Crónica fotográfica do acto central do Día de Rosalía de Castro 2024 en Compostela

Estas son algunhas das fotografías do acto central do Día de Rosalía de Castro 2024 en Compostela, que tivo lugar o 24 de febreiro no Panteón de Galegos Ilustres, en San Domingos de Bonaval, organizado pola AELG, co apoio de CEDRO. A crónica fotográfica completa pode verse aquí.

A AELG entrega á filla de Ana Luísa Amaral o premio á Escritora Galega Universal

En xaneiro deste ano Cesáreo Sánchez Iglesias, presidente da Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega, fixo entrega do Premio Escritora Galega Universal 2022 a Rita Amaral Ribeiro, filla de Ana Luisa Amaral, na súa residencia en Porto.
Ana Luísa acompañáranos coa súa palabra poética na Gala dos Premios Follas Novas dese ano, dado que non puidera facelo presencialmente.
En palabras de Marta Dacosta, quen ía facer a laudatio: “Amaral era a poeta que contraria a tradición, a que reinterpretou e volveu falar dos mitos, das personaxes, das figuras prototípicas. Contrariou e ironizou. Nos seus poemas Penélope négase a Ulises e Medea decide ficar no palacio. Lemos os seus poemas como espellos en que a palabra ocupa o lugar exacto, transparente, simbólico, traslada sentimentos, constrúe un mundo propio sen artificios innecesarios. Espida, densa, directa.”

Óscar Senra: “Ainda que Vedra é o lugar comum nos três livros, daí o nome da trilogia, em André a Noruega será um cenário fundamental da narração”

Entrevista de Xiao Somoça a Óscar Senra Gómez no Portal Galego da Língua:
“(…) – Portal Galego da Língua (PGL): Antes de começar, é importante assinalar para quem se achega por primeira vez à Trilogia de Vedra, que cada livro incluído na mesma pode ser lido de maneira independente. Como se complementam os três livros entre si? Deve ficar temeroso quem chegue ao André sem ler previamente os títulos anteriores?
– Óscar Senra (OS): Ainda que os três livros seguem uma sequência cronológica, cada um deles gira ao redor de uma história principal que se resolve de forma independente aos outros livros. No entanto, é claro que partilham personagens, espaços e fios narrativos que os convertem numa trilogia, e que a leitura dos três dá maior sentido à história comum que há de fundo.
Se o primeiro livro em cair nas tuas mãos é André, comprovarás o que comentei antes, que contém uma história principal que se abre e fecha no próprio livro, sem necessidade de ter lido os anteriores. De facto, mesmo se leste os anteriores, descobrirás que várias das personagens principais não apareceram nunca, como André ou Lilja, ou não tiveram tanto protagonismo, caso de Sabela e Enar. Além disso, ainda que Vedra é o lugar comum nos três livros, daí o nome da trilogia, em André a Noruega será um cenário fundamental da narração.
– PGL: Achas que pode ser mesmo curioso ler a Trilogia em ordem diferente, na que se brinque com os tempos, os lugares e as personagens?
– OS: Pode! Romper a ordem cronológica talvez ofereça novas hipóteses a quem lê. É uma trilogia onde as certezas partilham lugar com as dúvidas e as possíveis mentiras. Não há, portanto, uma sucessão unívoca dos acontecimentos que desvelem uma verdade ou desemboquem numa solução a nada. Quanto mais penso em André, mais o imagino como uma lanterna que se acende para atrás, derramando luz sobre os livros anteriores. Assim sendo, começar por ele faria sentido. Mas esta trilogia tem muito de viagens e aventura, e, à vista disso, principiar pola viagem narrada em 1928 km, teria também certa lógica. Por não falar, é claro, do acertado que seria encetar a leitura por Sete dias com Elisa. Deixo melhor a decisão nas vossas mãos. (…)”