“Propostas conjuntas da AGAL e a Xunta para o ano Carvalho Calero 2020”

Desde o Portal Galego da Língua:
“Na manhá do dia 14 de maio, derom-se a conhecer em conferência de imprensa as propostas do convénio entra a AGAL e o governo galego, nomeadamente através da Dirección Xeral de Políticas Culturais e pola Secretaría Xeral de Política Lingüística para a celebraçom do ano Carvalho Calero. Na linha de funcionamento habitual, o trabalho institucional para a homenagem do Dia das Letras Galegas fai-se em coordenaçom com umha instituçom ou familiar representante da pessoa homenageada, que para o caso de Ricardo Carvalho Calero, foi a AGAL.
No ato, guiado pola diretora deste meio, Charo Lopes, participarom Eduardo Maragoto, presidente da AGAL; Anxo Lorenzo, Director Xeral de Políticas Culturais da Xunta da Galiza; José Manuel Aldea, director de Ouvirmos, -empresa encarregada da exposiçom monográfica sobre Carvalho- e Valentín García, Secretario Xeral de Política Lingüística.  Desculpou a sua ausencia por problemas técnicos Víctor Freixanes, presidente da Real Academia Galega.
Eduardo Maragoto começou agradecendo a disponibilidade para o trabalho comum: “Este convénio é um marco no relacionamento entre as pessoas que desejamos o melhor para a nossa língua, e nom há mada melhor para celebrar neste ano Carvalho Calero. E nesta fisolofia é que estám pensadas as atividades.” Para conseguir esta confluência Maragoto salientou o esforçom ativo em “abster-se de reinterpretar Carvalho desde posiçons de parte atuais: o que ides encontrar é um Carvalho que se explica a si mesmo desde os seus próprios textos”. Para o presidente da AGAL, as atividades estám pensadas para unir à cidadania en torno da figura de Carvalho, tanto na exposiçom, A Voz Presente, no documentário De Carballo a Carvalho, como nas seis unidades didáticas lançadas para o ensino. Por outra parte, fixo fincapé nos três eventos que ficarom adiados por causa da crise sanitária, o concurso literário Scórpio, o concurso musical “musicando a Carvalho Calero” e a leitura continuada de Scórpio. Fechou a sua intervençom fazendo um repasso virtual polos recursos da web carvalho2020.org que definiu como umha das melhores webs das pessoas homenageadas na história do dia das Letras.
Anxo Lorenzo, Director Xeral de Políticas Culturais da Xunta da Galiza, celebrou “poder apresentar com a AGAL a exposiçom itinerante, que de momento, se adianta em formato digital”. E ainda lamentando as dificulades do momento devido à crise do coronavirus, sinalou que: “A insuficiência deste momento, tem a fortaleza de fazer de Carvalho Calero 2020 o ano das letras galegas mais digital até hoje na história das letras galegas”. Esta condiçom, é para o Director Xeral de Políticas Culturais: “fazer da necessidade virtude, mais vai converter a Carvalho em pioneiro da necessária transformaçom digital”. Por outra parte, afirmou que “todas as atividades físicas serám reprogramadas a medida que as condiçons sanitárias e as restriçons públicas vaiam relaxando-se.”  Também parabenizou os comisários da exposiçom: “pola condensaçom de conteúdos e por dar essa reflexom sobre a vida, obra e os aspectos fundamentais que Carvalho Calero aportou ao ámbito académico, de divulgaçom, linguístico, literário e também no debate sobre a normativa e qual deve ser a forma culta do galego”.
José Manuel Aldea, responsável de Ouvirmos, a empresa encarregada da produçom da exposiçom interviu para falar mais polo miúdo os detalhes de A voz presente que descreveu como “transparente”, por ter como ponto de partida a intençom de “dar-lhe voz ao próprio Carvalho, nom apenas através dos seus textos, mas também acompanhado com vídeos e audios”, destacando que “é a primeira vez que temos imagem e audio de calidade do homenageado”. E deu protagonismo neste logro ao labor dos comisários, “José Luís Rodríguez e Carlos Quiroga, professores da Universidade de Santiago de Compostela, quem figerom a seleçom dos materiais revisando toda a obra criativa e filológica de Carvalho”. Também comentou a estrutura do conteúdo: “há um bloco com a sua linha de vida, conformato por 6 paineis cronológicos com a sua linha de vida, que fai um paralelismo da sua vida física, intelectual e com a interaçom política e social do seu tempo, outro painel está focado no Carvalho filólogo e divulgador, outro dedicado à sua obra, mais um dedicado aos seus espaços vitais -com citas alusivas a Ferrol, Lugo e Compostela principalmente-, um outro painel exclusivo sobre o Carvalho reintegracionista, e finalmente um painel final intitulado “Carvalho, o intelectual honesto”, onde se descreve a sua participaçom na vida cultural, social e política do seu tempo.
Valentín García, Secretario Xeral de Política Lingüística, fechou as intervençons agradecendo a atitude da AGAL “por chegar a pontos de encontro e de entendemento para poder levar a cabo umha mui rica programaçom no ámbito deste convénio”. E acrescentou que “Por primeira vez na história a exposiçom de Carvalho vai estar presente fora da Galiza, em concreto em Portugal, dentro do ámbito da lusofonia”. E ainda, quixo reiterar a qualidade e interesse do material didático: “É um esforço tremendo, as unidades didáticas desenhadas pola AGAL, e a sua disponibilidade em formato digital, que se quadra neste momento som mais necessários que nunca para o professorado.” Ademais, rematou sinalando a importancia de Carvalho “nom só como autor das nossas letras, mas também estruturando-as, estabelecendo o cánone da nossa literatura.” Ainda, Valentín García considera que esta homenagem serve para achegar a figura de Carvalho a “ao público geral e também nos Centros de Estudos Galegos em mais de trinta cinco universidades de todo o mundo, aos centros galegos de todo o mundo, etc. que a partir de agora terám mais perto a Carvalho, às Letras Galegas e à língua galega”.
A conferência finalizou com umha única pergunta, formulada por um jornalista de El Correo Gallego, que consultou se “compartem a demanda de que a homenagem a Carvalho Calero tenha continuidade no 2021?”
Sobre esta questom Eduardo Maragoto comentou que os argumentos que que já manifestou publicamente pondo sobre a mesa as dificuldades do ensino para difundir e popularizar o homenageado, e acrescenta que a “extensom da homenagem a 2021 seria um gesto de apoio ao mundo cultural”. E até remarcou que “Carvalho Calero nom é um autor qualquer, os debates e os efeitos das suas propostas ainda se prolongam na atualidade, por isso ainda precisa mais calma e mais sossego para ser debatido.”
Finalmente, Anxo Lorenzo, Director Xeral de Políticas Culturais da Xunta da Galiza respondendo à pergunta comentou que: “os argumentos do presidente da AGAL som bastante claros e nesse sentido estamos vendo muitíssimos projetos culturais que se estám prolongando para o 2021”. E rematou declarando que “na minha opiniom, nom se estranharia nada que a RAG decidisse prolongar o ano Carvalho”.”

Rafael Fernández Lorenzo le un texto de Ricardo Carvalho Calero

Desde a AELG recollemos a lectura dun texto de Ricardo Carvalho Calero, por parte de Rafael Fernández Lorenzo, no marco da homenaxe ao autor ferrolán proposta desde a área de Patrimonio e Lingua da Deputación de Pontevedra en colaboración coa AELG, aquí.

Rechiade e unídevos baixo cancelos comúns como #CorentenaLiteraria, #Euquedonacasa, #LerGalegoSempre, #Acasainfinita, #DescobreACulturaGalega, #CulturaGalegaCuradora, #Aculturasegue e/ou #CulturaNaRede.

Carlos Taboada le un texto de Ricardo Carvalho Calero

Desde a AELG recollemos a lectura dun texto de Ricardo Carvalho Calero, por parte de Carlos Taboada, no marco da homenaxe ao autor ferrolán proposta desde a área de Patrimonio e Lingua da Deputación de Pontevedra en colaboración coa AELG, aquí.

Rechiade e unídevos baixo cancelos comúns como #CorentenaLiteraria, #Euquedonacasa, #LerGalegoSempre, #Acasainfinita, #DescobreACulturaGalega, #CulturaGalegaCuradora, #Aculturasegue e/ou #CulturaNaRede.

Especial Día das Letras dedicado a Ricardo Carvalho Calero na Biblioteca Virtual Galega

“Desde a Biblioteca Virtual Galega (BVG), coa colaboración da Vicerreitoría de Estudantes, Participación e Empregabilidade da UDC, elaboramos un Especial Día das Letras Galegas 2020, dedicado a Ricardo Carvalho Calero.
Na nosa páxina encontraredes información sobre a súa vida e a súa obra, así como unha completa relación, tanto dos traballos dedicados á análise da súa obra, como das iniciativas que, ao longo dos anos, e desde múltiplos ámbitos da sociedade, se desenvolveron como homenaxe ao profesor ferrolán.
Presentamos, tamén, unha ampla escolma de textos que permiten unha primeira achega á súa produción literaria, desde a obra ensaística á de creación. Finalmente, podedes acceder a unha extensa galería de fotos, a unha selección de vídeos pendurados na rede en que fala el mesmo ou a algunhas mostras das versións musicadas dos seus poemas.
Agardamos que este monográfico vos resulte de interese e, sobre todo, que sirva para manter a memoria e difundir a obra de Ricardo Carvalho Calero.”

María Xosé Porteiro le un texto de Ricardo Carvalho Calero

Desde a AELG recollemos a lectura dun texto de Ricardo Carvalho Calero, por parte de María Xosé Porteiro, no marco da homenaxe ao autor ferrolán proposta desde a área de Patrimonio e Lingua da Deputación de Pontevedra en colaboración coa AELG, aquí.

Rechiade e unídevos baixo cancelos comúns como #CorentenaLiteraria, #Euquedonacasa, #LerGalegoSempre, #Acasainfinita, #DescobreACulturaGalega, #CulturaGalegaCuradora, #Aculturasegue e/ou #CulturaNaRede.

Pilar Pallarés: “Para Carvalho Calero a poesía é catarse, nace da verdade”

Entrevista a Pilar Pallarés na Real Academia Galega:
“(…) – Real Academia Galega (RAG): Como definiría a poesía de Carvalho Calero? Ata que punto está presente en toda a súa obra poética esa ollada existencialista de quen se definiu como fillo de Eva?
– Pilar Pallarés (P): É difícil definir univocamente a poesía dun relativista, a enxergar sempre o ser humano e a si propio como múltiplo e contraditorio. É a poesía dun fillo do século XX, tal como indica mui fermosamente no poema de Futuro condicional “A Álvaro Cunqueiro, 1980”. Lela significa percorrer os camiños que levan da vangarda de carácter racional (criacionista, hilozoísta, cubista) predominante na nosa literatura ao existencialismo, mui evidente en Saltério de Fingoi (1961). Entre vangarda e existencialismo, dúas obras que reflexionan sobre a procura do Absoluto dos simbolistas, con certa conexión co que na mesma época fai Pimentel: Anjo de terra (1950) e Poemas pendurados dun cabelo (1952). A distancia entre Pimentel e Carvalho é a que hai entre o poeta visionario capaz de “ler” o tecido de símbolos que nos rodea e enxergar baixo o aparente caos un sentido, e o poeta racionalista e especulativo incapaz de acreditar realmente no Absoluto simbolista.
Fillo do século XX tamén na medida en que a súa poesía ilustra o proceso de desmitificación e desacralización operado polas vangardas racionais e agravado polas traxedias colectivas, e un retorno ao mito como vía de salvación, algo xa adiantado en Saltério, mais presente sobre todo nos poemarios da década de oitenta.
Tamén salientaría que sendo a poesía de Carvalho mui heteroxénea, con rexistos que van do ludismo e a intranscendencia vangardistas á reflexión existencial, dun certo culturalismo ao prosaico e mesmo antipoético, da esgrevieza propositada á beleza, do íntimo ao político, hai nesa poesía unha enorme coerencia e unhas liñas de forza que lle dan unidade desde o primeiro poemario en galego (Vieiros, 1931) ao xa póstumo Reticências… [1986-1989] (1990). Si, desde os poemas iniciais aos derradeiros, é un “fillo de Eva” quen fala, aínda que con voces diversas; un ser humano baixo o peso da razón e da culpa, alguén finito que aspira á infinitude e que se debate nos seus límites. (…)
– RAG: Como recibiron a propia xeración de Carvalho Calero e a de vostede a súa poesía? Que pegada deixou nelas? E nas posteriores?
– P: Semella que, cando menos durante boa parte da súa vida, non acadou o recoñecemento merecido como poeta. O poema que pecha Fillo de Eva parece que reflicte a consciencia deste feito. El mesmo expresou tamén que nunca tivera interese en se guiar polas modas. Ese poema, “Verdadeiro poeta foi”, que pertence a Reticências… aínda que aparece deslocado na escolma como homenaxe, pon sobre a mesa varias cuestións. Por unha banda, a transcendencia do labor poético para alén das modas, dos tecnicismos dos especialistas e do recoñecimento público. Para Carvalho a poesía é catarse, e non un instrumento para facer carreira literaria. Nace da verdade, e desde esa verdade dialoga con outros seres humanos que nela se recoñecen.
Por outra banda, Carvalho é consciente de que a escasa repercusión da súa poesía ten a ver co silenciamento xeral de que foi obxecto toda a súa obra, de criación ou de investigación e análise. No limiar á escolma Beleza, verdade, editada por Chan da Pólvora o ano pasado, teño en conta outros factores que poden explicar por que alguén que na preguerra era alcumado O Poeta e que aínda nos momentos máis adversos continuou a facer poemas, chega a ser case un poeta oculto: a relegación das publicacións poéticas, que non da criación, nas décadas de 60 e 70, nas que se consagra á docencia, á elaboración da Historia da literatura galega contemporánea (1963), da Gramática elemental del gallego común (1966) e de abundantes estudos literarios e lingüísticos; o décalage entre a fasquía transcendente e existencial da súa poesía de posguerra e a poesía social predominante a partir dos sesenta. Cando nos oitenta recompila a produción poética anterior, escolmándoa bastante severamente, e dá a coñecer novas obras, podería ter exercido unha enorme influencia nos poetas novos, ao que o unen tantos intereses, mais ese é o tempo do Carvalho silenciado polo holding, como el dicía. E para os que o admiraban e seguían era sobre todo o profesor, lingüista e historiador da literatura. (…)
– RAG: Como lle gustaría que sexa coñecido e recoñecido publicamente neste ano dedicado a el?
– P: Dada a imposibilidade de o homenaxear como merece a causa da crise sanitaria, querería que a celebración se prolongase no 2021. É imprescindíbel difundir a súa obra nas aulas, algo agora mesmo imposíbel. E sobre todo, habería que reeditala. Non ten sentido homenaxear un autor se os seus textos son inaccesíbeis. Para alén dos romances A gente da Barreira e Scórpio, da escolma de ensaios literarios e lingüísticos de María Pilar García Negro e das de poesía, unha delas de Paulo Fernández Mirás, nada máis poden coñecer, que eu saiba, os novos leitores e leitoras. (…)”

Compostela: A escrita e a fala na rede

Con motivo das Letras Galegas, ante a imposibilidade de poder realizar actividades culturais no interior da libraría, presentámosvos “A Escrita e a Fala na rede”, unha homenaxe a Ricardo Carvalho Calero, unha viaxe a través da súa obra da man de Henrique Rabuñal, Pilar García Negro e Héctor Cajaraville, transmitido en directo a través da conta en Facebook da Libraría.
– Xoves 14 ás 19:00: encontro con Henrique Rabuñal, autor de Ricardo Carvalho Calero. O Anxo da Terra (Ed. Galaxia).
– Venres 15 ás 19:00: encontro con María Pilar García Negro, autora de Ricardo Carvalho Calero: A Ciencia ao Servizo da Nación (Ed. Laiovento).
– Sábado 16 ás 12:00: encontro con Héctor Cajaraville, autor de Ricardo Carvalho Calero. A Pegada do Compromiso (Ed. Xerais).