Arturo Casas presenta as dúas obras reeditadas de Dieste

DesdeArturo Casas o Zig-zag da Televisión de Galicia:
“Galaxia volve publicar A fiestra valdeira e Dos arquivos do trasno, primeiras obras do autor de Rianxo. A entrevista a Arturo Casas pode verse aquí.”

Mario Regueira estuda a narrativa de posguerra

DesdeMario Regueira o Diario Cultural da Radio Galega:
Mario Regueira estuda a narrativa de posguerra na tese A narrativa na reconstrución do campo literario de posguerra. Repertorios e imaxinario nacional no proxecto de Galaxia: “Existen determinadas inercias interpretativas a respecto da historia da literatura galega e da editorial Galaxia”. A entrevista pode escoitarse aquí.”

Inma López Silva presenta unha monografía sobre o teatro galego

DesdeInma-López-Silva-685x1024 o o Diario Cultural da Radio Galega:
Inma López Silva presenta a monografía Resistir no escenario. Cara a unha historia institucional do teatro galego: “A grande conta pendente do teatro galego está na consolidación e conquista dun público que sexa capaz de sostelo e entender que o teatro é un dereito que ten como público”. A entrevista pode escoitarse aquí.”

Entrevista a Antonio Manuel Fraga

DesdeAntonio Manuel Fraga o Zig-zag da Televisión de Galicia:
“A obra premiada, Querido H. P. Lovecraft, é unha novela que vai a cabalo entre a tolemia e a realidade, gañadora do I Certame de Literatura Fantástica Antón Risco. A entrevista pode verse aquí.”

Entrevista a Paco Souto

Entrevista Paco Soutoa Paco Souto en Palavra Comum:
“- Palavra Comum (P): Como é, no teu caso, o processo de criação literária (e artística em geral)?
– Paco Souto (PS): É diverso. Ás veces parto dunha proposta concreta -“vou escribir sobre tal cousa…”-, ás veces mesmo escribo por encargo (as menos: he, he!), e outras achéganseche visións ineludíbeis ás que logo lles darás forma. Adoito partir do inconsciente, do xesto, para logo ir concretizando. Sempre digo que escribir é aprendermos a riscar e quen vexa os meus manuscritos (manuscribo, si!), acreditará no proceso. Sempre lembrarei aquel poema de “Veño da fin do mundo…” que memoricei mentres guiaba de volta para Muros. Ou os moitos versos que escribín en pleno agobio laboral os sábados á noite cando era taberneiro no Dado, por exemplo… (…)
– P: Qual consideras que é -ou deveria ser- a relação entre a literatura e outras artes (plásticas, música, visuais, etc.)? Que experiências tens nestes âmbitos?
– PS: Non se pode entender a literatura sen a presenza das outras artes, sexa como pretexto ou contexto. No meu caso, a experiencia plástica é moi importante, e non só como observador. Nestes anos tiven a fortuna de asistir a cursos como os de Ana María Vargas ou Afonso Costa e, por suposto, manter relación de camaradaxe e colaboración con moit@s pintores amig@s.
E levo moitos anos realizando recitais coa música de Serxio Moreira ao vivo. Ollo, non con música de fondo, senón como partes intrínsecas e coordinadas dun único acto creativo. Nese sentido LUGAR DE INCENDIOS, que xa pasou pola Palavra Comum, paréceme exemplificador. Pero non quero esquecer TEMPO ESCURO ou o recente PROXECTO BARRO, verdadeiros actos performáticos.
– P: Quais são os teus referentes (desde todo ponto de vista)?
– PS: A arte ou é incómoda ou non é. Quero unha literatura que me descoloque, que propoña. Unha música que subleve, que non me acougue. Un teatro que me devolva a máscara que levamos dentro e ilumine o camiño, os múltiplos camiños. A linguaxe da arte é múltipla. Eu son varios. Eu son tod@s e cada un.
Podería facer un catálogo de autor@s, de músic@s, de pintor@s, mais seria inútil ou parcial. A xente do común. O que está na tradición tamén é o meu referente. A miña nai non sabe ler pero sabe en carne propia todos e cada un dos traballos que fan da nosa terra un eido produtivo. Iso é CULTURA. Iso tamén é o MEU REFERENTE. (…)

Entrevista a Xosé Carlos López Bernárdez

EntrevistaCarlos López Bernárdez a Xosé Carlos López Bernárdez na Palavra Comum:
“(…) – Palavra Comum: Qual é a tua perspectiva sobre a obra de Luís Seoane (em todos os sentidos)?
– Xosé Carlos López Bernárdez: Seoane é um artista com muito de renacentista: é muralista, é pintor, é ilustrador, faz desing… Alguns de seus desing têm uma importância mesmo revolucionária no contexto da América Latina. Por exemplo, os que fez nos anos 50 de publicidade para Cinzano são hoje obras de referência nesse campo, realmente espetaculares. Os seus cartazes, a sua atividade como teórico, como escritor que também praticou todos os gêneros, é bem relevante. É nesse sentido umha figura chave na cultura galega.
Nas primeiras obras, as dos anos 40, pode-se ver que participa dos pressupostos formais do movimento renovador da arte galega que têm como ponto de partida um tipo de realismo de carácter social, com raízes muito evidentes, o que tem sido denominado “estética do granito”: Maside, Souto, Colmeiro, o Laxeiro da primeira época… Depois, sem renunciar aos valores temáticos de fundo, a elementos formais como a figura feminina, que tem um marcado simbolismo, a Mater Gallaeciae, que é oferecida quase como ícone, com uma presença plástica muito rotunda, Seoane vai construir um estilo próprio, moldando estilisticamente essa pintura e reformulando-a através de fórmulas modernizadoras. Chega assim a uma pintura planimétrica, como pode ser observado na sua obra a partir dos anos 50, e que se patentiza em um tipo de figura mais esquemática, elaborada em planos de cor e linha, onde as mesmas linhas funcionam como traços construtivos mas, ao mesmo tempo, autônomos.
Seoane reconhece que a sua inspiração estaria nas vanguardas históricas: o Picasso de um determinado momento, Léger, Le Corbusier, também em certo sentido Matisse… referentes modernos que ele conhece em primeira mão nas visitas a Europa -desde a Argentina- que faz no final dos 40.
Seoane é um exemplo de como pode ser conciliada a fidelidade à tradição e o cosmopolitismo. É um pintor que em momento algum renuncia à sua identidade nacional; reivindica-a e é uma pessoa muito comprometida com a língua, com a cultura galega e com todo o trabalho que foi feito a partir do exílio para perpetuar a nossa tradição cultural. Mas, ao mesmo tempo, é um artista muito cosmopolita. Ele acredita que para ser cosmopolita é preciso ser de um lugar. E se alguém vê os murais que fez na Argentina, reconhece-se esteticamente no que está a ver. É galego, mas ao mesmo tempo também vem a ser internacional. A sua obra é um exemplo de como, quando um tem algo a dizer e quer inovar, trabalhando a partir das raízes atinge sem problemas o espaço do cosmopolitismo. Além disso, Seoane consegue uma síntese da Galiza mais valiosa do século XX; uma Galiza criativa, orgulhosa de sua identidade nacional, respeitosa com os valores de sua singularidade histórica e artística. A ele interessa muito o processo histórico do povo galego, daí os temas como a emigração, que aparecem na sua obra com um acentuado carácter social. (…)”

Entrevista a Francisco Castro en Zig-zag

DesdeFrancisco Castro 2016 o Zig-zag da Televisión de Galicia:
Francisco Castro, autor de Amor é unha palabra coma outra calquera, publicado en Galaxia. A novela ten como protagonista a Carla, unha rapaza que organiza a súa vida arredor do amor. A entrevista pode verse aquí.”

Entrevista a Igor Lugris

EntrevistaIgor Lugris Curso de Linguística Geral a Igor Lugris en Palavra Comum:
“(…) – Palavra Comum (P): Que é para ti a literatura?
– Igor Lugris (IL): Fundamentalmente, para mim a literatura é uma ferramenta para, no mínimo, intentar descobrir, compreender e entender a realidade. Tanto quando escrevo como quando leio, essa é a finalidade que procuro. A literatura é linguagem, e essa é a finalidade principal da linguagem: não comunicar-se, mas, antes de tudo, compreender(-se).
Entendo a literatura como um elemento imprescindível não só para compreender o mundo, mas para compreendermo-nos a nós própri@s. Com certeza, quando um@ autor@ escreve a sua motivação principal é explicar e explicar-se, refletir sobre algum fato, alguma ideia, algum assunto que lhe parece necessário entender e, ao mesmo tempo, clarificar. Mas também quando lemos qualquer leitor@ está a procurar o mesmo: as motivações podem não ser tão evidentes, mesmo muitas vezes podemos querer negar que exista essa motivação, mas tod@s abrimos um livro (qualquer livro, seja literário, científico, divulgativo, escolar,…) para procurar respostas, para que nos ajude a entender-nos, a compreender o mundo e a realidade na que vivemos. Estou convencido disto.
Não concebo que poda existir outra explicação para que sigam a existir leitor@s, e para que sigam a existir escritor@s. Lembro que quando estava no liceu tinha um professor de literatura que nos insistia na ideia de que já “os gregos” (os clássicos) escreveram tudo e sobre todas as coisas, e que a partir deles o único que existe é uma reescrita continua e infinita. Acredito em que isso tenha parte de verdade, e por isso mesmo entendo que a única explicação de que a literatura exista e persista ao longo dos séculos, nas diferentes culturas e realidade, nas mais variadas condições políticas, sociais, culturais, demográficas… , em todas as geografias reais e imaginarias, é essa necessidade de procurar respostas para as perguntas que nos acompanham e, ao mesmo tempo, perguntas para as respostas que já temos.
A literatura acompanha-nos, como seres humanos, desde o primeiro momento de aparição da linguagem, e tem evoluido com ela. Faz parte de nós mesm@s. Não é só que não exista nenhuma civilização conhecida na que não tenha existido, duma maneira ou outra, a literatura (e outras muitas artes), é que também não existem exemplos de civilizações ou culturas imaginadas, inventadas, ficcionalizadas, onde a literatura não esteja presente, mesmo que seja para persegui-la ou proibi-la. (…)
– P: Que opinião tens sobre o a língua e literatura galegas a dia de hoje?
. IL: (…) Quanto à literatura galega, a dia de hoje é uma realidade ampla, plural e diversa. Devo reconhecer que há autor@s que me interessam, e muito, junto a outr@s pelos que não sinto o mais mínimo interesse. Podo sentir-me mais perto de autor@s portugues@s, brasileir@s, ou angolan@s, mas também catalães, basc@s, argentin@s, frances@s, ou mesmo espanhóis, que de algum@s autor@s galeg@s.
Também na literatura, considero que um dos grandes debates pendentes é a questão normativa, e a aceitação da pluralidade e diversidade neste terreno. Não compreendo que ainda a dia de hoje haja autor@s que não podamos participar em determinadas atividades (atos, certames, jornadas,…) devido à nossa escolha ortográfica, tendo mesmo pechadas as portas duma grande parte das editoras e das publicações existentes. Há quem pensa que negando a realidade esta se modifica ou deixa de existir. Mas, por sorte, existem cada vez mais pessoas, organizações de todo o tipo e coletivos que apostam pela democracia e a liberdade, permitindo que exista um debate aberto, sincero e plural sobre a ainda nunca solucionada “questione della lingua”.”