Lanzamento da plataforma de crítica literaria A Sega

A escritora María Reimóndez, a poeta Susana Sánchez Arins e a Concelleira de Igualdade do Concello de Vigo presentaron hoxe A Sega, unha plataforma de crítica literaria feminista que pretende crear un espazo de referencia para a crítica, ata o momento monopolizada por voces masculinas e en moitos casos patriarcais.
O obxectivo desta plataforma, que se presenta no mes do nacemento de Rosalía de Castro e na cidade que conmemora o 150 aniversario da publicación de Cantares Gallegos, é visibilizar as obras escritas por autoras e realizar novas lecturas de todo o acervo literario en lingua galega. A plataforma, no seu esforzo de tecer redes, colaborará co Centro de Recursos Feministas do Concello de Vigo doando ao seu fondo aquelas obras recensionadas que sexan de interese para esta iniciativa da cidade. Tamén colaborará activamente coa Libraría Lila de Lilith de Santiago de Compostela.
No manifesto de fundación (que se pode consultar completo aquí) recóllese que A Sega “nace do exercicio de observar un panorama da crítica caracterizado polos silencios das voces das expertas, por lecturas sen explicitación da posición e pola falla de análise crítica dos textos das autoras”.
A plataforma recollerá recensións críticas sobre obras de autoras galegas e foráneas e tamén textos de teoría da crítica “para compartir as ferramentas e os discursos críticos” con quen queira sumarse á “destreza segadora” das críticas.
No inicio da andaina d´A Sega participan Andrea Nunes Brións, María Reimóndez, Marga Romero, Lara Rozados, Susana Sánchez Arins e Beatriz Suárez Briones. É esta unha plataforma aberta á que se irán incorporando novas voces.

Susana Sánchez Arins: “Já nos tempos de Maria Castanha havia mulheres a rebelar-se contra a opressom”

Entrevista de Montse Dopico a Susana Sánchez Arins en Dioivo:
“(…) – Dioivo (D): A noiva é o navio é a história dumha viagem por mar. Mas semelha, em realidade, umha metáfora da viagem que é a vida: as suas dificuldades, os medos e as dúvidas, o amor e o desamor… Definiria-lo assim? (Nom pudem evitar pensar em Manuel António ao lê-lo…)
– Susana Sánchez Arins (SSA): A noiva e o navio é um livro que fala de amor e mar, como bem transparenta o título. Quigem fazer meu aquele tópico clássico do HOMO VIATOR, mas centrado no amor e mudando os caminhos polas rotas marítimas. Porque se algo tenhem em comum o amor e o mar é que ambos provocam dificuldades, medos, dúvidas, paixões e desamores. Mas em realidade essa foi a segunda escolha: a primeira foi linguística. No começo o que quigem foi apropriar-me dumha língua que me era desconhecida mas que é minha desde sempre, pois faz parte do património galego: a língua marinheira, neste caso do Mar da Arouça. E claro, sempre que alguém escreve em galego sobre o mar, indefectivelmente aparece Manuel António. E mais no meu caso, em que escrevo desde a outra banda do mesmo mar que ele habitou. Porém, dá-se um cruzamento curioso: Manuel António, no começo do século XX, literaturizou nos seus poemas o mar mais moderno da época, a navegaçom de altura, os pailebotes, vapores, guindastres, stocks e ortodrómicas; eu, no século XXI quigem dar entrada à navegaçom tradicional, a que hoje está em perigo de extinçom, abatida polo ferro e o poliéster. (…)
– D: Por outra parte, e no que diz respeito à evoluçom do teu modo de escrever desde o primeiro livro, manténs um estilo muito limpo, mas se calhar nom tam directo como no primeiro. Está como mais trabalhado… e tem ademais um tom um pouco irónico, nom é?
– SSA: Ui, a ironia penso que me acompanha desde que nascim… Acho que já havia ironia em [de]construçom. Em aquiltadas é provável que esteja mais presente e n’a noiva e o navio colonizou -porque foi umha ocupaçom inicialmente nom consentida- a voz que se expressa nas notas finais de cada capítulo. Se houvo mudança de estilo nom foi intencionada, porque sinto que esse é o que quadra comigo e nom busquei modificá-lo. Em realidade, a noiva e o navio foi escrito no último lugar ao tempo que revisava aquiltadas, e combinando as duas tarefas gostei de comprovar como alguns poemas poderiam fazer parte de um ou outro, ao tempo que outros textos pertenciam por força a um único lugar. Cada poemário é diferente e tem umha música pessoal, mas penso que se dá umha continuidade nos três que os identifica como meus. Se os dous últimos parecem mais trabalhados quiçá é porque ambos exigem certos conhecimentos para submergir-se em todos os seus matizes. Alguém que conheça a história das explorações marítimas ou as partes dumha dorna e todos os seus nomes, há sacar mais gosto d’a noiva e o navio que alguém sem esse acervo cultural; o mesmo acontece com o mundo do patchwork e a costura em aquiltadas. Porém, para mim nom fórom mais trabalhosos que [de]construçom, porque esses som materiais que tenho interiorizados e naturalizados.”

Santiago: presentación de Aquiltadas, de Susana Sánchez Arins

A quinta feira 13 de decembro, ás 20:00 horas, na Libraría Couceiro (Praza de Cervantes, 6) de Santiago de Compostela, preséntase o libro Aquiltadas, de Susana Sánchez Arins, publicado en Estaleiro Editora. No acto acompañarán á autora Vítor Suárez e Hortensia Fernández.

Vilaboa, Culleredo: presentación de A noiva e o navio, de Susana Arins e Mordida, de Eugénio Outeiro

A sexta feira 16 de novembro, ás 19:30 horas, no Pazo de Vila Melania (Vilaboa, Culleredo), preséntanse as obras A noiva e o navio, de Susana Sánchez Arins, e Mordida, de Eugénio Outeiro, publicadas por Através Editora. No acto participa tamén Mário Herrero.

Salvaterra: XXVI Festival de Poesia no Condado

O XXVI Festival de Poesia no Condado, co título Capitalismo é um feito… revoluçom um direito!, terá lugar os 31 de agosto e 1 de setembro en Salvaterra, organizado pola S. C. D. Condado. Do programa, que pode ser descargado completo aquí, destacamos os seguintes actos literarios do sábado 1 de setembro na Zona das Murallas:

18:30 h. Presentación do libro Aquiltadas, de Susana Sánchez Arins, publicado en Estaleiro.
21:00 h. Festival poético-musical presentado por Clara Gayo e Iria Pinheiro, cos seguintes participantes: Poetas: Daniel Salgado, Xiana Arias, Roi Vidal, Eduardo Estévez, Ramiro Vidal, Susana Sánchez Arins, Gonzalo Hermo, Silvia Penas, Claudio Rodríguez Fer e Adelino Timóteo.
Grupos musicais: Cuchufellos, O Sonoro Maxín, Sacha na Horta e Dios ke te Crew.