da imagem que d@s galeg@s espelhava o nacionalismo espanhol. Na Espanha a Galiza era representada duma maneira e os galegos (sim, elEs) recolhiam a luva da provocação e procuravam uma pintura que fosse uma resposta. Enfim, não somos outra cousa que um sujeito subalterno, que diria Gayatri Spivak.
A problematização para as mulheres aparece quando desde as espanhas é associado o mito das origens célticas ao modelo da imoralidade e a indecência. Sempre, em qualquer situação de conflito entre comunidades, a arma mais eficaz é sexualizar as mulheres (pág. 43) e ligar a decência da comunidade à daquelas. Apartir deste feito, Miguélez-Carballeira dá conta, recorrendo textos literários, políticos, jornalísticos, da existência de um contínuo diálogo entre um nacionalismo e outro, e também entre as diferentes correntes do galeguismo. Este diálogo en conflito, cheio de fios e meadas, origina uma complexa trama na que os tropos são contrastados, rectificados, adaptados ou suavizados en função de interesses e circunstâncias. Mas sempre ficando nós, as mulheres, subalternas perdidas.
Nesta retórica de ataques, ridículos, de exclusão e inclusão entre tírios e troianos é estabelecido um claro diferencialismo sexual, no que o elemento racional, viril, valente, afouto é tomado positivamente e aquele sentimental, feminino, submisso e medroso é arrojado como despreço na face do contrincante. Toda uma série de elementos se configuram em volta destes dous pólos como constelações: do racional imos ao público e ao político, do sentimental, ao privado e ao poético. Perante o modelo de mulher (Galiza) indecente, é criado um modelo de mulher (Galiza) modesta, obediente, sentimental. Perante o modelo de mulher (Galiza) submissa, é criado o modelo da Galiza (mulher) viril, e são rejeitadas as atitudes femíneas, sentimentais das correntes en competência. Em função destes modelos é interpretada, revisada, corrigida e readaptada a figura de Rosalia de Castro, a mulher (Galiza) mito.
Assim, por exemplo, a autora mostra no capítulo III como os moços das Irmandades se auto-erigem em nacionalistas políticos fronte ao regionalismo sentimental que defendem (dizem) pessoas como Couceiro Freijomil e chegam, nos seus artigos de opinião e palestras, a igualar a ideia de fazer política com a de se fazer homem. Estes tropos virilizadores tenhem continuidade ao longo de todo o século XX, estorvando tanto a presença de mulheres no campo da política1 como o surgimento de um pensamento feminista autónomo dentro do próprio nacionalismo.
Neste sentido gostamos especialmente do capítulo que Helena Miguélez-Carballeira dedica a Carvalho Calero, mais que pola análise, cremos que certeira, da sua obra desde uma perspectiva feminista, pola clarificadora exposição do seu rol assombrador sobre a primeira geração de críticas feministas galegas, empeçadas no seu trabalho pola atitude paternalista e fiscalizadora adoptada para com elas polo professor.
Galiza, um povo sentimental? é uma boa prova de como a asunção das metodologias críticas feministas podem deitar luz, abrir portas e questionar a configuração do imaginário cultural, ideológico e político de um país. Ou de como todo isso, gênero, cultura, política, está tão entramado que só uma olhada feminista pode ajudar a perceber o ponto com que é tecido. Ou de como devemos revisar as nossas histórias cultural e literária para desvendar a força que na sua configuração teve o sexismo. Ou de como, sempre, a melhor arma contra qualquer inimigo de qualquer caste é denigrar as mulheres. E de como, antes que em matar o pai, o nosso futuro está em matar o patriarcado.”

“Na mesa de debate A crítica literaria en Galicia, no Culturgal 2014″, por Ramón Nicolás

Crónica1416902712731culturgal2014 de Ramón Nicolás arredor do encontro sobre A crítica literaria en Galicia, proposto pola Sección de Crítica Literaria da AELG, desde o blogue Caderno da crítica:
“Resultou, ao meu ver, moi interesante e suxestiva a mesa de debate que se celebrou onte sobre a crítica literaria en Galicia, nun espazo que Culturgal brindou á Sección de Crítica da AELG, organizadora do evento. Os adxectivos veñen ao fío de que o encontro, alén de cumprir co obxectivo de visibilizar a existencia da devandita sección, posibilitou un intercambio de opinións, de perspectivas e puntos de vista sobre parte da crítica que se fai en Galicia e, ademais, tal e como desde o Culturgal se sinalou, contribuíu a desvelar as caras da crítica, cando menos algunhas delas.
A intervención inicial, que correspondeu a Roberto Pascual, comezou facendo referencia ao feito de que a tarefa crítica non remata na lectura individual. Ao seu ver, a crítica, entendida como creación, posúe unha función que vai máis alá do factor puramente mediador e informativo, engadindo que no caso da crítica teatral posúe a especificidade dun ámbito receptor particular que, no caso das críticas a espectáculos, se estende ás compañías teatrais e mais ao ámbito pedagóxico. Non faltaron as referencias á marxinalidade da crítica teatral nos medios, salientando a relevancia do papel que desempeña neste ámbito unha publicación como é a Revista Galega de Teatro.
Montse Pena, que viña tamén de presentar a revista dixital Criaturas, dirixida por Ledicia Costas e Daniel Landesa, da que forma parte do consello da redacción e que recomendo vivamente visitar, articulou a súa intervención partindo dunha posible definición da práctica crítica, acreditando na persecución dun obxectivo como é o de realzar a función estética do que se escribe e comunica. Nucleou, asemade, o seu discuso no que atinxe á crítica da LIX, sendo consciente de que escribe para persoas mediadoras e non directamente para a infancia. Concluíu, tras a referencia cumprida de onde ler crítica de LIX en Galicia, abrazando a intención de se presentar como unha “incitadora a ler”, lectura que debe ser inoculada, claro é, coa sedución pois tal e como Pennac deixou dito: “o verbo ler, como o verbo amar, non soporta o imperativo”.
Mario Regueira, pola súa parte, centrou boa parte da súa intervención en compartir unha reflexión sobre a autonomía real da crítica en Galicia, aludindo á súa propia experiencia como crítico, con periodicidade semanal nos dous últimos anos desde as páxinas de Sermos Galiza, e o que isto conleva como a procura dunha representación paritaria no que se refire a xéneros literarios e non só. Ao tempo, insistiu na necesidade de realizar unha autocrítica desta ocupación, apelando á necesidade de obxectividade e argumentación no traballo crítico, algo ben difícil -sobre todo o primeiro- ao facelo nun país non que non é difícil atoparse, antes ou despois e indefectiblemente, a quen se critica.
Lara Rozados fixo un repaso pola filosofía de traballo da plataforma de crítica literaria feminista A Sega, plataforma que abraza o feminismo como marco de traballo e perspectiva de análise. Rozados desvelou parte dos obxectivos que se perseguen colectivamente como son “okupar” o espazo crítico para encher invisibilizacións nun ámbito dominado polo patriarcado, intervir con actividades que xeren debate e poñer en cuestión temas e perspectivas.  Aludiu, asemade, á dinámica interna e colaborativa das publicacións da plataforma que pasan con anterioridade por un proceso horizontal de peneira, comentario e debate interno antes de saír á luz: un modelo que posibilita un proceso de aprendizaxe e debate para ir tecendo redes neste ámbito. Concluíu explicando o sentido de iniciativas como Día das Galegas nas Letras e os contidos que ata agora se deron coñecer na devandita plataforma.
Un diálogo, tamén enriquecedor, entre o público asistente e as persoas participantes pechou un acto que, de podermos desde a Sección de Crítica da AELG, repetiremos se se dá a ocasión. Grazas a todas e todos por compartir experiencias e reflexións.

A Sección de Crítica da AELG no Culturgal

A1416902712731culturgal2014 Comisión Xestora actual da Sección de Crítica da AELG, coa intención de visibilizar a súa existencia e dinamizar as súas actividades, decidiu propor un encontro onde se lles dese voz a diferentes persoas, pertencentes ou non á propia sección pero representantes da práctica da crítica literaria galega en diferentes plataformas, medios e xéneros. Culturgal, a quen lle agradecemos a predisposición tan positiva que desde o primeiro momento prestou a esta iniciativa, será o espazo que acollerá esta mesa redonda que contará cunha breve participación de cada unha das persoas convidadas para logo abrirse ao debate co público asistente.

As persoas que foron convidadas a expor as súas experiencias no ámbito da crítica desde as súas particulares perspectivas, e que igualmente aceptaron con entusiasmo o convite, serán Lara Rozados -representante da plataforma dixital de crítica literaria feminista A Sega-, Montse Pena Presas -como especialista en crítica de literatura infantil e xuvenil e colaboradora no “Faro da Cultura”-, Mario Regueira -crítico literario en Sermos Galiza– e mais Roberto Pascual, como representante da crítica teatral e colaborador en numerosas revistas teatrais. Ramón Nicolás será o moderador e presentador desta actividade.

Esperámosvos neste acto aberto.

Das filhas bravas ou das cantigas acendidas, por Susana Sánchez Arins

ArtigoSusana Sánchez Arins de Susana Sánchez Arins desde a Plataforma de Crítica Literaria A Sega:
“(…) E uma tarde do mês de julho assomou, na eira de Solheiros, no Esteiro de Muros, cantada polas filhas bravas de Chévere. Porém já não era um canto alegre e dançável, já não se aparecia como engenhosa sedução mas como luita calada entre forças desiguais. Porque As Filhas Bravas decidirom que fazia parte duma regueifa entre um abusador sexual e a sua vítima, mulher à que quiçás não lhe reste mais que o seu engenho literário para se defender, ou, quando menos, para deixar pegada da agressão. A regueifa resultou seca, brutal, e foi acompanhada com um duro silêncio polas mesmas espectadoras que segundos antes riavamos a cachão. Quantas dessas espectadoras não se sentiriam identificadas com a voz feminina que se defende como pode? Não sei, porém em mim esse silêncio na eira ainda ecoa.
Essa é a força do novo espectáculo de Chévere, a mudança (ou a inclusão, melhor) do foco no tratamento das cantigas tradicionais, contextualizadas desde uma perspectiva de gênero. As ventureiras protagonistas, filhas das silveiras, definem-se como mulheres livres, donas de si e da própria sexualidade e convidam às presentes a conhecer toda a simbologia que oculta, ou desvenda para quem saiba interpretar, o cancioneiro tradicional. A obra está dividida em três partes, nas que as protagonistas fam um recorrido por jotas e moinheiras, maneos e regueifas dando sentido aos elementos sexuais latentes nos versos, cantigas de tom acendido, esclarecidas com grande humor polas três marias que presidem o cenário. E não descrevem uma sexualidade capada para fazê-la acesível a qualquer público, mas uma sexualidade aberta e impúdica e, sobre todo, gozosa e autónoma. (…)”

Literarte: recoñecementos brasileiros á cultura galega

DesdeLiterarte o blogue de Ramón Nicolás, Caderno da crítica:
Literarte é unha asociación internacional de escritores e artistas que posúe sede oficial en Cabo Frio, no estado de Rio de Janeiro. Representada por Mauro Jorge Silva e Sousa, conselleiro da asociación, e mais por Isabelle Valladares, presidenta da mesma, Literarte articulou un desembarco europeo onde contemplan a realización dunha serie de actos que están xa a desenvolver en Lisboa e proximamente no Porto, Viana do Castelo e  Frankfurt.
Neste percorrido, o vindeiro venres día 10 de outubro celebrarán unha “tomada de posse”, que acollerá o Hostal dos Reis Católicos, ás 20:30 h., no que a entidade dará a coñecer as súas actividades e propósitos ademais de recoñecer diversas achegas á cultura galega realizadas tanto por algunhas institucións, plataformas ou empresas culturais  como por un grupo de diverso de persoas que traballan en ámbitos como a creación literaria, o activismo social, a edición, a música, as artes plásticas, a divulgación ou a comunicación, como son Uxía, Leandro Lamas, David Pintor, a Academia Galega da Língua Portuguesa, Teresa MoureMaría Reimóndez, a Livraria Ciranda, Manuel Bragado, Ramón Nicolás, Carme Vidal, A Sega, o sección de Cultura de El Correo Galego, a Libraria Pedreira, a Real Academia Galega, Guadi Galego e Clave de Fado. (…)

As redes de Inés, de Elvira Riveiro, por Eli Ríos

Artigoelvira_riveiro_tobio de Eli Ríos na Plataforma de Crítica Literaria A Sega:
“(…) Porque tamén, hai (vou dicir unha obviedade) mulleres creativas, con imaxinación e que non desexan ser executoras, dilixentes reproductoras nin dóciles instrumentos sen vontade. E Elvira Riveiro móstranos na súa obra, As redes de Inés, que outra realidade é posible desde idades temperás.
Na etapa infantil, a poesía é un xoguete sonoro cheo de cores que non está condicionado por normas gramaticais e lóxicas. Simplemente é un elemento lúdico do que gozar. Neste proceso de xogo ábrense os camiños da inventiva pero, ao mesmo tempo, incorpórase léxico novo, contribúese á adquisición da linguaxe e refórzanse os lazos afectivos e referenciais. Lembremos que a linguaxe é o recurso primordial para comunicarse cos demais. Adquirila non só é obter os elementos que a constitúen senón, tamén, os mecanismos para usala e, desta forma, conseguir unha inserción positiva na cultura e na lingua da contorna. Se, neste período de aprendizaxe orientado a que as experiencias vitais das nenas e dos nenos se amplien e diversifiquen, só se presentan situacións nas que as nenas non se reflictan estaremos escabezando toda posibilidade de ofrecer exemplos diversos que favorezan a imitación de modelos lingüísticos e sociais cos que sentirse identificadas. Ao mesmo tempo, aprenderémoslle aos nenos a continuar un sistema como o que mencionaba Gianni Rodari na cita anterior.
As redes de Inés é un poemario que nos leva, da man de Inés, a coñecer o oficio das redeiras e a ser ” capaz de ler/historias salgadas/ que me fan crecer” porque ” o mundo é maior/ cando escoito a Inés”. E, non só se contan as aventuras do avó Olegario ou do tío Miguel senón as da avoa Esmeralda, a súa nai Rosa( “redeira tamén”), “a historia da solla”, “o conto da nena/ que quixo facer/ un traxe coas redes”, a ” da moura/da praia de Bens” ou a da lúa. Personaxes femininas próximas (a nai, a avoa, Inés) que fan cousas máxicas como “virar en arte/ o seu quefacer”, falan cun “sorriso de mel” ou converten “as ondas/ nun gran consomé/ e ten redes de ouro/que estende aos seus pés”. Mulleres nas que proxectar a imaxinación e desfrutar cos xogos de palabras, co ritmo, coas personificacións, coa cadencia,…, sen o alleamento do xénero. Sentíndose parte e protagonistas da lectura. (…)”

Só a pluma duma mulher podia celebrar a sua fama?, artigo de Susana Sánchez Arins

ArtigoSusana Sánchez Arins de Susana Sánchez Arins na Plataforma de Crítica Literaria A Sega:
“Abro as lapelas de Oroonoko e leio os biodados de Aphra Behn. Uma vida muito chamativa, lá no século XVII. Leio a contracapa e merco imediatamente o livro, já que no ressumo aparece-se como uma mui interessante denúncia do sistema escravagista.
Leio. E não gosto. Leio. E reflexiono. Muito.
Oroonoko narra a história de um príncipe de Coramantien, na costa da atual Ghana, que partilha apaixonamento com o rei do lugar. Este, para ficar com a mulher, atraiçoa ao moço e vende-o como escravo. A ela também. Oroonoko é trasladado ao Surinam, onde o conhece a narradora, inglesa que viajou com o pãe, representante do governo británico. Ela é que conta os factos. No início da estadia na fazenda, Oroonoko reconhece a sua amada numa escrava admirada pola sua beleza e recatamento. Casam e aguardam ser libertados dada a sua origem nobre, como muitas pessoas, entre elas a narradora, lhe prometem. Vendo que a libertação tarda e Imoinda está prenhe, Oronooko argalha uma fuga, que fracassa, é salvagem e exemplarmente torturado polo capataz do seu amo; desiludido, sem esperança de futuro, decide fugir novamente para suicidar-se após assassinar a sua parelha.
Recomendaria este romance? A autora é mulher, a primeira escritora inglesa profissional, uma precursora. Fez teatro, poesia, novelas e traduções. Foi uma grande defensora da igualdade de direitos das mulheres.
Porém avanço na leitura e não consigo aderir. (…)”