O Escritor na súa Terra: Vítor Vaqueiro. Santiago de Compostela, 2020

O Escritor na súa Terra: Vítor Vaqueiro. Santiago de Compostela, 2020

Esta actividade conta co apoio do Concello de Santiago de Compostela, CEDRO, Xunta de Galicia e Deputación da Coruña.

A Homenaxe O/A Escritor/a na súa Terra, impulsada pola Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega (AELG), chega este ano á súa XXVI edición recaendo, por decisión unánime da súa Asemblea de Socios e Socias, na figura de Vítor Vaqueiro, que será homenaxeado en Santiago de Compostela.
Esta iniciativa anual conforma xa unha tradición na traxectoria da Asociación, e tense constituído ao longo de máis de dúas décadas como unha celebración na que a terra de acollida do/a homenaxeado/a ten unha presenza fundamental. É vontade da AELG honrar escritores/as procurando o contacto directo co autor/a e a súa implicación persoal na xornada de homenaxe.
Unha celebración múltiple e popular en que se vén recoñecendo a entidade literaria de insignes figuras das nosas letras, a través dunha serie de eventos como a entrega do galardón Letra E de escritor (unha peza escultórica de Soledad Penalta), a plantación dunha árbore simbólica (un carballo elixido polo propio autor) e a colocación dun monólito conmemorativo.

PROGRAMA DE ACTOS

SÁBADO 19 DE SETEMBRO

11:30 Parque de Galeras (Santiago)
Descubrimento do Monólito conmemorativo e plantación do carballo (árbore simbólico do escritor).

Acto de entrega da “Letra E”
– Lectura da acta de concesión, Anna R. Figueiredo, vicepresidenta da AELG en funcións.
– Intervención do presidente da AELG, Cesáreo Sánchez Iglesias.
Xabier Paz: Laudatio.
– Entrega da peza escultórica da artista Soledad Penalta.
– Intervención do homenaxeado: Resposta á laudatio por parte de Vítor Vaqueiro.
– Intervención do Alcalde de Santiago de Compostela, ou persoa en quen delegue.

Pode descargarse o programa completo aquí.

Para adaptarse da mellor maneira posíbel á excepcional situación sanitaria que estamos vivindo, os dous actos terán lugar finalmente no mesmo espazo, o Parque de Galeras, correctamente acondicionado para este evento.

Pregamos a aquelas persoas que vaian asistir que nolo comuniquen no correo oficina@aelg.org antes do 18 de setembro, indicando o seu nome, apelidos e teléfono, de acordo coa normativa sanitaria vixente para este tipo de eventos.

Neste 2020, o xantar de confraternidade suspéndese pola situación sanitaria xerada pola Covid-19.

No desenvolvemento desta actividade aplicaranse os protocolos sanitarios vixentes en cada momento.

Vítor Vaqueiro: “A normativa oficial do galego é um dispositivo de espanholização”

Entrevista a Vítor Vaqueiro en Nós Diario:
“Vítor Vaqueiro recebe amanhã a Letra E, de escritor, que outorga a AELG (Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega). É esta uma homenagem na sua terra, Santiago de Compostela, na vigésima sexta edição dum ato que converte o autor em membro de honra da entidade.
Vítor Vaqueiro recebe com “alegria e agradecimento” a Letra E da AELG (Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega). Também o assalta uma certa sensação de volta ao passado. “Eu devo ser agora dos primeiros números, porque quando se fundou eu tinha o 25 e muitas das pessoas que me precederam já não estão”, diz.
– Nós Diario (ND): Embora estudar química e exercer como professor de matemáticas, decidiu dedicar-se à fotografia. Que o atraiu da imagem?
– Vítor Vaqueiro (VV): Foi uma série de fatores, alguns casuais. Caiu nas minhas mãos um livro de Susan Sontag sobre o tema e logo outro de Barthes, A câmara clara. Dalguma maneira, abriu-me um horizonte diferente. Recebi um encargo fotográfico duma modista, Maria Moreira, e comecei a trabalhar em moda.
Não me interessava esse mundo, mas si o feito fotográfico. Tirava imagens e, sobre tudo, lia. Fez uma exposição em 1983 e, anos depois, vim para a facultade de Santiago a fazer a tesse.
– ND: Também foi professor de matérias associadas à fotografia em Ciências da Comunicação. Acha que numa sociedade como a atual, com um peso tão grande da imagem, se lhe outorga o suficiente espaço no estudo?
– VV: Eu acho que há algo de verdade incompreensível, quer no nosso país quer no Estado espanhol, numa sociedade, como ti acabas de apontar, absolutamente atravessada pela imagem. Hoje todo o mundo já e fotógrafo, porque todos temos um telemóvel. Neste contexto, parece-me extraordinário que não exista a possibilidade de estudar fotografia, já não digo em lugares como Alemanha ou Reino Unido, onde existe a própria carreira. Estou a falar desse centro no que, se não me falhar a memória, eu fui o último professor da matéria que houve no departamento de Comunicação.
Uma pessoa pode rematar os estudos sem saber quem é Cindy Sherman ou Andreas Gursky. E alunado que rematou o grau não tinha possibilidade de continuar a formar-se no país, tinha que ir embora, a Catalunya, por exemplo. É incrível, passa o tempo e não avança. Um projeto como o Centro Galego de Fotografia, de Vigo, foi totalmente desprezado e hoje está ocupado por dependências administrativas.
– ND: Do confinamento saiu o livro Tres poetas en estado de alarma, junto a Carlos Negro e Xosé María Álvarez Cáccamo, no que você escreve “Quarentena”, uma lúcida reflexão que parte do concreto para analisar aspectos muito mais profundos da sociedade. Como nascem os poemas desta série?
– VV: Como dizia Beckett, “escrevo porque provavelmente não sirvo para outra coisa”, ainda que no meu caso diria também para cozinhar, que com humildade após 50 anos acho que o faço bem. Se uma pessoa com essas características não puder sair da casa, é lógico que escreva.
E vês diariamente uma série de questões que levam a pensar, como por uma parte se aplaude pontualmente ao pessoal sanitário enquanto há um enorme ataque ao sector. Aliás, todo isto era previsível no senso de que há uma constante agressão à natureza, vimos como doenças passam aos animais, já de velho, como a Sida.
– ND: Nesses momentos limite aparece a necessidade de deitar fora certos pensamentos, imagino.
– VV: Claro, por exemplo, quando vim essas conferências diárias de sanidade, nas que as responsáveis compareciam com três militares detrás. Lembrou-me a esse 11 de setembro de 1973, ao golpe de Estado de Chile. Perguntaste onde estás a viver, por que precisamos a presença das forças armadas. A quarentena serviu-nos, ou devia servir, para conectar a situação presente com outras do passado.
– ND: Outro dos seus interesses é a mitologia galega. Por que acha importante a reivindicação ou dignificação destes temas, que em último termo outorgam um valor negado à cultura popular?
– VV: Acostumo dizer que lhe devo tudo ao país. Acho que há duas ou três coisas de natureza universal que me movem, como a justiça, a igualdade ou a dignidade. E depois está o meu país, a sua língua ameaçada, a cultura e o território, as suas gentes. Nesse senso, a mitologia significa reivindicar o nosso.
Há coisas incríveis, como uma mulher que tem um filho sem relação sexual previa, que nos parecem o mais normal do mundo. Mas quando nos falam da Santa Companha, dizemos que é uma parvada. Essa cultura não é uma tontaria, as lendas explicam o mundo. E a diferença entre uma religião e uma mitologia é a mesma que existe entre um idioma e um dialeto, normalmente um idioma que não tem poder social.
– ND: Falando dessa situação linguística, em 2013, num artigo publicado em Sermos Galiza, manifesta a sua decisão de adotar o padrão reintegracionista. Pode lembrar-nos quais são as causas?
– VV: Eu verdadeiramente sempre fui reintegracionista. Publiquei nos anos 80 no acordo de mínimos, que era a normativa que pode ser hoje da Academia, com mais léxico e a acentuação e o traço português. Depois abandono isso como moita gente e escrevo dentro dos máximos que permitia a norma oficial, coa introdução de muito léxico que não considero português. Houve um momento em que me resulta muito difícil seguir enganando-me a mim próprio.
Um dia presento um texto e desde a editora faz-me por volta de 300 correções. Como sou de ciências e gosto de botar contas, vejo que em 86% mudam a palavra galega por outra espanhola. Isto é um dispositivo de espanholização.
— ND: Em Da identidade à norma já definia o fundamentalmente político e não filológico dessa opção.
– VV: Claro. Um linguista muito reconhecido, Miquel Siguán, admite que uma norma se decide por motivos extralinguísticos. É algo convencional. Não sei por que se escolhe uma fórmula como “man” fronte a “mão” quando a segunda é absolutamente maioritária.
Há uma tendência a pôr barreiras artificiais ao achegamento ao português. Eu non falo como uma pessoa de Valença do Minho ou de Coimbra. Há que reivindicar o léxico galego, e depois todo aquilo que exista já em português não temos por que o inventar. Sei que isto traz umas consequências tremendas, porque a editorial na que esteve durante 45 anos nega-me que possa publicar.
Até há uma sentença do Tribunal Superior de Justiça da Galiza dos anos 90 que diz que ninguém pode ser descriminado pela sua forma de escrever, um pleito da universidade de Vigo coa Xunta, que impugna os estatutos desta nos que se admite qualquer grafia. Editoras, prémios, concursos… seguem a ignorar isso.
– ND: Acha que o movimento reintegracionista está a experimentar um pulo nos últimos anos?
– VV: Sim, mas quero matizar que o amor pelo teu país é independente do número de pessoas. Se não defendermos isto, que porvir lhe aguarda, por exemplo, ao euskera? Mas a quantidade no prestígio influi muito. A outra variedade do galego que se fala no Brasil, Angola ou Moçambique chega a 50 milhões de pessoas, para alguns é a quinta língua do mundo.
Ainda que não gostemos do argumento, o número conta decisivamente. Dito isto, se fossemos poucos habitantes, devíamos defende-lo igual, mais tendo esta oportunidade, desperdiçá-la… Durante 200 ou 300 anos galego e português foram o mesmo idioma, e dalguma maneira o galego é pai do português.
Há tempo, dizia-me um catalão: “Estão totalmente tolos”. Já vês o pragmatismo, se el tivesse uma língua que cumas poucas mudanças se convertesse na quinta ou sexta mais falada, o acordo faz-se em quatro horas. Há que lançar-se! Tudo isto num contexto no que um editor de primeira magnitude me disse: “estamos num lio do que há que sair”. E mesmo uma pessoa da Académia [não diz quem] admite: “Eu penso que o reintegracionismo tem razão”. Vê-o tudo o mundo, mas parece que resulta difícil ceder.”

Compostela: III Festival de Poesía Alguén que respira!

Máis información aquí.

Lorena Conde gaña o III Premio María Victoria Moreno de Literatura Xuvenil

“Reunido por vía telemática o 9 de setembro de 2020 o xurado do III Premio María Victoria Moreno de Literatura Xuvenil, composto por Luz Gallego, en representación do Concello de Pontevedra, Antonio Manuel Fraga, en representación da familia de María Victoria Moreno, Andrea Jamardo Seijo en representación de Cuarto de Inverno e David Cortizo Conde, de Cuarto de Inverno, que actuou como secretario, considerou como gañadora por maioría dos votos a obra que se presentou baixo o lema «Timbané» que, unha vez aberta a plica, resultou ser da autoría de Lorena Conde Martínez e con título definitivo #VelloucaseMinchas.
O xurado valorou da obra gañadora a autenticidade na caracterización das personaxes protagonistas, tres anciás e dúas adolescentes, e a evolución das mesmas dotándoas dunha gran humanidade, tenrura e sensibilidade. Tamén destacan o ben fiada que está a trama, os aspectos que toca relativos a temas como a inclusividade ou a especulación inmobiliaria e mesmo o humor que está presente en todo o texto. Ademais, o xurado quere deixar constancia de que esta obra é fiel aos valores que sempre defendeu co seu exemplo a escritora que da nome ao premio: María Victoria Moreno.
Asemade o xurado decidiu, pola súa calidade literaria, recomendar a publicación da obra presentada baixo lema «Vega»
A persoa autora desta obra pode poñerse en contacto coa editora a través do correo electrónico info@cuartodeinverno.com

En Pontevedra a 9 de setembro de 2020″

Manifesto a prol do recoñecemento a Manuel María outorgándolle á Casa da Cultura de Vilalba o seu nome

“No solemne e multitudinario acto académico celebrado o día 15 de febreiro de 2003 no Auditorio Municipal “Carmen Estévez” de Vilalba, o Ilustrísimo Señor Don Manuel María Fernández Teixeiro, ao que reivindicamos como o noso Manuel María, validou ante os membros da Real Academia Galega a razón de ser para que o seu discurso académico fose pronunciado na capital da chairega.
Os que asinamos este manifesto e solicitamos a vosa adhesión, fomos testemuña privilexiada e, como moitos outros vilalbeses, sentímonos orgullosos de que o Cantor da Terra Chá elixira a nosa vila para pronunciar o discurso que o elevaba a membro de Real Academia Galega, convertendo ese día nunha data esculpida en ouro para a nosa historia, ao igual que o Día das Letras Galegas de 2016 no que foi homenaxeado como referencia cultural de Galiza.
A demora é longa. Van transcorridos dezaseis anos dende que o noso Manuel María fose traído dende o Panteón de Galegos ilustres en Santiago de Compostela até a súa vila natal de Outeiro de Rei, onde descansan os seus restos á sombra dos castiñeiros e do rumoroso, chairego e universal río Miño.
Nos versos do noso Manuel María, no poema “Pranto pola Terra Cha”, o poeta di:

Eu son chairego. E chairegos son os meus.
¡Chairegos meu avó, meu pai, miña muller!
Denantes na Chaira reinaba a paz de Deus
e eu tiña, na Terra Cha, o meu querer.

¡Agora non podo recoñecer a terra miña!
¡Non podo recoñecer lugares que tripei!
Eu amo unha Terra Cha humildosiña
cun amor xeneroso, fidel e de boa lei.

De boa lei, os abaixo asinantes considerándonos herdeiros do seu legado. Conscientes da eiva que supón que Vilalba, a Capital da Terra Chá, non preste merecente recoñecemento ao “xeneroso, fidel e de boa lei” Manuel María, sentíndonos co dereito e a obriga moral de reivindicar a súa relevante figura para a historia de Vilalba e a Terra Chá. Considerámolo o noso pai literario e máximo expoñente do que se deu en identificar como “Subescola Poética Vilalbesa” inaugurada polo crego Xosé María Chao Ledo.
Porén, dende o respecto e a humildade, pero coa forza moral de ser os seu fillos literarios en Vilalba – Xosé Miguel Barrera e María Xosé Lamas – solicitamos a adhesión de cantos e cantas consideredes coma nós unha xusta reparación na estima da figura de Manuel María.
Os abaixo asinantes (lectores, amigos, xentes da cultura, poetas, escritores, artistas de Galiza e dos confíns do mundo onde chegou a palabra do noso Manuel), pedimos aos poderes locais de Vilalba que reconsideren o seu rexeitamento para que Vilalba, como capital da Terra Cha, recoñeza ao noso bardo universal aprobando o nome de CASA DA CULTURA MANUEL MARÍA como monumento á concordia, á cultura, e ao home que amou unha Terra Chá humildosiña cun amor xeneroso, fidel e de boa lei.

En Vilalba a 8 de setembro de 2020″

O Manifesto pode asinarse aquí.

Crónica fotográfica do Roteiro Literario pola provincia de Pontevedra con Marcos Calveiro

Estas son algunhas das fotografías do Roteiro arredor de O xardineiro dos ingleses, enmarcado nos Roteiros Literarios pola provincia de Pontevedra 2020, que guiou Marcos Calveiro o domingo 13 de setembro. A crónica fotográfica completa pode verse aquí (fotos de Ofaiadodamemoria).