Arquivos da etiqueta: Laura Ramos Cuba
Compostela: SELIC 2021. Festival da Lectura
Foz: actos destacados na Feira do Libro 2021 para o 20 de agosto
O 20 de agosto continúa a Feira do Libro de Foz (na Praza Conde do Fontao), organizada pola Federación de Librarías de Galicia, con horarios de 17:30 a 22:00 h., cos seguintes actos literarios destacados dentro do seu programa:
– 20:00 h. Carlos Labraña asina exemplares de Contra o reloxo, publicado por Galaxia.
– 20:00 h. Presentación dos poemarios gañadores dos Premios Illas Sisargas, O cuarto de Jane, de Charo Pita, e Rascamaceiras, de Laura R. Cuba, publicados por Caldeirón. Estarán acompañadas por Eduardo Estévez.
– 21:00 h. Paco Rivas asina Rosas envaiñadas, publicado por Medulia.
Charo Pita obtén o premio do XV certame de Poesía Erótica Illas Sisargas con O cuarto de Jane
Desde o Concello de Malpica:
“O xurado da XV edición do Certame de Poesía Erótica Illas Sisargas escolleu a obra titulada O cuarto de Jane. Aberta a plica, a autora da obra resultou ser Charo Pita, escritora, actriz e narradora oral nada na Coruña en 1966. O seu traballo levouna a contar historias polo mundo (Alemaña, Polonia, Italia ou Nicaragua). Licenciada en Filoloxía Hispánica pola Universidad de Salamanca, obtivo en 2001 o Premio de Poesía Espiral Maior co libro Desde Arcadia para Govinda e é autora dunha extensa obra de literatura infantil e teatro.
Na acta do certame consta que que “O cuarto de Jane, foi escollida unánimemente por ser un libro transgresor, pola súa beleza e pola frescura coa que se aborda o erotismo, sempre de forma directa, sen complexos, libre”. E engade que se trata dun “poemario moi ben construído, radicalmente heterodoxo, protagonizado por mulleres e onde a poesía brilla na transparencia de cada verso”.
O xurado acordou, asemade, conceder un accésit á obra rascamaceiras, enviada por Laura Ramos Cuba. Nada en Burela en 1993, graduada en xornalismo e comunicación audiovisual, Ramos Cuba ten colaborado en diversos medios do país como La Voz de Galicia, El Progreso, Sermos Galiza, Adiante, Coralia ou Novas da Galiza. Foi coordinadora do Portal Galego da Língua e voluntaria no Observatorio da Mariña pola Igualdade. En 2018 obtivo o certame de poesía Victoriano Taibo co libro A situación actual. É bolseira de comunicación no Parlamento de Galicia.
rascamaceiras, segundo di a acta do xurado, é un relato “profundamente lírico e á vez cotián cargado de fino erotismo e sostido nunha linguaxe poética na que destacan o coidado do vocabulario, o ritmo dos versos e a tensión das pausas”.
O xurado desta edición estivo formado por Paco de Tano, poeta e Presidente de Caldeirón, Leticia Naya Varela, concelleira de Cultura de Malpica e Medos Romero, poeta gañadora da XIV edición deste mesmo certame. A reunión do xurado tivo lugar hai uns días de forma telemática. O fallo ía ser anunciado, como é tradición, na Cea das Letras que Caldeirón organiza cada ano pero o evento debeu adiarse pola situación sociosanitaria.
Neste acto ía ter lugar tamén a presentación do libro gañador do ano pasado, Peixes que esvaraban ao unísono, de Medos Romero. O libro, editado por Caldeirón xa está dispoñible nas librarías. Será presentado en Malpica, xunto coa entrega do premio e a prometida actuación do dúo Aldaolado en canto as circunstancias o permitan.
En canto ao libro premiado este ano e o accésit, ambos serán publicados por Caldeirón en 2021 na colección Illas Sisargas.”
Recital na rede arredor do Premio Victoriano Taibo
Compostela: Polvorín de versos (19)
Víctor Freixanes: “Carvalho Calero é a crónica do galeguismo do século XX”
Entrevista de Laura Ramos Cuba a Víctor Freixanes no Portal Galego da Língua:
“(…) – Portal Galego da Língua (PGL): Carvalho Calero acabou de ser escolhido como figura homenageada para as Letras Galegas de 2020. Esta era uma reivindacação contínua de diversos movimentos sociais que, anos depois, é satisfeita. Como avalias esta resolução por parte da Academia?
– Víctor Freixanes (VF): Há tempo que a Academia é ciente de que a figura de Carvalho Calero não podia ser adiada nem marginalizada. Não deixa de ser uma injustiça histórica que não se reconheça o compromisso, o trabalho e a vida que este homem dedicou à cultura, à literatura, à língua galega… Mesmo com obras como a História da Literatura ou como a sua própria significação como primeiro catedrático de Língua e Literatura Galega na USC em 1972. Foi professor de muitos de nós, a mim leccionou-me Língua e Literatura Galegas… É certo que havia uma história detrás de desencontros, digamos assim, entre uns setores da Academia e o próprio Carvalho Calero e as suas posições arredor da língua na última etapa da sua vida. Eu acho que a nova sensibilidade da Academia está em que isso é um capítulo que forma parte da história e da pluralidade democrática dum país. E, portanto, o currículo e a memória histórica de Carvalho Calero não a vamos discutir. Havia que encará-lo com clareza, com transparência, com naturalidade e, também, aproveitando, não o oculto, que esse ano se cumprem 110 anos do seu nascimento e 30 desde a sua morte. São esses números redondos que dão pé a dedicar-lhe o ano a Carvalho Calero, que ademais também coincide com a reclamação que fizemos já ao Concelho de Ferrol para que restaurem a sua casa, de quem já vimos boa disposição. É uma oportunidade, era algo que até eu tinha que assumir. (…)
– PGL: Que destaca da sua figura e da sua obra? Quer a nível individual quer como presidente da Academia, como vai ser abordado o ideário linguístico de Carvalho?
– VF: Bem, vamos ver… A Academia tem dous momentos, além doutro tipo de atividades como são o Portal das Palabras ou a Primavera das Letras, que está pensado para escolas de primária a iniciativa dos professores. Destes dous momentos um é a celebração do Dia das Letras, com a intervenção formal dos académicos ao redor da figura de Carvalho. Então escolheremos três académicos que abordem a figura de Carvalho Calero desde diferentes perspetivas. E depois, em segundo lugar, haverá um simpósio académico onde haverá distintas vozes sobre a sua figura e onde todas as vozes que tenham algo que dizer, podam dizê-lo. Se têm que estar três dias, serão três dias, mas todo o mundo com uma posição documentada e consistente, terá espaço para poder dizê-lo com a madurez que permite hoje uma sociedade, incluso uma sociedade galego-falante, que pode abordar estes temas com uma tranquilidade, documentação e conhecimentos que não existiam há trinta anos.
Então isso também vai permitir que a figura de Carvalho Calero seja abordada dessa perspetiva, mas não é a única perspetiva de Carvalho. E isso também é importante. A Academia não aborda Carvaho Calero pelo tema da proposta ortográfica, senão que homenageia a sua figura histórica. Carvalho Calero é, de forma semelhante a António Fráguas, a crónica do galeguismo do século XX. Carvalho Calero viveu desde o período pré-Guerra Civil e República, porque é um homem muito comprometido com a República, o galeguismo do momento, o Seminário de Estudos Galegos e o Partido Galeguista… participa inclusive com Lois Tobio na redação do anteprojeto do Estatuto de Autonomia que promove o Seminário… Quer dizer, há uma série de atividades objetivas de Carvalho. E depois, na guerra, ele é uma vítima da repressão, com todas as consequências. É uma situação muito grave que eu penso que o afetou emocional e psicologicamente, afetaria a qualquer pessoa.
Depois, é um homem do que chamaríamos o exílio interior. Pratica um bocado -como aconteceu ao próprio Antonio Fraguas e Fernández del Riego– a clandestinidade. Ele viveu exercendo de professor às escondidas para manter a sua família. Foi uma situação muito dura. Teve a sorte de ser acolhido por António Fernández no [instituto] Fingoi, e aí está atuando já o grupo Galaxia, os que foram os fundadores de Galaxia. E ele não pode exercer como professor e é contratado como gerente! Ali chegaram também para serem professores pessoas como Ferrín ou o próprio Bernardino Graña. E nesse momento começa a trabalhar com Fernández del Riego –porque eram amigos íntimos– na História da Literatura Galega Contemporánea. E nesse livro de correspondência entre os dous é impressionante ver como trabalham, com que constância, com que método, com que teimosia… É um retrato dos dous, como procuram os livros, como os vão pedir… Claro, porque agora tudo está na Internet e há umas bibliotecas muito boas, mas daquela não havia nada. Encontrar um original de Proezas de Galicia de Fernández Neira ou encontrar uns documentos do que podia ser o galego patriótico da guerra contra os franceses, ou os primeiros textos em língua galega dos Precursores… Aí também estava Penzol, que estava comprando muito livro e dotando o que depois seria a partir de 1963 a biblioteca da Associação Penzol, e todos estavam aí puxando e construindo…
Ou seja, sou consciente de que Carvalho era o historiador da literatura e o gramático, porque foi a quem lhe encarregaram a Gramática do Galego Comum, de Galáxia, porque antes não havia nada, era uma seleção. E com esse material, Carvalho é quem nos dá aulas a nós na faculdade. (…)”
Salvaterra: 33 edición do Festival da Poesía no Condado
O certame aRi[t]mar nomea as poesías finalistas de Galiza e Portugal
Desde Sermos Galiza:
“Xa se coñecen as poesías finalistas do certame aRi[t]mar. De entre estas poesías, publicadas na Galiza e Portugal durante o ano 2018, saírán as gañadoras mediante votación do público.
O público será quen vote as persoas gañadoras de entre as finalistas que nomeou o xurado do certame aRi[t]mar Galiza e Portugal. Este evento da música e da poesía galego-portuguesa nomeará, por elección de público, quen serán as e os poetas que gañen, xunto coas e cos artistas musicais xa electos, e recibirán os galardóns na Gala de Premios aRi[t]mar Galiza e Portugal 2019.
Nesta edición, o xurado seleccionou dez poesías galegas e 10 portuguesas como finalistas, para que o público poida votar as gañadoras.
As persoas que quixeren participar poderán votar a través da web aritmar.gal até o 10 de maio.
As poesías electas polo xurado como finalistas desta edición son:
Finalistas de Galiza:
– Polinizándome, Andrea Nunes/María Rosendo, Diáspora do amor.
– Os estorniños cobren a vila, de Carlos Lixó, As casas.
– A memoria, de Celso Fdez. Sanmartín, A cama do meu avó.
– Lista da compra da viúva, de Emma Pedreira, Antídoto.
– Perderei a cabeza, de Lara Dopazo, Claus e o alacrán.
– Fasme amor, de Laura Ramos Cuba, A situación actual.
– Quen te tirou da burra, de Lucía Aldao, Todo isto antes era noite.
– Xa non son quen, de Marta Dacosta, Labirinto ou memoria.
– Tan lonxe non está o mar, de Pilar Pallarés, Tempo fósil.
– E isso é o amor, de Susana Sanches Arins, Tu contas e eu conto.
Finalistas de Portugal:
– Hotel em casa, de Adília Lopes, Estar em Casa.
– É com palavras que te vou guardar, de Alice Vieira, Olha-Me como quem chove.
– Perturba-me a ideia de morreres, de Aurelino Costa, Gadanha.
– Nómadas, de João Luís Barreto Guimarães, Nómada.
– Castanhas: uma dúzia, dois euros, de José Alberto Oliveira, De Passagem.
– Fachada, de Marta Chaves, Varanda de Inverno.
– I clipe para todos (Folhas unidas jamais serão perdidas), de Rosa Alice Branco, Traçar um nome no coração do branco.
– Aula de arqueologia, de Tatiana Faia, Um quarto em Atenas.
– Vou sempre trocar-te, de Valter Hugo Mãe, Publicação da Mortalidade.
– Existe um elemento, de Vasco Gato, Um Passo Sobre a Terra.
O certame aRi[t]mar Galiza e Portugal da música e da poesía galego-portuguesa é unha iniciativa da Escola Oficial de Idiomas de Santiago que nace co obxectivo de divulgar a música e a poesía galego-portuguesa actuais e achegar a cultura e a lingua dos dous países.”