Cesáreo Sánchez Iglesias publica As bolboretas do Mekong
Desde o Diario Cultural da Radio Galega:
“O poeta galego Cesáreo Sánchez Iglesias publica o seu derradeito traballo, As bolboretas do Mekong. A entrevista pode escoitarse aquí.”
Vigo: presentación de Chámame señora, pero trátame coma a un señor, de Inma López Silva
“Como escrever ao galope” por Susana S. Arins
Artigo de Susana Sánchez Arins na Plataforma de Crítica Literaria A Sega:
“(…) María Xosé Queizán decide contar-nos aquilo que considera importante e necessário na sua vida em mais de 800 páginas. Afirmar que não escreve é inútil. Escreveu, e muito.
Mas, deveria? Parece que não, porque escreve coisas que só a ela mesma interessam. Fala de pessoas que já estão mortas, e não devera. Conta intimidades que não deveriam ser contadas, que tanto tem que acedesse a pílula anti-conceptiva ou que fosse objeto de um poema de escárnio ou que deixasse as crianças com a avó para estudar em Santiago? Afirma Joanna Russ que o que antes era considerado imoral, indecente, foi substituído pola ideia de confessional. Sylvia Plath não é poeta de verdade, porque aquilo que escreve são intimidades que a ninguém interessam.
Mas a nosoutras interessa-nos: interessa-nos porque outra estratégia do sistema para que não escrevamos é a de deixar-nos sem referentes, sem modelos a seguir. Que María Xosé Queizán narre a sua trajetória, com as dificuldades e obstáculos e sucessos e acertos e erros serve-nos de guia e estímulo às que hoje andamos na escrita.
A sua origem é importante. É contextualizadora. Não. Não vas ser a mesma nascendo em Vigo, numa família bem vinda a menos, que nascendo em Santiago filha de solteira. E a autora leva-nos da mão por esse Vigo industrial e trabalhador da posguerra no que aprendeu a mover-se em liberdade e traz a nós o tato do ferro para o fazer nosso. Não vás ser a mesma acedendo a uma biblioteca republicana que educando-te entre as estantes de uma sacristia. E sabemos das suas primeiras leituras e da sua educação literária. Não marca isso o seu futuro de escritora? Não vas ser a mesma entrando na adolescência como num cárcere que passando a adolescência num cárcere. (…)”
Compostela: Polvorín de versos: alumear (7)
Compostela: presentación de Golpistas e verdugos de 1936
Pilar Pallarés: “O poemario é unha nova versión da miña obsesión polos procesos de destrución e rexeneración, ou talvez outra tentativa de que a palabra salve”
Entrevista de Montse Dopico a Pilar Pallarés en Praza:
“(…) – Praza (P): “Da ruína da razón nace a palabra/ que busca regresar, romper o cerco”. Por que nace a palabra da ruína da razón [Tempo fósil]? Que relación hai entre estes versos e a túa decisión de publicar pouco (pasaron 7 anos desde a última vez)?
– Pilar Pallarés (R): A palabra esixe nacer “da ruína da razón” para non estar predeterminada por esta, isto é, coutada pola lóxica das relacións causa-efeito, polos límites espaciais e temporais, pola moral de todo tipo. Ten que ver con escreber, (máis que publicar) pouco?
Seguramente, porque non é doado para min libertarme da razón. Deixo que ideas, sensacións e intuicións vaian levedando até que unha imaxe que parece chegar por si soa de algures ou un ritmo sexan o detonante do poema, co mínimo control da razón. O discurso que desta xorde é sempre previsíbel.
– P: Neste mesmo primeiro poema do libro pode lerse: “o incendio da memoria/ mentres se parte o esternón da casa”. O libro nace do feito da destrución da casa familiar con motivo da ampliación do aeroporto de Alvedro. Que te impulsou a escribir nese momento?
– R: A casa foi derrubada, con outras setenta, a finais de 2011. Eu acababa de publicar naquel momento Leopardo son e literariamente andaba noutros territorios, mais escrebín entón tres poemas que co tempo foron o xerme do libro. Un deles é o que o abre, e non tiña outro obxecto que fixar na memoria, para min, algo do que desaparecía coa casa, neste caso as árbores e plantas da horta e do xardín, seres vivos ignorantes da destrución á que estaban destinados.
Outro é o que comeza “Soña / un fémur co seu can”. Ten a ver cun texto en prosa que perguntaba “onde estarán os ósos dos animais da casa?”, os que facían da horta un pequeno camposanto. Os dous poemas ficaron aí, e só varios anos despois deron orixe ao poemario.
– P: “Aquí os nenos nunca xogaron a atopar tesouros./ Eles eran os primeiros poboadores/ e este só chan de exilio./ Raíces, como moito”, di o terceiro poema. Por que era aquel lugar “chan de exilio” para os nenos?
– R: Porque a construción da casa nun terreo herdado, nunha leira na aba dun val, sen viciños, sen outros nenos, foi o primeiro desterro. Talvez por iso non hai nostalxia no libro, porque o que desaparece é un lugar en moitos aspectos odiado.
Doi a “morte” da casa porque é o soño dunha vida mellor para os pais, porque apenas fundada xa é condenada á desaparición, porque nada parece deixar rasto. Doi tamén a condena de todos os seres vivos non necesariamente humanos que a poboan e que son arrasados. (…)”
Susana Sánchez Arins: “Som ciente do lugar que ocupo e sei que não sou mainstream”
Entrevista de Mario Regueira a Susana Sánchez Arins en Sermos Galiza:
“(…) – Sermos Galiza (SG): Publicas [de]construçom no 2009 depois de ganhar com ele o Premio Nacional de Poesía Xosemaría Pérez Parallé. Como lembras aquele momento com a perspetiva duma década?
– Susana Sánchez Arins (SA): O Pérez Parallé para mim supôs poder publicar, eu que era inédita em todos os sentidos e nem sequer publicara em revistas. E foi muito importante poder começar assim, com um prémio prestigioso e numa editora da relevância de Espiral Maior. E é curioso porque desde aquela nunca mais precisei de recorrer a certames para poder publicar os meus livros, algo que para mim diz muito do próprio prémio e também do carinho que lhe tenho.
– SG: O facto de não publicares antes tem algo a ver com a norma ortográfica que escolheste para escrever?
– SA: Está relacionado, mas no meu caso também funcionou muito a auto-censura: “Não vou enviar nada porque da forma na que escrevo não o vão querer”. Também chegara a apresentar-me a outro certame antes com um outro livro transliterando o texto, mudando nh por ñ e assim. Não ganhei e fiquei tranquila por poder dizer: “Não é a norma, é que falta trabalhar os poemários, dar-lhes madurez”. O seguinte foi o livro com o que ganhei o Parallé e já o enviei com a atitude vital que mantenho hoje: “Vai na minha norma e se me querem que me queiram, e se não, eles o perdem”. Nesse sentido o Parallé quitou-me o medo, serviu-me para ver que se podia publicar, ainda que haja portas nas que nunca petei e sei que seguramente não se me abririam.
– SG: Como valoras a dia de hoje o estado da questão normativa do galego?
– SA: Penso que vamos polo bom caminho. Formo parte da AGAL, que agora aposta polo bi-normativismo, e ponho muitas vezes de exemplo a minha plaquette Carne da minha carne publicada há uns meses por Apiario. Tenho que dizer que com Apiario o tema da norma nem sequera veio à conversa, eu enviei assim e assim o publicaram. Outras editoras como Chan da Pólvora ou Laiovento também acolhem propostas assim e penso que só faltam as grandes casas editoriais galegas. E mesmo nestas há atitudes que mudaram nos últimos anos: como a parceria de Xerais com Através nos volumes Bolcheviques/Bolxeviques. Penso que esse é o caminho, pouco a pouco iram caindo os preconceitos, o panorama irá-se abrindo e também acabará por eliminar-se a regra da maior parte dos prémios literários que exige apresentar as obras em norma ILG-RAG. Bem podia ir mais rápido, mas acho que estamos nesse processo. E é certo que nos últimos dez anos avançamos muito. No 2009 foi notícia que [de]construçom estivesse em reintegrado, acho que era o primeiro livro do Pérez Parallé com o que acontecia e perguntavam por isso em todas as entrevistas. Porém, hoje já não é notícia que Carne da minha carne seja o primeiro livro que Apiario saca noutra norma, e isso é algo que me alegra. O caminho é que haja liberdade de escolha.
– SG: Nesse sentido, penso que tiveste uma experiência particular com o teu livro Seique.
– SA: Sim, é um livro que ultrapassou muito o âmbito do reintegracionismo e chegou a muitas pessoas, rompendo essa barreira do público restrito e militante. Fui com ele a clubes de leitura de adultos, de adolescentes, entrou em centros como leitura do alunado… tive muitos encontros sobre o livro. E o último que te perguntam as pessoas leitoras é por que há um lh no canto dum ll. De facto, houve quem me disse que, à hora de ler, tinha mais problemas com a escrita sem maiúsculas que com a norma ortográfica. Experiências que te fazem pensar na verdadeira dimensão da questão normativa.”
Acta do XLIII Certame de poesía sobre o Nadal
Desde O Belén de Begonte:
“Reunido o xurado do XLIII Certame de poesía sobre o Nadal, convocado polo Centro cultural José Domínguez Guizán, formado por: Jesús Domínguez Guizán, Presidente do Centro cultural convocante; Xavier Rodríguez Barrio, escritor e Xulio Xiz Ramil, xornalista, acorda emitir o seguinte fallo:
Conceder o Premio Begonte de poesía, dotado con 600€ e estatuíña de Sargadelos ao poema “Lenda do Boedo e do non nado”, presentado co lema “Incognitus”, por Xosé Otero Canto, de Lugo.
O segundo premio, dotado con 300€ e estatuíña de Sargadelos concedeuse ao poema “Pavana de Nadal”, presentado co lema “Clara Campoamor”, por Laura López Esteban, de Lugo.
Pola calidade do poema, concédese unha mención de honra dotada con estatuíña de Sargadelos a “Un belén que nunca pecha”, presentado co lema “Gaiferos de Mormaltán”, por Carlos López Fernández, residente en Vilalba.
Os premios serán entregados o próximo 26 de xaneiro, ás 5 da tarde, no salón de actos do Belén de Begonte.”
Carballo: coloquio con Xavier Alcalá
O 21 de xaneiro, ás 18:30 horas, na Biblioteca de Carballo (Rúa Bos Aires, s/n), Xavier Alcalá manterá un coloquio coas persoas asistentes ao club de lectura da biblioteca, especialmente arredor de A nosa cinza.