Entrevista de Daniel Amarelo a Lorena López no Portal Galego da Língua:
“(…) – Portal Galego da Língua (PGL): Este trabalho nasce da tua tese de doutoramento na Universidade de Bangor, no País de Gales. Como surgiu a ideia, o tema e a focagem da investigação? Que te levou a indagar nesta questão? Ajudou esse contexto diaspórico a desenhar a tua proposta ensaística?
– Lorena López (LL): Os estudos literários com perspetiva feminista interessaram-me sempre e já trabalhara sobre a narrativa das autoras no TIT (Trabalho de Investigação Tutorizado) que fiz na USC, mas de uma ótica mais historiográfica e focada na produção dos anos 80 e 90. Depois dito o desafio para mim era ir além e tentar compreender determinadas dinâmicas que estavam a ter lugar naquela mesma altura, já iniciado o século XXI.
O meu tempo na diáspora ajudou-me, em primeiro lugar, com as condições materiais e humanas que me facilitou a Universidade de Bangor e em concreto o Centro de Estudos Galegos ali. Ainda não se fala o suficiente da precaridade em que está sumido o trabalho de pesquisa aqui, nem do solitário que pode resultar o caminho da tese. Por outro lado, durante esse tempo fora aprofundei mais no âmbito dos Estudos Culturais que me forneceu de ferramentas teóricas mui diversas à hora de analisar a prática literária. Além disso, acho que também foi produtiva a perspetiva que às vezes dá a distância, embora o difícil que é a emigração.
A escolha dessas quatro autoras, é claro, não é casual. Pessoas com estilos de escrita diferentes, temáticas diversas, períodos de publicação em ocasiões afastados e até normativas distintas. Mas qual o fio condutor entre todas elas? Sendo mulheres, quais os pontos de encontro e desencontro destas autoras com o género e a nação no nosso contexto cultural particular e subalterno?
Efetivamente, as suas propostas literárias são mui diferentes. Diria que o único que partilha a narrativa das quatro é a ótica feminista, mas materializada de jeitos mui diversos na sua literatura, nisto cumpre insistir.
Porém, o que mais me interessou da sua prosa foram os desencontros. Por exemplo, o jeito crítico em que Ledo Andión se achega à história do nacionalismo desde dentro para o desmistificar e questionar os discursos mais conservadores e essencialistas dentro dele. Cousa que também faz Janeiro em A perspectiva desde a porta ou Teresa Moure no livro de poemas Eu violei o lobo feroz, que falam do independentismo e da repressão de Estado contemporânea. No caso do género resulta mui sugestivo como as três revisam as masculinidades no âmbito da política. Por outro lado, Pavón artelha histórias onde estas questões se entrecruzam com a filosofia e com a tecnologia através de uma focagem positiva mui pouco frequente. Nos seus romances encontramos uma noção da identidade mais porosa e afastada do dicotómico que jogam também com formas alternativas, como o vampirismo ou as máquinas conscientes. E também existem muitas capas de leitura na produção de Moure. Mais além do tema da normativa que analiso na sua trajetória posterior ao 2013, o que mais destacaria da sua última narrativa são os jogos meta-literários e a reflexão acerca da escrita. A isto soma-se uma construção autoral que vai no contra de leituras sobre a escrita das mulheres que acabam funcionando como tópicos limitantes.
– PGL: No livro falas de ângulos ou pontos cegos na literatura galega contemporânea escrita por mulheres e, provavelmente, é esta uma das apostas do ensaio mais centrais e importantes. Que sentidos encerra este conceito? Como tem funcionado?
– LL: Embora o livro faça alusão às margens no subtítulo, a ideia de ângulos cegos responde melhor àquilo que me interessava estudar. Às vezes não é uma questão de figuras ou discursos que em geral sejam totalmente invisíveis, mas das abordagens concretas que deles se fazem.
Podemos exemplificá-lo voltando à questão nacional: esta sempre foi um tema central na produção literária galega, mas a perspetiva particular que adotam Ledo Andión e Janeiro resultou incómodo por olhar para zonas que ficam na sombra. Isto não foi devido somente à sua focagem feminista porque outros romances que incluem estes elementos gozaram de uma receção mais positiva ou foram postas em valor posteriormente. O mesmo acontece no caso dos romances de Pavón em relação à literatura fantástica ou no caso concreto da ficção científica, um terreno pouco visível de seu. Neste subgénero acolheram-se muito melhor as histórias distópicas doutras narradoras do que a sua ficção especulativa. Por outro lado, ninguém irá dizer que Ledo Andión ou Moure são figuras invisíveis na cultura galega, mas precisamente por causa disso chama a atenção que parte da sua produção passe totalmente despercebida. Acho que a noção dos pontos cegos auxilia a análise porque não se move em dicotomias absolutas e pode abordar essas zonas cinzentas, que explicam muito do funcionamento do campo literário. (…)”
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Compostela: presentación de A luz co tempo dentro, de Xesús Rábade Paredes
Compostela: presentación de Lume na periferia, coordinado por Xosé Nogueira
Vigo: coloquio “As Letras de Florencio Delgado Gurriarán”
O venres 13 de maio ás 20:00 h, no Salón de actos do MARCO, o Club Faro organiza o coloquio: “As Letras de Florencio Delgado Gurriarán” co gallo do Día das Letras Galegas 2022, na que intervirá, Margarita Ledo Andión (membro da Real Academia Galega); Ricardo Gurriarán (biógrafo de Florencio Delgado Gurriarán) e Xosé Ramón Pena (editor da poesía de Florencio Delgado Gurriarán). Presentará o acto, Manuel Bragado. O acceso á sala é libre ata completar o aforo de 120 persoas.
Margarita Ledo Andión – Polos Vieiros de Florencio – Letras Galegas 2022
Vídeo da presentación na Coruña do libro O idioma galego baixo o franquismo, de Henrique Monteagudo
Henrique Monteagudo: “A situación e evolución sociolingüísticas do galego a partir de 1975 non poden ser entendidas sen a pesada herdanza recibida”
Desde a Real Academia Galega:
“En 1938, Franco afirmaba que na nova España totalitaria se imporía “una unidad nacional, que la queremos absoluta, con una sola lengua, el castellano, y una sola personalidad, la española”. Tras a caída de Cataluña, La Vanguardia publicaba un editorial titulado “Hablar como Franco”, unha consigna repetida ao longo das vindeiras décadas que sintetiza a política lingüística e cultural represiva da ditadura. “Estaba inspirada nun nacionalismo español excluínte e brutalmente autoritario, o cal significaba non só a imposición do español como a única lingua oficial do Estado e do sistema educativo, senón a expulsión dos idiomas propios das nacións periféricas da vida pública e un control estrito sobre o seu cultivo”, expresa Henrique Monteagudo n’O idioma galego baixo o franquismo. Da resistencia á normalización (Galaxia, 2021). O académico afonda no que é o seu último libro na historia social da lingua galega durante o período franquista, analizando con detalle a súa marxinación sistemática e mais a resistencia galeguista dirixida a constituír un sistema cultural autónomo co idioma como o elemento definidor.
O coordinador do Seminario de Sociolingüística e vicesecretario da Real Academia Galega presentou en rolda de prensa o seu novo traballo, continuación da Historia social da lingua galega (1999), acompañado do presidente da institución, Víctor F. Freixanes, e a secretaria, Margarita Ledo Andión, e mais o director xeral de Galaxia, Francisco Castro. “O profesor Monteagudo leva anos dedicado ao estudo social da lingua, tanto na realidade presente como na súa dimensión histórica. Hoxe é unha primeira autoridade do tema. Este libro é unha crónica necesaria dos esforzos da sociedade galega, mesmo que fosen algunhas minorías, para a recuperación da dignidade do idioma en tempos moi adversos”, salientou o presidente. O volume, engadiu Margarita Ledo, “constrúese, dende a fasquía sociopolítica da lingua, unha nova xenealoxía que nos explica o pasado do presente e nos dá puntos a reflectir sobre un porvir que vai reclamar, coma na ditadura, a toma de posición persoal”. A obra marca “un antes e un despois” para calquera que queira achegarse a “un estudo rigoroso” do período abordado, engade Francisco Castro, que destaca tamén o pulso narrativo dun relato que deixa moi ben documentado todo o traballo “lingüicida” do franquismo.
As dinámicas de substitución do galego instauradas no século XIX e intensificadas nas primeiras décadas do XX “foron extraordinariamente potenciadas pola ditadura franquista, cuns resultados desastrosos no curto e no medio prazo”, recorda Henrique Monteagudo. “A situación e evolución sociolingüísticas do galego a partir de 1975 non poden ser entendidas sen facer referencia á pesada herdanza recibida”, advirte.
Un dos elementos que xogou a favor da castelanización foi a progresiva extensión do aparato educativo, que ao longo do século XX foi avanzando ata abranguer o conxunto da poboación galega en idade escolar. Os medios de comunicación foron outro axente castelanizador de crecente influencia xa que, salvo moi escasas excepcións, excluíron por completo a lingua propia de Galicia. A persecución lingüística dos golpistas levou mesmo a prohibir o uso de calquera idioma que non fose o castelán en marcas, nomes comerciais, rótulos de bares ou tendas e nas proxeccións cinematográficas, ademais de impedir a escolla dos chamados “dialectos” para darlles nome aos fillos e fillas ou redactar calquera tipo documento oficial, lembra o autor entre outros exemplos. (…)”
Premios da Crítica de Galicia 2021
Pontedeume: Homenaxe a Ramiro Fonte
O pleno da Real Academia Galega reelixe a Víctor F. Freixanes presidente
Desde a Real Academia Galega:
“O pleno da Real Academia Galega reelixiu o sábado 24 de abril a Víctor F. Freixanes como presidente da institución con 17 votos a favor e 3 abstencións. Acompañarano na nova comisión executiva Margarita Ledo Andión como secretaria, Fina Casalderrey na tesouraría, Marilar Aleixandre no posto de arquiveira-bibliotecaria e Henrique Monteagudo na vicesecretaría. O equipo traballará nun proxecto de continuidade centrado no reforzamento do labor científico da RAG e da súa proxección social, pensando especialmente na promoción da presenza activa do idioma entre a xente nova. “A forza da Academia reside na súa condición de institución centenaria, na solvencia do seu traballo científico, centrado fundamentalmente na lingua, no seu compromiso insubornable coa cultura e co idioma do país, mais tamén na capacidade que teña para comunicar ese labor, poñéndoo ao servizo da sociedade”, salientou Víctor F. Freixanes ante o pleno.
Víctor F. Freixanes foi elixido presidente por primeira vez en marzo de 2017. O equipo de goberno que o acompañará nesta nova xeira reafirma o compromiso coa presenza cada vez máis activa das mulleres na RAG e será, por primeira vez na historia da institución, maioritariamente feminino. A catedrática de Comunicación Audiovisual e directora de cine Margarita Ledo Andión, arquiveira-bibliotecaria durante a presidencia de Xesús Alonso Montero, asumirá a secretaría ocupada ata o momento por Henrique Monteagudo, que continuará como vicesecretario. Seguirán tamén no equipo a ata agora tesoureira Marilar Aleixandre, desta volta como arquiveira-bibliotecaria, e Fina Casalderrey, que pasa a ocupar a tesourería. O presidente agradeceu a todos eles a súa implicación e tivo palabras de especial gratitude para Andrés Torres Queiruga tras completar oito anos no posto de vicesecretario.
Na exposición do seu proxecto ante o pleno, que se desenvolveu presencial e telematicamente, Víctor F. Freixanes expresou a súa preocupación pola perda de falantes, sobre todo entre as novas xeracións. Insistiu así na necesidade de seguir avanzando nos proxectos que teñen a mocidade como protagonista, tanto para avaliar os problemas de transmisión xeracional do idioma e formular propostas de actuación como para promover o seu uso e o mellor coñecemento. Nesta liña, nos vindeiros catro anos seguirase a procurar colaboracións con novos creadores audiovisuais, como as desenvolvidas nos proxectos Novas voces para a lingua ou a serie documental Xela Arias. A palabra esgazada; e a creación de espazos de divulgación da riqueza lingüística na Rede, entre outras iniciativas, ademais de avanzar en experiencias como a plataforma colaborativa de recollida de microtopónimos Galicia Nomeada ou o Portal das Palabras. “A lingua, en todas as súas manifestacións e demandas, é o noso principal activo. A súa continuidade nas novas xeracións de falantes, non coma un elemento arqueolóxico nin exclusivamente sentimental, senón como algo operativo, rendible cultural, social e economicamente, é un desafío que nos compromete e no que cómpre afondar”, concluíu.
A RAG seguirá igualmente a traballar na proxección exterior do galego e tendendo pontes con outras linguas e culturas próximas, moi principalmente coa área lusobrasileira; e no fortalecemento das relacións con outras academias e institucións análogas na procura de obxectivos comúns.
A maior visibilización do traballo dos distintos seminarios da Academia, a posta en marcha do dicionario en liña castelán-galego e os traballos de dixitalización de fondos históricos do arquivo e a biblioteca da RAG e das publicacións propias serán tamén parte das actuacións estratéxicas do mandato que comeza. A institución confía ademais en afrontar neste período a rehabilitación da súa sede, na rúa Tabernas da Coruña, de acordo co proxecto financiado polo Ministerio de Cultura.”