Noia: inauguración da exposición Randeeira, de Delio Sánchez, coa participación de François Davo

O venres 31 de outubro, ás 20:00 horas, na Casa da Cultura de Noia, inaugúrase a exposición multidisciplinar Randeeira, de Delio Sánchez, con pintura, escultura, fotografía, audiovisual (coa proxección da curtametraxe feita polo autor), e a colaboración especial de François Davo na escrita.

Randeeira

José Alberte Corral: “Nengum poeta galego com empatia e raizames com os humildes pode deixar de constatar a dor e o sofrimento em que estám mergulhados”

EntrevistaJosé Alberte Corral Iglesias a José Alberte Corral no Portal Galego da Língua:
“(…) – Portal Galego da Língua (PGL): Afirma Xulio López Valcárcel no prefácio que Gume de Navalha é «um desabafo nascido da “necessidade”». É tanto assim?
– José Alberte Corral (JAC): É. Gume de Navalha nasce da necessidade de me objetivar na veracidade existencial em que me encontrava nos momentos da sua escrita. Na iniludível olhada às esperanças, derrotas, vivências, experimentadas por mim desde as mais fundas cicatrizes que me conformam.
– PGL: Mais umha vez, o neoliberalismo selvagem e o imperialismo som alvo das tuas críticas, e um dos termos que mais se repete no texto é «infámia»…
– JAC: O neoliberalismo é em si mesmo a barbárie mais absoluta em que estamos envolvidos. É a ferramenta ideológica, política e económica do imperialismo anglo-sionista com a qual nom só nos escravizam, senom que também nos conformam na resignaçom e na cegueira. Infámia é a palavra com que descrevo a realidade perversa em que nos mergulham e ainda se chacoteiam de nós. Através dessa expressom pocuro dar um urro de arrebato pola nossa dignidade em tanto que povo e em tanto que classe. (…)
– PGL: A voz lírica de Gume de Navalha afirma que a sua vida decorreu «a golpes de cinzel». É umha mensagem autobiográfica?
– JAC: Todo ser humano existe nom só por razons biológicas, senom também por razons sociais e culturais. Somos em tanto que conhecemos e produzimos. Para conhecer é precisa a «palavra», é o instrumento que nos permite fazê-lo. E estes apetrechos venhem-nos dados de graça polos homens e mulheres que nos precedêrom e com os quais convivemos. Só podemos ser em tanto que é com os demais e nos demais; se nom, nom pode ser.
O que som atualmente é como conseqüência das minhas experiências com os outros e nos outros, das minhas vivências. Por razons que nom venhem ao caso, conhecim grandes traiçons e extraordinárias generosidades. O vivido, o compartido com os demais no transcurso do tempo fai-me ser o que som hoje, e isto manifesta-se na minha poesia e muito mais em Gume de Navalha, que é um livro de olhadas e de reflexons sobre o sonhado e vivido. (…)”

A Coruña: presentación de Da Vida Conclusa, de Mário Herrero

AMário Herrero Da Vida Conclusa sexta feira 31 de outubro, ás 20:00 horas, na Livraria-Café Linda Rama (Rúa Porta de Aires, 4) da Coruña, preséntase o libro gañador do Premio de Poesía Figurante na edición de 2014, Da Vida Conclusa, de Mário Herrero Valeiro. No acto, acompañando ao autor, estará Verónica Martínez Delgado.

Manuel Leiras Pulpeiro no seu 160 aniversario, por Armando Requeixo

DesdeManuel Leiras Pulpeiro e familia o blogue de Armando Requeixo, Criticalia:
“O sábado 25 de outubro, hai exactamente 160 anos, nacía na cidade de Mondoñedo Manuel Leiras Pulpeiro. (…) Neste día tan sinalado préstame recuperar un seu texto que tomo prestado do apéndice gráfico de Ben pode Mondoñedo desde agora. A eséncia popular na obra e na língua de Manuel Leiras Pulpeiro (1998) do estudoso Ramón Reimunde Norenha. Nunca ata hoxe fora transcrito, pois alí foi só reproducido fotograficamente. (…)

Manuel Leiras Pulpeiro MercedesMercedes

¿Quenes á Dios poñen chatas?
As beatas.
¿Quenes teñen sempre achegos?
Os cregos.
¿Quenes máis soñan co-herdades?
Os frades.
Pois, si ll’os cas non isades,
Xa que faguer así solen,
Mercedes que vos amolen
Beatas, cregos e frades.”