O xurado do Certame Literario Relato de Aventuras Antón Avilés de Taramancos, premio convocado polo Concello de Noia e a revista cultural “Casa da Gramática”.
O xurado do premio constituído por:
D. José Pérez Martínez alcalde do Concello de Noia, presidente.
Dona Mariña Pérez Rei, profesora e escritora.
Dona M Concepción Allut VIdal, traballadora do Concello de Noia
D. Agustín Agra Barreiro, profesor e escritor
D. Xosé Lastra Murais, profesor e escritor
D. Xavier Castro Rodriguez, profesor e codirector da revista Casa da Gramática do IES “Virxe do Mar” de Noia-
Reuníronse o 19 de maio e rematadas as deliberacións e por UNANIMIDADE, o xurado decidiu deixar deserto o premio deste Certame correspondente á edición décimosexta.”
Arquivos do autor: asociacionescritoras-es
Madrid: presentación de Salgueiro Maia. A liberdade non é unha utopía
Ourense: actos destacados na Feira do Libro para o venres 2
O venres 2 de xuño continúa a Feira do Libro de Ourense (na Rúa do Paseo, con horario de 11:00 a 14:00 horas e de 18:00 a 22:00 h.), organizada pola Federación de Librarías de Galicia, cos seguintes actos literarios destacados para este día:
– 20:15 h. Presentación de Os donos das cinsas, de Benigno Yáñez Pérez, Premio Risco de Creación Literaria.
– 21:00 h. Presentación de Cartas da fronteira, de Xurxo Alonso, XXXII Premio de poesía Cidade de Ourense.
XLIII Premio de poesía do Certame Literario Concello de Vilalba 2017
A Coruña: presentación de Fóra de mapa, de Emilio Fonseca
Barcia, Carral: XI Agasallo a Luís Seoane
Bases do XII Certame de Poesía Erótica Illas Sisargas 2017
Ourense: actos destacados na Feira do Libro para o xoves 1
O xoves 1 de xuño continúa a Feira do Libro de Ourense (na Rúa do Paseo, con horario de 11:00 a 14:00 horas e de 18:00 a 22:00 h.), organizada pola Federación de Librarías de Galicia, cos seguintes actos literarios destacados para este día:
– 20:00 h. Presentación de José Ángel Valente. Cantigas de Alén, por Claudio Rodríguez Fer, publicado por Ouvirmos.
– 21:00 h. Celia Díaz presenta Unha verdade amarga, publicada por Galaxia. Estará acompañada por Xulio L. Valcárcel e Malores Villanueva.
O quarto de… Susana Arins
Desde A Sega:
“Criada numa família numerosa com casa pequena e todo comunal, nunca achei de menos um quarto próprio. Até o ter. Fui estudar a Santiago e contei com um quarto nos depauperados pavilhões do Burgo, graças aos quais tantas pudemos fazer carreira. E aí desatou-se a minha atividade escritora. A soidade era pouca: paredes de papel e muita atividade estudantil, mas fechada a porta, o mundo era todo meu. E quando tive outra vez um quarto próprio, em Lisboa, acompanhado da solidão mais absoluta (sozinha numa cidade desconhecida), aí foi um não parar. Cadernos, cadernos, cadernos. Creio que foi em Lisboa que li a Woolf e senti que eu estava a viver o processo que ela narrava no ensaio.
Com a experiência, aprendi a encontrar a intimidade em qualquer lugar: sou quem de escrever o rascunho de um texto no meio de uma palestra, de um jantar, de um café de barulho ensurdecedor. Isso sim: a revisão deve ser feita em solidão. Para isso nada substitui o quarto próprio. Mesmo a distância incrementa a capacidade revisora: provei novamente a bakardadea total, refugiando-me em Pasaia, onde até a língua do café da manhã me isolava, para acabar o seique. A prova irrefutável.
Porém, com o tempo, cai noutra conta: quase todas as ideias para a escrita nascem-me de conversas, encontros, anedotas, acontecidas no trabalho, na festa, no café, na compra. Sobre todo de conversas. E dei em ver que do que eu preciso é da exata e certa combinação entre soidade e companhia, intimidade e comunidade. Tenho que dialogar no mundo para poder esconder-me no meu acovilho e escrever. Por isso penso que o quarto próprio de Virginia Woolf deve ir acompanhado de vida em comunidade, de encontro.
Em tendo essas parcelas, o resultado é a criação.
Para mim foi objetivo vital. Criada numa família numerosa com casa pequena e todo comunal queria contar com um quarto próprio. E dei. Edifiquei um maravilhoso refúgio para agachar-me de vós e com todo a mão: luz, livros, impressora, lembranças, dicionários… mas também é certo que quase sempre o refúgio é bem mais simples: sofá, manta, livro e computador.”