Taboleiro do libro galego XL (xaneiro de 2016), por Ramón Nicolás

Desde o blogue de Ramón Nicolás, Caderno da crítica:
“Retoma o Caderno da crítica as entregas do Taboleiro do libro galego. Grazas, nesta ocasión, ás catorce librarías colaboradoras: Libros para Soñar, Andel, Casa do Libro, Librouro e Cartabón de Vigo; Paz de Pontevedra; Miranda de Bueu, Biblos de Betanzos, Trama de Lugo, Suévia e Sisargas da Coruña, Lila de Lilith e Couceiro de Compostela e, finalmente, Cronopios (Santiago e Pontevedra).

NARRATIVA
1º-. Manuel Rivas, O último día de Terranova Xerais.
2º-. Marcos Calveiro, Fontán, Galaxia.
3º-. Xosé Neira Vilas, Memorias dun neno labrego, Galaxia.
4º-. Antón Riveiro CoelloOs elefantes de Sokúrov, Galaxia.
5º-. Pedro Feijoo, Morena, perigosa e románica, Xerais.
6º-. Xabier Quiroga, Izan o da saca, Xerais.
7º-. Manuel Portas, Lourenço, xograr, Galaxia.
8º-. Susana Sánchez Arins, Seique, Através.
9º-. Fran P. Lorenzo, Cabalos e lobos, Xerais.
10º-. Domingo Villar, A praia dos afogadosGalaxia.
11º-. Teresa Moure, Ostrácia, Através.
12º-. Pablo Rubén Eyré, A verdade nos espellos, Sotelo Blanco.

POESÍA
1º-. Manuel María, Terra chá,  Casa-Museo Manuel María.
2º-. Gonzalo Hermo, Celebración, Apiario.
3º-. Manuel María, Os soños na gaiola, Xerais.
4º-. María do Cebreiro, O deserto, Apiario.
5º-. VV.AA., Dez anos na Porta, A porta verde do sétimo andar.
6º-. VV.AA., 6 poemas 6. Homenaxe a Federico García Lorca, Biblos.
7º-. Ramón Neto, Zonas de tránsito, Sotelo Blanco.

ENSAIO-TEATRO
1º-. Montse Fajardo, Un cesto de mazás, autoedición.
2º-. VV.AA., Poesía hexágono, Apiario.
3º-. J. A. Gurriarán, As mulleres do monte, Galaxia.
4º-. Grupo Fiadeiras, Machismos: de micro nada, Embora.
5º-. VV.AA., José Suárez, Xunta de Galicia.

XUVENIL
1º-. Andrea Maceiras, Europa Express, Xerais.
2º-. Pere Tobaruela, Formig4s. Misión Barcelona, Xerais.
3º-. Carlos Meixide, Ons, autoedición.
4º-. Manuel Rivas, Madonna e outros contos de inverno, Xerais.
5º-. Agustín Fernández Paz, A neve interminable, Xerais.
6º-. Francisco Castro, Tes ata as 10, Galaxia.

INFANTIL
1º-. Ledicia Costas – Víctor Rivas, Escarlatina, a cociñeira defunta, Xerais.
2º-. Estíbaliz Espinosa, Caer de cu polo universo, Apiario.
3º-. Érica Esmorís, Nena e o mar, Xerais.
4º-. María Solar, Teño uns pés perfectos, Kalandraka.
5º-. Miguel Ángel Alonso Diz – Luz Beloso, O valente coello que quixo soñar,  Nova Galicia Edicións.
6º-. Marisa Núñez, Cocorico, OQO.

LIBROS CD-DVD
1º-. Uxía, Uxía canta a Manuel María, Casa-Museo Manuel María.C
2º-. Troula Animación, Uxía Lambona e a Banda Molona.
3º-. Uxía e Magín Blanco, Canta o cuco, Galaxia.
4º-. Carmen Gil/Mamá Cabra, A bruxa Discordia, Galaxia.
5º-. As Maimiñas, Unha viaxe polo mundo, Galaxia.

BANDA DESEÑADA
1º-. René Goscinny, Albert Uderzo, Jean-Yves Ferri e Didier Conrad, (trad. de Xavier Senín e Isabel Soto), O papiro do César, Xerais.
2º-. Luís Davila, O bichero V, Edición do autor.
3º-. Castelao, Cousas da vida. Nenos, Galaxia.
4º-. María e Miguel Gallardo, María e mais eu, El Patito Editorial.”

Tabela dos Libros de xaneiro de 2016, por Armando Requeixo

Desde o blogue Criticalia, de Armando Requeixo:
“Principia o ano e bota a andar tamén unha nova xeira da Tabela dos Libros, desta volta cunha novidade importante: ao equipo habitual conformado por Inmaculada Otero Varela, Francisco Martínez Bouzas, Montse Pena Presas e un servidor únese un outro compañeiro, Mario Regueira, a quen damos a benvida.
Que este 2016 vos traia felicidade e lecturas venturosas!”

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Susana Sánchez Arins: “seique achega a justiça poética de fazer conhecidos os maldosos anónimos da repressão”

EntrevistaSusana Sánchez Arins AELG a Susana Sánchez Arins no Portal Galego da Língua:
“(…) – Portal Galego da Língua (PGL): seique é o novo livro da susana. que vão encontrar as e os leitores em seique?
– Susana Sánchez Arins (SA): as leitoras vão dar, de entrada, com uma estória de família, de um tio manuel que foi de meu pai e foi mui mau, seique; para de aí dar, passo a passo, com a história mais terrível do país: parto das maldades familiares para tratar do horror da repressão franquista. de passagem, encontrarão uma reflexão sobre a importância da memória e da dignidade na derrota. [sei que não é muito padrão o termo estória, mas se mia couto pode, eu sinto-me autorizada para o utilizar também, e ademais neste caso quadra estupendamente] (…)
– PGL: seique é uma historia poderosíssima. como está sendo recebida?
– SA: acho que mui bem, muito melhor do que eu contava.
eu estou orgulhosa do resultado final do livro, não vou exercer aqui a falsa modéstia. estou orgulhosa porque é desses estranhos casos em que o produto final saiu mais rico e formoso que o produto planificado por mim no início. adoita acontecer ao invés [quando menos a mim]: aquilo que sai publicado não é tão bom como tu sonhaste, sempre escreves pior na realidade que nos teus pensamentos. porém neste caso não foi assim: no processo de escrita dei com uma multidão de ideias e recursos com que não contava, que melhoraram o produto final.
mas também sou realista. sei como se move o campo literário. sei que escrever com nh pecha portas e janelas, que resta visibilidade às obras. e ver o seique entre os dez mais vendidos no mês de outubro para mim foi um shock, pois não contava com tal cousa.
em todo o caso, o mais agradável estão a ser os comentários das leitoras: gostam da forma e o fundo, seique ficam seduzidas pola narrativa e ando a roubar-lhes horas de sono. e, sobretodo, seique está a despertar conversas nas cozinhas, a eliminar silêncios familiares noutras casas, e esse era o objetivo final da escrita. (…)
– PGL: seique é um livro memorialístico. que achega ao campo da memória histórica?
– SA: para mim achega a justiça poética de fazer conhecidos os maldosos anónimos da repressão. a destruição do silêncio cúmplice. após a grande preocupação dos últimos anos por recuperar os nomes das vítimas e devolver-lhes a dignidade arrebatada, creio que é tempo de dizer bem alto, também, os nomes dos vitimários. em 2016 farão-se os 80 anos desde o golpe de estado fascista, a vaga de terror que o seguiu e a repressão da ditadura. 80 anos são avondos.
e reclamo a atenção às estórias frente à história. na atualidade é complicado fazer história daqueles tempos. a história exige fontes documentais contrastadas e, com grande sucesso, o fascismo preocupou-se mui muito de apagar qualquer pegada documental das suas muitas feitorias. e tanto protagonistas como testemunhas diretas estão, quase todas, mortas. porém a tradição oral, as memórias familiares, guardam muita informação do que em verdade sabemos que (sei que) aconteceu. eu animei-me a contar as memórias familiares dessa repressão. e animo outras netas, outros netos, a fazerem o mesmo.”