Rianxo: actos destacados na Feira do Libro 2019 para o 26 de xullo

O 26 de xullo continúa a Feira do Libro de Rianxo (na Praza Castelao, con horario de 11:00 a 14:00 horas e de 18:30 a 22:30 h.), organizada pola Federación de Librarías de Galicia, cos seguintes actos literarios destacados para este día:

20:30 h. Presentación de Liñas compartidas, publicado por Toxosoutos, onde se recollen os traballos literarios derivados do Obradoiro As historias no espello, dirixido por Antón Riveiro Coello en 2018.
21:15 h. Presentación de Mulleres, de María del Carmen Rey Núñez, publicado por Toxosoutos.

José Jackson Coelho Sampaio: “Precisei tornar meus os poemas de Cesáreo”

Entrevista a José Jackson Coelho Sampaio en Sermos Galiza:
“Poucas pessoas enchem tão claramente de conteúdo a palavra intelectual como o brasileiro José Jackson Coelho Sampaio, reitor da Universidade Estadual do Ceará, renovador da psiquiatria no seu país, doutor honoris causa pela Universidade de Budapest, escritor e ele próprio tradutor da obra do poeta galego Cesáreo Sánchez Iglesias. A Universidade Estadual do Ceará outorgou a Cesáreo Sánchez Iglesias a medalha do mérito artístico Alberto Nepomuceno. Quem é responsável da introdução da obra do escritor de Dadín‑Irixo no universo cultural brasileiro é José Jackson Coelho Sampaio, a quem entrevistamos via correio electrónico.
– Sermos Galiza (SG): Que significado dentro da cultura brasileira tem a medalha de mérito artístico Alberto Nepomuceno?
– José Jackson Coelho Sampaio (JJCS): A Universidade Estadual do Ceará‑UECE tem 44 anos e, hoje, agrega 13 campi, distribuídos em 10 cidades, englobando 28 mil estudantes nos 72 cursos de graduação e 42 cursos de pós‑graduação
Seja no Webometrics e no Times Higher Education‑THE, rankings internacionais, ou na classificação geral de cursos do Ministério da Educação‑MEC e no Ranking Universitário do Jornal Folha de São Paulo‑RUF, rankings nacionais, a imagem da UECE é muito boa, pois nos colocam em primeiro lugar entre as universidades públicas estaduais das regiões Centro‑Oeste, Norte e Nordeste do Brasil.
Então, o primeiro significado da medalha deriva da importância da instituição que a outorga.
O segundo significado vem da história da medalha e, neste caso, a UECE tem sido muito tímida em criar e outorgar medalhas. Já foi na minha gestão, como reitor, que, na oportunidade do sesquicentenário de nascimento de Alberto Nepomuceno, grande compositor cearense da transição entre os séculos XIX e XX, que a medalha Alberto Nepomuceno foi criada, com duas categorias: mérito artístico e mérito cultural.
O terceiro significado deve derivar do rigor com o qual a medalha seja concedida e da qualidade do outorgado. Interessante destacar que a primeira outorga foi ao poeta Cesáreo Sánchez Iglesias.
Portanto, estamos construindo essa história. O tempo dirá dos erros e acertos, de essencial ou acidental em nossas escolhas. (…)
– SG: Que valores viram na obra de Cesáreo Sánchez Iglesias para o distinguir com esta medalha?
– JJCS: Desde o início de minha vida profissional, como médico, exercendo a psiquiatria clínica, e como professor‑doutor, exercendo o ensino e a pesquisa no campo da medicina social, eu tenho produzido textos científicos, nas formas de artigos e de livros. Mas, desde a adolescência tenho escrito contos, crônicas, textos jornalísticos e poesia. A poesia tem sido para mim forma de expressão afetiva, erótica e política, sem muita preocupação técnica e sem necessidade de carreira literária. Coloquei a poesia como lugar de liberdade. Daí, eu faço anotações a partir das impressões e experiências –são mais de 800 textos com a pretensão da poesia–, mas cultivo a voracidade da leitura, o gosto por conhecer o modo como a poesia acontece em outras culturas, em outras línguas, pois entendo a poesia como aventura da linguagem, identificada com a infância e a loucura.
Já traduzi, ousadamente, sem formação técnica de tradutor, do espanhol, do italiano, do francês, do inglês e do russo. Parte dessa produção está publicada no livro Transvida, pela oportunidade de um prêmio de publicação, denominado Caetano Ximenes Aragão, da Secretaria de Cultura do Ceará.
Então o professor Jackson Renner Rodrigues, um amigo cearense/galego, numa de suas viagens ao Ceará, hoje fazendo pós‑doutorado na UECE, presenteou‑me com alguns livros do Cesáreo: Tempo Transfigurado, Evadne, O Rumor do Distante, As Bolboretas do Mekong e o Caderno do Nilo.
As identificações estéticas, éticas, políticas foram imediatas. Percebi a capacidade feliz de integrar melodia, metáfora e ideia num fluxo de sentido que revela o mundo a partir do local e o local a partir do mundo.
Uma identificação amorosa intensa aconteceu com o Caderno do Nilo. Minhas paixões históricas e mitológicas devem ter ajudado nesse processo. Mas, decisivo, foi o texto em si, sua fluência rítmica, sua evocação simultaneamente mágica e concreta, o rio Nilo carregando você pelo tempo e pela paisagem atual, pelas mãos de um ilusionista e de um pintor impressionista.
Precisei ouvi‑lo, mesmo que fosse apenas dentro de minha cabeça, em português. Precisei torná‑lo meu. Precisei torná‑lo eu.
Após análise da obra poética de Cesáreo, além de sua obra política em associações literárias e sindicato de servidores públicos; após a conclusão da tradução do Caderno do Nilo; após demanda do nosso Curso de Letras e do Núcleo de Línguas Neolatinas do Centro de Humanidades, que propunham retomar a realização da Semana da Cultura Galega que a UECE promovia no passado; após o resultado positivo para a possibilidade de encerrar este evento com um show de Uxia, gentil dama da canção galega; após a conclusão da editoração do livro Caderno do Nilo em português, por parte da Editora da UECE; surgiu a ideia de convidar o Cesáreo para o lançamento da tradução brasileira e outorgar‑lhe a medalha. O nosso Curso de Música também aderiu, ao tomarem conhecimento do livro Tempo Transfigurado, onde Cesáreo dedica um texto a cada um dos grandes compositores que ele ama, entre eles o brasileiro Villa‑Lobos. O nosso Conselho Universitário analisou e aprovou. (…)”

Cangas acolle o 26 de xullo a estrea do documental sobre Bernardino Graña

Desde a Real Academia Galega:
“O auditorio de Cangas acolle o venres 26 de xullo, a partir das 21 horas, a estrea do documental sobre Bernardino Graña (Cangas, 1932) dirixido por Xan Leira. Bernardino Graña, o home que quixo vivir construiuse a partir dun encontro en Panxón do escritor e académico con amizades. Persoas próximas ás diversas actividades que protagonizou o autor ao longo da súa vida, desde as profesionais e literarias ata as políticas e sociais, tecen un relato coral en diálogo coas lembranzas e reflexións do propio homenaxeado.
A gravación tivo lugar en Moaña, Cangas e Panxón e contou coa colaboración de Alexandre Ripoll, Asun Sóñora, Héitor Mera, Xesús Alonso Montero, Xosé Manuel Millán, Rafael Lorenzo, Marta Dacosta, Camilo Camaño, Xosé Manuel Pazos, Manuel Álvarez, Cesáreo Sánchez e Helena Pérez. O filme recolle tamén testemuños dos desaparecidos Bautista Álvarez, compañeiro do grupo Brais Pinto, e Raimundo García Borobó recollidos no arquivo persoal de Xan Leira.”

As axudas á tradución permitirán o cambio de idioma de 84 títulos

Desde Cultura Galega:
“A Consellería de Cultura e Turismo vén de publicar no Diario Oficial de Galicia (DOG) a resolución das axudas para o libro galego no que se refire á tradución para outras linguas de obras publicadas orixinariamente en galego e á tradución para o galego de obras publicadas orixinariamente noutras linguas correspondentes ao ano actual. Tal e como recolle a resolución, traduciranse ao galego 62 títulos e outras 22 obras a linguas como o castelán, inglés, italiano e francés, cun investimento por parte da Xunta de Galicia de 200.000 euros, que tamén permite financiar outros gastos tales como o deseño e maquetación, preimpresión, impresión e manipulación das obras. O reparto das axudas, decidido por concorrencia competitiva, fai recaer de novo a maior contía no apoio á edición da tradución de obras de outras linguas ao galego, conxunto para o que van en total 119.994,87 euros -case 50.000 euros menos que o pasado ano, que contaba co mesmo orzamento xeral-, mentres que para trasladar a literatura galega a outros idiomas as axudas suman case 80.000 euros.
De entre as 20 editoriais beneficiadas pola resolución, tres reciben as maiores contías para levar a adiante os seu proxectos de tradución e concentran entre elas máis da metade do orzamento. Rinoceronte Editora publicará 27 títulos de tradución de outras linguas ao galego e contará para iso con 54.154,25 euros de axuda pública. Para o mesmo fin a editorial Kalandraka recibirá 28.783,29 euros de axudas que permitirán publicar 14 títulos. Para a publicación de libros de lingua galega a outros idiomas, o groso da axuda vai para a á editorial Small Stations Press que recibirá 31.373,19 euros por publicar en inglés 8 títulos. A media de axuda por título nestes casos sitúa case no dobre as axudas a Small Station Press (3.921,65 € de media cada título) respecto a Rinoceronte Editora (2.005,71 euros por título). Na lista de beneficiarias tamén están as fundacións Novoneyra e Vicente Risco con diversos proxectos editoriais.”

Takekazu Asaka recibe o Premio Ramón Cabanillas

Desde a Real Academia Galega:
“O académico correspondente Takekazu Asaka recollerá este sábado, 27 de xullo, o Premio Ramón Cabanillas, nun acto que terá lugar ás 20:30 horas no auditorio municipal de Cambados. As librarías Contos e Ramón Cabanillas da localidade, coa colaboración do concello, recoñecen así o labor de divulgación da lingua e da literatura galegas do profesor nipón, que acaba de publicar unha tradución á súa lingua dunha das obras do autor que lle dá nome ao galardón, A rosa de cen follas (1927). O libro será presentado hoxe, ás 20 horas, na biblioteca municipal Luís Rei. Non será a primeira achega do académico ao escritor cambadés, ao que xa lle dedicou a Cantata a Ramón Cabanillas. Takekazu Asaka publicará ademais proximamente un artigo sobre as formas de cortesía en galego no que toma como referencia, entre outras fontes, a novela Costa do Solpor do tamén académico correspondente Xosé María Lema. (…)”

Crónica videográfica de A Escritora na súa Terra – Letra E, dedicada a Pilar Pallarés (III)

A Homenaxe O/A Escritor/a na súa Terra, impulsada pola Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega (AELG), chegou este ano á súa XXV edición recaendo, por decisión unánime da súa Asemblea de Socios e Socias, na figura de Pilar Pallarés, que foi homenaxeada na Coruña, cidade na que residiu a maior parte da súa vida.
Esta iniciativa anual conforma xa unha tradición na traxectoria da Asociación, e tense constituído ao longo de máis de dúas décadas como unha celebración na que a terra de acollida do/a homenaxeado/a ten unha presenza fundamental. É vontade da AELG honrar escritores/as procurando o contacto directo co autor/a e a súa implicación persoal na xornada de homenaxe.
Unha celebración múltiple e popular en que se vén recoñecendo a entidade literaria de insignes figuras das nosas letras, a través dunha serie de eventos como a entrega do galardón Letra E de escritor/a (unha peza escultórica de Soledad Penalta), a plantación dunha árbore simbólica elixida pola propia autora (neste caso un carballo) e a colocación dun monólito conmemorativo.

Aquí pode verse a terceira parte da crónica videográfica completa, da que publicamos hoxe estes vídeos:

Laudatio, por Eva Veiga:

Entrega da Letra E:

Resposta de Pilar Pallarés á laudatio:

Compostela: actividades literarias destacadas no Festigal 2019

Na Galería das Letras do Festigal 2019, que se celebrará no Campus Universitario Sur de Santiago de Compostela, terán lugar as seguintes actividades literarias destacadas o 25 de xullo:

17:00 h. Presentación de As Casas, de Carlos Lixó, publicado por Espiral Maior. Participan: Carlos Lixó, autor, e Marta Dacosta, escritora.
17:30 h. Presentación da Obra teatral de Manuel María, editada pola Casa – Museo Manuel María. Participan: María do Pilar García Negro, responsábel da edición, e Alberte Ansede, secretario da Fundación Manuel María.
18:00 h. Presentación de Infamia, de Ledicia Costas, publicado por Xerais. Participan: Ledicia Costas, autora, e Suso de Toro, escritor.
18:30 h. Presentación de Resistencia e expansión cultural. Crónica do movemento cultural galego na ditadura (1961-1976), número 100 da Revista Terra e Tempo, 2019. Edita: Fundación Terra e Tempo. Participan: María do Pilar García Negro, Presidenta da federación Galiza Cultura e membro do Padroado da Fundación Terra e Tempo; Pilar Allegue. Ex secretaria de Amigos da Cultura de Pontevedra e do Club de Amigos da Unesco e Nemésio Barxa. Cofundador e Ex presidente da Agrupación Cultural Auriense e Ex presidente da Asociación Cultural de Vigo.
19:00 h. Presentación de Senlleiras, de Antía Yáñez, publicado por Galaxia. Participan: Antía Yáñez, autora, e Miriam Beizana, escritora.
19:30 h. Presentación de Transmatria, de Daniel Asorey, publicado por Xerais. Xerais. Participan: Daniel Asorey, autor, e Susana Sanches Arins, escritora.
20:00 h. Presentación de Fóra de si, de Suso de Toro, publicado por Xerais. Participan: Suso de Toro, autor, e Ledicia Costas, escritora.

ESPAZO DE ENCONTRO CON AUTORAS E AUTORES
A partir das 16:30 horas con:
Carlos Callón.
– Ana Pillado.
– Manuel Monge.

Rianxo: actos destacados na Feira do Libro 2019 para o 25 de xullo