A Coruña e Compostela: Simposio Antonio Fraguas

Pontevedra: conmemoración do 70 aniversario da Colección Benito Soto

Pontevedra: IV Xornada de Onomástica Galega, o 19 de outubro

Víctor Freixanes: “Carvalho Calero é a crónica do galeguismo do século XX”

Entrevista de Laura Ramos Cuba a Víctor Freixanes no Portal Galego da Língua:
“(…) – Portal Galego da Língua (PGL): Carvalho Calero acabou de ser escolhido como figura homenageada para as Letras Galegas de 2020. Esta era uma reivindacação contínua de diversos movimentos sociais que, anos depois, é satisfeita. Como avalias esta resolução por parte da Academia?
– Víctor Freixanes (VF): Há tempo que a Academia é ciente de que a figura de Carvalho Calero não podia ser adiada nem marginalizada. Não deixa de ser uma injustiça histórica que não se reconheça o compromisso, o trabalho e a vida que este homem dedicou à cultura, à literatura, à língua galega… Mesmo com obras como a História da Literatura ou como a sua própria significação como primeiro catedrático de Língua e Literatura Galega na USC em 1972. Foi professor de muitos de nós, a mim leccionou-me Língua e Literatura Galegas… É certo que havia uma história detrás de desencontros, digamos assim, entre uns setores da Academia e o próprio Carvalho Calero e as suas posições arredor da língua na última etapa da sua vida. Eu acho que a nova sensibilidade da Academia está em que isso é um capítulo que forma parte da história e da pluralidade democrática dum país. E, portanto, o currículo e a memória histórica de Carvalho Calero não a vamos discutir. Havia que encará-lo com clareza, com transparência, com naturalidade e, também, aproveitando, não o oculto, que esse ano se cumprem 110 anos do seu nascimento e 30 desde a sua morte. São esses números redondos que dão pé a dedicar-lhe o ano a Carvalho Calero, que ademais também coincide com a reclamação que fizemos já ao Concelho de Ferrol para que restaurem a sua casa, de quem já vimos boa disposição. É uma oportunidade, era algo que até eu tinha que assumir. (…)
– PGL: Que destaca da sua figura e da sua obra? Quer a nível individual quer como presidente da Academia, como vai ser abordado o ideário linguístico de Carvalho?
– VF: Bem, vamos ver… A Academia tem dous momentos, além doutro tipo de atividades como são o Portal das Palabras ou a Primavera das Letras, que está pensado para escolas de primária a iniciativa dos professores. Destes dous momentos um é a celebração do Dia das Letras, com a intervenção formal dos académicos ao redor da figura de Carvalho. Então escolheremos três académicos que abordem a figura de Carvalho Calero desde diferentes perspetivas. E depois, em segundo lugar, haverá um simpósio académico onde haverá distintas vozes sobre a sua figura e onde todas as vozes que tenham algo que dizer, podam dizê-lo. Se têm que estar três dias, serão três dias, mas todo o mundo com uma posição documentada e consistente, terá espaço para poder dizê-lo com a madurez que permite hoje uma sociedade, incluso uma sociedade galego-falante, que pode abordar estes temas com uma tranquilidade, documentação e conhecimentos que não existiam há trinta anos.
Então isso também vai permitir que a figura de Carvalho Calero seja abordada dessa perspetiva, mas não é a única perspetiva de Carvalho. E isso também é importante. A Academia não aborda Carvaho Calero pelo tema da proposta ortográfica, senão que homenageia a sua figura histórica. Carvalho Calero é, de forma semelhante a António Fráguas, a crónica do galeguismo do século XX. Carvalho Calero viveu desde o período pré-Guerra Civil e República, porque é um homem muito comprometido com a República, o galeguismo do momento, o Seminário de Estudos Galegos e o Partido Galeguista… participa inclusive com Lois Tobio na redação do anteprojeto do Estatuto de Autonomia que promove o Seminário… Quer dizer, há uma série de atividades objetivas de Carvalho. E depois, na guerra, ele é uma vítima da repressão, com todas as consequências. É uma situação muito grave que eu penso que o afetou emocional e psicologicamente, afetaria a qualquer pessoa.
Depois, é um homem do que chamaríamos o exílio interior. Pratica um bocado -como aconteceu ao próprio Antonio Fraguas e Fernández del Riego– a clandestinidade. Ele viveu exercendo de professor às escondidas para manter a sua família. Foi uma situação muito dura. Teve a sorte de ser acolhido por António Fernández no [instituto] Fingoi, e aí está atuando já o grupo Galaxia, os que foram os fundadores de Galaxia. E ele não pode exercer como professor e é contratado como gerente! Ali chegaram também para serem professores pessoas como Ferrín ou o próprio Bernardino Graña. E nesse momento começa a trabalhar com Fernández del Riego –porque eram amigos íntimos– na História da Literatura Galega Contemporánea. E nesse livro de correspondência entre os dous é impressionante ver como trabalham, com que constância, com que método, com que teimosia… É um retrato dos dous, como procuram os livros, como os vão pedir… Claro, porque agora tudo está na Internet e há umas bibliotecas muito boas, mas daquela não havia nada. Encontrar um original de Proezas de Galicia de Fernández Neira ou encontrar uns documentos do que podia ser o galego patriótico da guerra contra os franceses, ou os primeiros textos em língua galega dos Precursores… Aí também estava Penzol, que estava comprando muito livro e dotando o que depois seria a partir de 1963 a biblioteca da Associação Penzol, e todos estavam aí puxando e construindo…
Ou seja, sou consciente de que Carvalho era o historiador da literatura e o gramático, porque foi a quem lhe encarregaram a Gramática do Galego Comum, de Galáxia, porque antes não havia nada, era uma seleção. E com esse material, Carvalho é quem nos dá aulas a nós na faculdade. (…)”

Cangas acolle o 26 de xullo a estrea do documental sobre Bernardino Graña

Desde a Real Academia Galega:
“O auditorio de Cangas acolle o venres 26 de xullo, a partir das 21 horas, a estrea do documental sobre Bernardino Graña (Cangas, 1932) dirixido por Xan Leira. Bernardino Graña, o home que quixo vivir construiuse a partir dun encontro en Panxón do escritor e académico con amizades. Persoas próximas ás diversas actividades que protagonizou o autor ao longo da súa vida, desde as profesionais e literarias ata as políticas e sociais, tecen un relato coral en diálogo coas lembranzas e reflexións do propio homenaxeado.
A gravación tivo lugar en Moaña, Cangas e Panxón e contou coa colaboración de Alexandre Ripoll, Asun Sóñora, Héitor Mera, Xesús Alonso Montero, Xosé Manuel Millán, Rafael Lorenzo, Marta Dacosta, Camilo Camaño, Xosé Manuel Pazos, Manuel Álvarez, Cesáreo Sánchez e Helena Pérez. O filme recolle tamén testemuños dos desaparecidos Bautista Álvarez, compañeiro do grupo Brais Pinto, e Raimundo García Borobó recollidos no arquivo persoal de Xan Leira.”

Takekazu Asaka recibe o Premio Ramón Cabanillas

Desde a Real Academia Galega:
“O académico correspondente Takekazu Asaka recollerá este sábado, 27 de xullo, o Premio Ramón Cabanillas, nun acto que terá lugar ás 20:30 horas no auditorio municipal de Cambados. As librarías Contos e Ramón Cabanillas da localidade, coa colaboración do concello, recoñecen así o labor de divulgación da lingua e da literatura galegas do profesor nipón, que acaba de publicar unha tradución á súa lingua dunha das obras do autor que lle dá nome ao galardón, A rosa de cen follas (1927). O libro será presentado hoxe, ás 20 horas, na biblioteca municipal Luís Rei. Non será a primeira achega do académico ao escritor cambadés, ao que xa lle dedicou a Cantata a Ramón Cabanillas. Takekazu Asaka publicará ademais proximamente un artigo sobre as formas de cortesía en galego no que toma como referencia, entre outras fontes, a novela Costa do Solpor do tamén académico correspondente Xosé María Lema. (…)”

Ricardo Carvalho Calero, Día das Letras Galegas 2020

A Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega celebra a escolla de D. Ricardo Carvalho Calero como persoa a quen se dedicará o Día das Letras Galegas en 2020 por parte da Real Academia Galega.

Membro de Honra da AELG desde a súa fundación, as súas achegas ao sistema literario galego son fundamentais para unha visión máis completa da nosa lingua e literatura, desde a súa condición de ensaísta, poeta, narrador e dramaturgo.

“O presidente da RAG salienta que o galego non é unha lingua local e defende a irmandade co portugués para gañar proxección exterior”

Desde a Real Academia Galega (foto da entidade):
“O galego é “unha marca de modernidade que nos sitúa no mundo e nos dá algo fundamental: identidade de noso”. Pero a esta utilidade interior súmaselle en plena globalización a “utilidade na dimensión exterior, na capacidade de relacionarse con outros espazos e culturas”, salientou o presidente da Real Academia Galega desde o Brasil, no relatorio que pronunciou na Universidade Federal Fluminense (Niterói). Víctor F. Freixanes defendeu así que o galego “non é un idioma local” e reivindicou, sen renunciar á lingua propia, a irmandade co portugués para potenciar a proxección exterior de Galicia e da súa cultura. O presidente participou con esta mensaxe na xornada inaugural do “I Seminário Internacional para Estudos Lingüísticos. Galego e Português: o passado presente”, dentro da axenda da viaxe institucional a Brasil que continuou cun encontro cos membros da Academia Brasileira de Letras.
O seminario, organizado polo Núcleo de Estudos Galegos da Universidade Federal Fluminense, xuntou expertos en lingua galega e portuguesa de institucións ás dúas beiras do Atlántico. Víctor F. Freixanes interveu no acto inaugural -ao que lle puxeron música Uxía e Sérgio Tannus- e pronunciou unha conferencia na que, tras unha breve presentación da RAG e a súas funcións, analizou a situación do galego ante o espazo da comunicación en lingua portuguesa, nun contexto marcado polos desafíos da globalización.
A cultura galega, cun mercado interior pequeno, non debe apoiar a súa estratexia no cuantitativo, senón na excelencia e na “creatividade e a capacidade de comunicación” para incrementar a súa proxección exterior. Neste reto conta co apoio da proximidade do galego ao portugués, que debe ser aproveitada, defendeu o presidente da Academia. “A lingua dános un sitio no mundo. Dende a lingua galega, con ben pouco esforzo, eses rapaces e rapazas do novo século, os novos creadores, póñense en comunicación con centos de millóns de persoas en diversos continentes da man da gran familia galego-portuguesa. Neste punto é onde temos a obriga de profundar para non perder as oportunidades, mesmo facendo pedagoxía social entre nós, porque non todos os galegos e galegas son conscientes desta riqueza”, valorou.
Cómpre tamén unha maior colaboración desde o ámbito educativo e unha “estratexia ambiciosa” por parte dos responsables da realidade política, cultural e institucional, engadiu Víctor F. Freixanes. “Temos que reivindicar o portugués nas escolas como lingua irmá. Non para substituír o galego, senón para apoiarnos nel cara á proxección exterior á que fago referencia”, detallou o responsable da RAG, que lamentou a escasa implantación do portugués nas escolas e institutos, malia a aprobación por unanimidade no Parlamento de Galicia, en 2014, da denominada Lei Paz Andrade.
Víctor F. Freixanes defendeu igualmente a necesidade de desenvolver “maiores e mellores comunicacións de todo tipo” cos territorios de fala portuguesa, desde Portugal ou Angola ata o Brasil. Este último foi o país que acolleu a finais do século XIX e comezos do XX a tantos galegos que construíron as súas vidas á outra beira do Atlántico “sen deixar de falar nunca galego”. Foi o caso, lembrou, dos pais da escritora galego-portuguesa Nélida Piñon ou do proxenitor do protagonista do Día das Letras Galegas 2019, todos eles naturais de Cotobade.
O pai de Antonio Fraguas traballou como canteiro precisamente en Niterói, sede do foro sobre o pasado, o presente e o futuro da relación entre o galego e o portugués no que tamén participaron os académicos e catedráticos da Universidade de Santiago de Compostela Henrique Monteagudo e Rosario Álvarez. O coordinador do Seminario de Sociolingüística da RAG impartiu onte unha conferencia sobre o proceso de individuación do galego e compartiu coa coordinadora da Sección de Lingua un seminario sobe dialectoloxía histórica do galego.
A axenda de actos dos membros da Academia arrincou cun coloquio sobre a lingua e a cultura galegas na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Víctor F. Freixanes, Rosario Álvarez e Henrique Monteagudo foron presentados polo presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Marco Lucchesi, quen os recibirá no tradicional “chá dos académicos” que esta institución celebra todos os xoves. A xuntanza tivo lugar cinco meses despois de que a RAG e a ABL asinasen na Coruña un acordo de amizade e colaboración para estreitaren a relación entre a área cultural e lingüística galega e a brasileira.”