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Padrón: Abride a Fiestra 2024, o 14 de xullo
Festival-xornada de portas abertas na Casa de Rosalía. Entrada libre. Aparcadoiro nos arredores
PROGRAMA
11.00 Visita guiada polo reformado Xardín de Rosalía da man de Miguel Lois
11.45 Pilar García Negro e Carme Fernández Pérez-Sanjulián conversan arredor de Intenso e solidario feminismo.
12.00 Concerto de Pakolas
12.00 Visita guiada pola Casa da man de Manuel Lorenzo Baleirón
12.30 O poeta Juan Carlos Mestre e Anxo Angueira conversan sobre 200 gramos de patacas tristes
13.00 Concerto Paco&Lola de Caamaño & Ameixeiras
13.00 Visita guiada pola Casa da man de Rita Bugallo
14.00 Cata de viños con Paco & Lola, da man da enóloga Nuria de la Torre
XANTAR NA HORTA DE ROSALÍA
17.00 Obradoiro de creación libre: Argallando na Horta de Rosalía
17.00 Presentación do nº 8 da revista Follas Novas, con Xosé Luís Axeitos e Uxío-Breogán Diéguez
17.30 Visita guiada pola Casa da man de Carme F. Pérez Sanjulián
18.00 Noelia Gómez e Rui Grenha presentan Xirando (concerto poético-musical)
18.30 Contacontos Os nosos bosques con Diego García
18.30 Visita guiada pola Casa da man de Pilar García Negro
19.00 Conversa entre a xornalista Ana G. Liste e Diego Ameixeiras, que presenta O anarquista
20.00 Celso F. Sanmartín conta contos
21.00 Concerto de Xurxo Fernandes
A Pobra do Caramiñal: presentación de Galicia, distrito industrial. Conversas con Daniel Hermosilla, de Antón Baamonde
Carballo: Praza dos Libros PLIC 2024
Documental “Maridos e sodomitas, os casamentos de home na Galiza medieval”, a partir da idea orixinal de Carlos Callón
A Coruña: presentación de Galicia, distrito industrial. Conversas con Daniel Hermosilla, de Antón Baamonde
Vigo: actividades do 7 de xullo da Feira do Libro 2024
António Gil: “Biqueira era doutrinalmente mais radical que Carvalho”
Entrevista de Víctor Giadás a António Gil Hernández no Portal Galego da Língua:
“(…) – Portal Galego da Língua (PGL): O livro recolhe as ideias de V/Biqueira em diversos âmbitos. Fica hoje algo de V/Biqueira no pensamento atual galego?
– António Gil Hernández (AGH): Para o comum das pessoas e mesmo das associações, acho que as ideias biqueiranas ficam esquecidas, se nalgum momento foram conhecidas, e ignoradas. Porém, há pessoas, como José L. Dopico Orjais, que se preocuparam com o conhecimento e expansão da pessoa e ideias de Biqueira, também e mesmo familiar, através, por exemplo, da esposa Jacinta Landa e familiares, hoje mexicanos. Aí está o volume e CD que recolhe as canções (galegas, portuguesas e extremeñas) que Jacinta manteve vivas na memória.
Tempos atrás, estudiosos do krausismo (Ángel Porto Ucha e Purificación Mayobre) também se preocuparam com o conhecimento de Biqueira como protótipo do krausismo na Galiza e Portugal.
– PGL: Para quem deveria ser uma leitura imprescindível?
– AGH: Depende dos textos, dos artigos. Cumpre dizer que bastantes dos artigos ou série de artigos que Biqueira escreveu são consultáveis na rede, mormente no Boletim da Institución Libre de Enseñanza. Eu tenho recolhidos no volume Obra Seleta todos os artigos publicados em ANT. Neste de Através, Poemas e Ensaios, retomo alguns deles.
Interessantes para os especialistas são os textos, abundantes em proporção aos anos que Biqueira viveu, sobre psicologia, pedagogia e mesmo filosofia; transcrevo alguns traduzidos para português (galego) neste mesmo volume, Poemas e Ensaios.
– PGL: Estamos no centenário da morte de Viqueira e, ligando com a pergunta anterior, achas que ainda importa a sua figura 100 anos depois?
– AGH: Sem dúvida. Por exemplo, a sua proposta, esclarecida, da criação de uma faculdade ou, antes, universidade galega, verdadeiramente galega, em que a cultivação do idioma “próprio” seja primordial. Ou a criação de estabelecimentos educativos de “formação profissional” adequados às necessidades da sociedade galega. Ou apenas (?), referida aos processos comunicativos na Galiza, a prática do idioma coerente com a meta que Biqueira resumiu: “Viver no português é viver no mundo”, enquanto se afastar do português equivale a morrer como idioma e como comunidade singelamente humana. Esta é ideia forte que Castelão explicou generosamente no Sempre em Galiza. (Não paradoxalmente esta “bíblia do nacionalismo galego” pode ser considerada expansão das ideias e escritos de Biqueira sobre o Galego e a Galiza. (…)”