Manuel Rivas presenta O último día de Terranova

DesdeManuel Rivas o Diario Cultural da Radio Galega:
“A ameaza de peche abre as portas da historia da libraría Terranova e as vidas que abriga. ‘A cultura é o grande barómetro. Os grandes problemas da humanidade son no fondo problemas culturais’. A entrevista completa a Manuel Rivas pode escoitarse aquí.”

María Lado e Lucía Aldao: “Aldaolado poden ser nazón, somos autosuficientes”

EntrevistaMaría Lado e Lucía Aldao a María Lado e Lucía Aldao en Luzes:
“(…) – María Lado (ML): Eu levo unha idea na cabeza cando me sento a escribir, pero unha idea vaga, unha imaxe ou algo así. Despois escríboo de cincuenta maneiras diferentes ata que me gustan as palabras coas que transmito a idea. E ao escribir xa van aparecendo novas cousas. Pero non adoito levar o poema na cabeza, así tal cal, con palabras e todo. Ti si?
– Lucía Aldao (LA): Non non, eu non levo na cabeza as palabras, pero si o poema. É difícil de explicar. Teño imaxes, moitas, e teño versos, uns cantos. Tamén teño unha idea, pero sempre a perdo en canto me poño a escribir. Hai versos que me levan a outros lugares e xa non volvo. Cando escoito iso tan típico de que escribir é poñer orde, flipo. O caos no que caio gústame. Son feliz toleando diante da folla de word.
– ML: Para min tamén é un pouco deriva, sempre sorpresa. Pero creo que escribir sempre é así. Eu as veces que escribín teatro: non facer adaptacións, senón escribir pezas, sempre me pasou así. Paréceme un proceso que engancha, como se non soubeses que vai pasar despois. Por iso me encantaría escribir unha novela. Durante o tempo que botas escribindo tes coma unha vida oculta na que pasan cousas que ti fas que pasen, pero que tampouco sabes moi ben controlar de todo. É unha droga coma outra.
– LA: Claro! Eu fantasío a saco coa idea de escribir unha novela, pero nunca pasei dos relatos.
– ML: Eu paseino xenial escribindo teatro, aínda que eses textos non chegasen a nada. Só o pracer que me dou o proceso xa é o mellor pago. Vaia, isto do mellor pago non se pode dicir por aí, senón enseguida empezan a querer pagarme en «pracer de escribir». Co traballiño que me custou que me pagasen por escribir (…)”

Teresa Moure: “Uma autora que abandona a literatura oficial para se situar nas margens não é amável”

EntrevistaTeresa Moure 2015 a Teresa Moure no Portal Galego da Língua:
“(…) – Portal Galego da Língua (PGL): Não é habitual a génese da história ser parte da própria história. Porque este recurso em Ostrácia?
– Teresa Moure (TM): A cápsula do romance histórico está superada, acho. Que alguém sente a escrever sobre a vida e milagres de gentes do passado, embora calme a angústia do presente, tem um ar hagiográfico perigoso. Cada ano publicam-se centos de romances históricos que se, ademais, versam sobre mulheres apagadas da história, têm o público assegurado. Mas essa revisão pode ser mesmo reacionária; serve para deslocar-nos do presente, que é o que temos a obrigação ética de mudar. Por isso, à hora de escrever sobre personagens «reais», e com alto valor simbólico, pensei que havia que romper o subgénero do romance histórico e deixar entrar as dúvidas de quem se está a documentar. Como há muita incerteza e falta de concordância entre as biografias de Inessa Armand e de Lenine, como é impossível, aliás, saber o que realmente aconteceu na sua intimidade, uma maneira de evitar que o romance exigisse uma erudita leitura historiográfica era introduzir no relato os próprios problemas que teria uma autora à hora de empreender o seu trabalho. Isso evita a ótica omnisciente e concede profundidade ao assunto da receção, porque eu sabia que um romance sobre leninismo afastaria muit@s hipotétic@s leitor@s da Ostrácia. O leninismo não é amável. Uma autora que abandona a literatura oficial para se situar nas margens também não é. Sabendo que Ostrácia ia ser recebida e interpretada nesse contexto, pensei que estava obrigada a ter a coragem de contar tudo isso. E introduzi uma personagem parcialmente autobiográfica –em parte um piscar de olhos a quem conhece a autora– para assim situar-me à mesma altura de Lenine e Armand. Se eu ia farejar na sua intimidade, o qual é delicado, exibir umas supostas vulnerabilidades minhas era o único exercício eticamente coerente.
– PGL: Ostrácia é um «ajuste de contas» com a história que apaga ou, no mínimo, assombra a figura de Inessa Armand, mas também ajusta outras dívidas…
– TM: Sempre que um ser humano é interpretado como personagem, por intranscendente que for essa condição de personagem, passa por uma etiquetagem. As etiquetagens são preconceitos e, portanto, negativas. É bastante evidente que a Inessa Armand, com um pouco que se pesquise sobre ela, era uma mulher adiantada ao seu tempo. Após ter casado com um homem de certa posição social e ter quatro filhos com ele, após ter fundado algumas sociedades protofeministas, um dia deixa que a casa vá pelo ar simplesmente porque namora… do seu cunhado, treze anos mais jovem do que ela. E vai embora com ele, mantendo os filhos e filhas consigo e conservando sempre uma magnífica amizade e cumplicidade com quem fora o seu marido. Mas torna-se numa mulher de péssima reputação, ao conviver com Volódia, numa relação que se manterá até a morte dele. Nessa época entra a fazer parte do partido Social-Democrata e tem uma atividade política de escassa intensidade, do ponto de vista revolucionário –na sua casa imprimia-se propaganda marxista e organizavam-se reuniões anti-czaristas, não muito mais–. Porém, isto é suficiente para a Okhrana, a polícia czarista, a enviar quatro anos para Mezem, como desterrada, como presa política. Só depois de todos estes episódios é que conhece Lenine e inicia essa relação que se narra em Ostrácia. Embora desempenhe importantes cargos na cúpula bolchevique e no governo revolucionário, Inessa Armand apenas vai ser conhecida, e pouco, como «a amante de Lenine». Não se trata, então, de que eu pretendesse fazer uma leitura em chave feminista, onde se revisasse a sua importância na história da revolução russa; a sua condição de deliberadamente esquecida está fora de dúvida. Foi apagada conscientemente no período estalinista para não sujar a imagem de Lenine. Mas ao narrar e atrever-me a romper a cápsula do género de que falávamos antes, saíam algumas conexões engraçadas entre a Inessa e eu, biográficas e psicológicas, e eu notava essa identificação. Inessa teria desejado uma segunda oportunidade, teria desejado, acho, que não só lhe correspondesse fazer os trabalhos sujos da política, e também que Lenine rompesse com a Nádia por ela. E a autora inevitavelmente via-se obrigada, à medida que reconstruia o relato histórico, a pensar em si própria como autora que estava a dar uma segunda oportunidade ao romance histórico com protagonista feminino e tinha, para ser tão coerente como a Inessa, que explicar a sua posição frente a algum texto que escrevera, de que não renegava em absoluto, mas que fora incorretamente etiquetado como «narrativa histórica feminina».
Eu escrevi Herba Moura e continuo a identificar-me com esse texto. Mas também tenho que enfrentar a realidade: nunca me será permitido nesta sociedade escrever outro texto que seja considerado «tão bom como» Herba Moura. Por ser reintegracionista, evidentemente, percebo como o que escrevo agora tem muitas mais dificuldades para se abrir passagem. Agora a minha escrita pertence a uma dissidência política que já tem nome. Está bem: era algo que assumi quando decidi vir para o lado escuro das normativas ortográficas. Não posso concorrer a prémios porque cometo o delito de escrever com «nh», que é um delito coletivo de todo o reintegracionismo, mas no meu caso tem o agravante de ter renunciado a uma certa consideração oficial. Não é assim tão fácil agora ser traduzida nem participar dos saraus da cultura, embora também não estou a chorar: o movimento reintegracionista há de conseguir a sua visibilidade em pouco tempo. Mas provavelmente sucederia igual se não tivesse dado esse passo. Para além de Herba Moura, publiquei outras 20 obras, por isso é estranho para mim quando chego a um sítio e sou mencionada como a autora desse romance, como se o texto me tivesse devorado… É que todo o pessoal gosta de romances histórico-feministas? Estranho! Outros textos mais elaborados, traduzidos também a outras línguas, não são mencionados nunca. Não gosto, por recato, de expor este tipo de dados mas é possível que o reintegracionismo precise fazer análises detalhadas e agora que o Mário Herrero está a ser tão valente, vou tentar apoiar a sua reivindicação sem falso pudor. Sou a autora de Herba Moura, mesmo se publiquei em todos os géneros literários, se me dediquei por duas vezes a um género tão pouco tratado por autoras femininas como o teatro, se uma obra de teatro minha para além de vários prémios, conseguiu ter toda uma temporada de representações continuadas em muitas vilas galegas a cargo duma companhia prestigiosa como Teatro do Atlántico ou se escrevi seis ensaios, dois deles ganhadores do único prémio de ensaio em galego. Se esse apagamento do resto do que estou a escrever fosse por um assunto de qualidade, ficaria descansada. Mas é que Herba Moura gostou porque recebeu uma leitura domesticada, como se fosse politicamente correto aceitar alguma vez um romance alternativo em chave moderadamente feminista, quando a meu ver as distintas edições, não necessariamente a de Xerais, foram acusando uma castração que pode comprovar-se no desenho da capa, no título ou na mutilação parcial do texto nas diferentes traduções; algo que a crítica, superficial, contribuiu a acrescentar. Havia razões para revistar o meu ponto de vista que alerta contra as censuras do nosso sistema literário e contra as suas manipulações. Finalmente, tentar que seja aceite o próprio ponto de vista é uma tática leninista. Há uns dias saiu uma crítica de Ostrácia onde o caro Mário Regueira declarava que eu tentava impor a minha leitura sobre a tensão da receção. Era atinado. Mas surpreendia-me que Regueira não advertisse o jogo: se escreves sobre Leninismo, tens que procurar essa hegemonia: erradicar os mencheviques. Não ficava outra possibilidade; fazia parte do projeto como jogo literário. (…)”

Manuel Rivas: “A literatura está na xente: sei de campesiñas que falan como personaxes de Homero”

EntrevistaManuel Rivas a Manuel Rivas en La Opinión:
“(…) – La Opinión (LO): Como arranca o libro [O último día de Terranova]?
– Manuel Rivas (MR): No outono do 2014, co narrador e propietario da librería, ante un ultimato por desafiuzamento. Esta novela é unha rebelión das palabras para que se escriba a historia. As palabras rebélanselle dentro e empeza a historia de Terranova, que vén ser a historia dunha Odisea: hai continuos naufraxios e atrancos para que non chegue ao lugar da memoria. O pai do narrador, un dos fundadores da librería, era un catedrático de Grego na República que foi depurado, o home que máis sabía de Ulises do mundo.
– LO: A librería chámase Terranova, un nome moi simbólico.
– MR: A fonte económica que fai posible abrir a librería na posguerra son os aforros dun un pescador, o avó do narrador, un dos pioneiros en Terranova e con moi boa man para arrincar o fígado ao bacallau.
– LO: Repítese na súa obra a ollada ao esforzo dos devanceiros.
– MR: Claro. Non é tanto unha ollada ao pasado, senón que o rescate desa xente que protagonizou e encarnou a esperanza é necesario para seguir respirando. Tamén está moi presente a idea de saudade. O pai do narrador é máis racionalista e di que a saudade é unha carallada. E o tío do narrador encarna a marxinación, defínese como surrealista saudosista, porque para el a saudade é o desexo do que non tes aínda.
– LO: A librería é só unha tenda ou un espazo de reunión social, de protección da cultura, de refuxio para os inquedos politicamente?
– MR: Ese é o trazo fundamental de Terranova. Na ditadura é un espazo de refuxio da cultura. Hai un personaxe que semella invención, pero o que semella máis inventado é o máis real: o capitán Canzani, un marino mercante arxentino, poeta e moi amigo dos exiliados galegos que traía libros aquí, camuflados. Terranova é un refuxio que sobrevive a moitos naufraxios de diferente tipo. O que constitúe unha cidade e lle dá personalidade son os lugares, as librerías, as tabernas, as asociacións de veciños, unha coral, onde exista emoción, memoria e o contacto presencial entre iguais. Iso tivo a importancia cun réxime totalitario e segue a tela hoxe cando están a desaparecer os lugares porque estamos metidos nunha especie de gran mall, de superficie comercial. Avanza pola cidade un baleiro. (…)
– LO: Son moi importantes os lugares mentais?
– MR: Para min, a novela é unha mestura do real e o imaxinario. Esta é unha obra bastante tranxenérica, bastante queer, cunha historia de serie negra… Toda a xente ten varias caras, como na vida; todos os personaxes son tamén uns como dobres dos outros, complementarios. Tamén é un encontro coa cultura oral, popular. Hai tamén un espazo rural que se converte noutro refuxio. Só sabe que existe a aldea a xente que vive alí (ri).
– LO: A literatura sérvelle para interpretar a vida?
– MR: Totalmente. Escoito conversas no mercado ou no bus e paréceme que están falando Vladimir e Estragón de Becket. Coñezo a mulleres campesiñas que falan como os personaxes de Homero ou Shakespeare. A boca da literatura está nos libros pero tamén na xente que pelexa coa historia, as voces baixas, a xente que non quere dominar. A memoria está nos libros pero tamén na imaxinación popular. Hoxe un estudante pode chegar ao final do Bacharelato e non ter unha relación verdadeira coa literatura. Isto é algo dramático, porque é a ferramenta que nos ensina a pensar, sentir e ver, e non hai outra que a sustitúa. O ensino non debe ser acumular coñecementos, iso faino un software, senón aprender a pensar e sentir.”

Eva Moreda: “Unha das grandezas da literatura é que dá cabida á contradición”

EntrevistaEva Moreda de Carlos Loureiro a Eva Moreda en Noticieiro Galego:
“(…) – Noticieiro Galego (NG): Dende moi nova a emigración formou parte da túa vida… ti mesma escribiches verbo deste feito… Que supuxo para a túa literatura esta realidade persoal?
– Eva Moreda (EM): A emigración foi o mellor que me pasou na miña vida adulta. Transformou para ben a miña vida e a min mesma ata uns extremos que non podía nin soñar. Pero penso na literatura e, a primeira vista, o balance semella ser máis ambiguo. Anos en que a penas escribín ao comezo da miña experiencia migratoria; agora ando na aventura de escribir nunha lingua estranxeira e imaxino que iso tardará tempo en dar os seus froitos, se os dá. Espero, que a longo prazo, o resultado sexa tan positivo e transformador coma o foi sobre o resto de aspectos da miña vida. (…)
– NG: E, de novo, a voz feminina, a visión feminina… Compromiso feminista?
– EM: Considérome feminista pero non sei ata que punto a miña literatura o é, supoño que na medida en que reflicte preocupacións de meu. A Veiga foi, con Organoloxía, o meu intento máis obvio de escribir unha historia declaradamente feminista, pero creo que cansei axiña diso. Para min, unha das grandezas da literatura é que dá cabida á contradición dun xeito que o ensaio non o fai, e isto, penso eu, non casa ben con facer literatura de tese. Por exemplo, hai pouco decateime de que nos últimos tempos teño escrito varias pezas sobre mulleres de dereitas, e non foi algo deliberado, pero, a posteriori, ten moita lóxica, porque me permite verme de fronte coas miñas contradiccións e as de outros e mirar atentamente unha parte do mundo, unha parte da sociedade, á que se cadra non podería mirar con tanta atención fóra da literatura. (…)
– NG: Na literatura cobran peso a imaxinación e loxicamente a propia vida… Que é máis importante para ti á hora de escribires, a propia vida, a sociedade da que te ves rodeada, ou a imaxinación que poida dar cobertura a esta realidade narrada?
– EM: As tres, e non sabería dicir cal é máis importante. A sociedade percibímola na nosa propia experiencia e o noso propio corpo, e a imaxinación literaria é o único que pode transformar esta experiencia en literatura. Gústame deixar esta imaxinación literaria libre, non actuar moito sobre ela, permitir que me sorprenda. (…)”

Entrevista a Xesús Manuel Valcárcel en Insula Europea

AXesús Manuel Valcárcel web italiana Insula Europea acolle a entrevista que Marco Paone realiza ao escritor Xesús Manuel Valcárcel. O texto italiano pódese consultar na seguinte ligazón. Tamén se pode acceder ao texto galego aquí. A web Insula Europea, dirixida polo profesor da Universitá de Perugia Carlo Pulsoni, publica información, entrevistas, investigación e recensións relacionadas coas diferentes literaturas do continente, entre elas a galega.
Agradecemos a Inmaculada Otero Varela o envío da información.

Veu visitarnos… Anxo Fariña

EntrevistaAnxo Fariña a Anxo Fariña en Fervenzas Literarias:
“(…) – Fervenzas Literarias (FL): Cómo lembra eses primeiros pasos no mundo da creación literaria?
– Anxo Fariña (AF): Lembro eses primeiros pasos no mundo da creación literaria con moito agarimo. Recordo a ilusión que sentín cando me dixeron que querían publicar o meu primeiro álbum ilustrado. Souben nese intre que necesitaba contar máis e máis historias. Logo chegou o sempre tan sorprendente contacto cos lectores que non fixo máis que confirmar o que eu sentía.
– FL: Que é o que busca transmitir coa súa literatura?
– AL: Algo tan sinxelo como o pracer pola literatura en si mesma; o goce de ler e deixarse invadir pola historia como se fósemos nós os participantes da mesma.
Por outra banda e, dependendo do libro, hai temas que se repiten nos meus libros: o respecto pola natureza, o amor, a amizade, o mundo dos soños… As veces e premeditado e as veces é algo que xorde espontaneamente.
– FL: En que se basea para escribir os seus libros?
– AL: Cada libro é diferente e pode nacer dun simple detalle ou unha idea complexa. Unha conversa, unha comida, unha canción escoitada nun lugar recóndito… As historias están aí, agochadas, e so hai que buscar un pouco para atopalas.
Aínda que teño certa devoción polas historias fantásticas, gústame experimentar e probar novos camiños. Proba disto é a última novela que escribín que está baseada nunha vivencia persoal. (…)
– FL: Que é o mellor e o peor de ser escritor e ilustrador de libros infantís?
– AF: O peor como escritor, tanto ten se o fas para adultos como para rapaces, é a soidade e a incerteza da profesión. Na ilustración acontece o mesmo: non se valora o esforzo que supón cada creación.
O mellor… son tantas cousas que é difícil concretar. Traballar para nenos esixe responsabilidade, pero tamén ofrece liberdade. Iso é o que máis me atrae da miña profesión, a posibilidade de deixar voar a imaxinación e crear o imposible. Desenvolver mundos imaxinarios cos que poidan gozar os rapaces.
– FL: Que técnicas e materiais soe empregar á hora de ilustrar?
– AF: Para cada libro e para cada franxa de idade trato de adaptar o meu estilo. Combino tanto técnicas dixitais como analóxicas (lapis, acuarelas e tintas). Ultimamente estou a experimentar con apps de debuxo deseñadas para o Ipad. É unha gozada poder ilustrar con gran calidade fóra do estudo e mesmo tomando un café.
– FL: Que significa para vostede a profesión de ilustrador?
– AF: O certo é que eu non distingo a profesión de escritor da de ilustrador. Quero dicir que para min no fondo todo se resume a contar historias con linguaxes diferentes. Cando me preguntan a que me adico cústame traballo resumir nunha palabra todo o que fago, pois tamén son deseñador, docente en cursos e charlas, creador de contidos educativos… (…)”