Crónica videográfica da VI Xornada de Literatura Dramática (IV)

A VI Xornada da Sección de Literatura Dramática. Artes escénicas e comunidade en tempo de distancias foi unha actividade organizada pola AELG co patrocinio do Concello da Coruña, Deputación Provincial da Coruña e CEDRO.

Aquí pode verse a crónica videográfica completa, da que publicamos hoxe o seguinte vídeo:

Aula maxistral. Gonçalo Amorim:

Crónica videográfica da VI Xornada de Literatura Dramática (III)

A VI Xornada da Sección de Literatura Dramática. Artes escénicas e comunidade en tempo de distancias foi unha actividade organizada pola AELG co patrocinio do Concello da Coruña, Deputación Provincial da Coruña e CEDRO.

Aquí pode verse a crónica videográfica completa, da que publicamos hoxe os seguintes vídeos:

– Festival Pezas dun teatro do porvir. 4. Ditados ou o ter de acabar, de Isabel Milhanas Machado:

– Festival Pezas dun teatro do porvir. 5. Raigame, de Sara Guerrero Alfaro:

– Festival Pezas dun teatro do porvir. 6. Meu rei, de Daniel González Lamoso:

Crónica videográfica da VI Xornada de Literatura Dramática (II)

A VI Xornada da Sección de Literatura Dramática. Artes escénicas e comunidade en tempo de distancias foi unha actividade organizada pola AELG co patrocinio do Concello da Coruña, Deputación Provincial da Coruña e CEDRO.

Aquí pode verse a crónica videográfica completa, da que publicamos hoxe os seguintes vídeos:

– Festival Pezas dun teatro do porvir. 2. Efecto flash, de Ana Abad de Larriva:

– Festival Pezas dun teatro do porvir. 3. Humanocrono, de Susana Lorenzo Vázquez:

Crónica videográfica da VI Xornada de Literatura Dramática (I)

A VI Xornada da Sección de Literatura Dramática. Artes escénicas e comunidade en tempo de distancias foi unha actividade organizada pola AELG co patrocinio do Concello da Coruña, Deputación Provincial da Coruña e CEDRO.

Aquí pode verse a crónica videográfica completa, da que publicamos hoxe os seguintes vídeos:

Inauguración. Cesáreo Sánchez Iglesias, presidente da AELG e Xurxo Couto, Deputado de Cultura da Deputación da Coruña (non puideron estar presentes representantes das outras entidades):

– Festival Pezas dun teatro do porvir. 1. Retake, de Amparo Martínez Paz:

VI Xornada da Sección de Literatura Dramática. Artes escénicas e comunidade en tempo de distancias

A VI Xornada da Sección de Literatura Dramática. Artes escénicas e comunidade en tempo de distancias é unha actividade organizada pola AELG co apoio do Concello da Coruña, Deputación Provincial da Coruña, CEDRO e o Centro Camões de Vigo.

Terá lugar o 20 de novembro de 2021 no Fórum Metropolitano da Coruña (Rúa Río de Monelos, 1).
No desenvolvemento desta actividade aplicaranse os protocolos sanitarios vixentes en cada momento. Neste sentido, pregamos que as persoas interesadas en asistir como público soliciten a inscrición previa no correo electrónico oficina@aelg.org

As xornadas da Sección de Literatura Dramática da AELG naceron con vocación de poñer en foco unha das manifestacións artísticas máis senlleiras e estratéxicas dun sistema literario e dunha cultura de seu.
Desde sempre, as artes vivas, especialmente o teatro e tamén a danza, utilizan o movemento, a emoción e, en moitos casos, a acción verbal, a palabra, para contestar, reivindicar, apuntar ou interrogar á comunidade que congregan sobre aspectos fundamentais da actualidade.
Para a VI Xornada da Sección de Literatura Dramática da AELG queremos poñer o foco nun dos aspectos imprescindibles para que a danza e o teatro poidan existir: a comunidade, a co-presenza.
Coincide nesta condición sine qua non das artes escénicas, que requiren da co-presenza e da comunidade, a propia esencia da humanidade. A persoa humana éo grazas á comunidade na que medra e da cal recibe a lingua, a cultura e todo aquilo que conforma o feito de ser.
Desde 2020 sufrimos unha pandemia que interpuxo entre nós, por cuestións sanitarias, unha distancia e incluso épocas de confinamento. Isto tivo e segue a ter unhas consecuencias na nosa saúde, como demostran os estudos e as estatísticas respecto ao incremento de doenzas psicolóxicas e físicas, directamente relacionadas co illamento e con esa obrigación de mantermos a distancia.
Nesta VI Xornada da Sección de Literatura Dramática da AELG queremos indagar en como os textos destinados á dramaturxia e en como as artes escénicas son o mellor antídoto contra a distancia social, psicolóxica, emocional e afectiva, mantendo a distancia sanitaria para que non se produzan contaxios polo coronavirus.
Ou sexa, reflexionar sobre o importante papel das artes escénicas para xerar comunidade, para manter vínculos ao crear un sentimento de pertenza, a través do xogo que os espectáculos nos propoñen.

PROGRAMA

Sábado 20 de novembro
No Forum Metropolitano da Coruña

09:45 h. Apertura da IV Xornada.

IV Festival Pezas dun teatro do porvir, Galiza + Portugal. Procesos abertos de escrita dramática (mañá).
10:15 h. Retake, de Amparo Martínez Paz.
11:00 h. Efecto flash, de Ana Abad de Larriva.
11:45 h. Humanocrono, de Susana Lorenzo Vázquez.

12:30 h. Aula maxistral a cargo de Gonçalo Amorim. Director artístico do FITEI, Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (Portugal) e director teatral do TEP (Teatro Experimental do Porto). “Festivais e teatros en tempos de distancias sanitarias”.

IV Festival Pezas dun teatro do porvir, Galiza + Portugal. Procesos abertos de escrita dramática (tarde).
16:30 h. Ditados ou o ter de acabar, de Isabel Milhanas Machado.
17:15 h. Raigame, de Sara Guerrero Alfaro.
18:00 h. Meu rei, de Daniel González Lamoso.

Afonso Becerra: “Descobri que havia toda uma imensa e rica história da dança oculta e totalmente desconhecida na Galiza”

Entrevista de Daniel Amarelo a Afonso Becerra no Portal Galego da Língua:
“(…) – Portal Galego da Língua (PGL): Existem várias histórias da literatura, mesmo contamos com várias publicações sobre a história do teatro galego, mas tivemos que esperar até 2021 para poder usufruir de uma história da dança na Galiza. Quais foram as tuas principais motivações para escrever esta obra [História da Dança Contemporânea na Galiza] e aumentá-la progressivamente? Que nos oferece o livro ao público leitor e à cultura galega atual em geral, neste momento de crise social, cultural e económica?
– Afonso Becerra (AB): A primeira motivação é de natureza amorosa e afetiva, relativa à atração que de sempre suscitam em mim as artes do movimento e a dança. O facto de situar o corpo como sujeito e, ao mesmo tempo, objeto artístico, com todas as suas camadas de mistério e significação sensual. O jogo que a dança nos propõe através do movimento do corpo, até na sua quietude, e o desafio que coloca para quem tenta descrever, analisar ou contar a dança. Esta foi a minha primeira motivação que me levou a escrever sobre peças de dança desde há uns vinte anos.
A segunda motivação foi quando Carmen Giménez Morte, professora do Conservatório Superior de Dança de Valência, pertencente à Academia das Artes Cénicas de Espanha, decidiu, com o respaldo da Academia, publicar a primeira história da dança contemporânea da Espanha. Ela ligou para mim para pedir-me que me ocupasse dos capítulos sobre a Galiza. Esses capítulos são necessariamente breves por estarem inseridos em volumes que atendem a todas as comunidades autónomas do Estado. Além disso, também estabelecem uma espécie de hierarquia, segundo a qual Madrid, Catalunha e Valência têm mais peso e maior extensão em páginas. Ora, quando eu comecei a pesquisar, descobri que havia toda uma imensa e rica história da dança oculta e totalmente desconhecida na Galiza. Descobri que a história da dança na Galiza não é de menor nível do que a história da dança noutros lugares, apesar de um contexto muito mais adverso do que noutros lugares como a Catalunha ou Madrid. Portanto, a constatação desta injustiça fez que redobrasse os esforços para levar adiante este livro, para visibilizar uma das manifestações artísticas fundamentais da cultura de qualquer país, que no nosso estava discriminada.
Relativamente ao que oferece este livro ao público leitor e à cultura galega em geral, neste momento, há vários aspetos. Se calhar, o primeiro é a consciência de que temos uma arte que não pode continuar a ser desconhecida para qualquer pessoa que se considere culta. A consciência de que não existe uma cultura plena sem a atenção ao “discurso” dos corpos, à arte da dança.
Esta é a primeira história da dança da Galiza, portanto, o livro tenta oferecer um relato-mapa do nascimento e eclosão da dança contemporânea (aquela na qual a criação de movimento é maior) sem estabelecer hierarquias. Tentei que todas as coreógrafas e coreógrafos estivessem. Também tentei que não fosse um livro só de informação e dados, mas também sobre a arte da dança, os estilos e as questões que pode levantar.
Neste momento de crise, a história da dança na Galiza, ensina-nos a resistir e a que não há sonhos que não possam ser cumpridos, se o amor e o empenho estiverem à sua altura.
– PGL: Em que estado se acha a dança feita na Galiza atualmente? Como se costuma dizer, “qualquer tempo passado foi melhor”, ou, contrariamente, fomos aprendendo dos erros e episódios do passado?
– PGL: Na dança galega há meio cento de criadoras/es, sobretudo mulheres. Há uma grande diversidade de estilos e tendências. Começam a conviver coreógrafas de diferentes gerações, desde Amparo Martínez Paz, que foi a primeira selecionada para o primeiro Certame Coreográfico de Madrid (se calhar o festival mais significativo do Estado) em inícios dos anos 80, até Xián Martínez Miguel, um coreógrafo de 24 anos, que acabou em 2020 no Conservatório Superior de Dança de Madrid (na Galiza não temos Conservatório Superior de Dança). Como me comentava Matias Daporta, também coreógrafo, na Galiza podem observar-se duas grandes tendências no contemporâneo, por um lado um estilo mais conceitual focado no próprio movimento, como podem ser as peças do Coletivo Glovo de Lugo, formado por Ester Latorre e Hugo Pereira, e, por outro lado, a dança mais acrobática e circense, que liga esta arte com os aéreos, da qual o exemplo mais claro é o Coletivo Verticália, formado por Paula Quintas, Marta Alonso Tejada e Raquel Oitavén. Mas eu também acrescentaria uma outra linha sinuosa de dança-teatro, na qual se inscrevem a maior parte das criadoras e criadores. E ainda uma quarta linha de atualização e releitura contemporânea do tradicional. Eis os trabalhos de Nova Galega de Dança (o mais recente, intitulado Leira, é a imagem da capa do livro) ou os de uma companhia muito mais recente e que não sai no livro, mas que também devemos considerar, como é a de Fran Sieira, além do importante labor nesse campo por parte da companhia de Quique Peón.
Além da questão artística, muito diversa e rica em propostas e estilos muito singulares, a dança continua numa situação económica muito precária (relativamente às ajudas públicas e privadas e à programação nos teatros). Trata-se, dentro das artes cénicas, da mais marginada na Galiza. (…)”

Mondoñedo: I Encontro Álvaro Cunqueiro. O camiño de quita e pon (1981-2021)