A Coruña: actividades do 1 de agosto na Feira do Libro 2024

Alberto Ramos gaña o Premio Abrente de textos teatrais con Os servizos prestados

Desde Nós Diario:
“O escritor e xornalista Alberto Ramos Ríos (Santiago de Compostela, 1986) gañou o 19º Premio Abrente de textos teatrais coa súa obra Os servizos prestados, o cal convoca o Concello de Ribadavia (O Ribeiro) a través da Mostra Internacional de Teatro (MIT).
Segundo informa a MIT de Ribadavia nun comunicado, o xurado concedeu, por unanimidade, este galardón polo seu “interese social, con posibilidade de xerar debate ao redor da explotación e da autoexplotación laboral e o risco que implica de perda de dereitos da clase traballadora conquistados historicamente”. O premio consiste en 4.000 euros e a edición da obra gañadora.
Así mesmo, pon o foco na perda de vínculos de amizade por motivos de relacións laborais. Destaca polos seus cambios de personaxes, ritmo, ruptura da cuarta parede e uso de metáforas que concede ao texto moito interese escénico e calidade artística.
Ademais, o xurado subliña que “non é unha obra plana nin cunha única capa de recepción, xa que a complexidade dos personaxes e a capacidade para demostrar distintos puntos de vista fai de Os servizos prestados unha obra profundamente reflexiva e de recepción activa”.
O xurado está composto pola actriz e dramaturga premiada en 2023, Nerea Brey; o actor Rubén Porto; Marcos Alonso, membro da Sala Ártika, así como polo director artístico da Mostra Internacional de Teatro de Ribadavia, Roberto Pascual.
Alberto Ramos cultivou diferentes galardóns literarios, o último deles foi o Premio Rafael Dieste co que se estreou como dramaturgo en 2023. Actualmente, traballa na área de comunicación da Asociación de Actores e Actrices da Galiza (AAAG).
Por outra parte, a Mostra Internacional de Teatro de Ribadavia concedeu a Iribarne, de ButacaZero, peza da dramaturga Esther Carrodeguas, o Premio do Público deste ano 2024, segundo deu a coñecer esta terza feira.”

Noia: Literatura e medios de comunicación na Galicia de hoxe, o 3 de agosto

Literatura e medios de comunicación
na Galicia de hoxe
(Noia, 3 de agosto de 2024)

PROGRAMA

10:00h-10:30h Inauguración.
Participan: Santiago Freire (alcalde de Noia), Agustín Dosil (Director do Campus do Emprendemento e do Saber de Noia), Armando Requeixo (coordinador da xornada Literatura e medios de comunicación na Galicia de hoxe).

10:30h-11:30h Relatorios:
10:30h-10:50h Noelia Gómez: Xornalismo dixital e escrita
10:50h-11:10h Lois Alcayde Dans: A literatura nas revistas culturais e nos xornais
11:10h-11:30h Marta Neira: A recepción literaria nos medios de comunicación

11:30h-12:00h Café.

12:00h-13:00 Mesa redonda:
Participantes: Noelia Gómez, Lois Alcayde Dans, Marta Neira.

13:00h-13:15h Clausura
Santiago Freire (alcalde de Noia), Valentín García Gómez (Secretario Xeral da Lingua, Xunta de Galicia), Agustín Dosil (Director do Campus do Emprendemento e do Saber de Noia).

Xosé Luís Martínez Pereiro: “Não imagino a vida sem literatura”

Entrevista a Xosé Luís Martínez Pereiro na Revista Quiasmo:
“(…) – Revista Quiasmo (Q): Como é a tua maneira de criar literatura?
– Xosé Luís Martínez Pereiro (XLMP): Varia muito, no âmbito da narrativa umas vezes parto de uma leitura que me marca e da qual tiro uma frase inspiradora que, analisada sob um prisma desacostumado, alimentará toda a narração. Tenho uns quantos cadernos de apontamentos que me servem de inestimável ajuda e assim fugir da mente em branco. Hoje está todo dito e pensado, só falta procurar um novo enfoque, uma nova maneira de dizer as mesmas coisas. O ano passado foi muito curioso e enriquecedor, forcei-me a criar relatos breves em excesso, tanto como para limitar-me, bem a 59 ou bem a 95 palavras, nem uma mais nem uma menos. É uma evidência que eu nasci na primeira das cifras do século mais feminino da nossa era (do ponto de vista da numeração romana) e Uxía, a minha única criação nascida linda atendendo a etimologia, na segunda. Além dos laços familiares une-nos uma existência capicua. Neste momento o resultado pode que tome a forma de livro em papel, como é lógico, está no obrigatório repouso, entretanto já verei o que faço. No teatro gosto de enfrentar as personagens em diálogos corrosivos e pô-las em situações aparentemente absurdas. Para a poesia reservo a minha faceta mais surreal.
– Q: Que impacto ou influência tem a literatura, e as artes em geral, na vida e, em concreto, na tua própria?
– XLMP: Não imagino uma vida sem literatura. A beleza de uma história bem contada ou um poema que lhe faça pensar são um alimento indispensável para quem ama a imaginação e as palavras. Em princípio a realidade é um desastre que respira monotonia e só melhora com uma aventura, com um diálogo inspirado ou com o deleite ante uma imagem que combata a fealdade da existência. O homem que não quer uma existência prosaica, uma vida escrava dos horários, tende a refugiar-se na arte e na literatura, bem naquelas saídas de um mesmo ou nas imaginadas por outros.
As minhas obras dramáticas e narrativas são humorísticas, distorcidas mas com um certo grau de corrosão, e tentam ser actuais. Concordo com a opinião do Nick Hornby quando diz que a literatura séria reflete um mundo que morreu há 40 anos. (…)”