Bonito pra chover. Festival de arte e cultura brasileira en Santiago de Compostela. Recital poético-musical

Bonito pra chover é un Festival de arte e cultura brasileira en Santiago de Compostela, con diversas actividades que terán lugar durante o mes de outubro e inicios de novembro de 2024. A AELG colabora con esta actividade co apoio de CEDRO.

Bonito pra chover é uma expressão nordestina para quando o dia amanhece nublado. Desse céu cai fartura, o ipê floresce, a cisterna enche d’água. No Nordeste a chuva é arte. Igual que em Compostela quando chove. E dessa vez, com o Festival Bonito Pra Chover, vai chover arte e cultura brasileira. Aqui chove poesia, música, fotografia, pintura e cinema. Também chove arte gastronômica em Santiago de Compostela.
Este é um espaço criado para trocas culturais, como uma homenagem da comunidade brasileira ao país que nos acolheu, essa Galícia/Galiza diversa, aberta ao mundo, com sotaques que veem de muitos lados. O próprio Bonito Pra Chover também é diverso. Concebe o Brasil que não sai na mídia. Trazemos artistas de distintas origens e de várias linguagens. Dançaremos, cantaremos, declamaremos com diversos sotaques. Teremos oportunidade de conhecer pratos variados e também, aprender a cozinhar com artistas.
Assim, o Festival Bonito Pra Chover busca o intercâmbio, as aprendizagens e oferecer um pouco mais do calor brasileiro no aconchego da Galiza.

A Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega (AELG) colabora no recital poético-musical que vai ter lugar o 2 de outubro de 2024, ás 16:30 horas, no Panteón de Galegas e Galegos Ilustres, en Santiago de Compostela, con entrada libre até completar capacidade.

O programa é o seguinte:
– Breve introdución musical

– Saúda de Jakson Renner e Cesáreo Sánchez Iglesias

– Leitura de textos do poeta Jackson Sampaio.
Cesáreo Sánchez Iglesias
Daniel Asorey Vidal
Luiza Fernandes
Uxía

– Interpretacións musicais
Euterpe
Léo Pinheiro

O resto de actividades do Festival poden consultarse nesta ligazón.

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A Ramallosa, Teo: entrega do Caxato de Avelino Pousa Antelo a Carmiña de Soutomaior, o 20 de agosto

O 20 de agosto, ás 12:00 horas, no Parque Avelino Pousa da Urbanización Os Verxeis en Oza (Concello de Teo), organizado pola Irmandade Avelino Pousa Antelo, a Irmandade Manuel María e a A. C. Xermolos, terá lugar o acto de entrega do Caxato de Avelino a Carmiña de Soutomaior. Na laudatio intervirá tamén Marica Campo. O acto estará presidido e coordenado por Alfonso Blanco Torrado, Baldomero Iglesias “Mero”, Esperanza Lema, Héitor Picallo, Martiño Picallo, Miro Casabella, Raúl Galego e Xosé Valdi (creador do Caxato). Logo do acto no Parque Avelino Pousa terá lugar un xantar de irmandade no Restaurante María Castaña da Ramallosa (é preciso avisar, antes do 16 de agosto, no teléfono 636032750).

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Xosé Luís Martínez Pereiro: “Não imagino a vida sem literatura”

Entrevista a Xosé Luís Martínez Pereiro na Revista Quiasmo:
“(…) – Revista Quiasmo (Q): Como é a tua maneira de criar literatura?
– Xosé Luís Martínez Pereiro (XLMP): Varia muito, no âmbito da narrativa umas vezes parto de uma leitura que me marca e da qual tiro uma frase inspiradora que, analisada sob um prisma desacostumado, alimentará toda a narração. Tenho uns quantos cadernos de apontamentos que me servem de inestimável ajuda e assim fugir da mente em branco. Hoje está todo dito e pensado, só falta procurar um novo enfoque, uma nova maneira de dizer as mesmas coisas. O ano passado foi muito curioso e enriquecedor, forcei-me a criar relatos breves em excesso, tanto como para limitar-me, bem a 59 ou bem a 95 palavras, nem uma mais nem uma menos. É uma evidência que eu nasci na primeira das cifras do século mais feminino da nossa era (do ponto de vista da numeração romana) e Uxía, a minha única criação nascida linda atendendo a etimologia, na segunda. Além dos laços familiares une-nos uma existência capicua. Neste momento o resultado pode que tome a forma de livro em papel, como é lógico, está no obrigatório repouso, entretanto já verei o que faço. No teatro gosto de enfrentar as personagens em diálogos corrosivos e pô-las em situações aparentemente absurdas. Para a poesia reservo a minha faceta mais surreal.
– Q: Que impacto ou influência tem a literatura, e as artes em geral, na vida e, em concreto, na tua própria?
– XLMP: Não imagino uma vida sem literatura. A beleza de uma história bem contada ou um poema que lhe faça pensar são um alimento indispensável para quem ama a imaginação e as palavras. Em princípio a realidade é um desastre que respira monotonia e só melhora com uma aventura, com um diálogo inspirado ou com o deleite ante uma imagem que combata a fealdade da existência. O homem que não quer uma existência prosaica, uma vida escrava dos horários, tende a refugiar-se na arte e na literatura, bem naquelas saídas de um mesmo ou nas imaginadas por outros.
As minhas obras dramáticas e narrativas são humorísticas, distorcidas mas com um certo grau de corrosão, e tentam ser actuais. Concordo com a opinião do Nick Hornby quando diz que a literatura séria reflete um mundo que morreu há 40 anos. (…)”