Entrevista a Yolanda Castaño no Diario Cultural da Radio Galega:
“O poemario Materia, publicado por Edicións Xerais en 2023, é o cuarto Premio Nacional para a poesía galega, despois dos recibidos por Manuel Álvarez Torneiro, Pilar Pallarés e Olga Novo. O xurado destacou a “extraordinaria forza evocativa e sensorial” do libro e a súa exploración non compracente de temas como a familia e a maternidade. Conversamos coa poeta, que recibiu a noticia da concesión do premio desde o estado mexicano de Chiapas, onde participa nun festival de poesía. A entrevista pode escoitarse aquí.”
Arquivos do autor: asociacionescritoras-es
Alberto González-Garcés, biólogo mariño e escritor: “Vivimos mergullados en poesía, está no día a día, no cotián”
Entrevista a Alberto González-Garcés en La Voz de Galicia:
“(…) – La Voz de Galicia (LVG): A idea de escribir poesía está motivada pola figura do seu pai?
– Alberto González-Garcés (AGG): Claro, é evidente. Veño dunha familia de poetas cunha referencia clara, meu pai. Vivindo e falando con el e tendo esa experiencia vital, é obvio que queda aí un pozo que máis tarde que cedo, porque xa teño os meus anos, aflorou. Falando coa xente, moitos me din que non lles gusta a poesía, que é difícil de ler, pero eu dígolle a todo o mundo que é ao revés. Vivimos mergullados na poesía, está no cotián. Falta expresalo dun xeito adecuado.
– LVG: Como xurdiu a obra?
– AGG: Aproveitando a miña xubilación e na pandemia descubrín algo novo que era o tempo libre. De repente podía sentarme fronte a miña xanela a pensar e escribir, e comecei a escribir poesía. Non tiña intención de escribir un libro, non comecei con esa idea, senón polo impulso e ganas. Logo, vin que tiña xa 15, 20 ou 30 capítulos, e dixen, con pouco máis xa é un libro e así foi.
– LVG: É unha autobiografía?
– AGG: Non necesariamente, pero si falo das miñas experiencias e da miña visión do mundo. Conto cousas que non as vivín directamente, pero que as imaxino dentro do meu mundo e modo de ver.
– LVG: Que lle motivou a escribir?
– AGG: Ter tempo para reflexionar sobra a vida, a familia, as vivencias, sobre o pasado e o futuro.
– LVG: Está dividido en tres partes.
– AGG: Si, foron xurdindo así. Entón, logo xuntei os poemas dos mesmos temas en tres apartados.
– LVG: O mar está moi presente, que significa para vostede?
– AGG: Ten dous significados. Nacín vendo o mar, en Linares Rivas. A min non me trouxo unha cegoña, senón un barco. Paseo continuamente polas ribeiras mariñas, pero por outro lado, como biólogo e investigador, embarquei en pesqueiros e sempre sentín un enorme respecto polo mar. Recoñezo a súa enorme beleza, pero tamén a súa forza brutal. En Galicia sabemos ben iso. (…)”
Arturo Casas: “González-Millán trata de promover avanços críticos em que se testasse de que modo as grandes teorizações pretensamente de alcance universal precisavam de um contraste rigoroso e de uma correção da mão do que estudou como “diferença cultural” e “diferença histórica””
Entrevista de Víctor Giadás a Arturo Casas no Portal Galega da Língua:
“(…) – Portal Galego da Língua (PGL): Como surgiu a ideia para este livro?
– Arturo Casas (AC): A ocasião para Cristina Martínez, Isaac Lourido e eu considerarmos a possibilidade de idear algo semelhante a este livro veio dada pelos vinte anos transcorridos desde o trágico acidente de trânsito que segou as vidas de Xoán González-Millán e Esperanza Caneda o 23 de novembro de 2002 preto dos Montes Catskills, no estado de Nova Iorque. Na altura, a perda foi extremamente sentida no mundo académico. Com pouco mais de 50 anos vividos, era muito o que se esperava ainda dele, da sua capacidade de iniciativa como catedrático da City University of New York, como diretor do Anuario de Estudos Literarios Galegos e noutras frentes em que invariavelmente agiu com entusiasmo e convicção. Também se sentiu de maneira entranhada a sua morte noutros âmbitos sociais e culturais, não só na Galiza.
Meses antes daquele cabodano chegou-nos da direção da Através a proposta de pensarmos um livro que não fosse uma homenagem rotineira. Procurava-se uma análise contrastada e vivaz da atualidade do seu pensamento. De como nos atinge no nosso presente, às portas do segundo quartel do século XXI. As co-editoras do volume, que no passado dedicámos uma série de publicações à produção teórica e crítica do autor, consideráramos com certeza a conveniência de que algo dessa natureza se materializasse, se calhar desde diversos ângulos ou perspectivas — inclusive desde diferentes instituições e entidades — e de preferência desde o compromisso crítico, para não acabar no socorrido expediente legitimador ou panegírico, aqui e em toda a parte comum pelas liturgias um bocado deshistorizantes às que nos foi afazendo a cultura da comemoração. Assim que o projeto foi realmente doado de assumir e compartilhar. Interpretámos que o que correspondia era darmos continuidade a achegas anteriores, promovidas entre outros agentes pela Asociación Internacional de Estudos Galegos ou desde o próprio Anuario.
Cousa bem diferente foi a concretização efetiva do projeto, que a equipa de edição quis que fosse bastante mais larga, coral e diversa do que afinal resultou. Até o ponto de que nos vimos na obriga de contribuirmos com algum capítulo da nossa própria autoria para complementar os excelentes contributos de Helena González, Álex Alonso, María Liñeira, Pablo Pesado e María do Cebreiro Rábade. Infelizmente, a resposta no espaço académico (local e global) e noutros limítrofes não foi a prevista. Cabe conjeturar que por um conjunto variado e algo decepcionante de razões, que comentámos com algum detalhe na introdução ao volume.
– PGL: O livro explora a figura poliédrica de González-Millán, as diversas pessoas que escrevem tencionam explicar esta múltipla visão. Existe uma corrente teórica digamos subterrânea do magistério de González-Millán representada nos autores do livro e noutras figuras da teoria galega. Qual é a importância de González-Millán na teoria e na Galiza?
– AC: Sem dúvida existe essa corrente, que não o é apenas de ordem epistemológica ou académica, mas também de afetos. Isto último já pela própria personalidade do autor, a sua cordialidade e a disposição para o traçado de redes colaborativas desde finais da década de 80, tanto na própria Galiza como na comunidade exterior, que ele tanto contribuiu para fortalecer em torno da conceição e fomento duns estudos galegos renovadores. Pelas próprias circunstâncias e dinâmicas universitárias nos Estados Unidos, Reino Unido e outros países, em especial os anglófonos, essa configuração académica e teórico-crítica foi de raiz muito mais aberta e autocrítica do que aqui costuma ser; por exemplo, no referido ao diálogo com as ciências sociais ou à inscrição última das tarefas investigativas na história literária e na filologia, algo notoriamente redutor do que aqui não damos saído.
Em tudo isto constatava-se um grande pulo inovador, mais esses estudos galegos que começaram a perfilar-se em Maine em diálogo com Kathleen March e aquela compreensão do que podiam dar de si a investigação e a docência sobre cultura e literatura galegas têm com tudo uma ligação bastante evidente com o programa do Seminário de Estudos Galegos.
González-Millán, acho que sempre com sossego e prudência, não estava a favor da erudição pela erudição, como também não estava a favor das inercias do positivismo, os caducos determinismos ou os sociologismos ancorados em práticas analíticas anteriores mesmo ao marxismo de Lukács. Conhecedor da tradição da teoria crítica e das sucessivas correntes antropológicas, sociológicas, económicas e teórico-literárias, também dos grandes debates da teoria e da filosofia políticas — com o necessário regresso a pensarmos a hegemonia e as diversas formas da dominação —, a ideia de González-Millán consistiu em tratar de promover avanços críticos em que se testasse de que modo as grandes teorizações pretensamente de alcance universal precisavam de um contraste rigoroso e de uma correção da mão do que estudou como “diferença cultural” e “diferença histórica”. Isto introduz de facto, entre outras cousas, o questionamento de uma compreensão simples do eixe centro-periferia e contribui ao desenho — do caso galego — de um modelo outro, complementário dos estudos pós-coloniais, para entender o acontecido historicamente com as culturas nacionais submetidas a minoração desde a fortaleza de um Estado que nega essa diferença. O qual complica-se no caso galego pelo extraordinário poder e projeção históricos do império espanhol — também do português, com certeza. Outro elemento fulcral da sua compreensão do mundo considero que foi a presença, dignidade e representatividade do exílio republicano.
Acredito que esse justamente é o seu maior legado para o século XXI. Útil mesmo, com limitações, como no nosso livro se constata, para uma leitura feminista da realidade histórico-cultural e dos próprios saberes e convenções académicos. E eu diria que isso tudo — incluído o convite a exercer permanentemente uma reflexividade crítica e emancipadora, uma avaliação do que se está a fazer e dos seus condicionantes e heteronomia — está de uma ou doutra forma em numerosas investigadoras que hoje continuam a ampliar os estudos galegos, tanto na Galiza como noutros espaços académicos. Neste sentido, a importância de González-Millán é máxima. Ainda não se sabe ver bem, precisamente pelo peso e densidade do fator que acabo de introduzir, um grau de autonomia (também de pensamento e análise) insuficiente em muitos sentidos para os desafios que temos à vista.
Cousa diferente a tudo o anterior seria a pergunta (pertinente) sobre a existência de uma continuidade do seu pensamento em forma de escola, corrente, discípulos que mantêm a sua compreensão do mundo, da academia, da história… Sobre isto serei categórico: não creio que haja nada nesse sentido a dia de hoje em nenhum lugar.
Para rematar, no quadro da teoria literária e cultural internacional o reconhecimento da sua produção é limitado e foi seriamente condicionado por um paradoxo: González-Millán publicou muito pouco em inglês. E já se sabe quais as consequências a esse respeito. (…)”
Compostela: presentación de Cento doce viaxes na miña terra, de Xoán Colazo
Alexandre Peres: “Cervantes tivo un mecenas galego que lle retirou insultos no Quixote”
Entrevista a Alexandre Peres Vigo no Zig-zag da Televisión de Galicia:
“Do ódio à paródia. O estereótipo antigalego na literatura espanhola do século XVII fai un repaso minucioso polos textos literarios, mais tamén pola visión que sociedade española tiña dos galegos. O autor Alexandre Peres Vigo, volve visitarnos aquí no estudio para presentarnos este traballo publicado por Através. A entrevista pode verse aquí.”
Ourense: Ciclo de Literatura Infantil e Xuvenil 2023. A dramatización na formación da identidade lectora, con Paula Carballeira, o 31 de outubro
O Ciclo de Literatura Infantil e Xuvenil. A dramatización na formación da identidade lectora é unha actividade coordinada por Isabel Mociño, Carla Míguez e Verónica Pousada Pardo (Facultade de Educación e Traballo Social, Campus de Ourense – Universidade de Vigo).
Vaise desenvolver o 25 e 31 de outubro e o 8 e 15 de novembro, ás 18:00 horas, na Sala Emilia Pardo Bazán da Facultade de Educación e Traballo Social, no Campus de Ourense. O programa pode descargarse aquí.
A AELG colabora con esta actividade ao abeiro do convenio coa Secretaría Xeral de Política Lingüística.
O programa é o seguinte:
31 de outubro
Paula Carballeira
Breves instrucións para ler teatro
8 de novembro
Antón Cortizas
E se a escola fose un teatro? A tradición oral como recurso educativo
15 de novembro
Carlos Labraña
Non dramatices!!! Censura e autocensura no teatro infantil
Castroverde: conversa por volta de Sacho de seda, de Abraham Pérez
Xornadas de Literatura Infantil e Xuvenil 2023
A AELG colabora coas Xornadas de Literatura Infantil e Xuvenil 2023, actividade da Universidade da Santiago, ao abeiro do convenio coa Secretaría Xeral de Política Lingüística.
Esta actividade enfócase como continuación dos Cursos de Formación. Os camiños nas narrativas literarias e artísticas da Literatura Infantil e Xuvenil, dado que desde 2020 non se puideron levar a cabo no seu formato habitual anterior.
Está orientada á formación do futuro profesorado de Educación Infantil e Primaria, e a todo tipo de mediador/a, no seu quefacer profesional no marco de ámbitos básicos como son a formación artístico-literaria e a comprensión e expresión escrita e lectora.
Terán lugar estes tres encontros:
– O 30 de outubro, de 12:00 a 13:30 horas, no Salón de Actos da Facultade de Ciencias da Educación (Campus Norte) da Universidade de Santiago de Compostela: Aprender as palabras para cambiar o mundo, con Paula Carballeira.
– O 6 de novembro, de 12:30 a 14:00 horas, no Salón de Actos da Facultade de Ciencias da Educación (Campus Norte) da Universidade de Santiago de Compostela: Do falado ao escrito. Literaturas de ida e volta, con Antonio Reigosa.
– O 8 de novembro, de 19:00 a 20:30 horas, no Salón de Actos da Facultade de Formación de Profesorado do Campus de Lugo da Universidade de Santiago de Compostela: Encontro con Antonio Reigosa.
– O 14 de novembro, de 16:00 a 17:30 horas, no Salón de Actos da Facultade de Formación de Profesorado do Campus de Lugo da Universidade de Santiago de Compostela: Encontro con Antía Yáñez Rodríguez.
As actividades serán presentadas por Carmen Ferreira Boo e Marta Neira Rodríguez.