Vídeos da Gala das Letras 2013 (I): Presentación de Antía Otero e Discurso da Presidencia da AELG

A Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega celebrou o 4 de maio, no Centro Ágora da Coruña, a Gala das Letras 2013.
Desde hoxe damos a coñecer nesta Axenda os vídeos onde se recollen as intervencións que tiveron lugar ese día. Pódense consultar todos aquí.

– Presentación de Antía Otero. O vídeo pode verse nesta ligazón.
– Discurso de Cesáreo Sánchez, presidente da AELG. O vídeo pódese visualizar aquí.

Cesáreo Sánchez: “A nossa relação reintegradora com a Lusofonia permitirá-nos não ficar como náufragos no mar da espanholidade”

Entrevista a Cesáreo Sánchez no Portal Galego da Língua:
“Recentemente a Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega (AELG) distinguiu a escritora portuguesa Lídia Jorge como Escritora Galega Universal. No Portal quigemos entrevistar o presidente desta instituição, Cesáreo Sánchez Iglesias, que muito amavelmente respondeu as nossas perguntas.
– Portal Galego da Língua (PGL): Este ano coubo à escritora portuguesa Lídia Jorge recolher o prémio a escritora galega universal, evento patrocinado pola AELG. Poderias relatar-nos a experiência e a interação que se suscitou com a autora?
– Cesáreo Sánchez (CS): Nomear uma escritora portuguesa escritora galega universal foi para nós oferecer um abraço fraterno e é assim que foi recebido por ela. Fôrom uns dias cheios de comunicação emocionada. Foi um presente a conversa com Lídia Jorge, escritora cultíssima e sensível. É uma carícia para a alma a sua inteligência cheia de ternura, com um sentido ético do trabalho do escritor e dos caminhos polos quais tem que andar toda a sociedade para ser justa, que dá alento. Pola minha, banda pudem partilhar com ela e com o seu companheiro Carlos, tempos onde pessoas como o Zeca Afonso, ou Pedro Tamen nos fôrom e são tão próximas. Ao fim e ao cabo, somos de gerações comprometidas com os nossos presentes e com as nossas terras. Somos da geração dos que pensam que «o povo é quem mas ordena».
Estamos especialmente felizes, eu e mais os colegas e colegas da AELG, porque o prémio a comovesse e a fizesse feliz, que pudesse partilhar connosco um dia de celebração literária, apesar da situação tão dura que estamos a viver no nosso idioma e na nossa cultura.
Para nós, como o foi para ela, revelou-se muito importante a dimensão mediática que o nosso reconhecimento tivo em Portugal, em todas as televisões e na imprensa escrita. Neste momento tão destrutivo para a cultura e a sociedade portuguesa, fôrom conscientes de que as escritoras e os escritores galegos estamos a caminhar com eles, a cantarmos com eles também o Grândola Vila Morena.
– PGL: No passado tem sido o grande autor angolano, Pepetela, o escritor que recolheu o galardão. Estão Angola e a Galiza unidos pola língua?
– CS: Para a AELG foi abrir aos nossos compatriotas uma janela à Lusofonia mais desconhecida. Os estudantes que estivérom no auditório da Universidade de Compostela a escuitar a sua palestra ou colóquio, acho que nunca o esquecerão, como não o esquecerei eu. Para mim, também foi importante conhecer os processos das línguas nacionais que há na  Angola e os debates que está a haver.
Evidentemente, estamos unidos pola mesma língua, que dá a luz a realidades tão diversas como a angolana, moçambicana ou brasileira. É um tesouro que temos e não de passado, mas de futuro para a nossa língua. A nossa capacidade de manter cada vez mas forte a nossa relação reintegradora com a Lusofonia permitirá-nos não ficar como náufragos no mar da espanholidade. Vai-nos a vida como idioma e como povo ter capacidade para desenvolver cada vez mais um reintegracionismo normalizador.
– PGL: É habitual e muito antigo o discurso da “irmandade” entre a Galiza, o Brasil, Portugal… são tempos para passar dos discursos às práticas?
– CS: Acho que só se trabalhamos em mudar as escassas relações com a cultura em português, esta realidade mudará, para o nosso bem. Pessoalmente, mantivem desde sempre uma relação enriquecedora com a cultura portuguesa, com os seus poetas (como Carlos de Oliveira), que são alicerce da minha obra. Quando presidia A Nosa Terra ou Edicións A Nosa Terra, nunca nos esquecemos de olhar para os irmãos do sul. Na atualidade, e desde que esta equipa diretiva está à frente da AELG, há uma secção da Lusofonia que coordena Carlos Quiroga e com que levamos adiante jornadas importantíssimas como Letras na Raia, onde escritoras e escritores galegos e portugueses, fundamentalmente os mais novos, partilhávamos conhecimento e relações pessoais.
Acho que este é o caminho, e foi determinante o apoio de Carlos: ele abriu-os todos as portas com o seu conhecimento das suas literaturas e a sua relação com todos os escritores da Angola, Moçambique ou o Brasil. Julgo que se fizo muito, tendo em conta os poucos meios de que dispomos hoje.
Ali onde tenhamos alguma responsabilidade cultural ou literária, é importante que a exerçamos pensando que o galego não acaba no Minho, que só é uma fronteira simbólica que colocárom e continuam a colocar para nos afastar de nós próprios e assim nos negar a nós mesmos como povo e idioma.
– PGL: Na atualidade, não existe uma grande interação entre literatos e literatas da Galiza com os seus homólogos brasileiros, portugueses, angolanos… Que medidas se poderiam tomar para paliar este défice?
– CS: Certamente, existem poucas relações pessoais ou diminuírom muitíssimo as que havia. Para mudar isso é que fizemos diversas jornadas e encontros como os que citei antes. Sempre me guiou o pensamento de que não podia haver menos relações na atualidade das que havia aquando a minha geração tinha amizades com Eugénio de Andrade, com Ramos Rosa, com Pedro Tamen ou com Viale Moutinho, entre outros. Ramos Rosa seguiu sempre a poesia dos mas novos na Galiza, adorava a poesia de Eusebio Lorenzo Baleirón, por citar um caso.
Acho que é responsabilidade de todos, cada um no seu âmbito de trabalho, manter uma relação mais intensa com os nossos homólogos na Galeguia.
À falta das inexistentes relações institucionais, são necessárias as relações no âmbito da universidade, nas organizações políticas e sociais, em todas as plataformas culturais que tenham possibilidade de relação. E, se se me permitir a nível pessoal, eu aconselho visitar Portugal como mínimo uma vez ao ano, para curarmos a alma de tanta espanholidade que nos abafa e quer colonizar.”

O Incio e Val do Mao: Homenaxe A Escritora na súa Terra a Marica Campo, o sábado 15 de xuño

A Homenaxe A/O Escritor/a na súa Terra que cada ano impulsa a AELG chega neste 2013 á súa XIX edición, recaendo en decisión por unanimidade da Asemblea de Socias e Socios na figura de Marica Campo.
Terá lugar o sábado 15 de xuño no Concello do Incio, a partir das 11:30 horas.
Como é habitual, remataremos a homenaxe cun xantar de confraternidade que celebraremos no Restaurante “A Veiga” e cuxo prezo por persoa é de 30€, que se pagarán no propio restaurante nunha mesa habilitada ao efecto. As persoas interesadas en asistir ao xantar deben confirmalo chamando, até o luns 10 de xuño -inclusive-, ao teléfono 981 133 233, ou enviando un correo electrónico a: oficina@aelg.org.

PROGRAMA

11:30 h. Praza da Casa do Concello do Incio (A Cruz do Incio).
Acto de entrega da letra E.
Interveñen:
• Laura Celeiro García, Alcaldesa do Incio.
Mercedes Queixas Zas, Secretaria Xeral da AELG.
Cesáreo Sánchez Iglesias, Presidente da AELG.
Xosé Ramón Freixeiro Mato. Laudatio.
Entrega da peza escultórica de Silverio Rivas.
• Intervención da homenaxeada: resposta á laudatio por parte de Marica Campo.

13:00 h. Campo da Festa-Souto Marica Campo (Val do Mao).
Plantación da camelia (árbore simbólica da escritora) e descubrimento do Monólito conmemorativo e da placa que atribúe o nome da homenaxeada ao Souto.
Interveñen:
Cesáreo Sánchez Iglesias, Presidente da AELG.
Marica Campo.

14:30 h. Hotel-restaurante “A Veiga”, Samos (Estrada Samos-Sarria).
Xantar de Confraternidade. Aberto a Socios/as da AELG, á veciñanza do Incio e demais persoas interesadas.

LAUDATIO

A Coruña: acto de asignación do nome do poeta palestino Mahmud Darwix a unha aula da Escola Oficial de Idiomas

O mércores 15 de maio, ás 18:30, na Escola Oficial de Idiomas (Rúa Pepín Rivero, 1) da Coruña, descubrirase a placa que dá o nome do poeta palestino Mahmud Darwix á aula 21 da EOI, nunha iniciativa conxunta do Departamento de Árabe da E. O. I. da Coruña e a Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega (AELG). O acto contará coa presenza de Cesáreo Sánchez Iglesias, presidente da Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega, e de Celeste Seoane Míguez, Xefa do Departamento de Árabe da Escola Oficial de Idiomas da Coruña, e no mesmo contarase cun recitado da poeta Yolanda Castaño.
Mahmud Darwix estivo en Galicia no ano 2006 para recibir o Premio da AELG Escritor Galego Universal na súa primeira edición.

Nado en Birwa, aldea de Galilea (Palestina), pasa alí a súa infancia até 1948, data en que a súa familia é forzada ao exilio no Líbano. Cando os seus pais tentan retornar a ela é para constatar que a súa aldea foi destruída e substituída por unha colonia xudaica. Diríxense entón para Dayral-Assad, onde viviron en semiclandestinidade.
Este home, que non pertenceu a ningún partido político, que venerou a patria, tornouse o portavoz de todo un pobo, alén do seu mellor representante no mundo.
Foi o fundador e director dunha das principais revistas literarias árabes, Al-Karmel, cuxos arquivos foron destruídos polo exército israelí, no cerco a Ramallah.
Mahmud Darwix é un dos máis grandes poetas árabes contemporáneos. Soubo mesturar a beleza do verbo e a profundidade do sentido. Soubo describir o sufrimento palestino, mais tamén a determinación do seu pobo a opoñerse, sobrevivir, ser. Recoñecido como a voz da Palestina, a súa pluma soubo deseñar o contorno dos soños e as aspiracións do pobo palestino.
Os seus poemas cruzaron rapidamente as fronteiras palestinas. O poema “Identidade” converteuse nun himno cantado en todos os países árabes. É coñecida a intensidade da súa poesía, constantemente preocupada pola exploración das posibilidades rítmicas e melódicas da lingua árabe. Do mesmo modo, coñecedor da lingua hebrea, a súa poesía alberga constantes referencias á Biblia, ao Corán ou Exipto, e apréciase unha notábel carga simbólica e unha fundamental preocupación estética. Este poeta tendeu coa súa obra pontes entre ámbitos culturais de diversa natureza que habitualmente permanecen arredados uns doutros.
Soubo cantar o amor, a resistencia, o sufrimento e a esperanza, e resumirá en 2002, durante a segunda Intifada, a capacidade de resistencia dos palestinos con estas palabras: «Sufrimos dun mal incurábel que se chama esperanza.»
Faleceu o 9 de agosto de 2008.

Intervencións de Cesáreo Sánchez e Lídia Jorge nos VI Encontros Cidade da Coruña

Finalizamos a publicación das conferencias que tiveron lugar nos VI Encontros Cidade da Coruña, celebradas no mes de abril e maio deste ano, 2013.
Lídia JorgeEscritora Galega Universal 2013 pronunciou a conferencia Quem guardará os livros.

Pódense escoitar aquí, completas, a Laudatio da Escritora Galega Universal (Cesáreo Sánchez Iglesias, presidente da AELG)
E a intervención da propia autora:Conferencia (Lídia Jorge)

A Coruña: presentación pública da asignación do nome do poeta palestino Mahmud Darwix a unha aula da Escola Oficial de Idiomas da Coruña

O luns 13 de maio, ás 12:00, na Libraría Nova Colón (Rúa Olmos, 9), da Coruña, preséntase publicamente a asignación do nome do poeta palestino Mahmud Darwix a unha aula da Escola Oficial de Idiomas da Coruña, nunha iniciativa conxunta do Departamento de Árabe da E. O. I. da Coruña e a Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega (AELG). O acto contará coa presenza de Cesáreo Sánchez Iglesias, presidente da Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega, e de Celeste Seoane Míguez, Xefa do Departamento de Árabe da Escola Oficial de Idiomas da Coruña.
Mahmud Darwix estivo en Galicia no ano 2006 para recibir o Premio da AELG Escritor Galego Universal na súa primeira edición.

Nado en Birwa, aldea de Galilea (Palestina), pasa alí a súa infancia até 1948, data en que a súa familia é forzada ao exilio no Líbano. Cando os seus pais tentan retornar a ela é para constatar que a súa aldea foi destruída e substituída por unha colonia xudaica. Diríxense entón para Dayral-Assad, onde viviron en semiclandestinidade.
Este home, que non pertenceu a ningún partido político, que venerou a patria, tornouse o portavoz de todo un pobo, alén do seu mellor representante no mundo.
Foi o fundador e director dunha das principais revistas literarias árabes, Al-Karmel, cuxos arquivos foron destruídos polo exército israelí, no cerco a Ramallah.
Mahmud Darwix é un dos máis grandes poetas árabes contemporáneos. Soubo mesturar a beleza do verbo e a profundidade do sentido. Soubo describir o sufrimento palestino, mais tamén a determinación do seu pobo a opoñerse, sobrevivir, ser. Recoñecido como a voz da Palestina, a súa pluma soubo deseñar o contorno dos soños e as aspiracións do pobo palestino.
Os seus poemas cruzaron rapidamente as fronteiras palestinas. O poema “Identidade” converteuse nun himno cantado en todos os países árabes. É coñecida a intensidade da súa poesía, constantemente preocupada pola exploración das posibilidades rítmicas e melódicas da lingua árabe. Do mesmo modo, coñecedor da lingua hebrea, a súa poesía alberga constantes referencias á Biblia, ao Corán ou Exipto, e apréciase unha notábel carga simbólica e unha fundamental preocupación estética. Este poeta tendeu coa súa obra pontes entre ámbitos culturais de diversa natureza que habitualmente permanecen arredados uns doutros.
Soubo cantar o amor, a resistencia, o sufrimento e a esperanza, e resumirá en 2002, durante a segunda Intifada, a capacidade de resistencia dos palestinos con estas palabras: «Sufrimos dun mal incurábel que se chama esperanza.»
Faleceu o 9 de agosto de 2008.

Viaxe até o Vietnam da man do escritor Cesáreo Sánchez e o seu Caderno de Mekong

Desde Sermos Galiza:
“Cando comecei a escrita do Caderno do Mekong fíxeno como gratitude a un pobo que me axudou a ter conciencia antiimperialista e concretala na realidade da miña nación”. Eis aquí a crónica.

“Ao atravesar o Rio Mekong no transbordador que xungue as dúas orelas dunha galla do grande rio e as súas augas barrosas, pensei en Marguerite Duras cando coñeceu o seu amante chinés que tiña, aínda os chineses teñen no mercado de Cholóm comercios de seda.
Aínda que as cicatrices no corpo desta terra son evidentes, é difícil maxinar que este paraíso terreal puidera soportar tanta dor e destrución. Cando viaxei pola fermosísima terra de Vietnam magoábame relembrar a guerra ao tempo que camiñaba o seu lizgairo corpo de cabaliño de mar que arrecende a branca flor de loto, onde cantan os paxaros cun tremente canto asubiado.
Andando a terra de Ho Chi Ming
Segundo fun avanzando no coñecemento desta terra fun coñecendo a figura de Ho Chi Ming e pareceume unha figura excepcional na súa humanidade, na súa intelixencia e no coñecemento da cultura do seu pobo. So así é posíbel que fose e sexa tan tan amado como aínda hoxe é. El soubo acrisolar a cultura e o pensamento do seu pobo, sabía da súa relixiosidade. Como poeta conmoveranme na miña mocidade os seus poemas do Diario do cárcere.
O revolucionario, o Xefe do Estado da Republica Democrática do Vietnam do Norte teñen ocultado a súa personalidade como poeta. Os seus poemas foron escritos nas cárceres de Chang Kai Shek, nos anos 1942-1943.
Foron escritos en ideogramas chineses. Morou nunha casa de madeira feita coa sabedoría dos labregos para tornar a calor tropical. Non quixo vivir no pazo presidencial e xantaba no comedor dos traballadores do ferrocarril. Morreu sen poder viaxar de retorno ao seu amado Sur unificado e independente, onde el nacera e de onde era o seu pai, un mandarín antiimperialista que loitou contra o colonialismo francés.
A única estatua que ollei ao longo de todo o Vietnam está na cidade que leva o seu nome. Está sentado compartindo a lectura dun libro con rapaces. Nos longos anos de guerra os nenos e nenas, a súa educación a súa seguridade, o seu futuro de liberdade foi a súa grande preocupación. Aprendeu da sabedoría dos anciáns e soubo ler e interpretar a alma colectiva do seu pobo. Os combatentes que tomaron Saigón, levaban nun tanque unha pancarta que dicía: Ti camiñas sempre connosco Tío Ho.
A morriña dos combatentes que non interesa aos EEUU
Moitos dos combatentes fixeron diarios, coma Ho Chi Min, que os militares dos EEUU lian buscando datos. O único que dicían era o moito que botaban de menos aos seus seres amados e o soño de retornar á súa aldea natal onde arrubiaban as doces cereixas e se espellaban nas augas enchoupadas os renovos de arroz antes de seren transplantados.
A enfermeira Dang Thuy Tram, conta no seu diario como traballaba nun hospital da xungla e como despois de sandar os feridos, daba aulas ás futuras enfermeiras. Magoábase polo seu amor non correspondido. O diario acaba cando o seu corazón mancado de amor ficou roto para sempre por unha bala dun soldado dos EEUU.
As diferenzas entre Norte e Sur
Moita é a diferenza entre o Norte e o Sur, na súa historia e na súa cultural. O Norte ten catro estacións, e o Sur só dúas: a seca e a das choivas. O Norte é herdeiro da cultura chinesa e o Sur da cultura Kemer, como a Camboxa. Xunguidos pola dor da guerra nas súas mais diversas e crueis formas.
Morreron cinco millóns de vietnamitas e fóronlles arroxadas máis bombas que en toda a II Guerra Mundial, aparte dos axente laranxa e do napalm. Loitaron ate a morte pola súa reunificación e súa independencia coma unha soa nación, coma un só pobo constituído por cincuenta e unha etnias, Nam, K´Dong, Kor, Ba Na, Bo Y, Cham, Cho Ro Cong, Co Lao, Gia Rai, Hoa, Khang… nas que a etnia Viet é maioritaria.
O seu patrimonio histórico foi destruído nun 75 %. Na ofensiva do Tet, tendo case que tomada a cidade imperial de Hue, en batalla feroz, abandonaronna para que a aviación deixara de destruír a cidade e con ela a memória histórica de Vietnam. Hoxe segue a ser restaurada, nas orelas do Rio do Perfume onde navegan os barcos con duas proas con cabezas de dragón.
A sabedoría das minorías étnicas
Respectándose sempre as minorías que aportaron tanta sabedoría coa súa loita de autodefensa nas aldeas. As tribos da montaña ou da xungla aportaron a utilización das técnicas de caza e de defensa das feras para se defender dos colonizadores que viñan da Francia (chegaron a ter guillotina móbil) e mais dos EEUU, xa con experiencia nas practicas xenocidas nas colonias da África e no exterminio das tribos dos indios, orixinarias da chamada América do Norte
Cando comecei a escrita do Caderno do Mekong fíxeno como gratitude a un pobo que me axudou a ter conciencia antiimperialista e concretala na realidade da miña nación. Cando os ollos deste viaxeiro foron da montaña ao mar, da fronteira de Laos á baia de Ha Long  ou do Rio Vermello ao rio Mekong, foron sentindo a alma heroica deste pobo.
Descendendo paralelamente ás grandes montañas de Truong Son, fronteira con Laos, por onde transcorría a ruta Ho Chi Ming, ollanse os eidos de arroz salferidos no acó e no acolá de pequenas tumbas familiares e de cemiterios construídos polo goberno de Vietnam ao longo de toda a guerra, para darlle sepultura aos combatentes mortos que, compañías especializadas do exercito regular do Fronte Nacional de Liberación, recuperaban das entrañas da xungla para os soterraren  nas súas aldeas natais e que os seus familiares puidesen irlle a ofrecer flores e as súas ofrendas.
Conmovéronme os pequenos cemiterios que conviven hoxe co canto dos labregos que traballan nos eidos de arroz, hoxe xa sen fusil ao lombo.
Un bocadiño de historia
A Primeira Guerra de Resistencia dirixida polo Viet Minh, e despois de vencer en Dien Vien Phu, acabou cos Acordos de Xenebra (1954) A disciplina de non violencia dos vietnamitas, entre os anos 1954 e 1959, custou moitas vidas polo incumprimento do exército invasor dos EEUU e os seus gobernos titeres de Bao Dai/Ngó Dina Diem, aniquilando poboación desarmada.
Foi prohibido falar de paz e de reunificación: Torturas e mortes seguiron á campaña ‘Denunciade os comunistas’ no que todo o que tiña relación directa ou indirecta co Viet Minh foi represariado con crueldade e era nomeado coma Viet Cong. Foi polo que o Sur, organizouse de novo na Segunda Guerra de Resistencia para se defenderen dos EEUU. Así, ex-viet min, patriotas, militantes do partido comunista de Vietnam, labregos da chaira e labregos das etnias das montañas, e combatentes da primeira guerra de resistencia, mobilizáronse e fuxiron aos bosques formando parte da Fronte de Liberación Nacional que nace a finais do ano 1960, no que a participación das mulleres combatentes é masiva.
Cando as escolas son semente de revolución
A economía, a defensa da cultura, a guerra, todo tivo unha dirección política. Facíase a revolución no ensino e na sanidade ao tempo que se facía a guerra. Facíase no Norte e facíase en zonas liberadas do Sur. Traballábase preparándose para a paz, implantando a reforma agraria, alfabetizando, construíndo a sociedade socialista do futuro. Todo o pobo vietnamita participou na guerra e todo o pobo vía no presente como era a construción da sociedade futura.
O FLN estruturouse para facer a loita político-militar,  e a el incorpóranse todas as tendencias políticas, relixións, sectas relixiosas, fraccións de clase , intelectuais , comerciantes, constituíndo órganos político-militares. Confluíron tres formas de exercito dentro do FLN. De feito asi implicaron a todo o pobo na guerra de independencia. Formáronse  nas aldeas de todas as etnias, na chaira, na montaña e na xungla Unidades de autodefensa, para que non se acercaran ás súas aldeas.
Os Grupos locais de guerrilla tiñan xa unha organización máis estábel e eran labregos de dia e partisanos de noite e  logo estaba o propiamente dito Exercito regular , que facía accións de envergadura cunha incorporación masiva de labregos e combatentes do Sur e do Norte. Crearon hospitais na xungla que movían con frecuencia de lugar.
Descentralizaron as escolas ás aldeas, descentralizaron a industria fora das cidades para que non puidera ser bombardeada. Descentralizouse a universidade que, en concreto a sanidade, tiña a súa actividade nos hospitais que estaban na xungla, onde operaban coa luz de xeradores que movían bicicletas.
Incorporouse á sanidade toda forma de medicina popular que practicaban as menciñeiras das etnias. Incorporáronse os seus métodos anticonceptivos na planificación sanitaria e familiar.
As mulleres, salvagarda da tradición e da cultura
É fermoso ver hoxe polas rúas de Hanoi e nos barrios mais populares de Saigón ( Cidade Ho Chi Min ), ás mulleres das mais diversas etnias belas e elegantes coas súas roupas tradicionais, cos seus tocados tamén a cores, aínda que é maioritario o Ao Dai, que é pantalón e un vestido longo ou túnica aberta dos dous lados.
As minorías étnicas que vivían na xungla e nas montañas das terras centrais de Vietnam e na  fronteira con Laos, son moi moi importantes para entender a historia de liberación do Vietnam. Aínda que eles so querían autodefenderense, e non atacaban a ninguén, súa colaboración cos combatentes foi total.
Eles foron tamén combatentes na súa autodefensa, tanta que o exercito norteamericano despois de os aniquilar todo o que puideron, cercándoos por fame, retirándolles o sal, matándolle os bufalos e queimándolles as colleitas que eran o seu sustento diario.
Onde o imperialismo meteu a man
O exercito dos EEUU construíu poboacións para os segregar, como tiñan feito coas tribos indias na Norteamerica. Leváronnos da montaña á chaira. Mais a cousa non lles funcionou, ate o punto de que as vilas-apartheid, estaban cheiñas de organizacións clandestinas, sobre de todo de mulleres, que conseguían desmobilizar aos soldados survietnamitas.
Querían segregar ás etnias das forzas organizadas da resistencia, separalas do FLN. Mais eles comezaron a protexer as súas poboacións con técnicas de caza dos M´non, cazadores de elefantes. So daban as claves para non caeren nas trampas aos combatentes, ao Viet Com.
O xeito de ser dos vietnamitas moito ten que ver coa súa relixiosidade. Sería longo de explicar. Os combatentes que mataban a soldados iankis en lexitima defensa,  buscaban logo a purificación e traballaban en contacto coa natureza.  O FNL, salvo a criminais evidentes, procuraba non matar aos soldados vietnamitas do Sur, ao fin e ao cabo irmaos.
A Sala do Réquiem do Museo dos crimes de guerra  de Cidade Ho Chi Min están expostos todos os recortes da prensa internacional que publicaba as evidencias do xenocidio e en especial a do estudante  pacifista Norman Morrison que se inmolou diante do Pentágono. Emociónanse ao falar deste xesto de solidariedade no momento importante no que aconteceu. Non era demagoxia cando Ho Chi Min dicía que se lembraba da dor das nais dos soldados iankis mortos, fillos da clase obreira .
A lingua do Vietnam: “cando falan, todo é canto”
A lingua de Vietnam foille dada grafía romanizada polos cregos cristiáns franceses, coa perda de parte da súa tradición. Ás etnias ás súas linguas só orais foilles dada escrita. Aquí víase a lucidez de Ho Chi Ming. Cando falan, todo é canto. Conmove poder escoitar á poeta  Nguyen Bao Chan, filla dun combatente do Vietcong, cando lee o poema ás maos do seu pai morto, cando a protexía dos bombardeos sendo meniña.
O Idioma é tan fermoso como escoitar tocar o doce monocordio, o Dan Bau, coa súa única corda, e o seu longo laio emocionado ou o repenicar das gotas da chuvia do monzón nos leves impermeábeis, cada dia á mesma hora baixo a mesma luz. Escoitar a chuvia na súa intensidade, auga fértil na súa teimuda mansedume onde xogan hoxe os nenos coas súas bicicletas, nas rúas feitas arrollada.
Gardo de Vietnam os seus amenceres onde os mais vellos fan a danza  para recibir á maña. É terra de poetas. Gardo as imaxes das gallas do delta do Mekong ao navegar os seus mangles.
Remeiras que reman cos pés e sorrín con sorriso de seda leváronme ao Templo do Perfume. Escoitar ao silencio nos anoiteceres na baia de Ha Long, onde os deuses nacen e gardan os soños dos humanos.
A da Galiza e a do Viet Nam, badeiras irmás
Sentir claustrofobia estarrecedora na galerias de Cu Chi, onde as combatentes daban a luz e entregaban os seus fillos nas aldeas aos familiares e con quen non sempre volvian a se reencontar con eles, xa de rapaces.
Traio comigo a camisa de seda que un obradoiro de rapazas mancadas polo axente laranxa, confeccionou para min e que gardo para estrear cando acabe de escribir e publique o meu Caderno do Mekong.
Vietnam: Paraiso, Terra de dor  e ledicia, irmá da patria miña que foi liberada para dar ao ser humano exemplo de dignidade porque, como deixou escrito o amado Novoneyra: a forza do amor do pobo vietnamita pola súa patria non foi inútil.
Levei comigo o seu poema Vietnam Canto e tróuxenlle ao seu fillo Uxío Novoneyra, a bandeira heroica do Viet Nam, vermella coas súa estrela dourada de cinco puntas, irmá da estrela vermella que tingue a bandeira da miña patria que algún día será terra liberada.”

O programa Diario Cultural da Radio Galega comeza a serie de emisións poéticas De Cantares hoxe. Os Cantares Gallegos de Rosalía de Castro no século XXI

Desde o Diario Cultural da Radio Galega:
“A iniciativa enmárcase na xenealoxía do literario e do seu carácter de palimpsesto no que tempos e voces conflúen, escriben e reescriben na consciencia do seu propio eco. De Cantares hoxe. Os Cantares Gallegos de Rosalía de Castro no século XXI subliña a vixencia da voz poética de Rosalía de Castro e a capacidade que a súa obra ten de seguir a xerar diálogos. O proxecto ademais pretende contribuír á conformación dun arquivo poético sonoro no que o poema, a súa dicción, adquira a relevancia que a grafía adquire no texto escrito.
De Cantares hoxe. Os Cantares Gallegos de Rosalía de Castro no século XXI procura os acentos da obra de Rosalía de Castro na dicción e na escrita contemporánea. O proxecto concrétase na reescrita dos poemas de Cantares Gallegos, unha interacción poética que nada ten de submisión a un texto dado nin de tradución dun noutro, senón de exercicio de libre creación a partir dun poema de Rosalía de Castro.
O rexistro sonoro dos textos contemporáneos lidos polos seus autores e autoras emitirase xunto co poema de Rosalía de Castro do que parte nunha serie de espazos poéticos que se alongarán nos meses vindeiros nos distintos programas da radio pública.
Cesáreo Sánchez, Luz Pozo Garza, Xulio Valcárcel, María Xosé Queizán, Arturo Casas, Manuel Forcadela, Oriana Méndez, Marilar Aleixandre, Miguel Anxo Murado, Luís González Tosar, Elvira Riveiro, Claudio Rodríguez Fer, Marica Campo, Helena Villar, Xosé María Álvarez Cáccamo, Claudio Pato, Gonzalo Hermo, Miro Villar, Anxo Angueira, Xavier Queipo, Eva Veiga, Marta Dacosta, María do Cebreiro, Manuel Darriba, Estíbaliz Espinosa, Yolanda Castaño, Marga Romero, Olalla Cociña e Susana Sánchez Arins son algúns dos autores e autoras que participan no proxecto que se desenvolverá nos meses vindeiros.
A Radio Galega quere contribuír así á divulgación da obra de Rosalía de Castro, sumarse á conmemoración do 150 aniversario da edición de Cantares Gallegos e propiciar ao tempo un diálogo interxeracional entre a obra da escritora e as poéticas que conforman o corpus contemporáneo da poesía. Con estes obxectivos presenta o proxecto De Cantares hoxe. Os Cantares Gallegos de Rosalía de Castro no século XXI promovido polo Diario Cultural. Unha serie de emisións radiofónicas nas que os poemas de Cantares Gallegos en diálogo coas poéticas do século XXI son recreados por autores e autoras contemporáneos.”

Crónica da conferencia de Pilar García Negro nos VI Encontros Cidade da Coruña

Esta é a crónica da conferencia de Pilar García Negro que inaugurou o 11 de abril os VI Encontros Cidade da Coruña, desde a web da Real Academia Galega:
“O presidente en funcións da Real Academia Galega, Xosé Luís Axeitos Agrelo, introduciu o acto felicitando á Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega pola gran transcendencia social acadada polo seu traballo nos últimos anos, e felicitouse pola oportunidade de poder desenvolver actividades conxuntas, “en certo sentido, somos institucións irmás, e esta liña de colaboración debe proseguir no futuro”.
O presidente da AELG, Cesáreo Sánchez Iglesias, concordou, na súa quenda, coas palabras de Axeitos Agrelo “tanto a AELG como a Academia temos por obxectivo principal a defensa da lingua galega, un labor que se tornou aínda máis difícil nos últimos tempos”. O presidente da AELG proseguiu a súa intervención expoñendo a temática escollida para a sexta edición dos Encontros, “a sociedade actual crea espazos invisibilizados habitados por voces e silencios imprescindibles para explicar a historia da humanidade, con este ciclo de conferencias o que pretendemos é xustamente deitar luz sobre estas zonas escurecidas”.
Mercedes Queixas Zas, secretaria da AELG, foi a encargada de presentar á profesora Garcia Negro, de quen destacou a súa autoridade recoñecida nos ámbitos da sociolingüística, a literatura galega, o feminismo e as linguas minorizadas, “pero ela soubo entrelazar sempre o estudo destas materias, e non traballalas como se de compartimentos estanco se tratase “, comentou Queixas Zas, quen subliñou tamén o fondo compromiso político e social da profesora García Negro, testado na súa participación en multitude de iniciativas de carácter comunal, desde asociacións culturais de base ata o propio Parlamento de Galicia.
“Á escritora inglesa J. K. Rowling recomendáronlle, cando publicou o seu primeiro libro, que asinase cun pseudónimo masculino, pois ben, cento corenta anos antes, neste recuncho apartado do continente europeo, Rosalía xa asinaba os seus libros co seu nome”, empezou sinalando García Negro, para continuar enfiando o seu discurso titulado Rosalía de Castro: a orixinalidade do seu cantar, no que analizou as claves diferenciais da obra de Rosalía de Castro. García Negro apuntou ademais que esta toma de posición non foi exclusiva de Rosalía, outras escritoras galegas do Dezanove como Concepción Arenal, Sofía Casanova, Pardo Bazán ou Fanny Garrido, asinaron as súas obras tamén co seu nome.
Para García Negro, este feito converte a Galicia nunha rareza no panorama literario do seu tempo, e acrecentou a súa importancia lembrando o caso de dous escritores galegos, Montenegro Saavedra e Lamas Carvajal, que empregaban ás veces un pseudónimo feminino. “Xa Álvaro de las Casas sinalou, na súa antoloxía de literatura galega, que en Galicia a muller non segue ao home, senón que máis ben o acompaña á mesma altura”.
A continuación, García Negro apuntou algunhas características que diferencian a obra de Rosalía da de contemporáneas súas como Gómez de Avellaneda ou Pardo Bazán, como o feito de que a Poeta do Sar escribise sempre desde o bando dos desfavorecidos, mentres que as outras se aliñaban co poder. Tamén foi un trazo definitorio da obra rosaliá a súa independencia respecto dunha suposta escola tardorromántica española –a de Espronceda ou Zorrilla- na que certa crítica teimou en clasificala. Segundo lembrou García Negro, “Rosalía non é filla do romanticismo, o cerne da súa obra é máis ben un impulso patriótico que ten como obxectivo transformar o galego nunha lingua culta, e como protagonista epónimo, o pobo máis humilde”.
García Negro combateu tamén a concepción de Rosalía como escritora amanuense de Murguía e allea aos grandes debates intelectuais do seu tempo, unha visión reducionista que a definía como unha autora “dotada dunha sensibilidade hipertrofiada, o que explicaría o seu éxito en capas sociais populares e non moi ilustradas, como a dos emigrantes”. “En resumo”, concluíu a profesora, “existe, en Rosalía, como en todos os clásicos, certa dose de misterio e enigma que permite que nunca sexa lida completamente, pero tamén hai unha gran dose de elocuencia e clareza”.”

Comezan os VI Encontros Cidade da Coruña

A Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega (AELG) anuncia que este xoves 11 de abril, a partir das 20:00 horas, terá lugar a conferencia inaugural dos VI Encontros Cidade da Coruña, organizados coa colaboración da Real Academia Galega e a Concellaría de Cultura do Concello da Coruña, coa presenza de Xosé Luís Axeitos, presidente en funcións da Real Academia Galega, do presidente e da secretaria xeral da AELG, Cesáreo Sánchez e Mercedes Queixas respectivamente, e da relatora, Pilar García Negro, quen desenvolverá o tema Rosalía de Castro: a orixinalidade do seu cantar.
A última das conferencias será impartida pola autora portuguesa Lídia Jorge, que recollerá o premio Escritora Galega Universal concedido pola AELG.

A seguir, o programa completo dos Encontros, que se celebrarán sempre ás 20:00 horas no Salón de Actos da Real Academia Galega:
1. Conferencia inaugural. Xoves, 11 de abril: Rosalía de Castro: a orixinalidade do seu cantar, por Pilar García Negro.
2. Xoves, 18 de abril: Elas, as invisíbeis. Silencios e voces das represaliadas, por Aurora Marco.
3. Xoves, 25 de abril: As voces ausentes. Literatura restitutoria, por Antón Riveiro Coello.
4. Venres, 3 de maio: Quem guardará os livros, por Lídia Jorge, Escritora Galega Universal 2013.

Porque precisamos reconstruírmos os lugares máis escuros da memoria -as guerras, as mulleres represaliadas, as guerrilleiras, as voces enfermas, esquecidas ou simplificadas até o sometemento, as vidas vividas a contrafío na defensa dos dereitos- chegamos á escrita restauradora.
Velaquí a literatura a se converter nos óculos-ponte e no espello reflector que trace, desde a palabra, os lindes xeográficos e humanos dos territorios da invisibilidade.