Desde o Zig-zag da Televisión de Galicia:
“Kathleen March obtivo a I Bolsa en Residencia Xacobeo para tradutores en lingua galega na Residencia Literaria 1863 e leva traballando na Coruña todo o mes en obras de Marica Campo e Emma Pedreira. Yolanda Castaño, impulsora deste proxecto, dirixe tamén o ciclo Poetas Di(n)versos e acaba de publicar Xela quixo ser ela. A entrevista pode verse aquí.“
Arquivo da categoría: Entrevistas
Montse Pena Presas, autora de Intempestiva, sobre Xela Arias: “Non só foi a poeta urbana, quixo levar a poesía á xente”
Desde o Zig-zag da Televisión de Galicia:
“Intempestiva, Ed. Galaxia, é unha biografía (literaria) de Xela Arias, un relato construído sobre feitos reais. Montse Pena estrutura a biografía en cinco etapas en que Xela Arias se converte en personaxe e a súa vida nun relato. A biografía inclúe tamen a ‘playlist’ coas músicas que influíron na vida e na creación de Xela Arias. A entrevista pode escoitarse aquí.”
Camilo Nogueira: “É evidente que o galego nom vai desaparecer”
Entrevista a Camilo Nogueira no Portal Galego da Língua:
“(…) – Portal Galego da Língua (PGL): Qual foi a melhor iniciativa nestes quarenta anos para melhorar o status do galego?
– Camilo Nogueira (CN): Nom há nada que melhorar, melhor refere-te a fala-lo. A luta que temos que dar é ir contra a ideia de o galego ser umha cousa pequerrechinha. O galego nom é pequerrechinho. Fala-se na Galiza, sabe fala-lo a maioria da populaçom galega, e ademais é internacional. A mim, estando num táxi no Brasil, perguntou-me o chofer: “e você, de que parte do Brasil é?”
O galego nom está potenciado, mas nom é que a gente decida nom falar galego. A mesma gente que nom o fala, entende-o perfeitamente, e a maioria, definitivamente, fala galego, ainda que nom seja habitualmente.
– PGL: Se pudesses recuar no tempo, que mudarias para que a situação na atualidade fosse melhor?
– CN: No franquismo a maioria dos galegos falavam galego. Sempre. Franco fodia-nos, mas a gente falava galego. Agora como algumhas crianças nom estudam galego na escola e isto nom vai mais alá… pois claro, o decreto do ensino é insuficiente, o galego deveria ser a língua veicular, como já é em muitos centros. Nom há que ficar centrado em que as crianças aqui som obrigadas a falarem em castelhano. O galego é mui falado.
Eu penso que se fala mais galego que castelhano. Em Compostela fala-se em galego, e em Ponte Vedra e em Vigo… E no Brasil também.
– PGL: Que haveria que mudar a partir de agora para tentar minimizar e reverter a perda de falantes?
– CN: Eu nom colocaria nesses termos a questom, aqui as crianças nascem falando já galego e castelhano, e essa é a melhor forma para aprenderem a falar inglês e francês. A chave é que se fale galego, e que haja umha identificaçom com o português e o brasileiro. A gente que está interessada polo galego nom tem umha dimensom real do que é, é evidente que o galego nom vai desaparecer. (…)”
Rosa Aneiros autora de Sibila: “Sen esterco, sen cheiro, non hai vida. Non escribín unha distopía, senón cousas que están a pasar hoxe en día”
Desde o Zig-zag da Televisión de Galicia:
“Con Sibila, editada por Xerais, Rosa Aneiros retoma a narrativa para público adulto despois de 12 anos. A protagonista Sibila tenta resolver un misterio na illa da súa nenez onde só quedan os derradeiros habitantes. A historia xoga coa idea dun futuro desacougante, cunha sociedade moi vixiada, e un pasado que estoura. A entrevista pode verse aquí.”
Arantza Portabales: “Non busco un final de conto; os meus personaxes viven para o día seguinte”
Entrevista a Arantza Portabales en Atlántico Diario:
“(…) – Atlántico Diario (AD): Retoma unha relación con moita química. Como se rencontran os seus protagonistas [A vida secreta de Úrsula Bas]?
– Arantza Portabales (AP): Abad e Barroso están nun momento distinto da súa vida. A súa relación significou cousas distintas para cada un. El está tomando conciencia do seu problema coa violencia, enfróntase aos seus diaños, mentres Ana analiza a relación moi mediatizada. Os dous son detectives que antepoñen o seu traballo.
– AD: E como o retomou a escritora a relación cos seus protagonistas?
– AP: Gustoume volver con eles, non son de concluír con finais moi pechados. Os meus protagonistas viven para o día seguinte, non busco un final de conto.
– AD: Co maltrato machista no centro do debate, que a motivou a o abordar dun xeito tan peculiar?
– AP: O maltrato ten moito que ver coa educación e coa xestión da ira. Abad és consciente do seu problema e tenta solucionalo. Pero con esto non quero que se pense que o estou defendendo. Moitos lectores empatizan con el, pero Abad non é un maltratador ao uso. A maioría son perversos que culpan ás víctimas, Abad non, nel hai esperanza.
– AD: Na trama da novela xorde unha conexión cunha desaparición en Pontevedra que lembra a de Sonia Iglesias, á que máis adiante tamén nomea. É unha homenaxe a estas víctimas?
– AP: É unha homenaxe a tódolos casos de desaparecidas. As semellanzas co caso de Sonia Iglesias non foron intencionadas. As desaparicións supoñen unha dobre perda, as familias non teñen onde ir chorar. Nas miñas novelas sempre fago alusións a feitos reais. Aquí falo da capacidade de reinventarse e seguir adiante por un mesmo, sen depender de ninguén.
– AD: En relación á súa novela anterior, Beleza vermella, aquí vai un paso máis alá da novela negra.
– AP: É unha trama máis psicolóxica, aumenta a tensión. O máis importante é saber o que pasou, maís que o final. O interesante é o camiño que ten que percorrer o lector. (…)”
Afonso Becerra: “Descobri que havia toda uma imensa e rica história da dança oculta e totalmente desconhecida na Galiza”
Entrevista de Daniel Amarelo a Afonso Becerra no Portal Galego da Língua:
“(…) – Portal Galego da Língua (PGL): Existem várias histórias da literatura, mesmo contamos com várias publicações sobre a história do teatro galego, mas tivemos que esperar até 2021 para poder usufruir de uma história da dança na Galiza. Quais foram as tuas principais motivações para escrever esta obra [História da Dança Contemporânea na Galiza] e aumentá-la progressivamente? Que nos oferece o livro ao público leitor e à cultura galega atual em geral, neste momento de crise social, cultural e económica?
– Afonso Becerra (AB): A primeira motivação é de natureza amorosa e afetiva, relativa à atração que de sempre suscitam em mim as artes do movimento e a dança. O facto de situar o corpo como sujeito e, ao mesmo tempo, objeto artístico, com todas as suas camadas de mistério e significação sensual. O jogo que a dança nos propõe através do movimento do corpo, até na sua quietude, e o desafio que coloca para quem tenta descrever, analisar ou contar a dança. Esta foi a minha primeira motivação que me levou a escrever sobre peças de dança desde há uns vinte anos.
A segunda motivação foi quando Carmen Giménez Morte, professora do Conservatório Superior de Dança de Valência, pertencente à Academia das Artes Cénicas de Espanha, decidiu, com o respaldo da Academia, publicar a primeira história da dança contemporânea da Espanha. Ela ligou para mim para pedir-me que me ocupasse dos capítulos sobre a Galiza. Esses capítulos são necessariamente breves por estarem inseridos em volumes que atendem a todas as comunidades autónomas do Estado. Além disso, também estabelecem uma espécie de hierarquia, segundo a qual Madrid, Catalunha e Valência têm mais peso e maior extensão em páginas. Ora, quando eu comecei a pesquisar, descobri que havia toda uma imensa e rica história da dança oculta e totalmente desconhecida na Galiza. Descobri que a história da dança na Galiza não é de menor nível do que a história da dança noutros lugares, apesar de um contexto muito mais adverso do que noutros lugares como a Catalunha ou Madrid. Portanto, a constatação desta injustiça fez que redobrasse os esforços para levar adiante este livro, para visibilizar uma das manifestações artísticas fundamentais da cultura de qualquer país, que no nosso estava discriminada.
Relativamente ao que oferece este livro ao público leitor e à cultura galega em geral, neste momento, há vários aspetos. Se calhar, o primeiro é a consciência de que temos uma arte que não pode continuar a ser desconhecida para qualquer pessoa que se considere culta. A consciência de que não existe uma cultura plena sem a atenção ao “discurso” dos corpos, à arte da dança.
Esta é a primeira história da dança da Galiza, portanto, o livro tenta oferecer um relato-mapa do nascimento e eclosão da dança contemporânea (aquela na qual a criação de movimento é maior) sem estabelecer hierarquias. Tentei que todas as coreógrafas e coreógrafos estivessem. Também tentei que não fosse um livro só de informação e dados, mas também sobre a arte da dança, os estilos e as questões que pode levantar.
Neste momento de crise, a história da dança na Galiza, ensina-nos a resistir e a que não há sonhos que não possam ser cumpridos, se o amor e o empenho estiverem à sua altura.
– PGL: Em que estado se acha a dança feita na Galiza atualmente? Como se costuma dizer, “qualquer tempo passado foi melhor”, ou, contrariamente, fomos aprendendo dos erros e episódios do passado?
– PGL: Na dança galega há meio cento de criadoras/es, sobretudo mulheres. Há uma grande diversidade de estilos e tendências. Começam a conviver coreógrafas de diferentes gerações, desde Amparo Martínez Paz, que foi a primeira selecionada para o primeiro Certame Coreográfico de Madrid (se calhar o festival mais significativo do Estado) em inícios dos anos 80, até Xián Martínez Miguel, um coreógrafo de 24 anos, que acabou em 2020 no Conservatório Superior de Dança de Madrid (na Galiza não temos Conservatório Superior de Dança). Como me comentava Matias Daporta, também coreógrafo, na Galiza podem observar-se duas grandes tendências no contemporâneo, por um lado um estilo mais conceitual focado no próprio movimento, como podem ser as peças do Coletivo Glovo de Lugo, formado por Ester Latorre e Hugo Pereira, e, por outro lado, a dança mais acrobática e circense, que liga esta arte com os aéreos, da qual o exemplo mais claro é o Coletivo Verticália, formado por Paula Quintas, Marta Alonso Tejada e Raquel Oitavén. Mas eu também acrescentaria uma outra linha sinuosa de dança-teatro, na qual se inscrevem a maior parte das criadoras e criadores. E ainda uma quarta linha de atualização e releitura contemporânea do tradicional. Eis os trabalhos de Nova Galega de Dança (o mais recente, intitulado Leira, é a imagem da capa do livro) ou os de uma companhia muito mais recente e que não sai no livro, mas que também devemos considerar, como é a de Fran Sieira, além do importante labor nesse campo por parte da companhia de Quique Peón.
Além da questão artística, muito diversa e rica em propostas e estilos muito singulares, a dança continua numa situação económica muito precária (relativamente às ajudas públicas e privadas e à programação nos teatros). Trata-se, dentro das artes cénicas, da mais marginada na Galiza. (…)”
Pepe Carballude: “Agás a tecnoloxía, no demais seguimos sendo romanos”
A Galiza feminista, un libro para “sobrevoar os dous polos do feminismo galego”
Entrevista de Ana G. Liste a Miriam Couceiro Castro en Praza:
“″Fai falta que chegue moita xente nova ao feminismo″, defende Miriam Couceiro Castro (Ordes, 1985), que vén de publicar o libro A Galiza feminista. Tebras e alboradas na colección Feminismos da editorial Galaxia. Nel traza un relato desde a súa experiencia propia, no momento no que foi consciente dos efectos do patriarcado no seu día a día, ata unha descrición máis xeral do que é o movemento feminista desde unha perspectiva histórica, ata chegar á Galicia de hoxe. Todo cos beizos pintados de cor vermella, como a súa avoa Manolita cando lle cantaba aos anciáns da residencia na que traballaba.
″Con este libro espero sobrevoar os dous polos do feminismo galego e que haxa un punto de unión″, explica co convencemento de que o feminismo é político en si mesmo e debe apostar polos espazos de confluencia. Escritora, socióloga e doutora en Equidade e Innovación Educativa pola Universidade da Coruña. Foi precisamente a súa mudanza á cidade herculina a que lle provocou o cambio que a achegou ao feminismo desde as aulas da Facultade de Socioloxía.
″Sabía que dende nena me sentira moi rara por non seguir un canon, sabía que me incomodaba sentirme diferente, sabía que me doía non ser capaz de quererme a min mesma, incluso me atrevo a dicir que non sabía que non me quería a min mesma″, conta Miriam Couceiro no prólogo do libro. Foron estes sentimentos, e moitos outros que conta no seu podcast A Ollada Violeta, os que comezou entender cando a súa profesora de Teoría sociolóxica, Rosa Cobo, lles falou de feminismo en clase.
“Rosa foi a persoa que me abriu a cabeza ao feminismo. Empecei a ler todo o que caía nas miñas mans. Despois, cos anos, estivo no meu tribunal da tese. Para min é unha mestra, que nos dotou a todas dun aparato académico e conceptual brutal. Hai outras mulleres que berran detrás de pancartas, porque tamén hai que berrar, pero necesitamos todo tipo de feministas. Aínda que ao final, moitas veces vas evolucionando e xa non estás de acordo con todo o que di Rosa Cobo, pero a valoro e a respecto; é un referente para min″, salienta.
A discrepancia da que fala Miriam Couceiro nunca lle foi allea ao movemento feminista, mais nestes tempos asistimos a unha discusión nun marco novo: ″Eu creo que agora estamos nun momento moi delicado, as compañeiras que teñen máis idade rin porque din que delicado foi sempre, pero vexo unhas liñas vermellas que son o tema das mulleres trans, a prostitución e a invisibilidade doutras realidades, porque ás veces quedamos no noso feminismo de mulleres brancas occidentais e esquecemos que hai mulleres racializadas e outros feminismos que non están en Europa, dos cales temos moitísimo que aprender″.
Para Couceiro, a situación actual pode supoñer unha onda de crecemento moi grande para o feminismo, pero tamén pode debilitar os seus piares. ″Eu creo que hai que discrepar e facelo desde o afecto, sempre desde o respecto, e non desde unha posición de guerra. Así afastamos a moitas mulleres novas que se queren achegar ao feminismo e tamén a moitas mulleres de maior idade que se poderían achegar a través deste libro, pero que nos ven poñéndonos verdes nas redes sociais entre abolicionistas, regulacionistas, unhas que lle chaman ás outras transexcluíntes (terf)… Cando berramos algo temos que pensar en todas as posibilidades e debemos aprender a falarnos para construír xuntas″, razoa.
“Vexo moitos extremos. Están as mulleres académicas, as mulleres na política, e en partidos políticos; mulleres que xa están cansas das institucións e non queren saber nada delas, e teñen tamén certo receo cara ás que están en partidos políticos ou institucións″, sinala Couceiro, que tamén observa esa polarización a partir das referentes: ″Se nos fixamos en Rosalía de Castro e en Emilia Pardo Bazán, esta última é referencia das mulleres do centro e da dereita, mentres que todo o universo de Rosalía ten máis que ver coas mulleres que estamos máis identificadas coa esquerda e co galeguismo″. (…)”
Entrevista á Escritora na súa terra: Concha Blanco, no Diario Cultural
Desde o Diario Cultural da Radio Galega:
“Percorremos Cee con Concha Blanco, pioneira da literatura infantil e xuvenil en galego. A AELG homenaxea a escritora, que desde agora ten na vila unha praza co seu nome e un pradairo plantado na súa honra. A entrevista pode escoitarse aquí.”
MemOria: o libro póstumo de Arturo Lezcano
Desde o Zig-zag da Televisión de Galicia:
“Entrevista con Camilo Franco e X. M. Pacho, editores do libro MemOria, de Arturo Lezcano. A entrevista pode verse aquí.”