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Coimbra: a AELG participa no I Encontro Literário Cidades Invisíveis
A AELG foi convidada a participar nunha das mesas redondas deste Encontro, onde Cesáreo Sánchez Iglesias e José Manuel Mendes, presidentes, respectivamente, da AELG e da Associação Portuguesa de Escritores, conversarán o 27 de Maio sobre o papel destas entidades no mundo de hoxe, xunto a Francisco Duarte Mangas, moderados por António Pedro Pita.
“O I Encontro Literário Internacional Cidades Invisíveis vai decorrer em diversos espaços de Coimbra, do Convento São Francisco à Quinta das Lágrimas, passando pela Casa-Museu Miguel Torga, com algumas iniciativas a terem lugar ao ar livre, nas ruas do concelho. O objetivo principal do evento, que decorrerá anualmente e contará com uma cidade convidada por edição, é percorrer as relações múltiplas entre a cidade e a literatura, de acordo com a convicção de Italo Calvino: “a cidade não conta o seu passado, contém-no como as linhas da mão”.
Santiago de Compostela, cidade geminada e com uma ligação histórica a Coimbra, foi a escolhida para o ano de lançamento do encontro. Entre os autores convidados estão os portugueses Francisco Duarte Mangas, José Manuel Mendes, Marlene Ferraz, Vasco Pereira da Costa, Viale Moutinho e, ainda, Teolinda Gersão, a quem será prestada uma homenagem pelos 40 anos de carreira.
A Câmara Municipal de Coimbra vai atribuir a Medalha de Mérito Cultural Grau Ouro à escritora Teolinda Gersão, escritora com enorme relevância cultural no panorama literário nacional e que nasceu em Coimbra, em 1940.
De Santiago de Compostela, participarão os/as escritores/as galegos/as Cesáreo Sánchez Iglesias, presidente da Associação Galega de Escritoras e Escritores, Elias Torres Feijó, Susana Sánchez Arins, Teresa Moure e, ainda, Carlos Quiroga, que realizará uma residência literária na Casa da Escrita, dedicando-se a um projeto literário, e participará nas atividades regulares da cidade.
Programa:
26 de maio
15h00, Antiga Igreja do Convento São Francisco – Sessão de Abertura.
15h30, Antiga Igreja do Convento São Francisco – Conferência “Solitário andar por entre a gente (de Sá de Miranda a Miguel Torga)”, por José Augusto Cardoso Bernardes.
16h00, Antiga Igreja do Convento São Francisco – Mesa-redonda: “Escrever na cidade”, com Vasco Pereira da Costa, Carlos Quiroga, Teresa Moure. Moderador: Elias Torres Feijó.
17h30, Antiga Igreja do Convento São Francisco – Leituras no Convento.
18h00, Convento São Francisco – Visita à exposição “O Livro Transformado”.
27 de maio
10h00, Casa-Museu Miguel Torga – Visita à exposição “Diário de um Orfeu Rebelde. 80 anos da publicação do 1.º volume do Diário de Miguel Torga”.
11h30, Quinta das Lágrimas – Instalação literária. A propósito de Pedro e Inês: Reminiscências da Luz, texto de Cristina Robalo Cordeiro, fotografias de Bruno Sacadura.
14h30, Quinta das Lágrimas – Mesa-redonda: “Uma Associação de Escritores: solidários / solitários?”, com José Manuel Mendes, Cesáreo Sánchez Iglesias e Francisco Duarte Mangas. Moderação: António Pedro Pita.
16h00, Quinta das Lágrimas – Conversa com a escritora Teolinda Gersão – Quarenta Anos de Carreira
18h00, Paços do Município – Homenagem a Teolinda Gersão.
28 de maio
14h30, Convento São Francisco
– Mesa-redonda de escritores I: “A escrita em tempo de epidemia”. Marlene Ferraz, Carlos Quiroga, Viale Moutinho. Moderação: Cristina Robalo Cordeiro.
– Mesa-redonda de escritores II: “A máquina de escrever”. Susana Arins, Francisco Duarte Mangas, Elias Torres Feijó. Moderação: Fernando Madaíl.
18h30, Casa da Escrita – Ocupações literárias e Poetry Slam (SESLA-Associação Académica de Coimbra).
29 de maio
10h30, Alta de Coimbra – Percurso “Re-habitar” (roteiro de escritores, pela Cooperativa Bonifrates).
11h30, Grémio Operário – Leituras e Sessão de Encerramento.”
Compostela: actividades destacadas dos 15 e 16 de maio na Feira do Libro 2021
Os 15 e 16 de maio continúa a Feira do Libro de Santiago de Compostela (no Paseo Central da Alameda), organizada pola Federación de Librarías de Galicia, con horarios de 11:30 a 14:00 h. e de 17:30 a 21:00 h., cos seguintes actos literarios destacados dentro do seu programa para este fin de semana:
Sábado 15
– 12:00 h. Hortensia Bautista asina Bambán de vento, publicada pola Fundación EDMAIA.
– 13:00 h. Teresa Ríos asina Non estamos preparados para medrar, publicado por Urutau.
– 18:00 h. Victoria García (autora) e Laura Cortés (ilustradora) asinan As formiguiñas fiandeiras, publicado por Hércules.
– 19:00 h. Luís Rodríguez Cao asina As viaxes de Xurxo, publicado por Medulia.
– 20:00 h. Teresa Moure asina A tribo que conserva o lume, publicado por Através, e Sopas New Campbell, publicado por Cuarto de Inverno.
– 20:00 h. Susana Sanches Arins asina SuperUlex, publicado por Cuarto de Inverno.
Domingo 16
– 13:00 h. Ramón Sánchez asina Vagar de náuseas, publicado por Urutau.
– 18:00 h. Raquel Castro asina Dormente, publicado por Galaxia.
– 18:00 h. Ledicia Costas asina Os minimortos e A señorita Bubble. Baixo cero, publicados por Xerais.
– 19:00 h. Arancha Nogueira asina A mestra corremundos, publicado por Cuarto de Inverno, e #hastags para un espazo / confinamento agónico, publicado por Positivas.
– 19:00 h. Rocío Viéitez Ferro (tradutora) asina Mociñas, de Louisa May Alcott, publicado por Laiovento.
– 20:00 h. Daniel Salgado asina Os paxaros e outros poemas, publicado por Xerais.
– 20:00 h. Xosé Carlos Carracedo Porto asina Diario dun confinamento, publicado por Bolanda.
Gondomar: Semana do libro e a lectura, XIV Dar de ler coma quen dá de beber
Pontevedra: Vermú entre libros con Susana Sanches Arins, arredor de SuperUlex
Susana Arins: “A família é um dos piares dos regimes fascistas”
Entrevista a Susana Sanches Arins en Nós Diario:
“- Nós Diario (ND): Que queres dizer quando afirmas que “Manuel García Sampayo é exemplo de como a família, em quanto instituição, é a primeira célula de controlo e repressão no sistema franquista”?
– Susana Sanches Arins (SA): Pois exatamente isso. A família um dos piares dos regimes fascistas (família, deus, pátria). Reproduz no doméstico a estrutura do estado, com um patriarca que acusa, julga, premia e condena. Em muitas ocasiões, como no da minha família, não é preciso que intervenha a autoridade civil ou militar, porque já o senhor da casa se encarrega de tomar as medidas que sejam precisas. É especial o controlo sobre mulheres e sobre qualquer desvio da norma que se dê. Numa situação como a da pós-guerra, de pobreza sobrevida, ser expulsa da família era um risco que muitas não podiam correr, por simples supervivência.
– ND: Quando falas de que “O tio Manuel era falangista, dos maus, e nisso a família diferenciava-o do tio Ramón (García Sampayo), que era falangista dos bons”. Como se explica essa diferenciação e em que se fundamenta. Até que ponto o “falangista bom” não legitima um fascismo que em si não será mau nem bom, mas que dependeria do uso que se fizese dele?
– SA: A justificação familiar é clara: ao tio Manuel se lhe apõem mortes (assassinatos) e torturas. Ao tio Ramón não. Mas é justificação familiar, não minha. Na minha obra questiono essa diferenciação. Há um trecho, que pessoalmente adoro, em que levo a comparação com o regime escravagista, onde havia grandes proprietários que não maltratavam a sua servidume. Dão a ver que não é mau o sistema mas os elementos que abusam dele e do seu poder. E a realidade não é essa. O tio Ramóm ajudou alguma gente. Mas a outra não. E essa arbitrariedade, o não saber se vás ser beneficiário ou prejudicado, faz parte do sistema de terror imposto trás o golpe. As pessoas ignoravam se iam ser atacadas por um ou salvadas por outro. Um precisava do outro para manter a sua autoridade. (…)
– ND: O relato literário permitiu-che contar cousas que não permite o ensaio histórico [seique]? Como vês as diferentes linguages?
– SA: Acho que a estrutura narrativa permite dar entrada a emoções e reflexões que ficariam fora de um ensaio histórico. Acho que a voz narrativa, neste caso a da geração das netas, coloca uma distância emocional necessária para construir um discurso respeitoso com as vítimas ao tempo que introduz a reflexão sobre a transmissão da memória da guerra e como isso marcou as famílias. Eu achava de menos, noutras narrativas sobre o golpe e a repressão, dar espaço ao silêncios, aos tabus, às reviravoltas na construção da memória para manter a respeitabilidade das famílias e ocultar feitos indignos. Contar desde dentro complementa a visão ensaística, que é um contar desde fora, também essencial. (…)
– ND: Analisa uma dimensão difícil de quantificar e visibilizar que é a repressão das mulheres coa sua dimensão específica. Como vês estas dificuldades por tirar luz destes casos?
– SA: Há um problema básico: o silêncio já irremediável sobre esse tipo de repressão. As agressões sexuais não foram habitualmente verbalizadas. Estende-se sobre elas o tabu e mesmo um sentido respeito pela dignidade das vítimas. Não contar por não marcá-las mais. Conto com uma gravação de uma senhora de Meis, Mercedes Abal, que quando narra as agressões a uma vizinha, Manuela Abal “A Facheira”, só acerta a pronunciar a frase “ai, o que lhe fizeram!” repetidamente. A nós só nos fica essa pista. E agora é tarde. Quem podia contar morreu. Só podemos intuir, deduzir, supor. Saber o que aconteceu em verdade já não é possível. Mas conhecendo o uso das agressões sexuais como arma de guerra noutros conflitos bélicos, não é difícil imaginar que terão feito com esta e outras mulheres.”
Pontevedra: sinatura de libros de Susana Arins e Lorena Conde publicados por Cuarto de Inverno
Tabela dos libros. Novembro de 2020
Desde o blogue Criticalia, de Armando Requeixo:
“Velaquí a nova Tabela dos Libros que ofrece a lista de títulos que Francisco Martínez Bouzas, Inma Otero Varela, Mario Regueira, Montse Pena Presas e eu estimamos como máis recomendables entre os publicados nas últimas semanas.”
Fallo do Certame de poesía Filomena Dato 2020
Desde Apiario:
“Alegrámonos de anunciar que o xurado do Concurso de Poesía Filomena Dato, composto por Alejandra Pérez Máquez como presidenta, Susana Sánchez Arins, Yolanda Castaño e Dores Tembrás, reuniuse o 2 de outubro na casa consistorial para deliberar entre os 52 orixinais recibidos. Finalmente seleccionou o orixinal Ave do paraíso de Lorena Conde, que será publicado por Apiario na colección Filomena Dato.”